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DOAÇÕES - O beneficiário pode ser incapaz. Elemento subjetivo: Animus doandi – Vontade de doar. Elemento objetivo: Ato de doar. - O donatário pode aceitar ou não a doação. Se não houver encargos, o silêncio significa SIM, se houver, o silêncio significa NÃO. Classificação - Unilateral – exceto com encargos - Gratuito – exceto com encargos - Solene (em regra) ou não solene (bens móveis, de pequeno valor) Promessa de Doação - Não vincula - Divergência jurisprudencial em alguns assuntos. Ex: acordo de divórcio com promessa de bens aos filhos. - ENCARGO: O donatário precisa adimplir com alguma obrigação de caráter patrimonial, em benefício de terceiro. Doação remuneratória: Feita em retribuição a um serviço prestado. REVOGAÇÃO - Inadimplemento de encargo - Ingratidão do donatário. * Exceto em puramente remuneratória, em que o encargo já foi cumprido, feitas em cumprimento de obrigação natural. Características: se o donatário atentou contra a vida do doador, ou crime de homicídio doloso contra ele; se cometeu contra ele ofensa física; se o injuriou gravemente ou o caluniou; se recusou ao doador os alimentos que este necessitava. Prazo: 1 ano. INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS - Interpretar o negócio jurídico é, portanto, precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se apurar a vontade concreta das partes, não a vontade interna, psicológica, mas a vontade objetiva, o conteúdo, as normas nascem da sua declaração. - Princípos: Boa fé e conservação do contrato. O intérprete deve presumir que os contratantes procedem com lealdade; See uma cláusula contratural permitir duas interpretações, prevalecerá a que possa produzir algum efeito. - Em casos de contrato de adesão com cláusulas ambiguas, prevalecerá a interpretação que favorecer ao aderente. - A transação interpreta-se restritivamente. - A fiança não permite interpretação extensiva. - Interpretação ambígua de testamento, prevalecerá a que melhor realize a vontade do testador. - As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. Regras de interpretação: a) a melhor maneira de apurar a intenção dos contratantes é verificar o modo pelo qual o vinham executando, de comum acordo; b) deve-se interpretar o contrato, na dúvida, da maneira menos onerosa para o devedor ( in dubiis quod minimum est sequimur); c) as cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em conjunto com as demais; d) qualquer obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação, pois, podendo ser claro, não o foi (ambiguitas contra stipulatorem est); e) na cláusula suscetível de dois significados, interpretar-se-á em atenção ao que pode ser exeqüível (princípio da conservação ou aproveitamento do contrato). CONTRATO MÚTUO - Empréstimo de coisas fungíveis (podem ser substituídos) Quando algo é emprestado em mútuo, pode ser devolvida uma outra coisa, desde que seja do mesmo gênero, da mesma qualidade e quantidade. - Não há como reaver do mutuário, se este for menor e não houver permissão dos seus guardiões legais. Exceções: pessoa com a guarda legal ratifica o contrato; o menor precisou do empréstimo, na falta dos guardiões, para alimentar-se; Se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho; se o empréstimo beneficiou o menor; se o menor agiu de má fé. - Mutuário sofre alteração econômica: O mutuante pode exigir garantia. - Mútuo com fins econômicos: Presumidos juros. Prazo (não convencionado): - Até a próxima colheita (agrícolas). - Trinta dias, pelo menos (dinheiro). - Declarado pelo mutuante (coisa fungível). CLÁUSULAS ESPECIAIS DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA - As partes podem resolver colocar ou não. Retrovenda - Possibilidade de compra a quem está vendendo (seus sucessores). - Extingue a propriedade do comprador – dentro do prazo de validade, 3 anos (pagando o mesmo preço e custas). - Oponível a terceiros. - O vendedor pode depositar judicialmente, em caso de recusa do comprador, e o juíz restitui a propriedade ao proprietário inicial. Venda contento/ Sujeita prova - A partir do recebimento ou após testar o produto, decidir se vai continuar com o negócio jurídico. Preempção - Cláusula que impõe ao comprador, em caso de venda, oferecer primeiro ao vendedor. - Fim do direito: 2 anos para bens imóveis e 180 dias para bem móveis. - Prazo para decidir: 3 dias bens móveis, 60 dias bens imóveis. - Se não observado, responde por perdas e danos. Inclusive, o 3º que sabia da cláusula e mesmo assim, comprou a coisa. - Caso em que a lei obriga a preempção: expropiação por motivo não social. Reserva de domínio - Vendedor guarda para si a propriedade do bem, até que o valor seja integralmente pago pelo comprador. - Bens móveis (cc) bens imóveis (lei 9.514/97) - Precisa ser escrita e com registro em cartório. Venda sobre documentos - Ao invés da entrega da coisa, vai entregar título representando a coisa e outros documentos exigidos. TEORIA DA IMPREVISÃO - Também conhecida como onerosidade excessiva. - Mitiga a Pacta sunt servanda, em nome da cláusula rebus sic stantibus. - Implícita. - Se acontece um fato superviniente e imprevisível que torna o contrato extremamente oneroso a uma das partes, o contrato será resolvido. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL - Contrato oneroso. - Locador e locatário. - Por prazo determinado: o locador não pode reaver o imóvel alugado. - Locatário pode desocupar, mediante pagamento de multa. - Se o empregador do locatário o transfere para outra cidade, ele pode desfazer o contrato, sem pagar multa, desde que avise com 30 dias de antecedência. - Prazo indeterminado: recisão a qualquer momento, 30 dias antes, avisar. Causas de deslocar. - Por mútuo acordo. - Prática de infração legal ou contratual. - Falta de pagamento. - Reparações urgentes determinadas pelo poder público. Morte do locatário - Cônjuge, herdeiros, pessoas dependentes que residem no imóvel ficam obrigados ao pagamento. - Fiador não é obrigado a continuar. Prazo de 30 dias para responder se continuará, se mantém obrigatoriamente por mais 120 dias. Sublocações - Depende de consentimento prévio do locador. - 30 dias da comunicação para se opor - Mesmas regras da locação. * O ajuste do aluguel é livre, mas não pode estar vinculado a moeda estrangeira, salário mínimo ou variação cambial. * Os critério do reajuste constam em legislação específica. * Revisão só pode acontecer a cada 3 anos. Deveres do locador - Entregar o imóvel em bom Estado. - Fornecer o recibo discriminado. - Pagar impostos e tacas e o seguro, salvo disposição em contrário. - Pagar despesas extras de condomínio. Deveres do locatório. - Pagar pontualmente. - Usar o imóvel para o fim alugado. - Ao fim da locação, deixá-lo como encontrou. -Não modificar substancialmente sem prévia autorização. - Permitir a vistoria pelo locador ou mandatário. - Pagar as despesas de consumo. Direito de preferência - Em caso de venda, o locatário tem preferência para adquirir o imóvel, mediante proposta recebida do locador, que deverá especificar as condições de venda. - O locatário tem 30 dias para responder. - Se o locatário não for comunicado, tem até 6 meses para reclamar o imóvel. Benfeitorias - Indenizadas: necessárias, úteis (autorizadas) - Não indenizadas: Voluptuárias (desde que a retirada não afete o imóvel) * O contrato pode dispor em contrário. Garantias locatícias - Caução: móveis ou imóveis. Não pode exceder 2x o valor do alugel. - Fiança: O fiador será substituido em caso de morte, ausência, interdição, falência, insolvência, alienação de bens, etc. - Seguro de fiança locatícia - Cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento - Somente uma modalidade por contrato. Locação residencial e não residencial - O locador pode expor dois tipos de valores para as pretensas locações de seu imóvel. Se este bem for ofertado para locação residencial, o valor poderá ser diferente do que se cobrará na locação não residencial. - Seja na locação comercial ou na residencial, cada uma precisa conter valor justo, mesmo que diferenciados, não muito discrepantes na proporção.- O locador poderá ofertar valores diferenciados de aluguel para locações residencial e não residencial. Contudo, não poderá, sob nenhuma hipótese, alterar o valor já proposto e negociado com um ente, nem mesmo, por entender que outro ente teria mais condições financeiras, descartar o inicial e ficar com a oferta do último ente, porque se estaria ferindo a boa-fé que tem de existir na fase das tratativas. - Locação residencial é aquela destinada à moradia do locatário ou da família. Findo o prazo do contrato, o locador só tem direito à retomada: a) nos contratos verbais ou escritos com menos de 30 meses, o imóvel poderá ser retomado somente por denúncia cheia ou motivada (para uso próprio, de descendente) ou denúncia vazia se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos (art. 47, I a V da Lei 8.245/91); b) nos contratos com o prazo de 30 meses ou mais o imóvel poderá ser retomado pela denúncia vazia (sem precisar alegar qualquer motivo) (art. 46 da Lei 8.245/91). - Não há limite de prazo para contratos de locação comercial (ou não residencial), que poderá ser até verbal, mas naturalmente o inquilino vai querer um prazo longo, pois ele vai investir em adaptações para o seu negócio, bem como fazer construções, ou querer ter o direito à ação renovatória, quando deverá ter 5 anos de contrato, ou vários contratos ininterruptos que resultem em 5 anos. - Espécies: Ação de despejo: - é a única competente para que o locador recupere o imóvel locado; - o pedido é o de rescisão de dissolução do contrato. É uma ação, portanto, de natureza eminentemente pessoal e não possessória; - polo passivo da ação de despejo, figurará o locatário ou o sublocatário ou quem venha sub-rogar-se em seus direitos; - segue o rito ordinário; - permite medidas liminares sem a oitiva da outra parte; - tem caráter mandamental, pois dispensa a fase final exasperante da liquidação da sentença; - pode ser utilizada por: falta de pagamento; infração contratual; pedido para uso próprio; não conservação do imóvel; danos ao imóvel em detrimento do patrimônio do locador; realizar obras que aumentem a sua capacidade ou obras determinadas pela autoridade pública e que sejam urgentes (arts. 47 e 59, Lei n. 8.245/91); - permite o despejo por denúncia vazia. Ação revisional de aluguel: - é uma ação de mão dupla, o que significa dizer que, ela tanto pode ser aflorada pelo locador que pretende elevar o aluguel quanto pode ser ajuizada pelo locatário quando entende que o aluguel deve ser reduzido; - só pode ser proposta a cada 3 anos; - segue o rito sumário qualquer que seja o valor da demanda; - a contestação do réu será oferecida na audiência, inclusive as provas que julgar conveniente; - tem por peculiaridade a fixação de aluguel provisório que será fixado pelo juiz, a pedido da parte; - o aluguel fixado na sentença começa a vigorar a partir desta, mesmo havendo recurso; - a diferença de aluguel, verificada entre o aluguel provisório e o definitivo, poderá ser cobrada ao final da ação; - caberá ação de despejo por falta de pagamento, mesmo em se tratando de inadimplemento do aluguel provisório. Ação renovatória de contrato: - é aquela ação em que o locatário pleiteia em juízo a recondução do contrato por um novo prazo; - segue o rito ordinário; - é uma ação privativa para as locações não residenciais; - uma locação verbal ou uma locação desde logo contratada por tempo indeterminado não autorizará o ajuizamento da ação renovatória; - necessário que o tempo do contrato seja de no mínimo 5 anos, sendo admitido que possam ser somados prazos de contratos sucessivos inferiores a 5 anos; - necessário que nos últimos 3 anos do contrato, o locatário esteja no pleno exercício de sua atividade; - o prazo é decadencial, pois o direito de renovar o contrato é potestativo e é de 1 ano a 6 meses antes do término do contrato; - o autor da ação é o locatário; - permite a fixação de um aluguel provisório que só vai começar a vigorar depois que se expirar o prazo do contrato renovado; - o aluguel fixado na sentença de mérito na ação renovatória, como na revisional, começa a vigorar imediatamente após a sentença; - não sendo renovado o contrato e decretando se o despejo, poder-se-á fazer a execução provisória mediante a prestação de caução. VÍCIO REDIBITÓRIO - Caso haja defeito ou vício oculto, o contrato pode ser resolvido. - Já deve acompanhar o produto. Acompanha o mal ou não funcionamento do produto. - É facultado ao adquirente pedir o abatimento do valor que ele pagou. - Se a pessoa sabia do defeito: restituição + perdas e danos. - Se não sabia: valor + despesas contratuais. - Pressupostos: deve ter um ônus; vício OCULTO; o defeito já deve existir no momento do contrato; - Ações edilícias: ação redibitória; ação estimatória. Prazo decadencial: 30 dias móvel, 1 ano imóvel. Contagem: se em posse: alienação (prazos pela metade); não posse: entrega efetiva. Se possível identificar depois: momento da identificação. Prazo máximo: 180 dias móveis; 1 ano imóveis. - Animais: lei especial. Usos locais + regras gerais. - Regra geral: Compra conjunta. 1 item com defeito não autoriza rejeição de todos.
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