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OAB 2ª FASE – XX EXAME DE ORDEM 
Direito do Trabalho – Aulas 05 e 06 
Aryanna Linhares 
1 
Respostas do Reclamado 
2.1. MODALIDADES DE RESPOSTAS DO RÉU 
São respostas do réu: 
• CONTESTAÇÃO; 
• EXCEÇÃO; 
2.2. CONTESTAÇÃO 
O endereçamento e a qualificação sempre serão os primeiros passos de qualquer petição, sendo o conteúdo da 
contestação composto por preliminares, prejudiciais de mérito, mérito e requerimentos finais. 
2.2.1. Estrutura completa da contestação 
Segue modelo da contestação: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABA-
LHO DE ________. 
Processo n° 
NOME DO RECLAMADO, qualificação e endereço completos, vem, res-
peitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado 
adiante assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço 
completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigo 847 da 
CLT, OFERECER: 
CONTESTAÇÃO 
à Reclamatória Trabalhista que lhe move NOME DO RECLAMANTE, já 
qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas. 
I – PRELIMINAR 
II – PREJUDICIAL DE MÉRITO 
a) Prescrição Bienal; 
b) Prescrição Quinquenal. 
III – MÉRITO (os tópicos são exemplificativos, já que o mérito depende da 
proposta). 
1. PEDIDO FORMULADO PELO AUTOR 
 
 
 
 
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OAB 2ª FASE – XX EXAME DE ORDEM 
Direito do Trabalho – Aulas 05 e 06 
Aryanna Linhares 
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§ 1o Fato. O Reclamante postulou... 
§ 2o Fundamento. Não assiste razão ao Reclamante, pois... 
§ 3o Pedido. Diante do exposto, requer a improcedência do pedido do 
Reclamante. 
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em 
especial o depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão. 
Por fim, requer o acolhimento da preliminar de mérito para ___ sucessi-
vamente, o acolhimento da prejudicial de mérito para ___ e, sucessivamen-
te, no mérito, a improcedência dos pedidos formulados pelo autor, conde-
nando-o no pagamento de custas processuais. 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB no 
 
Segue análise detalhada dos tópicos da contestação 
2.2.2. Endereçamento 
Na contestação, o endereçamento da peça deve ser feito ao juízo em que está tramitando a ação, como no 
exemplo abaixo: 
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DE 
___ 
 
2.2.3. Qualificação 
Apesar de o Reclamado já estar qualificado na inicial, a contestação é a sua primeira manifestação nos autos, 
de modo que deve trazer sua qualificação. Caso o problema não forneça os dados, não invente. Coloque entre vírgu-
las, “qualificação e endereço completos”. Na hipótese de o problema fornecer os dados apenas de forma parcial, 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 05 e 06 
Aryanna Linhares 
3 
indique os fornecidos pela prova e acrescente “qualificação e endereço completos”. 
Dispensa-se a qualificação completa do Reclamante, a qual será substituída pela expressão “já qualificado nos 
autos em epígrafe”. 
Ainda, na qualificação, deverá ser inserido o fundamento legal da peça processual. A contestação, no Processo 
do Trabalho, está positivada no artigo 847 da CLT, in verbis: 
Art. 847 da CLT. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da 
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. 
Exemplo: 
NOME DO RECLAMADO, qualificação e endereço completos, vem, res-
peitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado 
adiante assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço 
completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigo 847 da 
CLT, OFERECER 
CONTESTAÇÃO 
à Reclamatória Trabalhista que lhe move NOME DO RECLAMANTE, já 
qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas. 
Ou 
NOME DA RECLAMADA (completo, sem abreviações e em caixa alta), 
pessoa jurídica de direito privado (pessoa física; fundação pública ou privada 
etc.), inscrita no CNPJ sob o no, estabelecida no endereço completo, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado 
adiante assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço 
completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigo 847 da 
CLT, OFERECER 
CONTESTAÇÃO 
à Reclamatória Trabalhista que lhe move NOME DO RECLAMANTE, já 
qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e pelos fundamentos 
de direito a seguir expostos. 
 
2.2.4. Preliminares 
A preliminar da contestação versa sobre os aspectos processuais, trata-se de defesa processual. 
Assim, segue procedimento de pensamento: 
Problema no 
processo 
 
Preliminares 
de mérito 
 
Arts. 337 do 
CPC e 
852-B da CLT 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 05 e 06 
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Art. 337 do CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias 
enumeradas neste artigo. 
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica 
aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 852-B da CLT. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I – o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
II – não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; 
III – a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo 
constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Jul-
gamento. 
§ 1o O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da 
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2o As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, re-
putando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
Encontrada a hipótese no artigo 337 do CPC ou no artigo 852-B da CLT, incisos I e II, da CLT, é certo que have-
rá preliminar, resta, portanto, saber o que pedir. 
As preliminares de mérito classificam-se em dilatórias e peremptórias. Enquanto as dilatórias não visam à extin-
ção do processo; as peremptórias possuem esse objetivo. Aquelas são a maioria. 
Tratam de exceções dilatórias a conexão e continência (art. 337, VIII, do CPC) e a incapacidade de 
parte ou irregularidade de representação (art. 337, IX, CPC). O artigo 337, VIII do CPC refere-se apenas à 
conexão, entretanto, esta compreende também a continência. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quan-
do lhes for comum o objeto ou a causa de pedir (art. 55, do CPC). Dá-se a continência entre duas ou mais 
açõessempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais am-
plo, abrange o das outras (art. 56, CPC). Nesses casos, demanda-se a reunião de ações propostas em separa-
do, a fim de que sejam decididas simultaneamente. 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 05 e 06 
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As preliminares de mérito levam à extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485 do 
CPC : 
 
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) 
dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua 
competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
§ 2º No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, 
o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de ju-
risdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requeri-
mento do réu. 
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias 
para retratar-se. 
 
 
Atente-se para o fato de que o pedido de extinção pode se referir ao processo como um todo, ou apenas 
a um ou alguns pedidos, ou ainda um ou alguns réus, como veremos nos exemplos a seguir. 
Para o estudo das preliminares é importante destacar os pressupostos processuais: 
 
Existência Validade 
• Petição Inicial; 
• Jurisdição; 
• Citação; 
• Capacidade de ser parte (pessoa 
ou ente despersonalizado). 
• Apta; 
• Juiz imparcial e competente; 
• Válida; 
• Capacidade processual. 
 
Os pressupostos de existência e de validade são denominados pressupostos de constituição (existência) e de 
desenvolvimento válido e regular do processo (validade e específicos). A ausência de qualquer deles implica a extin-
ção do processo sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, IV, do CPC. 
 
 
 
 
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2.2.4.1. Nulidade de citação 
Para a validade do processo é indispensável a citação do réu (art. 239, do CPC). 
A citação no Processo do Trabalho chama-se notificação e é realizada, em regra, via postal com aviso de rece-
bimento. Se o réu criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado far-se-á a notificação por edital, inserto 
em jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede do Juízo. 
Entre a data do recebimento da notificação e a data da audiência deve decorrer o prazo mínimo 5 dias para ela-
boração da defesa. Caso inobservado, a citação, embora existente, será declarada nula. 
Na prova, caso o problema indique que não foi observado o prazo mínimo de 5 dias para elaboração da defesa, 
o candidato deverá abrir uma preliminar de nulidade de citação e requerer que seja decretada a nulidade da notifica-
ção e redesignada a data da audiência, com a observância do prazo mínimo de 5 dias para a elaboração da defesa, 
à luz do artigo 234, § 1°, do CPC. 
Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
 
Art. 337 do NCPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias 
enumeradas neste artigo. 
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
Art. 841 da CLT. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) 
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para 
comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
§ 1o A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento 
ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente fo-
rense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 
§ 2o O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior. 
 
Art. 239, CPC. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as 
hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. 
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a par-
tir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. 
§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de: 
I - conhecimento, o réu será considerado revel; 
II - execução, o feito terá seguimento. 
 
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
 
 
 
 
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I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) 
dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua 
competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprira falta no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
§ 2º No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, 
o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de ju-
risdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requeri-
mento do réu. 
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias 
para retratar-se. 
 
Art. 330 do CPC. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1º Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de 
alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações con-
tratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
Segue exemplo: 
 
I – PRELIMINAR 
1. Nulidade de citação 
A notificação citatória foi recebida pelo Reclamado em 25.08.2010, infor-
mando-o da audiência designada para o dia 28.08.2010, logo, entre a data do 
recebimento da notificação e data da audiência decorreram-se tão somente 3 
(três) dias. (Fato) 
Segundo estabelece o artigo 841 da CLT, o Reclamado será notificado pa-
ra comparecer à audiência “… que será a primeira desimpedida depois de 5 
(cinco) dias”, ou seja, entre a data do recebimento da notificação e a data da 
audiência deve decorrer um prazo mínimo de 5 (cinco) dias para elaboração da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art106
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art321
 
 
 
 
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defesa, o qual não foi observado. Feriu-se, portanto, o direito de defesa do réu, 
consubstanciado no artigo 5°, LV, da CF. 
Esclarece-se que a nulidade de citação é matéria que deve ser tratada em 
preliminar de contestação nos moldes do artigo 337, I, do CPC. (Fundamen-
to) 
Diante do apresentado, requer a extinção do processo sem resolução do 
mérito, com base no artigo 485, IV do CPC e, sucessivamente, que seja de-
clarada a nulidade da notificação e redesignada a audiência, observando-se o 
prazo mínimo de 5 (cinco) dias para a elaboração da defesa, fundamentado no 
artigo 239, § 1º, CPC. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a 
análise dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
2.2.4.2. Inépcia da petição inicial 
A petição inicial será inepta nas hipóteses descritas no artigo 330, § 1º, do CPC. Confira: 
 
Art. 330, §1º, CPC. Considera-se INÉPTA a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
Em preliminar de contestação deve-se arguir a inépcia da petição inicial (art. 337, IV, do CPC) e postular-se a 
extinção do processo sem resolução do mérito por indeferimento da petição inicial, uma vez que a inépcia é uma das 
causas de indeferimento, nos termos dos artigos artigos 485, I e 330, I, do CPC. Com esse pedido, estamos reque-
rendo ao juiz que indefira a petição desde logo. Caso, entretanto, ele não o faça já no início do processo, adiante 
devemos requerer que o processo seja extinto sem resolução do mérito por falta de um dos pressupostos de consti-
tuição e de desenvolvimento válido e regular do processo, à luz do artigo 485, IV, do CPC. 
Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
 
Art. 337 do CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
 
 
 
 
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V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 330 do CPC. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1o Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art106
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art321
 
 
 
 
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Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do proces-
so; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos IIe III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inci-
so III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de reque-
rimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
Segue exemplo: 
I – PRELIMINAR 
1. Inépcia da petição inicial 
 
 
 
 
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Na petição inicial da reclamatória trabalhista consta o pedido de condena-
ção do reclamando ao pagamento de indenização por danos morais, sem a 
indicação de qualquer causa de pedir. (Fato) 
Segundo estabelece o artigo 330, § 1º, do CPC, a petição inicial será 
inepta quando lhe faltar o pedido ou causa de pedir. Quanto ao pedido de in-
denização por danos morais a petição inicial apresenta apenas o pedido, es-
tando ausente a causa de pedir, sendo, portanto inepta neste particular. 
Esclarece-se que a inépcia da petição inicial é matéria que deve ser tratada 
em preliminar de contestação nos moldes do artigo 337, IV, do CPC (Funda-
mento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, 
com base nos 485, I e 330, I, do CPC) (indeferimento da petição inicial) e, 
sucessivamente, nos termos do art. 485, IV, do CPC (ausência de pressupos-
tos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo), quanto 
ao pedido de indenização por danos morais. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a 
análise dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
 
2.2.4.3. Perempção 
Trata-se de impedimento temporário de ajuizar reclamação trabalhista com a mesma causa de pedir e pedidos 
da(s) ajuizada(s) anteriormente, pelo prazo de 6 meses. As hipóteses de perempção no Processo do Trabalho são 
diferentes das do Processo Civil e estão previstas nos artigos 731 e 732 da CLT. Veja: 
Art. 731 da CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo 
estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de 
perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. 
Art. 732 da CLT. Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der 
causa ao arquivamento de que trata o art. 844. 
A perempção deve ser tratada em preliminar de contestação (art. 337, VI, do CPC) e postulada a extinção do 
processo sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, V, do CPC. 
 Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
 
Art. 337 do CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
 
 
 
 
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IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do proces-
so; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inci-
so III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de reque-
rimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
Segue exemplo: 
 
I – PRELIMINAR 
1. Perempção 
João ajuizou reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador 
Joaquim, tendo sido designada audiência para o dia 21.09.2009. Em razão do 
 
 
 
 
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não comparecimento do autor, o processo foi extinto sem resolução do mérito. 
Cinco dias depois, o autor ajuizou novamente a mesma reclamatória trabalhis-
ta, que foi distribuída para a mesma Vara do Trabalho, que designou nova 
audiência para o dia 15.01.2010. Apesar de regularmente notificado, mais uma 
vez o autor faltou injustificadamente em audiência, sendo novamente extinta a 
reclamatória. Trinta dias depois da extinção, o autor ajuizou pela terceira vez a 
mesma reclamação trabalhista, a qual se contesta. (Fato) 
Segundo estabelecem os artigos 732 e 844 da CLT, incorrerá na pena de 
perda do direito de ajuizar nova reclamação trabalhista pelo prazo de 6 (seis) 
meses aquele que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento da 
reclamatória trabalhista por não comparecer em audiência, sendo, no Processo 
do Trabalho, esta uma das hipóteses de perempção. Esse é exatamente o 
caso do autor, pois o mesmo não compareceu nas audiências designadas para 
os dias 21.09.2009 e15.01.2010. Apesar de não poder ajuizar nova reclama-
ção trabalhista pelo período de 6 (seis) meses, depois de decorridos apenas 30 
(trinta) dias ajuizou a presente reclamatória trabalhista. 
Esclarece-se que a perempção é matéria que deve ser tratada em prelimi-
nar de contestação à luz do artigo 337, V, do CPC. (Fundamento) 
Diante disso, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos 
moldes do artigo 485, V, do CPC. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a 
análise dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
 
Quanto à perempção destaca-se a questão no 2 do V Exame de Ordem – OAB/FGV 2011.2. 
(OAB/FGV – V EXAME DE ORDEM – QUESTÃO 2) Reginaldo ingressou com ação contra seu antigo 
empregador, e, por não comparecer em audiência, o feito foi arquivado. Trinta dias após, ajuizou nova 
ação com os mesmos pedidos, mas dela desistiu porque não mais nutria confiança em seu advogado, 
o que foi homologado pelo magistrado. Contratou um novo profissional e, 60 (sessenta) dias depois, 
demandou novamente, mas, por não ter cumprido exigência determinada pelo juiz para emendar a pe-
tição inicial, o feito foi extinto sem resolução do mérito. Com base no relatado, responda aos itens a 
seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
Para propor uma nova ação, Reginaldo deverá aguardar algum período? Em caso afirmativo, qual se-
ria? (Valor: 0,65) Quais são as hipóteses que ensejam a perempção no Processo do Trabalho? (Valor: 
0,60). 
 
 
 
 
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Espelho de correção 
 
Quesitos avaliados 
Valores 
possíveis 
Nota 
a) Não, pois não ocorreram 2 arquivamentos, o que 
afasta a perda do prazo de 6 meses do direito de 
reclamar perante a JT OU porque não ocorreram 2 
arquivamentos decorrentes de ausência do 
reclamante à audiência (CLT, art. 732), OU porque 
só ocorreu 1 arquivamento, tendo as outras 
extinções derivado de outros motivos (0,40), 
conforme art. 732, CLT (0,25) Não há pontuação 
para a mera indicação da base legal ou 
jurisprudencial. 
0,00 / 0,40 / 
0,65 
 
b) Quando o reclamante dá causa a 2 
arquivamentos por ausência à audiência inaugural 
(0,25), com base no art. 732 da CLT (0,05) e 
quando distribui reclamação verbal, mas não 
comparece à Secretaria da Vara, em 5 dias, sem 
justificativa, para reduzi-la a termo (0,25), conforme 
art. 731 da CLT (0,05). Não há pontuação para a 
mera indicação da base legal ou jurisprudencial 
0,00 / 0,25 
/0,30 / 0,50 
/0,55 / 0,60 
 
 
2.2.4.4. Ilegitimidade e Falta de Interesse Processual 
A legitimidade da parte, em regra, ocorre quando o autor da ação é o titular do direito material postulado. Veri-
fica-se in abstracto, a partir das afirmações do autor. Assim, se o autor alegar que foi contratado por um empreiteiro, 
o qual foi contratado pelo dono da obra (pessoa física), alegando que aquele – empreiteiro – não lhe pagou as ver-
bas rescisórias e venha a postulá-las em juízo, o dono da obra será parte ilegítima a figurar no polo passivo da refe-
rida reclamatória. Isso porque se considerarmos verdadeiro o que disse o autor, o dono da obra é pessoa física e 
quem inadimpliu as verbas rescisórias foi o empreiteiro. Então, fundamentado na OJ no 191 da SDI-1 do TST, o dono 
da obra não responde nem de forma solidária, nem de forma subsidiária pelas obrigações contraídas pelo empreitei-
ro, salvo quando este for construtora ou incorporadora. Fundamentado nas alegações do Reclamante, o dono da 
obra jamais responderia pelas obrigações assumidas pelo empreiteiro, razão pela qual é parte ilegítima a figurar no 
polo passivo da demanda. 
Situação diversa é aquela em que o autor alega que o dono da obra é uma construtora e postula a condenação 
do empreiteiro e do dono da obra ao pagamento das verbas rescisórias. Nesse caso, o dono da obra é parte legíti-
ma, pois se considerarmos verdadeiro o que disse o autor, este pode ser responsabilizado. É no mérito que devemos 
argumentar que, na verdade, trata-se de uma pessoa física, requerendo que o pedido seja julgado improcedente em 
relação a ele. 
Ressalte-se que a OJ no 191 da SDI-1 do TST foi alterada em maio de 2011, passando a ter a seguinte redação: 
OJ no 191 da SDI-1 do TST. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. 
RESPONSABILIDADE (nova redação) – Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. Diante da ine-
xistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o 
empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo em-
preiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. 
A legitimidade pode ser ordinária ou extraordinária. É ordinária quando o autor postula em nome próprio direito 
próprio, e, extraordinária quando alguém, autorizado por lei, postula em nome próprio direito alheio. 
 
 
 
 
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Art. 18, CPC. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordena-
mento jurídico. 
Quanto à legitimação extraordinária, destaca-se a autorização conferida pelo artigo 8°, III, da CF, para o sindica-
to defender, judicial e administrativamente, os direitos e interesses individuais e coletivos da categoria. 
O Supremo Tribunal Federal vem defendo a ampla legitimidade ativa ad causam dos sindicatos, como substitu-
tos processuais das categorias que representam a defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais de seus 
representantes. 
Oportuno destacar a ilegitimidade do empregador para responder pelo pagamento da indenização quando a ex-
tinção da empresa decorrer de “FATO DO PRÍNCIPE”, pois conforme estabelece o artigo 486 da CLT, em ocorrendo 
paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou 
pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da 
indenização, que ficará a cargo do governo responsável. 
Na hipótese de ilegitimidade de parte, o juiz pode indeferir desde logo a petição inicial (art. 330, II, do CPC) ou 
reconhecê-la apenas ao proferir a sentença. Em todos os casos, o processo será extinto sem resolução do mérito. 
No primeiro deles, com fundamento nos artigos 485, I, e 330, II, do CPC (indeferimento da petição inicial), no se-
gundo, com fundamento no artigo 485, VI, do CPC (por ilegitimidade de parte). Verifique os artigos referidos: 
 
Art. 337, CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
 
 
 
 
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§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação quejá foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do proces-
so; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inci-
so III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de reque-
rimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
 
 
 
 
 
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Art. 330 do CPC. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1o Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento 
ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obri-
gações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
Segue exemplo: 
 
I – PRELIMINAR 
1. Ilegitimidade da parte 
O autor alega que foi contrato pelo empreiteiro, sr. João, que havia sido 
contratado pelo dono da obra, pessoa física, sr. Joaquim, para construção de 
seu imóvel residencial. Alega, também, que não recebeu do empreiteiro diver-
sas verbas trabalhistas e assim ajuizou a presente reclamação trabalhista con-
tra o empreiteiro e contra o dono da obra, ora contestante. (Fato) 
A legitimidade de partes verifica-se a partir das alegações do autor que, 
embora alegue que tenha sido contratado pelo empreiteiro e que este não te-
nha quitado suas verbas trabalhistas, ajuíza a reclamação trabalhista também 
contra o dono da obra. 
Segundo a OJ no 191 da SDI-1 do TST, o dono da obra, na construção ci-
vil, não responde nem de forma solidária, nem de forma subsidiária, pelas obri-
gações contraídas pelo empreiteiro, salvo se for construtora ou incorporadora, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art106
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art321
 
 
 
 
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o que não é o caso, como menciona o próprio autor. 
Esclarece-se que a ilegitimidade de parte deve ser tratada em preliminar de 
contestação nos termos do artigo 337, XI, do CPC. (Fundamento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, 
à luz dos artigos 485, I, e 330, II, do CPC e (indeferimento da petição inicial) e 
sucessivamente, com fulcro no artigo 485, VI, do CPC, em relação ao sr. Joa-
quim (dono da obra). 
Posteriormente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a 
análise dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
 
O interesse processual caracteriza-se pelo trinômio: necessidade-utilidade-adequação. O processo deve ser 
necessário para que o autor obtenha o bem da vida vindicado; deve ser útil para que o Reclamante alcance o bem 
pretendido, visto que o exercício do direito de ação somente pode ser exercido quando houver lesão ou perigo de 
lesão e, por fim, o meio processual escolhido deve ser o adequado a proporcionar a pretensão do autor. 
O professor Carlos Henrique Bezerra Leite1 cita como exemplo de falta de interesse processual, o empregador 
que ajuíza a ação de inquérito para apuração de falta grave de empregado não portador de estabilidade. Ora, o 
empregado não estável pode ser despedido por justa causa sem necessidade de autorização judicial (sentença 
constitutiva negativa) para pôr termo à relação empregatícia. Disso resulta que não há interesse processual do autor 
para invocar a máquina judiciária a fim de obter algo que ele poderia conseguir diretamente, isto é, sem a necessi-
dade da prestação jurisdicional do Estado. 
Outro exemplo de falta de interesse processual seria o do servidor celetista que, em vez de ajuizar ação traba-
lhista em face do empregador, pessoa jurídica de direito público interno, visando a sustar um desconto que reputa 
ilegal no seu salário, impetra mandado de segurança contra o ato da autoridade administrativa. Ora, a ação esco-
lhida pelo autor é inadequada ao fim colimado, resultando na caracterização da ausência de interesse processual. 
Podemos dizer ainda que nos dissídios coletivos de natureza econômica, a ausência da tentativa de negocia-
ção coletiva antes o seu ajuizamento implica falta de interesse processual do sindicato suscitante, nos moldes do 
artigo 114, § 2°, da CF combinado com o artigo 485, VI, do CPC. Isso porque, enquanto não esgotada a possibilida-
de de negociação coletiva, o sindicato não terá necessidade de invocar a tutela jurisdicional para resolver o conflito. 
Por ausência de interesse processual o juiz pode indeferir desde logo a petição inicial (art. 330, III, do CPC) ou 
reconhecê-la apenas ao proferir a sentença. Em ambos os casos, o processo será extinto sem resolução do mérito. 
No primeiro deles, com fundamento nos artigos 485, I e 330, III, do CPC (indeferimento da petição inicial) e no se-
gundo, com fulcro no artigo 485, VI, do CPC (por falta de interesse processual) 
Confira os artigos referidos: 
 
 
1 BEZERRA LEITE, Carlos Henrique, op. cit., 8. ed. São Paulo: LTr, 2010. p. 307. 
 
 
 
 
 
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Art. 337, CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito,alegar: 
 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do proces-
so; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inci-
so III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de reque-
rimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
 
Art. 330 do CPC. A petição inicial será indeferida quando: 
 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1o Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art106
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art321
 
 
 
 
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I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento 
ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obri-
gações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
Segue exemplo: 
 
I – PRELIMINAR 
1. Falta de interesse processual 
Afirmando não ter recebido todas as verbas rescisórias, ex-empregado aju-
íza ação de consignação em pagamento, visando a que as verbas rescisórias 
sejam imediatamente depositadas em juízo. (Fato) 
Tendo em vista que a ação de consignação em pagamento é uma ação de 
procedimento especial, cabível para o devedor ou terceiro requerer, com efeito 
de pagamento, o depósito da quantia ou da coisa devida (art. 890 do CPC), o 
autor não elegeu o meio adequado para a obtenção das verbas postuladas. O 
meio processual correto nesse caso seria uma reclamação trabalhista. 
Esclarece-se que o interesse processual é matéria que deve ser tratada em 
preliminar de contestação com base no artigo 337, XI, do CPC. (Fundamento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, 
nos termos dos artigos 485, I, CPC e 330, III, do CPC (indeferimento da petição 
inicial) e, com fulcro no artigo 485, VI, do CPC (falta de interesse processual). 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análi-
se dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
2.2.4.5. Incompetência absoluta 
A incompetência será absoluta quando se tratar de incompetência em razão da matéria, pessoa ou funcional. 
A competência material da justiça do Trabalho está praticamente definida no artigo 114 da CF, muito embora em 
seu inciso IX conste que a lei poderá atribuir à Justiça do Trabalho competência para julgar outras controvérsias 
decorrentes das relações de trabalho. A competência funcional diz respeito à distribuição das atribuições acometi-
das aos diferentes órgãos da Justiça do Trabalho. A inobservância das regras que estabelecem tal distribuição (a 
Constituição, as leis processuais e os regimentos internos dos Tribunais Trabalhistas) leva a incompetência funcio-
nal, que é absoluta e, portanto, deve ser arguida em preliminar de contestação. 
 
 
 
 
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Ressalte-se que na ADI 3.395, o STF suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao artigo 114, I, da CF, 
que inclua na competência da Justiça do Trabalho as ações que sejam instauradas entre o poder público e seus 
servidores estatutários ou que possuam com ele regime jurídico administrativo (temporário – art. 37, IX, da CF). Con-
sequentemente, a Justiça do Trabalho não é competente para julgar as demandas entre estatutários e os 
temporários e o poder público. 
Os servidores celetistas da administração direta e indireta demandam na Justiça do Trabalho. Já os demais ser-
vidores (estatutários ou temporários), se federais, demandarão na Justiça Federal; se estaduais ou municipais, na 
Justiça Estadual. 
A Justiça do Trabalho também é incompetente para julgar as ações penais (ADI 3.684) e as ações de execução 
de cobrança de honorários de profissionais liberais (Súmula no 363 do STJ). Veja a súmula: 
Súmula no 363 do STJ. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissi-
onal liberal contra cliente. 
Saliente-se que, à luz do item I da Súmula no 368 do TST, a Justiça do Trabalho é incompetente para execução 
de contribuições sociais incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
A Constituição no artigo 114, em seu inciso VIII, estabelece que compete à Justiça do Trabalho executar de ofí-
cio as contribuições sociais previstas no artigo 195, I, “a”, e II, e seus acréscimoslegais, decorrentes das sentenças 
que proferir. 
Art. 114, VII, da CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (...) VIII – a execução, de ofício, das con-
tribuições sociais previstas no art. 195, I, “a”, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que pro-
ferir; (...) 
Em consonância com a Constituição, a CLT, em seu artigo 876, parágrafo único, estabelece que compete à Jus-
tiça do Trabalho executar de ofício as contribuições sociais incidentes sobre a condenação ou homologação de 
acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
Art. 876 da CLT. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensi-
vo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do 
Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela 
forma estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão pro-
ferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive so-
bre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
O Tribunal Superior do Trabalho, acompanhando o posicionamento do STF, entretanto, entende que compete à 
Justiça do Trabalho executar apenas as contribuições sociais incidentes sobre as sentenças condenatórias em pe-
cúnia e sentenças homologatórias de acordo, portanto, não é competente para a execução das contribuições sociais 
incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido (Súmula no 368, I, do TST). Logo, à 
Justiça do Trabalho não compete a execução das contribuições decorrentes de sentenças que apenas reconhecem 
o vínculo de emprego ou, ainda, julgar o pedido de contribuição referente aos salários pagos durante o período con-
tratual reconhecido. 
 Atente-se para o teor da Súmula no 368 do TST: 
Súmula no 368 do TST. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDA-
DE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno reali-
zada em 16.04.2012) – Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012. I – A Justiça do Trabalho é 
competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, 
quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que pro-
ferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. 
A incompetência absoluta deve ser arguida em preliminar de contestação (art. 337, II, do CPC) e o pedido deve 
 
 
 
 
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ser de extinção do processo sem resolução do mérito, nos moldes do artigo 485, IV, do CPC e remessa dos autos 
para o juízo competente. Observe o artigo: 
 
Art. 337, CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 485 do CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do proces-
so; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inci-
so III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de reque-
rimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
 
A incompetência da Justiça do Trabalho para a execução das contribuições incidentes sobre os salários pagos 
durante o período contratual foi cobrada na contestação do Exame de Ordem Unificado 2011.3 (VII Exame de 
Ordem Unificado). 
 
 
 
 
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Na proposta constou: “… Por fim, disse que o reclamado não efetuou o reconhecimento dos depósitos do FGTS 
e das contribuições previdenciárias relativas a todo o perigo do contrato de trabalho (...). Diante do acima exposto, 
postula: (…) g) o recolhimento das contribuições previdenciárias referentes a todo período contratual.” 
 
Quesitos avaliados 
Notas 
possíveis 
Nota 
Preliminar de incompetência absoluta da Justiça do 
Trabalho – Incompetência absoluta do pedido de 
recolhimento das contribuições previdenciárias de todo 
o período contratual (0,25). Indicação do art. 114, VII, 
da CF OU da Súmula no 368, I, do TST (0,25). 
0,00 / 
0,25 / 
0,50 
 
Seguem exemplos: 
 
I – PRELIMINAR 
1. Incompetência absoluta da Justiça do Trabalho 
A Reclamante postulou a condenação do Reclamado ao pagamento de 
contribuições previdenciárias relativas a todo o período do contrato de trabalho. 
(Fato) 
A Justiça do Trabalho é incompetente para a execução das contribuições 
previdenciárias incidentes sobre os salários pagos durante o período contratu-
al. Com base no artigo 114, VIII, da CF, compete à Justiça do Trabalho a exe-
cução das contribuições sociais previstas no artigo 195, I, “a”, e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. Assim, conforme 
estabelece a Súmula no 368, I, do TST, a competência da Justiça do Trabalho, 
quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homo-
logado, que integrem osalário de contribuição. 
Esclarece-se que a incompetência absoluta é matéria que deve ser tratada 
em preliminar de contestação nos termos do artigo 337, II, do CPC. (Funda-
mento) 
Diante do apresentado, requer a extinção do processo sem resolução do 
mérito à luz do artigo 485, IV, do CPC, quanto ao pedido de recolhimento das 
contribuições previdenciárias relativas ao período contratual reconhecido. (Pe-
dido) 
 
Segue outro exemplo: 
 
 
 
 
 
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I – PRELIMINAR 
1. Incompetência absoluta da Justiça do Trabalho 
O autor, servidor estatutário da União, ajuíza reclamação trabalhista contra 
esta, postulando verbas de natureza estatutária. (Fato) 
Por força da ADI 3.395, que suspendeu qualquer interpretação dada ao ar-
tigo 114, I, da CF, que inclua na competência da Justiça do Trabalho as ações 
que sejam instauradas entre o poder público e seus servidores estatutários, a 
Justiça do Trabalho é incompetente para julgar tal demanda. 
Esclarece-se que a incompetência absoluta é matéria que deve ser tratada 
em preliminar de contestação nos moldes do artigo 337, II, do CPC (Funda-
mento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, 
com base no artigo 485, IV, do CPC, e a remessa dos autos à Justiça Federal, 
tendo em vista que o autor é servidor público federal. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a 
análise dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
 
2.2.4.6. Capacidade de ser parte e processual 
Todos os sujeitos de direito possuem capacidade de ser parte, mas apenas os que possuem capacidade civil 
apresentam também capacidade processual. A capacidade processual de estar em juízo é adquirida, em regra, pelo 
empregado aos 18 anos. Os que não possuem capacidade civil, ou seja, os incapazes, serão representados ou as-
sistidos por seus pais, tutores ou curadores. A ausência de regularidade de representação deve ser arguida em pre-
liminar de contestação, devendo o réu postular que o juiz assinale prazo para que a parte sane a omissão, sobe 
pena de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 76, caput e §1º, I do CPC, bem como o art. 485, VI do 
CPC). 
 
Art. 76 do NCPC. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o 
juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; (...) 
 
 
 
 
 
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2.2.4.7. Litispendência e coisa julgada 
Quanto à litispendência e à coisa julgada, os §§ 3º e 4º, do artigo 337 do CPC as distingue da seguinte ma-
neira: “Há litispendência, quando se repete ação que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já 
foi decidida por decisão transitada em julgado”. Essas duas hipóteses devem ser arguidas em preliminar de contes-
tação e em ambas deve ser requerida a extinção do processo com fundamento no artigo 485, V, do CPC. Verifique 
os artigos: 
 
Art. 337 do NCPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
Art. 485 do NCPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
 
 
 
 
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I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do proces-
so; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inci-
so III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de reque-
rimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
I – PRELIMINAR 
1. Coisa julgada 
O Reclamante ajuizou reclamação trabalhista em 01.02.2011, postulando 
horas extras e adicional de periculosidade em face deste Reclamado. Os pedi-
dos foram julgados totalmente improcedentes, ocorrendo o trânsito em julgado 
da decisão. Em fevereiro de 2012, o Reclamante ajuizou a mesma reclamação 
trabalhista, com a mesma causa de pedir e pedidos, contra o mesmo ex-
empregador. (Fato) 
 
 
 
 
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Nos termos do artigo 337, § 1º e 4o, do CPC, há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso, como 
no caso dos autos. 
Esclarece-se que a violação da coisa julgada é matéria que deve ser trata-
da em preliminar de contestação, à luz do artigo 337, VII, do CPC. (Funda-
mento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, 
nos moldes do artigo 485, V, do CPC. (Fundamento) 
Adiante, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise 
dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
 
2.2.4.8. Conexão e continência 
O artigo 55 do CPC refere-se à conexão. Segundo ele, “reputam-se conexas duas ou mais ações, quan-
do lhes for comumo objeto ou a causa de pedir”. Já a continência ocorre quando entre duas ou mais ações 
houver identidade de partes e de causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da 
outra (art. 56 do CPC). A continência é uma espécie de conexão, por isso o artigo 337 do CPC refere -se ape-
nas à conexão. Assim, ambas devem ser alegadas em preliminar de contestação, sendo que o pedido deve 
ser, em regra, o de reunião de ações, com base no artigo 57 do CPC. 
Confira os artigos: 
 
Art. 337 do NCPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
 
 
 
 
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XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das ma-
térias enumeradas neste artigo. 
 
Art. 57 do NCPC. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no 
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações 
serão necessariamente reunidas. 
2.2.4.9. Falta de caução e convenção de arbitragem 
A falta de caução (art. 337, XII, do CPC) e a convenção de arbitragem (inciso X, do art. 337, do CPC) não se 
aplicam, em regra, ao Processo do Trabalho. 
Segundo o professor Carlos Henrique Bezerra Leite:2 “A arbitragem, embora prevista expressamente no artigo 
114, §§ 1o e 2o, da CF, é raramente utilizada para solução dos conflitos coletivos trabalhistas, sendo certo que o arti-
go 1o da Lei no 9.307/96, vaticina que a arbitragem só resolve conflitos em que estejam envolvidos direitos pa-
trimoniais disponíveis, o que, em linha de princípio, inviabiliza a sua ampliação como método de solução dos con-
flitos individuais trabalhistas. Uma exceção seria a indicação, por consenso entre trabalhadores e empregadores, de 
um árbitro para fixar o valor de um prêmio instituído pelo empregador”. 
2.2.4.10. Preliminar específica do procedimento sumaríssimo 
A petição inicial no procedimento sumaríssimo apresenta requisitos próprios, exigido pelo artigo 852-B, I e II, da 
CLT: 
Art. 852-B da CLT. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I – o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
II – não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado. 
§ 1o O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da 
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. (...) 
As exigências do artigo 852-B da CLT são pressupostos processuais de constituição e desenvolvimento válido e 
regular do processo. Assim, diante do não atendimento de qualquer um desses requisitos, o fato deve ser arguido 
em Preliminar de Mérito, requerendo o arquivamento da reclamação (extinção do processo sem resolução do mérito 
nos termos do art. 485, IV, do CPC, bem como a condenação do Reclamante ao pagamento das custas processuais 
sobre o valor da causa, conforme os artigos 852-B, § 1o, da CLT e 485, IV, do CPC. 
Seguem os artigos: 
 
2 Idem, op. cit., 7. ed. São Paulo: LTr, 2009. p. 475. 
 
 
 
 
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Art. 485, CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua 
competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no pra-
zo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso 
III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requeri-
mento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) 
dias para retratar-se. 
I – PRELIMINAR 
1. Inobservância dos requisitos do procedimento sumaríssimo 
O Reclamante ajuizou reclamação trabalhista em 01.11.2011, cujo valor da 
causa era de R$ 10.000,00 sem, entretanto, liquidar os pedidos. (Fato) 
 
 
 
 
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À luz do artigo 852-A, as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o 
salário-mínimo vigente na data do ajuizamento da ação sujeitam-se ao proce-
dimento sumaríssimo, sendo este o caso dos autos. Segundo o artigo 852-B, I, 
da CLT, no procedimento sumaríssimo o pedido deve ser certo, determinado e 
líquido, ou seja, o Reclamante deve indicar o valor correspondente a cada pe-
dido, o que não ocorreu. (Fundamento) 
Diante do exposto, requer o arquivamento do processo, ou seja, a extinção 
do processo sem resolução do mérito, nos moldes dos artigos 852-B, § 1o, da 
CLT e 485, IV, do CPC, e condenação do Reclamante ao pagamento de custas 
processuais. (Fundamento) 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a 
análise dos demais itens a seguir expostos. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido, ao fi-
nal dos parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser 
incluídas na prova. 
2.3. PREJUDICIAIS DE MÉRITO 
São prejudiciais de mérito: 
• Prescrição; 
• Decadência. 
A prescrição e a decadência devem ser tratadas na contestação, no tópico das Prejudiciais de Mérito, devendo o 
Reclamado postular SEMPRE a extinção do processo COM resolução do mérito, de acordo com o artigo 487, II, do 
CPC. 
Art. 487 do NCPC. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; 
III

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