Buscar

REDAÇÃO EMPRESARIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: Redação Empresarial
Autora: Maria do Carmo de Oliveira Moreira dos Santos
Unidade de Educação a Distância
REDAÇÃO EMPRESARIAL
Autora: Maria do Carmo de Oliveira Moreira dos Santos
Belo Horizonte / 2012
ESTRUTURA FORMAL DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA
REITOR
LUÍS CARLOS DE SOUZA VIEIRA
PRÓ-REITOR ACADÊMICO
SUDÁRIO PAPA FILHO
COORDENAÇÃO GERAL
AÉCIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO TECNOLÓGICA
EDUARDO JOSÉ ALVES DIAS
COORDENAÇÃO DE CURSOS GERENCIAIS E ADMINISTRAÇÃO 
HELBERT JOSÉ DE GOES
COORDENAÇÃO DE CURSOS LICENCIATURA/ LETRAS 
LAILA MARIA HAMDAN ALVIM
COORDENAÇÃO DE CURSOS LICENCIATURA/PEDAGOGIA 
LENISE MARIA RIBEIRO ORTEGA
INSTRUCIONAL DESIGNER
DÉBORA CRISTINA CORDEIRO CAMPOS LEAL
KELLY DE SOUZA RESENDE
PATRICIA MARIA COMBAT BARBOSA
EQUIPE DE WEB DESIGNER
CARLOS ROBERTO DOS SANTOS JÚNIOR
GABRIELA SANTOS DA PENHA
LUCIANA REGINA VIEIRA
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
FERNANDA MACEDO DE SOUZA ZOLIO
RIANE RAPHAELLA GONÇALVES GERVASIO
AUXILIAR PEDAGÓGICO
ARETHA MARÇAL DE MACÊDO SILVA
MARÍLIA RODRIGUES BARBOSA
REVISORA DE TEXTO
MARIA DE LOURDES SOARES MONTEIRO RAMALHO
SECRETARIA
LUANA DOS SANTOS ROSSI 
MARIA LUIZA AYRES
MONITORIA
ELZA MARIA GOMES
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
THAYMON VASCONCELOS SOARES
MARIANA TAVARES DIAS RIOGA
AUXILIAR DE TUTORIA
FLÁVIA CRISTINA DE MORAIS
MIRIA NERES PEREIRA
RENATA DA COSTA CARDOSO
Sumário
4Unidade 1: A Comunicação na Empresa
18Unidade 2: Cartas Comerciais – Termos de Abertura e Fechamento
31Unidade 3: Cartas comerciais – corpo do texto
43Unidade 4: Textos empresariais: conceitos e modelos
60Unidade 5: Documentos empresariais: conceitos e modelos
Unidade 1: A Comunicação na Empresa
1. Nosso Tema
Produzir um texto significa construir atos de comunicação. E comunicação, etimologicamente, significa tornar comum, trocar opiniões. Comunicar implica busca de entendimento, de compreensão. O ato da comunicação é uma transmissão de sentimentos e de ideias. Não se escrevem palavras e sim ideias.
Assim, em todo ato de comunicação há um sujeito (emissor) que possui intenções de comunicação e que as coloca em forma de mensagem, construída por um conjunto organizado de sinais chamados de código (língua), e endereçada a um receptor (leitor). Nesse processo, o emissor escolhe, também, um canal, isto é, a forma como vai comunicar. Mas não poderíamos deixar de fora o contexto em que o ato comunicativo acontece. Esses seriam os elementos da comunicação.
Esquema da comunicação: 
Como se pode constatar pelo esquema acima, para que aconteça a comunicação é necessário ativar todos os itens mencionados. Reafirma-se que a comunicação é interativa e os lugares de emissor e receptor são intercambiados o tempo inteiro. Explicando melhor, pode-se dizer que, ao mesmo tempo em que um indivíduo faz o papel de emissor, ele também é um receptor.
Então vamos continuar nossos estudos?!?! 
Para Refletir 
Agora recorremos a uma piada para exemplificar uma comunicação bastante truncada ou equivocada e como isso poderia gerar situações extremamente constrangedoras.
Vá até a sua aula online e divirta-se com a piada.
Ela ilustra bem as distorções numa comunicação. É só se lembrar da brincadeira do “Telefone sem fio” muito praticada na infância.. O que não tem nada a ver com o telefone sem fio de hoje: aparelho muito usado na comunicação.
A grande questão é: Será que a nossa sociedade, mesmo com todo aparato tecnológico a serviço da comunicação, tem se comunicado bem? 
Fica aqui uma pergunta para reflexão. Não desenvolvermos agora esse assunto por ser bastante complexo e demandaria delongar nosso estudo. Mas nada impede de pararmos um pouco para pensarmos nos problemas da comunicação, assunto de um dos tópicos a seguir.
2. Conteúdo Didático
2.1. Processo de comunicação
Quanto ao processo de comunicação, a forma como acontece a comunicação, nós já estudamos quais são os elementos que os envolve no item anterior. Lembrando que, para que se instaure a comunicação, é preciso que haja um desejo de se comunicar. Depois disso, colocamos em ação os elementos citados. Porém, há situações em que a mensagem está separada tanto do receptor como do comunicador. Podemos nos lembrar, por exemplo, dos muitos sinais com os quais convivemos no dia-a-dia. Os sinais de trânsito seriam um bom exemplo. Contudo, esses sinais precisam ser previamente convencionados. Por convenção, todos fazem a mesma leitura dos sinais de trânsito. Assim, quando vamos atravessar a rua, olhamos o semáforo e se a luz vermelha está ligada para os veículos, a luz verde está ligada para o pedestre passar. Como podemos saber que a luz verde indica trânsito livre? Porque isso já ficou convencionado anteriormente.
Exemplo: As interpretações dos sinais de trânsito já ficaram instituídas, padronizados. Todos que dirigem sabem o que estes sinais significam. 
	PLACAS DE REGULAMENTAÇÃO
 
	
Parada Obrigatória
Dê a Preferência
Sentido Proibido
Proibido Virar à Esquerda
Proibido Virar à Direita
Proibido Retornar
Proibido Estacionar
Fonte: http://www.anacletobasso.com.br/sites/news/156.html 
Curiosidade: SEMÁFORO é uma palavra grega que originalmente foi criada a partir dos termos “sema” (sinal) e “phoros” (que leva). Mas foi depois de mais de um milênio que o semáforo tornou-se o conhecemos hoje, isto é, um dispositivo para controle de tráfego. Em 1868, em Londres, foram instituídas lanternas verdes e vermelhas para organizar o fluxo de carruagens e pedestres.
Tudo bem que quando a comunicação já está previamente convencionada, como nos sinais de trânsito, a interpretação fica mais fácil. Mas isso não acontece com o texto escrito. Dessa maneira, cada palavra, cada frase terá outro sentido de acordo com o contexto em que aparece. Por essa razão, o texto escrito deverá ser claro para evitar problemas de interpretações. É sobre isso que vamos estudar no próximo tópico.
2.2. Problemas da comunicação
Como o mundo seria bem melhor se não tivéssemos problemas com a comunicação. Se não existissem os “mal-entendidos”. De fato, pode-se perceber que muitos problemas que ocorrem nas relações interpessoais acontecem justamente por problemas de comunicação. 
No campo do trabalho, os problemas da comunicação podem gerar grandes perdas: são negociações mal sucedidas, vendas perdidas, treinamentos que não dão resultados satisfatórios. Nas relações interpessoais, a comunicação deficiente pode gerar contendas, intrigas, desentendimentos entre as pessoas, quer seja em relações profissionais, familiares ou sociais. 
As falhas na comunicação podem ocorrer de diversas formas. Algumas vezes os problemas acontecem na hora da emissão, outras na recepção. Podem ocorrer também quanto à escolha do código a ser utilizado ou do mau uso desse código. Um exemplo de código seriam as letras do alfabeto que, quando unidas, geram uma palavra, que, por sua vez, quando unida a outras palavras, seguindo uma estrutura convencionada pela Língua (por exemplo, Portuguesa), gera uma frase ou períodos. 
Quem redige um texto, por exemplo, tem intenções diversas e, para cada intenção, há um tipo de escrita. Nesse caso, o importante é saber as convenções que regem cada tipo de texto. 
Por essa razão, se desejamos nos comunicar com outras pessoas, precisamos procurar fazê-lo de forma clara. Para isso, é interessante percebermos o lugar sócio-histórico-cultural que o outro ocupa para que possamos adequar nossa comunicação de forma eficiente. Daí também resulta a escolha de “como comunicar”, e do código utilizado para minha comunicação. Não poderia deixar um bilhete escrito com um aviso para uma pessoa que é analfabeta, ou escrevê-lo em um idioma que o meu receptor desconheça.
Ao mesmo tempo, somos interpretadores de tudo o que acontece. Enquanto receptores, avaliamos, ponderamos, julgamos tudo o que percebemos, vemos e ouvimos. A todo instante fazemos julgamento de valores de tudo que passa ao nosso redor. O comunicador deverá também ser cuidadoso com as interpretações. Uma análise equivocada de algo que nos comunicaram poderá resultar em gravesdanos nas relações.
Ratificamos, como já foi dito, que a comunicação é interativa. Portanto, ao mesmo tempo em que somos emissores, somos receptores. 
Logo, quando estamos redigindo um texto, é fundamental que tenhamos em vista o que chamamos de “condições de produção do texto” ou “instâncias narrativas”. Isto é: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, para que escreve, como escreve, onde escreve. “Quem escreve” seria o emissor; “para quem escreve”, o seu receptor; “para que escreve” seriam os objetivos e as mensagens; “como escreve” seria o código escolhido (código da Portuguesa escrita, Braile, ideogramas, usados na língua Japonesa etc). Por último, “onde escreve”, que se refere à adaptação do texto ao veículo em que irá circular a mensagem. Por exemplo, o texto de jornal é diferente do texto de uma revista científica. 
A seguir vamos perceber como a adaptação dessas instâncias é importante para que o texto seja bem compreendido.
Vamos ao trabalho!!!
2.2.1. Problemas mais comuns na comunicação escrita empresarial
Em nossa disciplina, vamos trabalhar bem a palavra escrita. Logo, o código escolhido para a comunicação é a escrita. Ora, o texto claro é aquele que é redigido contendo todas as informações necessárias. Lembramos que, no momento da leitura de nossa mensagem, não estaremos do lado de nosso interlocutor (leitor) para lhe explicar o que desejamos transmitir. Assim, não podemos garantir que o receptor tenha todos os conhecimentos prévios necessários para entender a mensagem. Chamamos de conhecimento prévio toda a carga de conhecimento necessária ao entendimento da mensagem. Se usarmos um termo técnico em nosso texto, é necessário explicá-lo bem para que sejamos entendidos. Assim como fizemos agora com a expressão “conhecimento prévio”. É bom termos sempre em mente que o texto escrito não poderá ter o que chamamos de lacunas, ou seja, informações faltosas no texto. Tudo deverá ser dito de forma clara, objetiva,.mas minuciosamente quando necessário. Portanto, o sucesso ou o insucesso da comunicação escrita depende muito do emissor.
Outro aspecto a ser comentado é o desleixo ou o não conhecimento de normas da escrita. Isso também poderá comprometer o entendimento da mensagem. Dessa maneira, é necessário que respeitemos as normas da escrita, como, por exemplo, a: concordância, regência, colocação pronominal, ortografia, acentuação, pontuação. Alem disso, devemos ficar atentos à estrutura da frase, primando pela ordem direta da estruturação frasal: sujeito + verbo+ complemento exigido pelo verbo. 
A respeito dos “problemas com a comunicação escrita”, leia o artigo: O erro de português na comunicação empresarial, por Marlisi Rauth. (O artigo se encontra no Ambiente Virtual de Aprendizagem, na ferramenta Publicações / Publicações).
Depois de ter compreendido o que chamamos anteriormente de “instâncias narrativas” (quem escreve, o que escreve, para quem escreve, para que escreve, como escreve, onde escreve), passamos agora à importância de organizar as ideias.... Vamos em frente!!! 
2.3. Organização das ideias
A organização das ideias é o primeiro passo a ser dado para que o redator possa transmitir sua mensagem a terceiros. Para isso, é preciso conhecer aquilo que será comunicado, ou seja, ter informações suficientes sobre o fato. Assim, leia, pesquise bastante sobre o assunto a ser abordado. Depois organize a estrutura da comunicação. Todo texto, independente do tipo, será composto por uma parte introdutória, outra de desenvolvimento ou parte argumentativa e por último, a parte conclusiva. Isto é, um texto bem construído é composto por: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Vá até a sua aula online e conheça o esquema ilustrativo sobre o assunto. 
Você poderá se organizar da seguinte forma:
INTRODUÇÃO: Na introdução do texto, o autor deverá deixar bem claro para o leitor o que será dito. Nessa parte, o escritor irá chamar a atenção do leitor sobre o que ele vai escrever.
O assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira transparente. Existem assuntos que abrem espaço para definições, citações, perguntas, exposição de ponto de vista em oposição, comparações, descrição.
Para tanto, o autor pode se valer de algumas estratégias de introdução do assunto, como: 
- Afirmação geral sobre o assunto 
- Consideração do tipo histórico-filosófico 
- Citação 
- Comparação 
- Uma ou mais perguntas 
- Narração
(Escolha uma dessas formas para introduzir seu assunto)
DESENVOLVIMENTO (parte argumentativa, persuasiva): Em um texto, a persuasão aparece de forma explícita. É nessa parte que o autor desenvolve o tema, como, por exemplo, por meio de argumentação por citação, isto é, citando ideias ou trechos de outros autores. A argumentação poderá ser também por comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua posição a respeito do que está sendo discutido, lembrando que uma argumentação deverá estar articulada com a outra.
O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras, dependerá das propostas do texto, das informações disponíveis e da escolha do autor. O autor poderá usar de alguns recursos para sua argumentação, como, por exemplo, argumentar por:
- Comparação;
- Exemplificação;
- Enumeração;
- Elementos que determinam causa e consequência;
- Citações 
- Questionamentos etc;
Lembrando que, ao trabalhar com citações, é necessário que o redator conheça as formas de citações para o trabalho científico, dentro das Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnica), para evitar o plágio.
Por isso, fazemos agora um parágrafo para entendermos o que é o Plágio.
Plágio: do Lat. plagiu e do grego plagios significa 'trapaceiro', 'obliquo'.
Conceito: Ação de assinar ou apresentar o trabalho de outro como se fosse seu. Isto é, copiar o trabalho de outro. (Qualquer obra artística ou científica). 
 (Lei nº 9.610, de 19.02.98 sobre direitos autorais, publicada D.O.U. de 20.02.98, Seção I, pág. 3 por decreto do então presidente FERNANDO HENRIQUE CARDOSO):
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
Art. 24. São direitos morais do autor:
I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;
Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:
I - a reprodução parcial ou integral
O Código Penal prevê de três meses a quatro anos de PRISÃO, além de multas. 
Agora veremos como trabalhar com Citações diretas ou indiretas.
(Os exemplos usados aqui foram retirados de um artigo científico, intitulado “FRAGMENTOS IDENTITÁRIOS: uma (des)construção das imagens de nação nas crônicas do “Macaco Simão”, e faz parte de uma pesquisa de iniciação científica por mim coordenada, desenvolvida no Centro Universitário Newton Paiva. Este artigo está publicado na revista de Iniciação Científica 2003/2004 deste Centro). 
Citações Diretas: o trecho é citado tal qual o autor trabalhou. Até três linhas a citação aparecerá dentro do texto, apenas de forma destacada. Isto é, poderá aparecer em itálico como pediu o editor deste artigo, seguido do número da página em que se encontra publicado. 
Exemplo: Para iniciar este trabalho, no primeiro momento, há que se fazer uma reflexão sobre o gênero crônica. A crônica, do grego chronos, significando tempo, designa um texto específico, que teve como seu veículo primeiro, o jornal. Os primeiros registros desse gênero deram-se como folhetim, por causa do espaço que lhe era destinado no jornal. O texto ocupava o rodapé e tinha como objetivo entreter o leitor. Perpetuou-se, ocupando o mesmo veículo,numa ligação intrínseca que esse veículo tem com o tempo, por isso mesmo que para entender a sua história, seria preciso sempre pensá-la em relação à imprensa, a que esteve sempre vinculada sua produção (ARRIGUCCI: 1987, p.53).
Quando a citação ocupar mais de três linhas, ela aparecerá fora do texto, com um recuo de 4cm da margem esquerda, sem aspas e com letra menor que a utilizada no texto. No caso do exemplo abaixo, a fonte é 09, pois a fonte utilizada no texto é 10. Veja abaixo:
Exemplo: Entretanto, o que interessa no enfoque dado às produções dos textos do Simão é a caracterização da crônica como um texto jornalístico, no seu borramento de fronteiras com o texto literário. Recorrendo mais uma vez a BENDER e LAURITO (1993, p.23):
De tudo que se disse até agora, é preciso ressaltar que, embora a crônica, atualmente, possa ser utilizada, no âmbito jornalístico, de maneira abrangente (crônica social, esportiva, política, etc.), o que vai interessar ao nosso estudo será a crônica do autor, a crônica como forma de arte e considerada um gênero próprio, ou seja, a crônica literária.
Citações Indiretas: o redator usará a ideia de outro autor, apenas reproduzida com suas próprias palavras.
Exemplo: A literatura, ao narrar a nação, pode nos levar a entender melhor esse espaço, já que a dimensão simbólica das imagens confere à nação outros significados, muitas vezes desveladores de elementos não perceptíveis ao seu cidadão. (FONSECA, 1994).
A esse respeito, você poderá ler a publicação da normatização, utilizada pela Newton Paiva, que se encontra no site www.newtonpaiva.br. Na página inicial, clique em Biblioteca, depois no canto da esquerda clicar em “Manual de Normatização Técnica”. 
Voltamos agora à estrutura do texto. Estamos na parte de desenvolvimento. Nesse contexto, podemos perceber que existem diversas formas de trabalhar esta parte. Para isso é preciso que você conheça as ferramentas com as quais poderá trabalhar. 
Lembramos que a parte do desenvolvimento é a parte mais densa do texto. Por isso deverá ser bem articulada e principalmente encadeada de forma clara para que não fique fragmentada. O encadeamento se dá através de termos que utilizamos para amarrar uma ideia à outra. Por exemplo, podemos terminar um parágrafo introduzindo o assunto do parágrafo seguinte. Ou podemos, também, iniciar um parágrafo retomando a ideia trabalhada no parágrafo anterior. Alguns articuladores nos auxiliam nesta prática. Expressões como, Nessa perspectiva, Nesse contexto, Dessa maneira, Dessa forma; Ou os próprios conectivos como: Mas, Porém, Contudo, Todavia quando trabalhamos com ideias opostas. Por isso, Por essa razão, quando trabalhamos com causa e consequência; Portanto, Logo, Concluindo, quando estamos finalizando o texto. 
CONCLUSÃO: a conclusão de um texto é fundamental para deixar o texto bem estruturado. Nessa parte, o autor sinaliza para o leitor que ele irá terminar sua escrita. A conclusão não necessariamente indica término ou fechamento do assunto, mas sim término daquela escrita. Um resumo forte e breve de tudo o que já foi dito é uma boa estratégia de terminar um texto. Cabe também a essa parte responder à questão proposta inicialmente (se houve questão), expondo uma avaliação final do assunto.
Modos de conclusão de um texto:
- Retomar a introdução ou alguma parte essencial da escrita;
- Reforçar ideias já apresentadas;
- Sintetizar algum argumento importante;
- Fazer um breve resumo do exposto no texto.
O texto poderá ser concluído com alguma frase de impacto, fazendo com que fique memorizado algo importante da discussão, ou até mesmo com alguma indagação que levará o leitor a continuar a reflexão sobre o tema proposto. Mas cuidado para nessa indagação você não introduzir outro assunto. Na conclusão, não se deve instaurar uma discussão nova. 
TÍTULO: Determinados tipos de textos exigem um título. O título deverá ser considerado como parte do texto. Deverá conter poucas palavras, mas definir bem a temática do texto. O título deverá ser chamativo, sugestivo e de preferência ser escolhido por último.
Depois que você terminar de organizar sobre o que vai escrever, quais estratégias usar para desenvolvê-lo e como vai terminar, você poderá começar a escrevê-lo. Procedendo dessa forma, você construirá um texto mais claro e bem articulado.
2.4. Conceituando a “Informação”
A informação é uma comunicação levada ao conhecimento de uma pessoa ou do público. É o conteúdo da mensagem emitida ou recebida. A informação é o ato de noticiar algo a alguém, comentar ou dar parecer sobre alguma coisa.
De acordo com Medeiros (2001, p.22), 
Informação é o conteúdo da mensagem emitida ou recebida, que, para ser eficaz, depende de sua originalidade. Uma mensagem corriqueiramente elaborada, com aproveitamento de frases feitas clichês, lugares comuns, por exemplo, corre o risco de nada informar, de sequer motivar o receptor a prosseguir a leitura.
Para Medeiros (2001), a informação é algo comunicado a uma pessoa ou ao público de maneira efetiva.
2.5. Clareza na escrita
Um texto claro é aquele que não deixa dúvidas para o leitor. Para escrever com clareza, é preciso conhecer bem o assunto. Para isso, é necessário organizar as ideias, ou seja, saber qual é a ideia mais importante e como as outras se relacionam com ela. 
Em uma empresa, a redação é uma espécie de linguagem escrita que trata de fatos ou assuntos técnicos ou científicos. Embora a estrutura e o estilo de um texto técnico apresentem características próprias, os princípios básicos para se fazer uma redação técnica são os mesmos que utilizamos em outros tipos de textos, ou seja, a composição fundamenta-se na clareza, correção, coerência, objetividade, ordenação lógica, entre outros. Para tanto, é preciso que o autor também domine aspectos linguísticos da língua, como: pontuação, regência, concordância, uso dos pronomes, etc.
A clareza de um texto está relacionada à maneira como se estruturam as frases. Procure sempre escrever frases curtas, respeitando a ordem direta da língua. Isto é, sujeito+verbo+complemento pedido pelo verbo. Escreva uma ideia de cada vez, apenas se preocupando em encadear uma ideia à outra.
Veja o exemplo abaixo:
Os operários da Companhia Vale Rio Doce reivindicaram a seus superiores atitudes administrativas que lhes propiciassem condições melhores de trabalho e, conseqüentemente, maior segurança no desempenho de suas funções, gerando uma satisfação geral do funcionário, como também solicitaram o aumento de salários e benefícios oferecidos pela companhia, resultando na tão almejada sensação de estabilidade profissional.
Esse texto poderia ser escrito de forma mais clara se assim fosse redigido:
Os operários da Companhia Vale Rio Doce reivindicaram a seus superiores atitudes administrativas que lhes propiciassem melhores condições de trabalho. Solicitaram, também, uma maior segurança no desempenho de suas funções, o que geraria a satisfação geral dos funcionários. Entre as reivindicações, os operários cobraram, ainda, o aumento de salários e benefícios oferecidos pela companhia, resultando na tão almejada sensação de estabilidade profissional.
Outra dica: ao terminar de redigir algum texto, principalmente se for para publicação, você poderá pedir alguém para ler o que escreveu e observar se a escrita ficou clara. 
3. Teoria na Prática 
O cuidado com a redação é fundamental para que o texto seja claro, evitando problemas na hora da leitura. Muitas vezes, deparamos com muitas redações mal elaboradas. Isso ocorre, inclusive, nas redações das notícias dos jornais. Pela urgência de elaborar uma pauta de publicação, sem tempo para revisões, o texto aparece com problemas.
Observe a seguinte frase, retirada de um jornal: 
 “A direção do hospital não deixou que o Presidente conversasse com os pacientes atendidos por enfermeiras inexperientes que acusavam o hospital de maus-tratos.” (http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/ult1796u143.jhtm)
A passagem ambígua é: “...pacientes atendidos por enfermeiras inexperientes que acusavamo hospital...”
 A palavra que provoca uma ambiguidade, (“Ambiguidade” refere-se àquilo que gera mais de uma interpretação, não permitindo exclusão de nenhuma possibilidade. Tanto pode ser uma coisa quanto outra.) pois, da maneira como o período foi construído, tem-se a impressão de que as enfermeiras acusavam o hospital; mas, segundo o jornal, os pacientes é que o acusavam de maus-tratos praticados pelas enfermeiras.
Observe: o que pode ser substituído pelos pronomes relativos o qual, a qual, os quais, as quais. O gênero e o número desses pronomes dependem do elemento substituído por eles. Se for feminino, singular, substitui-se por “a qual”; feminino, plural: “as quais”; masculino, singular: “o qual”; masculino, plural: os quais.
Na frase retirada do jornal, por exemplo, a substituição impediria a ambiguidade, uma vez que o substantivo pacientes seria substituído por os quais, e enfermeiras, por as quais. 
A frase ficaria assim: A direção do hospital não deixou que o Presidente conversasse com os pacientes atendidos por enfermeiras inexperientes os quais acusavam o hospital de maus-tratos. 
Exemplos de frases com problemas de estruturação (MARTINS; ZILBERKNOP, 2007:77):
Precisa-se de babá para cuidar de criança de 17ª 25 anos. (má disposição de palavras na frase.)
Melhor formulação: Precisa-se de babá, com idade entre 17 e 25 anos, para cuidar de criança. 
Escutei algo a respeito do envenenamento da mulher sentada na praça. (má disposição das palavras na frase)
A frase ficaria melhor assim: Sentada na praça, escutei algo a respeito do envenenamento da mulher.
4. Recapitulando 
 Veremos agora um resumo da unidade que estudamos:
1. Elementos da comunicação: emissor, mensagem, código, receptor.
2. As falhas na comunicação podem ocorrer de diversas formas. Algumas vezes os problemas acontecem na hora da emissão, outras na recepção. Podem ocorrer também quanto à escolha do código a ser utilizado ou do mau uso desse código.
3. Ao mesmo tempo em que somos emissores, somos receptores.
4. Para a construção de um texto bem escrito, são necessários os seguintes elementos: clareza, 
 correção, coerência, objetividade, ordenação lógica, entre outros.
5. Instâncias narrativas: quem escreve, o que escreve, para que escreve, para quem escreve, como escreve, onde escreve.
6. Todo texto deverá constar de uma introdução, desenvolvimento e conclusão.
7. Devemos ficar atentos quanto à questão do Plágio. Citar outros textos é interessante e sempre enriquece nossa produção, mas devemos citá-los respeitando as normas da ABNT para citações.
5. Referências 
ARRIGUCCI. Davi Jr. Enigma e comentário: ensaios sobre literatura eexperiência. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
BENDER, Flora Chiristina, LAURITO, Ilka Brunhilde. Crônica: História, teoria e prática. São Paulo: Scipione, 1993.
DISCINI, Norma. A comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005.
FONSECA, Maria Nazareth Soares. Literatura e imaginário social. In: Revista do IV Congresso da ABRLIC - Literatura e diferença. 1994. 
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 26ª. Ed. Rio de janeiro. Editora FGV, 2008.
KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever melhor o português. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2000.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 26ª. ed. São Paulo. Atlas, 2007.
SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11 ed. São Paulo: Globo, 2001.
Unidade 2: Cartas Comerciais – Termos de Abertura e Fechamento
1. Nosso Tema
A correspondência comercial é um tipo de comunicação escrita muito utilizada no meio empresarial e serve para facilitar, agilizar e documentar as transações. Dentro da empresa, essa escrita registra as comunicações de seus colaboradores. A correspondência comercial pode ser usada também para as articulações fora da empresa. Para facilitar a comunicação, os textos devem ser bem redigidos, respeitando uma determinada formatação.
 E é sobre as correspondências comerciais e suas configurações que vamos estudar nesta unidade. 
Origem: A carta, como meio de comunicação entre pessoas, existe desde o século IV a.C. Outros meios apareceram desde então com a mesma finalidade, mas a carta manteve-se como opção importante.
Definição: Cartas comerciais são documentos usados por empresas privadas ou públicas com o objetivo de facilitar os contatos, viabilizando as transações. A carta comercial é um documento escrito com uma linguagem clara, objetiva, simples, dentro das normas cultas da língua. 
Linguagem: Quanto á linguagem, podemos perceber que as cartas comerciais devem primar pela 3clareza de pensamento e pela objetividade. O texto deverá ser coerente e coeso (aspectos já estudados na Unidade 1). 
Para isso, é importante que o redator tenha bem definidos estes aspectos.
 Vá até a aula online para você, aluno, ter conhecimento sobre a coerência e a coesão.
Para Refletir 
Ao contrário das cartas comerciais, as demais cartas podem ser elaboradas com estilo, abusando das figuras de linguagem, do estilismo, da conotação. Lembrando que conotação seria o sentido conotativo das palavras, isto é, sentidos outros que não o encontrado no dicionário. A esse sentido, encontrados no dicionário, dá-se o nome de sentido denotativo. 
A exemplo das cartas literárias transcrevemos trecho de uma carta escrita por Carlos Drummond de Andrade a Mário de Andrade em 1925:
Belo Horizonte, 20 de maio de 1925
Meu amigo
Agora sou eu o faltoso, mas estou que você não terá notado meu silêncio, uma vez que anda sempre ocupado. Acontece que esse demônio da ocupação se apossou também dos meus dias. Imagine uma coisa mais simples, mais extraordinária, mais comum, mais sensacional, etc., etc.. (Madame de Sévigné) (O autor faz referência aqui a uma marquesa de Paris que era uma contumaz correspondente de sua filha.) vou casar em breve. Avalie agora o meu estado de espírito, fruto dos mil e um incidentes que me roubam o tempo e, com ele, a ocasião de continuar nossa conversa, para mim tão deleitosa. Um homem que vai casar é um homem à parte. Ainda hei de lhe escrever uma carta bem comprida, contando por miúdo o que tenho sentido, e que não é complicado, mas também não é vulgar: um misto de inquietação, desânimo, de alegria (alegria desenganada) e de mais uma porção de coisas. Você conhece mais ou menos o meu feitio e deve calcular a maneira como esses acontecimento impressiona minha sensibilidade. Resumindo, posso dizer que tenho sofrido um pedacinho com esse originou prazer de casar. Desconfio, porém, que nisso tudo anda um pouco de literatura. Desconfio ainda do meu temperamento de exceção. Exceção é quase sempre falta de saúde física e moral, não acha? Diga o que lhe parece estar no fundo de meus sentimentos. Não lhe será difícil: Deus lhe dotou com uma fina penetração psicológica. Mesmo de longe, e ignorando detalhes – os detalhes só servem para atrapalhar- você sabe mexer na alma da gente. Preciso de fortificantes para o espírito. Enfim: sou uma besta. Dê uns conselhos para esta besta. (...) (p. 120)
Fonte: FROTA, Lélia Coelho. A lição de amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: Record, 1988.)
O curioso dessa carta não está somente na linguagem empregada. O mais interessante está no fato de que, naquele tempo, as correspondências não chegavam com tanta rapidez como hoje. A resposta às questões e angústias de Carlos Drummond a respeito do casamento chegou tardiamente. A carta demorou tanto a chegar que, quando Carlos Drummond a recebeu, já estava casado e nada lhe valeram os conselhos de Mário de Andrade. A carta resposta e mais inúmeras correspondências dos dois grandes escritores brasileiros encontram-se publicadas no livro “A lição de amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade”.
Qual seria a diferença entre as cartas literárias e as cartas comerciais?
Vamos conseguir perceber a diferença por meio dos tópicos seguintes. 
Vejamos!!!!!!
2. Conteúdo Didático
2.1 Introduçõescomuns nas correspondências 
As correspondências, para que fiquem mais claras, deverão ser divididas em algumas partes, a saber:
Vocativo e saudação
A invocação é sempre seguida de dois pontos. Não se usam vírgulas depois da saudação porque não se inicia o texto da carta com letras minúsculas. A invocação deverá ser respeitosa e sincera. Seguem abaixo alguns exemplos: 
Senhora Maria Santos: também é recomendável que, em vez de Prezado Senhor (que significa querido senhor), se usem outras formas, como: 
Senhor Diretor: (e antes do nome próprio se usa a abreviatura Sr.)
Sr. Antônio Rodrigues: 
Professor:
Senhores: (para pessoa jurídica)
Logo após a saudação, deve-se iniciar o texto.
Nas introduções das cartas, o redator deverá deixar claro para o seu interlocutor o motivo de sua carta. Abaixo alguns exemplos de introdução:
 Informamos V.SA. de que...
Solicitamos a V.Sa.....
Atendendo as solicitações de sua correspondência...
Com relação aos termos de sua carta...
Acusamos o recebimento de sua carta...
Pedimos a gentileza de enviar-nos...
Temos a satisfação de lhes apresentar...
Nas correspondências comerciais, uma das dificuldades encontradas pelo redator é também quanto ao emprego do pronome de tratamento. O pronome de tratamento deverá ser adaptado à pessoa a quem nos dirigimos. Assim, se nos dirigimos a uma pessoa mais velha, que não conhecemos, não utilizaremos o "você". Tampouco falamos com uma criança com o pronome "senhor". Da mesma forma, se nos dirigirmos a uma autoridade, o pronome deverá ser apropriado respeitosamente a essa pessoa.
Observem o quadro abaixo com os pronomes de tratamento:
	Pronomes de tratamento
	
	Abreviaturas
	
	Pronome
	Singular
	Plural
	Emprego
	você
	v.
	
	tratamento informal
	o(s) senhor(es), a(s) senhora(s)
	sr.
sra. 
	srs.
sras.
	tratamento formal ou cerimonioso
	Vossa Alteza
	V.A.
	VV.AA.
	príncipes, princesas, duques
	Vossa Eminência
	V. Em.a
	V.Em.as
	cardeais
	Vossa Excelência
	V.Ex.a
	V.Ex.as
	altas autoridades
	Vossa Magnificência
	V.Mag.a
	V.Mag.as
	reitores de universidades
	Vossa Majestade
	V.M.
	VV.MM.
	reis, imperadores
	Vossa Reverendíssima
	V.Rev.ma
	V.Rev.mas
	sacerdotes
	Vossa Senhoria
	V.S.a
	V.S.as
	autoridades, tratamento respeitoso, correspondência comercial
	Vossa Santidade
	V.S.
	
	Papa, Dalai Lama
Fonte: educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u48.jhtm 
Lembrete: Apesar de esses pronomes referirem-se à 2ª pessoa, aquele com quem se fala, os pronomes de tratamento se comportam como pronomes de 3ª pessoa, de quem se fala. Ex.: V.Sa. sabe de quem estou falando.
A esse respeito, leiam também o interessante artigo Uso das formas de tratamento, da Profa. Luísa Galvão Lessa.
 http://www.agazeta-acre.com.br/Web/Noticias.do?ID_Not=12547. Data da pesquisa: 08/03/2009.
 
Neste tópico, aprendemos os termos de abertura de uma correspondência comercial. Passemos agora para o fechamento da correspondência.
2.2 Fechos de cortesia
Ao finalizar a redação, devemos usar alguma expressão de fechamento que demonstre elegância.
Abaixo alguns exemplos de termos de fechamento:
- Agradecemos a atenção.
- Aguardamos providências a respeito, subscrevemo-nos.
 Atenciosamente 
- Aguardamos seu pronunciamento, subscrevemo-nos
 Atenciosamente 
- Com a consideração de sempre, firmamo-nos
 Atenciosamente
 - Com elevada consideração.
- Com distinta consideração.
- Saudações atenciosas.
Termos de fechamento para amigos:
- Cordialmente 
- Um grande abraço
- Abraços
Fechos a serem evitados:
Aguardando suas notícias...
Sendo o que se apresenta para o momento....
Vamos em frente com outros tópicos importantes. Este é o nosso próximo assunto.
2.2.1 Outros tópicos importantes 
Cabeçalho ou timbre:
O timbre, ou o que chamamos também de cabeçalho, é logotipo da empresa contendo suas iniciais. Algumas empresas utilizam papel de carta com timbre, composto de nome da empresa e endereço. Outras fazem um modelo de papel timbrado eletrônico, utilizado inclusive no computador.
Índice (órgão expedidor e nº. de expedição):
Expedidor da carta que também pode vir acompanhado de um número. Controla as correspondências emitidas, facilitando sua localização em arquivos.
Local e data:
Local seguido de vírgula e depois a data. 
Atenção: não se coloca zero antes dos números e nome do mês, que deverá ser escrito em letra minúscula.
Endereçamento:
O endereçamento interno está em desuso, e o externo aparece no envelope.
Referência:
A referência é na realidade o assunto a ser tratado.
 Assinatura:
Dispensa-se em qualquer documento o uso de traço para a assinatura.
Cargo ou função de quem assina a carta:
Não se usam caracteres maiúsculos para ressaltar cargos ou funções do emissor.
Diretor, Secretário Comercial.
Anexos:
Os anexos são os documentos que acompanham a correspondência. Somente anexamos documentos indispensáveis na comprovação de informações ou quando solicitados.
Evite usar a expressão “em anexo”. O melhor é usar:
Anexa guia de recolhimento
Anexas notas promissórias (observe a flexão para o plural)
Iniciais de redator e digitador:
As iniciais do digitador são colocadas no rodapé, à esquerda, sob a assinatura e após as iniciais do redator. Usa-se também colocar essas iniciais em letras minúsculas. Se o redator e o digitador forem os mesmos, coloca-se uma barra diagonal e, em seguida, as iniciais. Ex.: /Mir ou /MIR.
De acordo com o que aprendemos, veja na sua aula online um exemplo de uma carta empresarial:
2.3 Técnicas de simplificação 
Diz o velho ditado: “Podendo simplificar, para que complicar.”
Nas correspondências comerciais, isso não é diferente. Assim, o redator deverá optar por reduzir o número de palavras. Mas cuidado, não queremos dizer que devemos deixar lacunas na redação. Devemos, sim, usar expressões diretas, como:
Segue anexo a esta... 
Anexamos...
 Será prontamente atendido. 
Será atendido...
Anteriormente citado. 
Citado...
Levamos ao seu conhecimento. 
Informamos....
 Vimos solicitar... 
Solicitamos...
Nesta unidade aprendemos que o texto das cartas comerciais deverá contar objetivamente com local e data, destinatário, vocativo, contexto ou assunto escritos com clareza, despedida e assinatura. Ficou faltando estudarmos como se elabora o corpo do texto, assunto que será apresentado com mais detalhes na próxima unidade.
3. Teoria na Prática 
Abaixo veremos, na prática, como se empregam os itens estudados para elaborar uma carta empresarial:
MODELO DE CARTA COMERCIAL
Timbre
5 espaços (5x1)
Índice e número 
DPV/25
3 espaços (3x1)
Local e
data
Belo Horizonte, 08 de fevereiro de 2009. 
5 espaços (5x1)
Referência 
Ref: Notícia sobre lançamento de livro
3 espaços (3x1)
Invocação
Professor: Sr. Reginaldo Santos
3 espaços (3 x 1)
Meus dois livros – Técnicas de redação e correspondência – receberam de sua parte 
atenção ímpar, e você fizeram publicar, em sua revista, resenha que muito me gratificou.
Dessa maneira, envio-lhe um exemplar do meu mais recente lançamento, 
“Manual de redação comercial”, não para exigir-lhe elogios, mas como gratidão pelas 
sugestões que você sempre me apresenta.
2 espaços (2x1)
Texto
Este livro aborda questões sobre redação comercial e é destinado às secretárias, a gerentes, a universitários ou a qualquer pessoa que necessite de dicas para esse tipo de redação.
 2 espaços (2x1)
Cumprimento 
Cordiais saudações.
final
2 espaços (2x1)
Atenciosamente,
3 espaços (3x1)
Assinatura
Rafael Moniz
3 espaços (3x1)
Anexos
Anexos: Press-release e livro Manual de Redação.
3 espaços (3x1)
Iniciais
JBM/MS
3 espaços (3x1)
Cópia 
c/c: Gerência de comunicação Social
MEDEIROS, João Bosco. Redação Empresarial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001. (modelo adaptado)
4. Recapitulando 
Abaixo estão os principais tópicos estudados nesta unidade:
A carta comercial é um documento escrito com uma linguagem clara, objetiva, simples, dentro das normas cultas da língua. 
O texto deverá ser coerente e coeso.
Evitar vocabulários eruditos de difícil compreensão.Sentido denotativo das palavras é o sentido encontrado no dicionário e o conotativo é um outro sentido empregado para a palavra que é recuperado de acordo com o contexto.
É preciso que se faça a adequação dos pronomes de tratamentos de acordo com a pessoa a 
quem se dirige a carta.
Na exposição do pensamento, a objetividade e a rapidez são exigências modernas.
Tópicos da carta comercial: local e data,  destinatário, vocativo, contexto ou assunto escritos com clareza, despedida e assinatura
5. Referências 
GOLD, Miriam. Redação Empresarial: escrevendo com sucesso na Era da Globalização. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 2002.
MEDEIROS, João Bosco. Correspondência. 14 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEDEIROS, João Bosco. Redação Empresarial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
Unidade 3: Cartas comerciais – corpo do texto
1. Nosso Tema
Depois que você fez a abertura de sua correspondência com uma incisiva exposição sobre o motivo que o levou a enviar a correspondência, é o momento de você começar a redação do corpo de sua carta. O corpo de sua carta, parte do desenvolvimento das ideias, deverá ser trabalhado observando os aspectos coesivos e coerentes (esses aspectos serão bem trabalhados mais à frente). Nessa perspectiva, o redator deverá trabalhar de maneira que seu texto seja claro, simples, coeso e, principalmente, argumentado de forma segura para que possa passar a informação de maneira eficiente. Para isso, é importante que o redator saiba também com clareza do que vai tratar em sua carta para evitar dúvidas e má interpretação de sua mensagem. Logo a linguagem terá de ser:
· Simples;
· Precisa e objetiva;
· Dentro das normas cultas da língua;
· Concisa, enxuta; 
· Impessoal (usar 3ª. p. do singular).
Assim, será importante que nos atentemos quanto a alguns aspectos que serão detalhados nesta unidade. Vamos adiante!!!!!!!!!
Para Refletir 
Veja na sua aula online a Carta – Poema, de Manuel Bandeira.
Observe o tipo de linguagem e como se diferencia das cartas comerciais. O próprio autor intitula o texto de “Carta – Poema”. Esse texto poderia ser chamado de carta?????????????
Passemos agora para as dicas sobre a construção do corpo do texto, considerando a forma e o assunto.
2. Conteúdo Didático
2.1 Elaboração do Texto
O texto da carta é em geral um relato baseado em acontecimentos comprováveis. Devemos sempre ter em mente que o texto de qualquer carta comercial será guardado como documento. Por isso, devemos expor os assuntos com rapidez, relatando apenas o que é significativo. Nesta parte, o redator deverá tomar o cuidado para não ser prolixo, isto é, ficar relatando fatos secundários, esquecendo-se do mais importante. Por essa razão, a clareza de pensamento é a principal qualidade do redator. Palavras que marcam o subjetivismo, como os adjetivos, devem ser evitados. 
Exemplo: 
	Ao invés de:
	O texto ficaria claro e objetivo assim:
	Esclarecemos que este Departamento foi organizado de tal forma que agilizará o competente e necessário atendimento a toda e qualquer empresa que atue na área de projetos.
	Esclarecemos que este departamento foi organizado para agilizar o atendimento às empresas que atuem projetos.
A esse respeito Medeiros (2001) diz que
São exigências modernas a objetividade e a rapidez na exposição do pensamento Por isso, mais do que nunca é preciso buscar clareza de pensamento, concatenação de idéias, vocabulário exato. A linguagem utilizada nas relações comerciais exige o conhecimento de certas fórmulas e praxes em que se deve exercitar o redator comercial. (76).
As “praxes” citadas por Medeiros são aspectos da escrita, já trabalhados e novamente estudados a seguir, como: coerência, exatidão, clareza, concisão. Este último ficará mais bem detalhado no tópico sobre “Simplificação”, comentado também nesta unidade.
Antes de começar a redigir sua carta, faça a escolha do tipo de carta com a qual você irá trabalhar. Existem diversos tipos de cartas comerciais, variando, às vezes, a forma de acordo com a mensagem a ser enviada. Assim temos:
No próximo capítulo, falaremos especificamente sobre alguns desses modelos de correspondências comerciais.
Depois de definir o modelo de carta a ser redigida, faça um recorte do assunto. Isto é, tenha bem clara a ideia-chave de sua mensagem. 
Preste Atenção: você deverá despertar o interesse do seu receptor em relação ao seu assunto. Para isso, mantenha o “tom” de sua escrita sempre positivo e confiante. Seu interlocutor deverá se sentir motivado a entrar em contato, dando-lhe respostas ou propondo um encontro para se interar melhor do assunto. Esse momento poderá ser a “pedra angular” de uma transação. 
A parte do desenvolvimento da mensagem é o espaço destinado à explanação mais detalhada sobre as razões que nos levaram a escrever. Coloque aqui todas as informações específicas para que o destinatário compreenda o seu propósito. Por exemplo, se você estiver oferecendo um serviço ou um produto, fale de maneira clara, eficiente e entusiasta sobre o serviço ou produto que você está oferecendo. Se se tratar de um projeto, fale sobre sua pertinência. Essa parte da carta, como nos textos argumentativos, também é conhecida com a parte argumentativa. Vale a pena estudarmos melhor a questão da argumentação.
Vamos ver a seguir!!!!!!!!!!!!
2.2 Persuasão 
Persuasão, do latim “persuadere”, significa aconselhar ou convencer o outro a fazer o que propomos. Alguns estudiosos fazem distinção entre persuadir e convencer. Mas, pode-se dizer que persuadir também é convencer, pois vence o outro pelos argumentos. Portanto, na hora de persuadir o outro, o importante é a capacidade de argumentar, e para isso é preciso que tenhamos bons argumentos. Assim vamos estudar um pouco sobre como argumentar.
Lembre-se, também, de que argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro, ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las. O segundo, referente à paixão, busca captar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo. Assim:
A lógica argumentativa apresenta uma afirmativa inicial, premissa ou proposição, composta por afirmações factuais que podem ter seu valor de verdade (trabalhar com o que é fato), verificado pela confrontação com os fatos que representam; por julgamentos, que são inferências deduzidas dos fatos ou por testemunhos de autoridade, geralmente, de responsabilidade de especialistas no assunto (citando autoridades); a argumentação propriamente dita tem a proposta de provar os fatos e isso poderá acontecer por meio de algumas estratégias argumentativas, como, por exemplo: justificando, explicando, enumerando, exemplificando, conceituando, descrevendo ou narrando o fato. E, por último, é importante apresentar uma ideia que conclua o processo argumentativo. 
Portanto, a parte argumentativa ou corpo da carta também constará de uma introdução da argumentação, desenvolvimento e conclusão da argumentação.
Vá até a sua aula online e veja, no exemplo mostrado, a parte argumentativa da carta de apresentação e importantes dicas.
Atenção quanto ao uso do gerúndio de forma inapropriada!!!!!!!!!!!!!! 
	Ao invés de:
	O correto é:
	Esperando a sua resposta...
	Aguardo resposta
	Dando-lhe os mais expressivos agradecimentos..
	Agradeço-lhe...
	Juntando à presente... 
	Junto à presente carta...
	Acusando a recepção... 
	Acuso recepção...
2.3 Amarração do texto 
Lembre-se de que outra qualidade do texto é quanto à amarração dos parágrafos. Dessa forma, procure dar uma sequência lógica à exposição de suas ideias. Isso é conhecido como coesão textual e se aplica a qualquer modalidade de escrita. A esse respeito, Medeiros (2001) diz que “A transposição de um parágrafo para outro pode ser feita mediante a repetição, que consiste em iniciar o novo parágrafo com o vocabulário ou com a idéia de real importância do parágrafo anterior”. (p. 127). A coesão também pode se dar com a utilização de expressões que amarram o texto Ex.: Dessa maneira,...; Assim,...; Nesse contexto,..; Da mesma forma,...; etc; ou termos, como: também, mas,e, para, etc.
Articuladores coesivos de um texto:
· Para intoduzir argumentos que se somam a outro, tendo em vista a mesma conclusão: e, nem, também, não só... mas também, além disso, etc. 
· Para introduzir enunciados que exprimem conclusão ao que foi expresso anteriormente: logo, portanto, então, consequentemente, etc. 
· Para introduzir enunciados argumentos que se contrapõe a outro visando a uma conclusão contrária: mas, porém, todavia, embora, ainda que, apesar de, etc. 
· Para introduzir enunciados argumentos alternativos: ou... ou, quer... quer, seja... seja, etc. 
· Para estabelecer relações de comparação: mais que, menos que, tão... quanto, tão... como, etc. 
· Para estabelecer relação de justificativa, explicação em relação a enunciado anterior: pois, porque, que, etc. 
· Articuladores cuja função é introduzir enunciados pressupostos: agora, ainda, já, até, etc. 
· Articuladores explicativos cuja função é introduzir enunciados, que visa a esclarecer um enunciado anterior: isto é, em outras palavras, seja, etc. 
Exemplo retirado da Carta de apresentação da aula online:
 “(...) Tenho considerável experiência em marketing em duas grandes multinacionais – coca-cola e Sony- em que tive a oportunidade de participar do lançamento de vários produtos, além de ser responsável pelo treinamento da equipe de vendas. O trabalho em multinacionais também contribuiu para aumentar minhas habilidades em comunicação e liderança.” 
“Na minha trajetória profissional, adquiri também experiências em recursos humanos - recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, treinamento e desenvolvimento, qualidade de vida, sustentabilidade etc.”
Nesse exemplo, podemos perceber que o também retoma de forma inclusiva as experiências citadas anteriormente.
Outro aspecto importante na redação é a coerência textual. E é sobre isso que vamos estudar a seguir.
2.4 Coesão e coerência 
A coerência se dá quando não ocorrem contradições dentro do texto. Dessa maneira, o redator deverá prestar atenção quanto ao que redige para mais à frente, no texto, não contradizer algo afirmado anteriormente. A coerência se diz também com uma certa sequência dos elementos trabalhados no texto. Logo, se você utilizar a palavra “primeiro” antes de expressar uma ideia, é coerente ao texto que logo à frente apareça a palavra “segundo” e assim consecutivamente. Medeiros (2009) chama a atenção para as relações de causa e consequência trabalhadas dentro do texto: 
 Para o aprimoramento da ordem de um texto, recomenda-se cuidado especial em relação às causas e conseqüências, não se confundindo uma com a outra. Causa é o que faz com que algo exista. Está diretamente ligada ao efeito. A conseqüência é o resultado de uma causa ou comportamento. Ex.: Há no Brasil um exército de mão-de-obra desempregada por total falta de qualificação profissional, causa principal dos conflitos sociais. (p.130) 
Na frase citada como exemplo, fica claro o que é causa e consequência Assim, podemos constatar que em uma redação clara e com frases bem articuladas as dificuldades quanto à compreensão do pensamento ficam praticamente eliminadas. 
Portanto, podemos concluir que a coerência é a harmoniosa relação entre uma ideia principal e as ideias secundárias.
Além dos aspectos coesivos e coerentes do texto, devemos também prestar atenção a outros aspectos importantes para que sua redação fique clara, como: Clareza, precisão, concisão e correção. 
Então vamos continuar os estudos???????????
2.5 Clareza, precisão, concisão e correção
2.5.1 Clareza 
A clareza textual consiste em elaborar o texto dando preferência a vocábulos simples e inteligíveis ao receptor comum, formado com períodos curtos e na ordem direta (sujeito+verbo+complemento). Períodos longos dificultam a compreensão da informação. Fale uma coisa de cada vez, conforme já vimos na Unidade 1.
2.5.2 Precisão
A precisão é a escolha do termo adequado ao seu interlocutor. A escolha da palavra exata exige certo conhecimento do vocabulário. Portanto, não utilize uma palavra que você desconhece o significado. A utilização de palavras adequadas, com sentidos claros, confere ao texto não apenas a clareza, mas a exatidão do pensamento a ser transcrito. 
2.5.3 Correção
A correção gramatical representa a obediência às regras gramaticais, com respeito às normas linguísticas. A "correção" se dá na medida em que nos atentemos para a escrita, quanto à forma correta da escrita das palavras. Quanto às expressões, há também que se evitar os vícios de linguagem, como ocorreu com o uso abusivo dos gerúndios, jamais usar termos chulos e deselegantes. Portanto, quanto à correção, devemos observar os seguintes pontos: ortografia das palavras, seleção do vocabulário, além da correta concordância verbal e nominal, da formação do plural das palavras. Em caso de dúvidas, consulte qualquer gramática, pois todas elas trazem esses aspectos. Quanto à grafia das palavras, consulte um dicionário. Se não tiver um dicionário em mãos na hora da redação, recorra a uma palavra sinônima.
2.5.4 Concisão
A concisão diz respeito à objetividade no texto. É importante que coloquemos as informações necessárias, mas de forma direta, sem muitas delongas. Para isso, evite períodos extensos com muitos acessórios, com muitos adjetivos. A objetividade na exposição, traduzindo o sentido claro do pensamento, sem digressões desnecessárias, representa o ideal na exposição das ideias. Releia sobre a concisão na unidade 1 tópico 1.5. 
2.6 Estéticas das cartas comerciais: vícios de linguagem, estereótipos  e modismos
A estética da carta varia de acordo com a finalidade. Por exemplo, caso você esteja redigindo uma carta endereçada a algum órgão público, a redação deverá obedecer a procedimentos formais como a disposição da data, do vocativo (nome, cargo ou título do destinatário), do remetente e a assinatura.
Quanto à distribuição do texto no papel, a estética vai variar de acordo com o tipo de texto. Entretanto, recomenda-se que a margem esquerda do papel tenha 20 espaços e a da direita, 10, a fim de facilitar o arquivamento da carta sem danificar o documento.
A localidade e a data, bem como o nome e o cargo ficam alinhados à margem direita, enquanto os demais elementos ficam alinhados à margem esquerda. Para se iniciar o parágrafo, contam-se dez espaços. 
O papel normalmente utilizado é o A 4, e o espaço interlinear costuma ser de 1,5 ou 2. Além disso, devemos usar dois espaços de 1,5 ou três espaços simples para separar os parágrafos. Contudo, o mais importante é que a carta tenha uma forma limpa e harmoniosa. 
Apesar de existirem diversos modelos de cartas comerciais disponíveis em sites e livros, o redator poderá estilizar suas próprias correspondências.
Mas, para isso, é preciso que tenhamos em mente que:
· Determinados documentos possuem uma formatação específica que deverá ser respeitada;
· O redator jamais deverá fazer uso de estilo de linguagens nas correspondências comerciais, como comentado anteriormente;
· Devemos principalmente lembrar que, na maioria das vezes, a simplicidade é a maior beleza quando se refere a textos escritos. 
2.6.1 Vícios de linguagem
Vícios de linguagem, como o próprio nome diz, são formas que aparecem quanto à linguagem e se espalham, muitas vezes sem percebermos a origem. Ao contrário do que pode denotar, os vícios de linguagem demonstram pouco conhecimento da língua. Citamos como exemplo o gerundismo. O uso inadequado do gerúndio, substituindo a forma futura do verbo, apareceu e se espalhou tal qual um vírus. Chegou a tal absurdo que, no lugar de usar apenas um verbo, apareceram construções em que se empregam três verbos seguidos. 
Exemplo:
	Ao invés de:
	O correto é:
	Eu vou estar transferindo a sua ligação.
	 Eu transferirei sua ligação.
O Pleonasmo também é outra forma que devemos evitar. O pleonasmo consiste numa repetição desnecessária de palavras.
Por exemplo:
	Ao invés de:
	O correto é:
	Você deverá comparecer pessoalmente ao setor de Recursos Humanos da empresa.
	Comparecer sópode ser pessoalmente, portanto a palavra pessoalmente é desnecessária.
Outro vício de linguagem muito recorrente nos discursos, tanto escrito, quanto oral, é o emprego do pronome relativo “onde”, quando a ideia é de tempo. O pronome relativo “onde” só deverá ser utilizado quando nos referirmos a espaço geográfico. Com a ideia de tempo usa-se o “em que” ou “quando”.
Exemplo:
	Incorreto:
	O correto é:
	O filme “Olga” conta a passagem da vida de Olga Benário, onde foi duramente perseguida pelo governo Vargas.
	O filme “Olga” conta a passagem da vida de Olga Benário, quando foi duramente perseguida pelo governo Vargas.
Exemplo correto do emprego do pronome relativo “onde”:
Estudo no prédio da Newton Paiva onde funciona a Reitoria. 
2.6.2 Estereótipos
Entendemos como estereótipo nas cartas comerciais a reprodução de ideias de forma generalizada. Isto é, colocar pensamentos do “lugar comum”, todos dizem a mesma coisa. O estereótipo é considerado como uma repetição que na realidade revela uma falta de conhecimento e de criatividade. Nas correspondências comerciais, o estereótipo seria a reprodução de frases prontas que acabam por empobrecer as redações.
Exemplos:
 “Sem mais para o momento...” ao finalizar uma carta.
 “Vimos por meio desta apresentar...”
2.6.3 Modismos
Mais uma alerta quando à redação de cartas comerciais!
Cuidado com os modismos. Os modismos são recursos que surgem e se alastram como os vícios de linguagem. A propósito, esses dois aspectos são parecidos. Por exemplo, citamos a expressão “com certeza” que contaminou os discursos. Houve uma época em que as pessoas a repetiam de maneira enfadonha. Muitas vezes, um determinado “modismo” surge na contramão da eficiência. Em vez de facilitar a comunicação, acaba por comprometê-la.
Dessa maneira, apesar de existirem diversos modelos de cartas comerciais disponíveis para facilitar a escrita, é interessante o redator estilizar suas próprias correspondências. Isso fará com que ele possa se destacar, apresentando uma escrita criativa, sem pedantismo, sem repetições.
3. Teoria na Prática 
Abaixo um exemplo de correspondência comercial. Verifique a redação, a estética e os demais itens estudados até aqui.
CARTA DE RECOMENDAÇÃO PROFISSIONAL
        De: Apetrechos e cia
       Para: Linha Nova Ltda
       
       
       REF.: REFERÊNCIAS PROFISSIONAIS 
       
       Senhor José Alves:
       
O Sr. Luiz Santos trabalhou em nossa empresa no período compreendido entre Janeiro de 2004 e Março de 2009, na função de gerente de vendas, desempenhou durante esse tempo todas as suas atividades de maneira eficiente, demonstrando sua competência profissional, bem como facilidade no aprendizado de novas funções e na transmissão dos seus conhecimentos a outros. O Sr. Luiz foi demitido devido a uma reestruturação financeira pela qual passou nosso quadro de funcionários, que precisou ser reduzido, nada constando, durante sua passagem pela nossa firma, que o desabonasse. 
       
Portanto, reafirmo nosso entendimento de que são qualidades suas: competência, honestidade, capacidade e idoneidade, pelo que entendemos ser nossa obrigação recomendá-lo como ótima nova contratação de sua empresa, na qual certamente terá muito a acrescentar.
       
        Sem mais,
       
       Assino a presente.
       
       Belo Horizonte, 22 de Março de 2009.
      
       Ronaldo Lima Freitas 
4. Recapitulando
· O corpo de sua carta, parte do desenvolvimento das ideias, deverá ser trabalhado observando os aspectos coesivos e coerentes.
· O redator precisa saber também com clareza do assunto de sua carta. 
· Faça a escolha do tipo de carta com a qual você irá trabalhar. 
· Tenha bem clara a ideia-chave de sua mensagem.
· Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las. O segundo, referente à paixão, busca captar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo.
· A lógica argumentativa apresenta uma afirmativa inicial.
· Você precisa despertar o interesse do seu receptor em relação ao seu assunto.
· Outra qualidade do texto é quanto à amarração dos parágrafos.
· A coesão também pode se dar com a utilização de expressões que amarram o texto Ex.: Dessa maneira,...; Assim,...; Nesse contexto,..,etc
· A parte argumentativa ou corpo da carta, também, constará de uma introdução da argumentação, desenvolvimento e conclusão da argumentação.
· A coerência se dá quando não ocorrem contradições dentro do texto.
· Cuidado com os vícios de Linguagem, estereótipos  e modismos.
5. Referências 
DISCINI, Norma. A comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 26ª. Ed. Rio de janeiro. Editora FGV, 2008.
KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever melhor o português. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 26ª. ed. São Paulo. Atlas, 2007.
MEDEIROS, João Bosco. Redação Empresarial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11 ed. São Paulo: Globo, 2001.
Unidade 4: Textos empresariais: conceitos e modelos
1. Nosso Tema
Esta unidade refere-se a textos que circulam dentro da empresa. Entre eles, comentaremos o Aviso, a Circular, a Convocação, o Telegrama e as Cartas comerciais.
Esses textos fazem parte da comunicação escrita que circulam numa empresa e têm o objetivo de trocar informações.  
A informação faz com que se esclareçam os fatos por meio de mensagens. Por isso, os textos comerciais também servem de meio de informação para as tomadas de decisão, divulgam e padronizam os procedimentos através de veículos apropriados (circulares, notas, etc) e melhoram a comunicação interna. 
Segundo Medeiros (2001), 
Informação é o conteúdo da mensagem emitida ou recebida, que, para ser eficaz, depende de sua originalidade. Uma mensagem corriqueiramente elaborada, com aproveitamento de frases feitas clichês, lugares comuns, por exemplo, corre o risco de nada informar, de sequer motivar o receptor a prosseguir a leitura (p.22). 
Para Medeiros (2001), a informação precisa ser criativa, escrita de tal forma que o leitor se sinta motivado a ler cada detalhe da carta. Por isso, não se deve abusar dos detalhes e colocar o estritamente necessário.
Portanto, torna-se imprescindível criar textos em que se possam circular as informações necessárias ao bom andamento das atividades de interesse da empresa.
Aqui, veremos como redigir, sem dificuldades, esses documentos. Este material servirá também de consulta ao exercer suas atividades profissionais.
Vamos começar nossos estudos?
Para Refletir 
O poeta Cristiano Melo faz um alerta para um importante aspecto da comunicação.
Vamos ver se você percebe do que se trata!!
POEMA
Comunicação
Cristiano Melo, Agosto de 2008.
Comunicação truncada,
Certeza de confusão!
Trancafiada informação,
Misteriosa afeição,
Certeza de confusão!
Sina confusa
Do conflito.
Batalhas simbólicas,
Sinais indecodificáveis...
Confusão na certa!
Eu falo,
Tu não ouves.
Tu divagas,
Eu não escuto.
Com fusão das letras,
Que não comunicam.
Como comunicar?
Eis a questão!
Fonte: Disponível em <http://www.overmundo.com.br/banco/comunicacao> Acesso em 24/04/2009
O poema acima faz uma crítica à comunicação truncada. Isto é, uma comunicação que não se efetiva, não acontece.
Assim, é preciso que estejamos atentos na hora de nos comunicar para que nossa mensagem seja passada com eficiência. E, em se tratando do texto escrito, é preciso elevar nossos cuidados, pois não estaremos ao lado de nosso leitor para esclarecer as dúvidas.
 Como redigir e quais os cuidados que devemos ter é o que vamos ver!!
2. Conteúdo Didático 
Começaremos agora a ver separadamente alguns documentos mais usados nas relações comerciais e empresariais.
2.1. Aviso
O aviso é um documento trocado entre duas partes e serve para comunicar algo de interesse a ambas as partes. Dentre aos diversos modelosde aviso está o “Aviso Prévio” e, por ser um documento muito utilizado nas empresas, é sobre o Aviso Prévio que vamos falar neste tópico.
O “Aviso prévio” é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, respeitando a antecedência de tempo exigida para sua comunicação, determinada pela lei.
Para a redação do “Aviso Prévio”, o redator deverá estar ciente de alguns quesitos importantes, tais como:
 Os três tipos de aviso prévio: 
Aviso em que o empregado comunica à empresa o seu afastamento.
Veremos quais as regras do aviso prévio para retirar-se do emprego: 
· Nos contratos de trabalho por prazo indeterminado, o empregado que pede demissão tem a obrigação legal de dar aviso prévio ao empregador, com antecedência mínima de 30 dias, Conforme art.487 da CLT.
· O empregado que pede demissão não tem direito à redução da jornada de trabalho e à redução de sete dias. Só tem esse direito quem é demitido sem justa causa.
· Quando o empregador concorda com a liberação imediata do empregado, o empregado fica isento da obrigação de indenizar o empregador. Contudo, o empregado deverá requerer uma declaração por escrito de seu empregador.
· Mas, se acontecer do empregador impedir o empregado de cumprir o aviso prévio, o empregado terá o direito de recebimento de indenização, correspondente ao aviso prévio.
· O aviso prévio devido pelo empregado poderá ser retido no saldo salarial ou em outras verbas rescisórias, como 13º salário ou férias.
· A homologação da demissão, feita a pedido do empregado com mais de um ano de serviço, deverá ser efetuada através do sindicato de classe ou Ministério do Trabalho e Emprego.
O exemplo abaixo apresenta uma carta solicitando dispensa do Aviso Prévio. 
Belo Horizonte, 12 de fevereiro de 2009.
Prezados Senhores,
Solicito, por gentileza, a minha imediata e irrevogável demissão do cargo que venho exercendo nesta empresa.
Esclareço que tomei a referida decisão por motivos estritamente pessoais e, pelas mesmas razões, peço-lhes, se possível, a dispensa dos 30 dias do aviso prévio exigidos por lei.
Agradeço a consideração que me foi dedicada pela direção e pelos funcionários da organização.
Atenciosamente,
Júlio César Faria 
Aviso em que a empresa dispensa os serviços do empregado, com 30 (trinta) dias de antecedência à data de sua saída.
Agora, veremos quais as regras para o Aviso Prévio quando o empregado é dispensado:
· O Aviso prévio trabalhado ocorre quando o empregador dispensa o empregado sem justa causa. Nesse caso, o empregador deverá ao empregado o aviso prévio.
· O aviso tem duração de 30 (trinta) dias.
· O empregado tem a opção, de reduzir a jornada de trabalho em 2 horas, ou conceder a falta de 7 (sete) dias corridos.
· O empregado dispensado sem justa causa, com 30 (trinta) dias antes da data-base da correção salarial, tem direito a uma indenização, que equivale a um salário mensal, no valor vigente à data da comunicação do aviso.
· Caso na data de homologação, o sindicato não tenha definido o reajuste salarial, a empresa deverá efetuar os cálculos com base no salário, sem o reajuste e, depois do reajuste definido, fazer uma rescisão complementar.
· Para isso, deverá ser observada a data-base de cada sindicato.
Exemplo:
Belo Horizonte, 25 de março de 2009.
A
Mauro Lúcio Silva
Rua João Borges, 56, apto 403
Belo Horizonte
Prezado Funcionário:
Comunicamos que, a partir desta data, fica rescindido seu contrato de trabalho com nossa Empresa, tornando a presente como aviso prévio estabelecido na Legislação Trabalhista em vigor.
Assim, comunicamos que o seu aviso prévio será indenizado na forma da Legislação atual, firmamo-nos,
Atenciosamente,
(CARIMBO E ASSINATURA DO EMPREGADOR)
__________________________________ _____/ _____/______
Nome e Assinatura do Funcionário
Aviso em que a empresa dispensa os serviços do empregado, indenizando-o por 30 (trinta) dias.
Veremos agora as regras do aviso prévio indenizado:
*O valor do aviso prévio indenizado corresponde a 30 (trinta) dias calculados, com base no último salário mensal.
*Quando o salário é variável, será feita uma média dos últimos 12 meses ou períodos trabalhados, caso o contrato tiver duração inferior a 12 meses.
*A data da baixa da CTPS deverá ser a data da assinatura do aviso prévio.
*A rescisão contratual deverá ser homologada em até 10 (dez) dias após a assinatura do aviso prévio, 
podendo acarretar em multa no valor de 1 (um) salário vigente, caso esse prazo não for respeitado.
Portanto: 
*O aviso prévio deverá ser entregue com, no mínimo, 30 dias de antecedência;
*A data-base de cada sindicato deverá ser respeitada para não acarretar multas;
*Quando o funcionário tiver mais de 12 meses de trabalho, a homologação deverá ser feita nos respectivos sindicatos, ou no Ministério do Trabalho e Emprego.
 Vejamos um exemplo de Aviso Prévio indenizado:
Belo Horizonte, 18 de abril de 2009.
Sr. Diretor:
Comunico a V. Sa. meu pedido de demissão irrevogável do cargo de secretária, cargo esse que ocupo nesta empresa, a partir desta data.
Em consideração às boas relações existentes entre minha pessoa e os membros da empresa, estou disposta a cumprir os termos do artigo 487, item II, da Consolidação das Leis do Trabalho a que estou sujeita.
Aproveito o momento para agradecer a consideração com a qual fui tratada pela direção e pelos funcionários da organização.
Atenciosamente,
Cláudia Maria Soares
Acesse a sua aula online e veja 3 exemplos de cada modelo de aviso!!
2.2. Circular
A circular é um tipo de texto que tem por objetivo fazer circular uma informação e é dirigida a várias pessoas. Assim, esta comunicação serve para fazer “circular” avisos, ordens, instruções, esclarecimentos.
Podemos destacar dois tipos de circular:
Tendo como redator um funcionário de órgão público ou de empresa privada, que tenha um nível hierárquico superior, transmitindo uma ordem ou informações entre seus subordinados.
 
Redigida para um público mais amplo, como, por exemplo, os moradores de um condomínio, os sócios de um clube, clientes, consumidores, etc. 
Como redigir uma circular: 
 
Agora, veremos um modelo de texto CIRCULAR:
2.3. Convocação
Convocarconvoke é pedir a presença do outro por meio de uma ordem de chamada para participar de algum evento, como, por exemplo, quando se emite uma ordem de chamada para participar de alguma reunião.
A convocação para uma reunião deverá ser efetuada por escrito, com uma antecedência mínima de 14 dias, devendo ser relatada na carta de convocação a pauta (ordem do dia) a ser discutida na reunião.
São inúmeros os modelos de convocações, variando de acordo com a pauta da reunião.
Lembrando que é imprescindível na convocação constar o dia, o horário, o local e a data da reunião.
Convocando para uma reunião:
· A convocação deverá ser feita por escrito, com uma antecedência mínima de 14 dias; 
· A convocação deve conter a pauta (ordem do dia) assunto a ser estabelecido pela diretoria/chefe do setor;
· Na convocação deverá constar dia, horário, local e data da reunião/ou posse.
A quem convocar:
· Pessoas com poder de decisão sobre o assunto da reunião;
· Chefes de Setor; Subchefes; Pessoas interessadas (no caso de tomada de posse);
· Outros membros do setor interessados na pauta em questão.
Objetivos da convocação:
· Chamar para uma reunião pessoas interessadas no assunto em pauta para a reunião; 
· Tornar ciente os convocados sobre a pauta de ordem de uma determinada reunião, para que possam se preparar para o encontro;
· Comunicar a pessoa sobre a tomada de posse, e outros;
Exemplo de Convocação:
2.4. Telegrama
O telegrama é uma mensagem escrita através da telegrafia. Este meio de comunicação foi muito usado por possibilitar a recepção rápida da mensagem. Com o advento da Internet, o telegrama deixou de ser usado por esse motivo. Mas, continua sendo utilizado quando se quer enviar uma mensagem rápida e formal, como as mensagens de pêsames.
Redigir um telegrama podenão ser tão simples quanto parece. O texto do telegrama deve ser simples, objetivo, dispensando o uso de palavras secundárias. Dessa maneira, pelo excesso de objetividade, devemos tomar o devido cuidado para que a informação não seja compreendida de maneira equivocada.
Na sua aula online, tem um curioso texto do Jô Soares sobre a “Difícil arte de redigir um telegrama”. Acesse-o, você irá gostar!!
Os correios já possuem um modelo de telegrama impresso e você terá apenas que preenchê-lo. Ou até mesmo podemos contar com o serviço de Telegramas Fonados. Isto é, você poderá ligar para o número deste serviço e ditar a mensagem a ser enviada. A cobrança vem na conta do telefone.
Veja os dados pedidos pelo modelo:
Diferentemente da objetividade dos telegramas, as cartas comerciais contam com outro tipo de escrita.
Vejamos!!
2.5. Cartas comerciais
A carta comercial é um instrumento de comunicação muito usado pelo meio empresarial e/ou comercial, respeitando a uma determinada formatação e variando de acordo com o objetivo do redator. Esse tipo de escrita serve para iniciar, manter e encerrar negócios, sendo acondicionada em envelope (ou semelhante) e endereçada a uma ou várias pessoas. 
Tipos de Cartas Comerciais:
 - Carta de agradecimento;
 - Carta de reclamação; 
 - Carta de comunicados e avisos;
 - Carta de propostas;
 - Carta de solicitações e pedidos;
 - Carta de cobrança;
 - Carta de condolências;
 - Carta de felicitações.
Você poderá encontrar diversos modelos de carta comercial na seguinte bibliografia: MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 26ª. ed. São Paulo. Atlas, 2007.
Qualidades de Cartas Comerciais: 
- Boa apresentação;
- Clareza e objetividade;
- Linguagem simples e atual;
- Concisa e impessoal.
Não se deve colocar em uma carta comercial:
- Informações desnecessárias;
- Palavras que descrevem ações óbvias como: comunicamos, informamos, despedimo-nos,
- Chavões como: sem mais para o momento;
- Gírias ou termos chulos;
- Endereço do destinatário, pois já aparece no envelope;
- "A" ou "Aos" em frente ao nome do destinatário.
Exemplo: carta de COBRANÇA
Portanto, os textos, em sua pluralidade de tipos e modos, não podem ser redigidos fora de suas condições de produção, isto é, tendo em mente para quem se escreve, o que se escreve, porque se escreve, como se escreve, etc. Todo texto ganha materialidade, obedecendo a uma determinada formatação. Um relatório é diferente de uma circular, mesmo quando trata do mesmo assunto. 
 Na próxima unidade e nesse mesmo contexto, continuaremos a estudar como redigir os documentos empresariais que mais circulam nesse meio.
3. Teoria na Prática 
Agora, veremos a primeira carta escrita sobre o Brasil!! 
Abaixo, fragmentos da belíssima carta escrita por Pero Vaz de Caminha, relatando ao Rei D. Manuel o “achamento” do Brasil: 
Senhor, 
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer! 
Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu. 
Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza -- porque o não saberei fazer -- e os pilotos devem ter este cuidado. 
E portanto, Senhor, do que hei de falar começo: 
E digo quê: 
A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto. 
Na noite seguinte à segunda-feira amanheceu, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para poder ser ! 
Fez o capitão suas diligências para o achar, em umas e outras partes. Mas... não apareceu mais ! 
E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, estando da dita Ilha -- segundo os pilotos diziam, obra de 660 ou 670 léguas -- os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam furabuchos. 
Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz! 
Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças. E ao sol-posto umas seis léguas da terra, lançamos ancoras, em dezenove braças -- ancoragem limpa. Ali ficamo-nos toda aquela noite. E quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitura à terra, indo os navios pequenos diante -- por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, doze, nove braças -- até meia légua da terra, onde todos lançamos ancoras, em frente da boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas, pouco mais ou menos. 
E dali avistamos homens que andavam pela praia (...)
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas que querem parecer de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar. 
(...)A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber. 
Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta antes do que sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detrás, uma espécie de cabeleira, de penas de ave amarela, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena por pena, com uma confeição branda como, de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar. 
O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corrêa, e nós outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa

Continue navegando