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TRABALHO UNOPAR 1 SEMESTRE PRONTO

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PAGE 
SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO....................................................................5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................11
4. REFERÊNCIAS..............................................................................12
INTRODUÇÃO:
 O Objetivo deste trabalho consiste na reflexão sobre o trabalho docente nas classes hospitalares pois os profissionais que atuam nesta área, devem zelar pelo bem estar físico e psíquico do paciente. A Classe Hospitalar é uma importante conquista para a educação em todo o território brasileiro, outrora, o aluno hospitalizado ficava reprovado no período de internação, por conta dos tratamentos médicos que o impossibilitava de frequentar o ensino regular nas escolas de educação básica. Atualmente, alguns hospitais contam com a classe hospitalar para o desenvolvimento intelectual do aluno e a sua inserção social educacional. Este trabalho realizado pelo grupo tem o objetivo de descrever o papel do educador no ambiente hospitalar e reconhecer este trabalho docente e suas diferentes dimensões; refletir sobre a formação inicial/continuada para atuação particularmente neste espaço não escolar. No primeiro momento, o olhar é direcionado para a historicidade do tema em questão, em seguida informar alguns documentos oficiais e por fim as considerações sobre a formação inicial/continuada dos professores que trabalham em classes hospitalares.
 As classes hospitalares constituem-se em modalidade educacional que visa a atender pedagógica e emocionalmente as crianças e os adolescentes hospitalizados, recuperando a criança num processo de inclusão oferecendo condições de aprendizagem. A classe hospitalar oferece à criança a vivência escolar. 
 Ceccim (1999, p. 83), afirma que mesmo doentes as pessoas continuam aprendendo, “O trabalho do educador no hospital é importante a fim de evitar prejuízos maiores, possibilitando a inclusão educativa e social”. Prejuízos que, uma vez hospitalizados desestimula o aluno e faz com que o mesmo perca o interesse pelos estudos, outro fator é a desatualização em relação a conteúdos escolares.
DESENVOLVIMENTO:
 A Classe Hospitalar tem seu início em 1935, quando Henri Sellier inaugura a primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris. Seu exemplo foi seguido na Alemanha, em toda a França, na Europa e nos Estados Unidos, com o objetivo de suprir as dificuldades escolares de crianças tuberculosas. Pode-se considerar como marco decisório das   escolas   em hospital a Segunda Guerra Mundial. O grande número de crianças e adolescentes atingidos, mutilados e impossibilitados de ir à escola, fez criar um engajamento, sobretudo dos médicos, que hoje são defensores da escola em seu serviço. Esta triste realidade acabou por propiciar um novo atendimento ao ambiente hospitalar abrindo a porta para a educação entrar e poder de forma pedagógica contribuir para melhora no tratamento das crianças e jovens enfermos. 
 Em 1939 é criado na França, o C.N.E.F.E.I. – Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas de Suresnes, tendo como       objetivo formação de professores para o trabalho em institutos especiais e em hospitais; Também em 1939 é criado o Cargo de Professor Hospitalar junto ao Ministério da Educação na França. O C.N.E.F.E.I. tem como missão até hoje mostrar que a escola não é um espaço fechado. O centro promove estágios em regime de internato dirigido a professores e diretores de escolas; os médicos de saúde escolar e a assistentes sociais. A Formação de Professores para atendimento escolar hospitalar no CNEFEI tem duração de dois anos. Desde 1939, o C.N.E.F.E.I. já formou 1.000 professores para as classes hospitalares, cerca de 30 professores a cada turma.
 No Brasil, apesar do tema não ser recente, ainda é considerado um fato desconhecido por muitos brasileiros, visto que a primeira Classe Hospitalar surgiu no ano de 1950, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e no Rio de Janeiro, no Hospital Municipal Menino Jesus, que está em funcionamento até hoje. Na época, essa instituição tinha capacidade para 200 leitos, sendo 80 destinados a crianças em idade escolar. 
 A educação no Brasil é tida, categoricamente, como um direito de todos e dever do Estado, assegurado e garantido pela Constituição Federal, de 1988, a conhecida Constituição Cidadã. Em seu artigo 205, a educação deve ser promovida “visando ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para a cidadania”. O direito à educação é fundamental e não pode ser retirado de nenhuma pessoa, inclusive, daqueles que apresentam qualquer tipo de limitação (BRASIL, 1988, p. 209). Para as crianças e adolescentes, em especial, o acesso à educação é regulamentado e complementado por duas leis: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, e a Lei de Diretrizes e Bases Nacionais (LDB), de 1996. Juntos, estes mecanismos abrem as portas da escola pública a todos, sem haver nenhuma interrupção no processo de ensino (MEC, 2009). A Lei n° 8.069/90, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dispõe, nos artigos 3º e 4°, que a criança e o adolescente devem ter garantidos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e todas as oportunidades e facilidades, para garantir seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade, sendo obrigação de consumação desses direitos dada à família, à comunidade, à sociedade em geral e ao poder público (BRASIL, 1990, p. 11). Já em relação a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei 9.394/96), os artigos 2º e 3º tratam da garantia à educação como dever da família e do Estado, e afirmam que o ensino deverá ser ministrado dentro de três princípios: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; e o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (BRASIL, 1996, p. 8). Esse direito ainda é assegurado e estendido aquelas crianças e adolescentes que se encontram hospitalizados, no qual é reforçado com a Resolução n° 41/95, considerando o disposto no Art. 3° da Lei 8.242, de 12 de outubro de 1991 e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDCA). Nessa resolução, estão descritos vinte itens, dentre eles: “2º - o direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem que haja distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa; 8º - o direito de ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos, respeitando sua fase cognitiva, além de receber amparo psicológico quando se fizer necessário; 9º - o direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar; 10 - direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente do diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetido (CNDCA, 1995, p. 58). 17 Dando continuidade a essa Resolução do Conselho Nacional de Educação, o Ministério da Educação, por meio de sua Secretaria de Educação Especial, tendo em vista a necessidade de estruturar ações políticas de organização do sistema de atendimento educacional em ambientes e instituições outros que não a escola, resolveu elaborar um documento de estratégias e orientações que viessem promover a oferta do atendimento pedagógico em ambientes hospitalares e domiciliares de forma a assegurar o acesso à educação básica e à atenção às necessidades educacionais especiais, de modo a promover o desenvolvimento e contribuir para a construção do conhecimento desses educandos.
 “O professor que irá atuar em classe hospitalarou no atendimento pedagógico domiciliar deverá estar capacitado para trabalhar com a diversidade humana e diferentes vivências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a escola, definindo e implantando estratégias de flexibilização e adaptação curriculares. Deverá, ainda, propor os procedimentos didático-pedagógicos e as práticas alternativas necessárias ao processo ensino-aprendizagem dos alunos, bem como ter disponibilidade para o trabalho em equipe e o assessoramento às escolas quanto à inclusão dos educandos que estiverem afastados do sistema educacional, seja no seu retorno, seja para o seu ingresso”. (MEC, 2002:22).
 Todo o aluno que frequenta a classe possui um cadastro com os dados pessoais, de hospitalização e da escola de origem. Ao final de cada aula o professor faz os registros nesta ficha com os conteúdos que foram trabalhados e outras informações que se fizerem necessário. O aluno que frequenta a classe por três dias ou mais é realizado contato telefônico com sua escola, comunicando da sua participação na classe e obtendo-se informações referentes aos conteúdos que estão sendo trabalhados, no momento, em sua turma. Após alta hospitalar, é enviado relatório descritivo das atividades realizadas, bem como do seu desempenho, posturas adotadas, dificuldades apresentadas. Para que este seja legitimado, é necessário o carimbo e assinatura do diretor (escola da Rede Regular Estadual) a fim de encaminhá-lo à escola de origem.
 A proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (MEC, 1996) é a de que toda criança disponha de todas as oportunidades possíveis para que os processos de desenvolvimento e aprendizagem não sejam suspensos. A existência de atendimento pedagógico-educacional   em hospitais em nada impede que novos conhecimentos e informações possam ser adquiridos pela criança ou jovem e venha contribuir tanto para o desenvolvimento escolar. Após alta hospitalar, é enviado relatório descritivo das atividades realizadas, bem como do seu desempenho, posturas adotadas, dificuldades apresentadas. Para que este seja legitimado, é necessário o carimbo e assinatura do diretor (escola da Rede Regular Estadual) a fim de encaminhá-lo à escola de origem.
 Denari (2004) explica que durante muito tempo, a educação escolar era destinada somente às pessoas colocadas em um patamar de normalidade, o que tornava a sociedade segregativa. Porém, com o decorrer da história, e com a preocupação de tornar a sociedade menos desigual, algumas mudanças foram implementadas, e hoje notamos que a educação especial é uma modalidade de educação escolar, ou seja, não é apenas um serviço para alunos tidos como deficientes ou com necessidades especiais, mas sim, atende a todos os alunos que necessitam de um atendimento educacional diferenciado.
Segundo Vygotsky (1989), desde o nascimento, a criança está em constante interação com o adulto que é o mediador que assegura os meios necessários para a sua sobrevivência e que demonstram como devem ser as relações com o mundo. Desta forma, vão sendo incorporados ao desenvolvimento da criança, aspectos da cultura que a rodeia, quando assimiladas, estas habilidades são internalizadas e começam a ocorrer sem a intervenção de um adulto. Portanto, todo ser humano aprende através de interações e a escola dentro deste contexto possui um papel fundamental, pois a instrução escolar atua diretamente no desenvolvimento dos conceitos científicos, sociais e culturais. Por isso, a hospitalização prolongada, pode causar danos ao desenvolvimento emocional e social de crianças e adolescentes, pois, impedem as experiências concretas de vida, essenciais ao desenvolvimento da psique, ou seja, a criança deixa de participar de todo o ambiente social, familiar, cultural onde convive e que são mediadores para a sua aprendizagem (Vygotsky ,1989). Porém, esta situação pode ser minimizada através do trabalho conjunto da equipe hospitalar e de um professor. A atuação pedagógica em hospitais vem crescendo, pois, é um atendimento que procura inserir a criança ou adolescente enfermo novamente em seu meio social e, principalmente educacional, já que,
 “além do benefício terapêutico, é evidente a importância da continuidade da escolarização no ambiente hospitalar, sem prejuízos maiores à formação escolar proposta, respeitando o indivíduo como cidadão em seu direito à educação, mesmo frente à diversidade.” (MENEZES, 2004 p. 28)
 Contribuir com a inclusão de alunos doentes no processo de escolarização exige um professor que, além de ser capacitado academicamente, compreenda os conteúdos ligados ao sentido da existência humana, e que contribua com a construção cognitiva (aprendizagem formal) e afetiva (vivências sociais) do aluno. É importante enxergar o educando para além de suas limitações, percebendo o seu desejo de aprender, de modo a incentivá-lo a se envolver no processo de ensino e aprendizagem. 
 Mesmo aos que estão em estado de adoecimento, é relevante o acesso a aulas que respeitem sua realidade. Para tanto, deve-se ater para a necessidade de flexibilização do currículo referência e adaptação do planejamento escolar quando necessário. No planejamento, é importante que o professor reflita constantemente sobre sua ação pedagógica tendo em vista as condições de saúde do estudante.
 A construção da identidade do professor e o seu fortalecimento dependem da formação inicial e continuada. Pelo fato de existirem poucos cursos de formação continuada referentes à classe hospitalar, a identidade desse profissional também se constitui durante o exercício do trabalho. Em se tratando do professor da classe hospitalar, as peculiaridades do seu trabalho demandam, além da formação inicial, teoria, conhecimento científico e reflexão em relação à atividade que exerce. O docente que desempenha função em ambiente hospitalar lida com uma realidade diferente da escola, uma vez que ele não está em um ambiente com quadro e giz, mas se depara constantemente com vidros de soro e medicamentos. Além disso, as aulas podem ser interrompidas por profissionais da área médica, para que o educando receba cuidados, como: aferição de pressão arterial, medição de temperatura, ou ministração de medicamento, entre outros procedimentos.
 Nesse contexto, o professor necessita se conscientizar de que a docência no hospital exige, além da formação continuada, a reflexão constante em relação à sua atitude em relação ao aluno em condição especial de saúde. Além de propiciar a continuidade do processo de escolarização, ele necessita estar atento às necessidades do educando no que se refere ao seu estado de doença ou convalescença. O cotidiano do hospital muda constantemente. O aluno deseja o estudo, mas muitas vezes encontra dificuldades em realizá-lo devido às dores, enjoos, medos e traumas causados pela doença. Sua atenção se dispersa não em razão de um tablet, um celular ou uma conversa com colegas, como ocorre nas instituições convencionais de ensino. Nesse caso, sua desatenção é provocada por fatores relacionados à sua doença. Ademais, a aula pode ser interrompida para tratamento médico e para os cuidados com a saúde do educando, que é fator prioritário. Os períodos de aula são organizados pelo professor de acordo com a agenda do estudante no hospital, que compreende momentos para a realização de exames, fisioterapia, entre outros procedimentos. Ao refletir sobre seu trabalho, esse profissional aprende a resolver problemas, a se organizar diante dos imprevistos, e, inclusive, a lidar com a perda de alunos ocasionada pela morte. Na rotina do hospital, o professor desenvolve a capacidade de conviver com a dor do outro, com o sofrimento, e mesmo com a morte e luto. As circunstâncias inesperadasexigem do professor a mobilização de saberes específicos, elaborados a partir de: conhecimentos científicos, métodos de ensino, conhecimento sobre a realidade na qual está inserido profissionalmente, e constante reflexão acerca de sua prática pedagógica. Para além de ter domínio dos conteúdos, metodologia e conhecimentos do campo da Educação, para o desempenho do ofício de professor em ambiente hospitalar é necessário que esse profissional tenha noções de saúde, terapêutica, enfermidades, técnicas de higienização das mãos, e precaução de contato. Por isso, é muito importante que ele seja orientado pela equipe médica em relação à sua postura e aos cuidados que teve ter dentro do hospital. 
 O educando pode se identificar com o professor, estabelecendo com ele um vínculo afetivo. Esse elo também pode ser firmado com a família, que, em muitos momentos, necessita conversar e solicitar orientações ao educador. Diante dessa situação, o professor não deve responder as dúvidas médicas da família, nem mesmo oferecer apoio a ela, pois não é psicólogo. Deve, antes, estar atento às condições físicas e emocionais do estudante e, se necessário, informar seus comportamentos e atitudes à equipe médica ou ao psicólogo. 
 Na escola, o professor tem claro o horário das aulas e executa com certa precisão as atividades propostas. No hospital, ele sabe o seu horário de chegada e saída, mas nem sempre conhece o período destinado à aula, que precisa ser combinado devido aos horários dos tratamentos de saúde do aluno/paciente, como fisioterapia e exames. Ainda há casos em que o tempo de aula tem que ser diminuído ou interrompido, em decorrência de indisposição do aluno, ou mesmo para que ele seja atendido pela equipe médica.
 O atendimento pedagógico da criança hospitalizada objetiva favorecer o processo de ensino e aprendizagem nas dependências do hospital, levando em consideração a realidade do ambiente e do aluno, que se encontra na situação de paciente. O professor da classe hospitalar está em um local de trabalho diferente do convencional, e sua atividade é considerada complexa pelas especificidades do ofício realizado em um hospital. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 Através do presente trabalho acreditamos que o trabalho docente nas classes hospitalares dá suporte ao desenvolvimento de aprendizagem do aluno dentro do hospital garantindo o direito da criança dar continuidade aos seus estudos, motivando a mesma a continuar depois de sua alta do hospital.
 Apesar do reconhecimento jurídico, moral e ético do atendimento pedagógico hospitalar, falta ainda a efetivação de tais políticas de forma universalizante. Essa modalidade ainda é muito pequena frente à demanda que existe concretamente. Isso se confirma diante do desconhecimento de muitos educadores de que o hospital é um campo de atuação profissional, que muito tem a contribuir para que se amplie a visão da criança, antes restrita à perspectiva da sua enfermidade. 
 O Poder Público deve identificar todos os estabelecimentos hospitalares ou instituições similares que ofereçam atendimento educacional para crianças, jovens e adultos, visando orientá-los quanto às determinações legais. As classes hospitalares existentes ou que venham a ser criadas deverão estar em conformidade com o preconizado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e pelas Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica.
 Os sistemas de ensino deverão criar oportunidades para formação continuada dos professores que atuam nas classes hospitalares, e entendemos que possivelmente haverá mais ofertas de trabalho na área pela certeza que esses números aumentarão de acordo com a demanda regional e as possibilidades de ingresso na área vão aumentar.
 
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério Cultura de Educação e. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações./Secretaria de Educação Especial. – Brasília: MEC; SEESP, 2002. 35p. 
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto.. Diretrizes Nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília, MEC, 2001.
BRASI, Ministério da Educação e do Desporto. Politica Nacional da Educação Especial. Brasilia, MEC, 1994.
BRASIL. Plano Nacional de Educação (n.10.172). Brasília, 2001.
BRASIL. República Federativa (1990). Estatuto da criança e do adolescente (Lei Nº. 8.069, de 13 de julho de 1990). Brasília, DF: Centro Gráfico do Senado Federal.
CECCIM, R. B. & Fonseca, E. S. Atendimento pedagógico-educacional hospitalar: promoção do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança hospitalizada. In: Temas sobre Desenvolvimento, v.8, n.44, p. 117, 1999.
DENARI. Fátima E. Educação: cidadania e diversidade: a ótica da educação especial Em: BRASIL/CNE/UNESCO. Conferências do Fórum Brasil de Educação. Brasília:DF, 2004.
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 de jul. 1990.
MACHADO, Jucilene; CAMPOS, Jurema. Relação Professor – Aluno: Um diferencial na Classe Hospitalar. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE. 2013. Curitiba. 
MARTINS, Sônia Pereira de Freitas. Hospitalização escolarizada em busca da humanização social. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (Org.). Escolarização Hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. – 3. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. 
MENEZES. Cinthya Vernizi A. de. A necessidade da formação do pedagogo para atuar em ambiente hospitalar: um estudo de caso em enfermarias pediátricas do hospital de clínicas da UFPR. Dissertação de Mestrado. Florianópolis, 2004.
OLIVEIRA, Tyara C. de. Um Breve Histórico sobre as Classes Hospitalares no Brasil e no Mundo. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE. 2013. Curitiba. 
SANDRONI, Giuseppina Antonia. Classe Hospitalar: Um recurso a mais para a inclusão educacional de crianças e jovens. Cadernos da Pedagogia - Ano 2, Vol.2, No.3 jan./jul. 2008. 
SIMANCAS, J. L. G; LORENTE, A. P. Pedagogia hospitalaria: atividade educativa em ambientes clínicos. Madrid: Narcea,1990.
VASCONCELOS, Sandra Maia Farias. Histórias de formação de professores para a Classe Hospitalar. Revista Educação Especial. Vol. 28. N. 51. 2015. 
pedagogia LICENCIATURA NA MODALIDADE PRESENCIAL CONECTADO
AMABILLY MARIA PEREIRA RAMOS
ANDREIA DE LIMA DIOGO
LUCIANA MARIA DE SOUZA
O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES
WENCESLAU BRAZ - PR
2019
AMABILLY MARIA PEREIRA RAMOS
ANDREIA DE LIMA DIOGO
LUCIANA MARIA DE SOUZA
O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES
Trabalho em Grupo interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média do 1º semestre do curso de Pedagogia, Licenciatura na modalidade presencial, para as disciplinas de Educação Inclusiva, LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, Educação e Tecnologias, Homem, Cultura e Sociedade, Práticas Pedagógicas: Identidade Docente.
Professores: Juliana Chueire Lyra, Sandra Cristina Malzinoti Vedoato, Luana Pagano Peres Molina, Amanda Larissa Zilli, Marcio Gutuzo Saviani e Marcia Bastos de Almeida.
Tutora à Distância: Solange Martins
Tutor Presencial: Marcelina
 
 
 
 
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2019

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