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A Influência do Teaching Games for Understanding (TGFU) na prática do voleibol

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A Influência do Teaching Games for Understanding (TGFU) na prática do voleibol
Michely dos Santos 
Universidade do Centro Oeste do Paraná
INTRODUÇÃO
Atualmente as práticas esportivas das escolas baseiam-se nos quatro grupos esportivos mais vistos, pela população: futebol, basquete, handebol e voleibol. Tais esportes possuem suas técnicas próprias para prática da modalidade em si, e as mesmas apresentam condições até certo ponto, fáceis para serem trabalhadas, pois a influência midiática auxilia para um conhecimento amplo das regras, bem como das diversas maneiras de vivenciar tais modalidades esportivas, podemos neste caso identificá-las como técnicas.
Os pressupostos metodológicos do Teaching Games For Understanding (TGfU) defendidos para o processo de ensino aprendizagem são baseados no jogo, onde os alunos terão oportunidade de opinar sobre as dificuldades, pois no momento de vivenciá-las estarão intrinsecamente comprometidos com o aprendizado, contribuindo assim para todo o processo ensino-aprendizagem no contexto escolar ( TEOLDO, 2010). Podendo assim facilitar a aprendizagem do esporte, aplicado pelo professor.
Araújo (1995) reforça este entendimento ao referir que as competições desportivas deverão ser promovidas em harmonia com as diferentes fases de preparação e formação do jovem praticante. Isto deixa claro que crianças que realizam atividades durante as aulas de Educação Física, que os professores promovem diversidade de movimentos e pluralidade de situações, tem um processo de preparação motora e cognitiva para iniciar a formação esportiva, por isso é tão importante identifica-lá.
Segundo Mesquita (2002), é por meio da competição que as crianças vivenciam momentos de disputas, adquirindo em certos momentos o gosto pela prática e assim identifica a essência da competição, enquanto manifestação social. O esporte escolar vem para vivenciar experiências para a vida adulta solucionar problemas, convívio, trabalho em equipe, entre outras atividades.
A teoria do TGfU é apresentada inicialmente por Bunker e Thorpe (1986), na Inglaterra. A partir desta primeira publicação, outros pesquisadores publicam artigos contribuindo para a ampliação e aprofundamento das reflexões sobre o TGfU.
1.1 JOGOS REDUZIDOS E SUAS INTERFACES:
Ao longo da existência dos jogos desportivos coletivos, ensinados por professores e treinadores, há diferentes formas de perspectivas de ensino, as quais podem ser focadas na aprendizagem técnica ou na forma que acontece o jogo. (GARGANTA, 1994). Tais formas de ensino podem ser focadas na aprendizagem técnica ou na forma em que acontece o jogo. O procedimento de aprendizagem dos jogos desportivos coletivos constrói o desenvolvimento de habilidades e capacidades, integradas na formação dos jovens e contribui nas necessidades para resolver os problemas do jogo. 
A possibilidade de proporcionar aos alunos a vivencia de experiências e o significado dos esportes são apontados para que professores e treinadores tenham maiores desafios dentro da sociedade. (RINK, 2001; SIEDENTOP, 1999). Tornando-se assim responsabilidade destes profissionais adequarem seus procedimentos didáticos às necessidades do aluno, respeitando as etapas de crescimento maturação e desenvolvimento motor, social, afetivo e cognitivo dos mesmos. Esses fatores não podem ser ignorados, pois regem a formação desportiva da criança.
O papel do Professor é fazer com que a criança chegue à fase de aprendizado, transformando o exercício em jogo e por meio da obtenção dos fundamentos que ganhou gosto pela prática do esporte.
O voleibol exige a aquisição de requisitos motores, os quais fazem apelo às capacidades coordenativas, assim como promove maturação cognitiva. É na fase de iniciação esportiva de 11 a 12 anos (GALLAHUE & OSMUM 1995), que as atividades, devem permitir que, os alunos aprendam a dar consistência as habilidades técnicas especificas do Voleibol. (MESQUITA 2003). Por isso a melhor forma de dar a lógica didática do jogo é estabelecer o jogo em forma reduzida, tornando mais dinâmico para as crianças que estão praticando. 
O jogo formal (6x6) praticado por quem ainda não possui habilidades Técnico-tático do Voleibol pode construir uma apatia sobre o esporte e tornar ainda mais complexa a aprendizagem. (GRAÇA, 2003.) Para isso o praticante deve ser proposto a uma forma mais simples de jogo, com espaço reduzido, com menor número de colegas de equipe, de fácil compreensão e tempo reduzido; no intuito de aumentar o contato com a bola, e dar maior possibilidade de aperfeiçoar a concretização dos movimentos.
Buck & Harrison (1990) verificaram que no jogo formal, os alunos tinham contato com a bola, em média, menos de uma vez por minuto. Assim subentende-se que quanto menor o número de jogadores na equipe, maior é o contado dos jogadores com a bola, o que facilitaria a prática.
 Em outro estudo (BUCK ET AL., 1991) realizado no contexto escolar, o número das habilidades e os ganhos na aprendizagem, se evidenciou no número de execuções corretas no nível inicial. Nota-se que há facilidade dos alunos em compreender o jogo e praticarem o mesmo com facilidade. 
1.2 COMPREENSÕES DA TECNICA DO TGFU
O TGfU é um modelo de ensino focado no desenvolvimento e habilidades para jogar. Na fase inicial, os estudos mostram a importância da diversidade motora e a forma adequada para a introdução dos materiais no decorrer das aulas. Posteriormente se concentra no conteúdo de ensino, assim a valorização dos jogos reduzidos, o modelo do TGfU nasceu da necessidade de dar base ao ensino dos jogos na parte tática. Muito do que os professores ensinam hoje nas escolas gira em torno de jogos desportivos. 
Afirma que a escola deve perspectivar a formação desportiva da criança, e que esta deve adotar métodos de organização em atividades de diferentes modalidades, orientadas para o desenvolvimento de uma dotação motora e desportiva geral. Portanto, todos esses elementos são constitutivos da leitura feita sobre o papel do esporte e sua vivência na escola, nas aulas de Educação Física, sendo necessário que o professor conheça várias metodologias de ensino que envolva a iniciação esportiva, só assim poderá diversificar e melhorar sua prática. Desse modo, o objetivo é aplicar o método de ensino TGFU para o ensino do Voleibol nas aulas de Educação Física. (MILISTETD 2007, p.4)
Esse ensino gira em torno de duas vertentes o analítico e o global, ensino das habilidades técnicas descontextualizadas e o ensino do jogo formal, o qual integra toda a complexidade do jogo. (MESQUITA & GRAÇA 2005).
O Modelo (TGFU) o jogo reduzido é valorizado como: apoio para a aprendizagem das habilidades técnicas, procurando no jogo as relações entre a superação e a cooperação; a tomada de decisão e a capacidade de ação. É de suma importância que o aluno, entenda a complexidade técnica e consiga tornar esclarecedor e construtivo o processo de aprendizagem, perante uma situação-problema ele encontrar a solução. Para que desenvolva a capacidade no jogo, e trazendo essa base para seu futuro estilo de vida. (WERNER ET AL., 1996). Não somente na prática esportiva, mas para a vida, pois e na escola e com a ajuda dos jogos pré desportivos que, os alunos podem vivenciar a complexidade na tomada de decisões e capacidade de ação.
Nos jogos esportivos, cabe ao jogador conseguir responder às suas exigências, no entanto, os processos de ensino orientados por abordagens reducionistas, privilegiaram o controle e a eliminação das emergências do jogo, descaracterizando-o, como ato de jogar. A vantagem dessa metodologia reside no fato de os alunos se sentirem altamente motivados às intervenções ativas e possibilidades de encontrar soluções para os problemas no processo ensino-aprendizagem (COSTA E NASCIMENTO, 2004). Ou seja, adaptarem o esporte a suas dificuldades, de execução e compreensão. 
1.3 ANÁLISE DO DESEMPENHO DO JOGO 
O Voleibol foi criado nos Estados Unidos, no ano de 1895, por Willian George Morgan. Nos primeiros anos o Voleibol não tinha uma bola específica, era praticado comuma câmara da bola de basquete. A rede era improvisada, usadas nas partidas de tênis. O esporte era conhecido como Minonnette. Com o passar do tempo ganhou o nome popular de Volleyball. O voleibol atualmente é praticado numa quadra de 18x09m dividida por uma rede, sendo necessárias duas equipes de seis jogadores em cada quadra. O objetivo do jogo é fazer com que a bola caia no chão do lado adversário.
Os Jogos Esportivos Coletivos, dentre eles o Voleibol, são considerados, como uma das mais interessantes atividades recreativas. Existe uma carga física, exigem habilidades e interação, companheirismo e rivalidade, técnica e coordenação, tática e estratégia, incerteza e emoção (GRECO, 2002). Os Jogos Esportivos Coletivos desenvolvem também, quando bem orientados, competência em vários planos, especialmente os aspectos tático-cognitivos, técnico-coordenativos e sócio-afetivos (GARGANTA, 1998). 	A modalidade é coletiva, possui leis específicas que distinguem das demais. É bastante praticado em escola, nas ruas, o que mostra a grande aceitação desse esporte. Para atingir o objetivo do jogo, os jogadores executam ações individuais. Os jogadores precisam de procedimentos técnicos com uma boa estrutura para efetuar a jogada, que origine um ponto, para a sua equipe, isso pode ser denominado pensamento tático.
Segundo Milistetd (2007, p. 23):
No Brasil, o voleibol possui grande reconhecimento, estando no momento atual em pleno desenvolvimento, visto que a sua prática é a cada ano maior entre as crianças e jovens. Tal reflexo é fundamentalmente atribuído aos excelentes resultados conquistados pelas seleções adultas e da grande divulgação.
Para a aprendizagem, são aplicados princípios da tática individual e sistemas de organização tática coletiva. A razão para o presente estudo é para constatar que a prática do voleibol, entre outros jogos pré desportivos, pode influenciar na formação social e motora da criança.
A evolução é constante, ficando cada vez mais evidente seu caráter competitivo, regido por regras e regulamentos (TEODORESCU, 1984). O que nos mostra que o esporte tem como referência importantes para a educação das crianças em todos os segmentos da sociedade, como a cooperação, convivência, participação, entre outros.
2. Material e Métodos
Esta pesquisa foi de caráter exploratório quantitativo baseado numa análise da influência do método de ensino UTfU na prática do voleibol.
Um estudo de caráter exploratório busca conhecer com maior profundidade o assunto de modo a torná-lo mais claro ou construir questões importantes para a condução da pesquisa, pois explorar um assunto significa reunir mais conhecimento e incorporar características inéditas bem como buscar novas dimensões (RAUPP e BEUREN sd). Desta forma buscou-se, ensinar a prática do voleibol, tentando explorar as habilidades já adquiridas pelos alunos e procurando saber, se os alunos demonstram melhores resultados após a execução e aplicação do método TGfU.
A pesquisa quantitativa se utiliza de instrumentos padronizados, é utilizada quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado e analisado para atingir os objetivos da pesquisa, ela apura opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos analisados. Desta forma a pesquisa será realizada em forma de questionário, onde os alunos responderam a perguntas fechadas, relacionadas com o método do TGFU.
Os participantes do estudo foram 23 crianças do município de Irati, que estudam na escola Estadual Nossa Senhora das Graças, do 6º ano, sendo 13 do sexo masculino e 11 do feminino, com média de idade de 10 a 12 anos. 
Para a realização do estudo foi utilizado uma rede de voleibol com aproximadamente 1,70cm de comprimento, uma quadra de espaço reduzido, bolas e o questionário e também foi utilizado o instrumento de avaliação, para a realização da pesquisa TGfU. Que é uma ferramenta de pensamento, um convite para testar novas idéias, propor novos argumentos e oferecer dimensões alternativas no processo de ensino, que ajuda tanto os treinadores quanto os professores a avançar com conhecimentos acerca do aprendizado do jogo no contexto esportivo ou da educação física escolar. (TEOLDO, 2010). É um modelo aberto a discutições, preconizando o ensino seja baseado em pressupostos táticos do jogo e que sejam realizados em formas de jogos reduzidos de modo a maximizar e motivar a participação. 
Foi realizado a explicação de como funciona o TGfU para os alunos, e como ocorreria a pesquisa. Primeiramente os alunos jogariam conforme as regras e instruções aplicadas durante o ano pelo professor da escola, após esse jogo as duplas deveriam responder as primeiras perguntas do questionário, posteriormente voltariam a quadra e desta vez, propuseram técnicas que facilitavam a execução e compreensão dos fundamentos, através das respostas do questionário entregue, foi formulado o resultado.
Os alunos foram divididos em duplas, e foram colocados em uma quadra com dimensões menores que a oficial 5x5m e com a rede em 1,70. Cada dupla jogou até fazer cinco pontos na primeira etapa. E responderam as primeiras perguntas do questionário. 
O TGfU rompe com a idéia do ensino das técnicas de forma isolada e convoca os conhecimentos táticos e processual. Bunker e Thorpe (1982) preconizam que o foco didático incida sucessiva e ciclicamente sobre a apreciação dos aspectos constituintes do jogo; sobre a tomada de consciência tática; sobre a tomada de decisão do que fazer e como fazer; sobre a exercitação das habilidades necessárias à realização motora e finalmente, sobre o desempenho tático e técnico no jogo. A proposta sugere que os jogos pré-desportivos sejam modelados de acordo com uma determinada dificuldade de execução. 
Foram analisadas e contabilizadas as respostas dos alunos, por meio da observação das respostas, sendo analisada a compreensão e execução técnicas do jogo (Eficácia da ação e execução da habilidade). Após a análise do preenchimento das questões constatou-se que a melhor compreensão ocorreu em 91% estando substancialmente acima dos limites mínimos (80%) aceitáveis conforme, VAN DER MARS, 1989).
Foi utilizada frequência absoluta, que corresponde ao número de vezes que o elemento aparece na amostra, ou o número de elementos pertencentes a uma classe e frequência relativa, que corresponde à percentagem do valor dos dados em relação ao total da amostra. Para comparação e análise das ações realizadas antes e depois do TGfU.
DISCUSSÃO E RESULTADOS
Das análises decorrentes do objetivo deste estudo obteve-se os seguintes resultados, sobre a execução dos fundamentos, antes da intervenção do método TGfU.
 Quadro 1. Frequência absoluta e frequência relativa de execução dos fundamentos, antes do método TGfU
	Execução do Jogo
	Antes do TGfU
	
	Freqüência
Absoluta
	FreqüênciaRelativa%
	Execução dos fundamentos
	Fácil
	17
	74%
	
	Difícil 
	6
	26%
	Total alunos
	23
	
Quadro 2. Freqüência absoluta e freqüência relativa de execução dos fundamentos, depois do método TGfU.
	
Execução do jogo
	Pós TGfU
	
	Freqüência
Absoluta
	Freqüência Relativa%
	
Avaliação sobre o TGfU
	Fácil
	19
	83%
	
	Difícil
	4
	17%
	Total de alunos
	23
	
Os resultados aqui apresentados mostram que após, construírem táticas que pudessem facilitar a execução dos fundamentos, os alunos apresentaram diferença aparente, quando considerado número total em percentual, os quais foram 74% acharam que a execução dos fundamentos (saque, manchete, toque, e ataque) fácil, e 26% consideram a execução dos mesmos fundamentos difícil (Quadro 1). Após apresentar o método, 83% dos alunos acharam que a execução dos fundamentos é mais fácil, e somente 17% acharam difícil (Quadro 2). 
Os resultados apontam que houve melhora na execução e compreensão dos fundamentos, após a aplicação do TGfU, pois existiram menos ações, que para os alunos considerassem difíceis, durante o jogo, o que diz que o método de ensino utilizado neste grupo possibilitou melhora da eficácia de ação na maioria das categorias analisadas.
A caracterização da aprendizagem motora dos aprendizessegundo Schmidt e Wrisberg (2001), são os processos internos que possibilitam o aprendiz a realizar a ação motora, e que o nível dessa aprendizagem tende a melhorar com a pratica regular em experiências de aprendizagem aumentando sua potencialidade em exercer a tarefa proposta de forma eficiente, ou seja, após o processo de aprendizagem é importante que a prática esteja presente para que a ações técnicas sejam aperfeiçoadas garantindo o desempenho esperado, este modelo de intervenção, propõe que dentro do jogo, os aprendizes não executem ações de forma separada, as ações acontecem no jogo, e mesmo assim há uma melhora na eficácia das ações.
Para Mesquita (1991), a escolha de estratégias que provocam aumento do contato com a bola durante o jogo e diminuição do campo de jogo é favorável para um bom desempenho individual, sendo um modo de excelência no ensino desta modalidade.
Quadro 3. Frequência absoluta e frequência relativa de prática dos alunos no esporte.
	
Frequência de prática
	Outros métodos
	
	Frequência
Absoluta
	Frequência Relativa%
	Participação dos alunos
	Sim
	8
	35%
	
	Não
	15
	65%
	Total de alunos
	23
	
Esta questão foi relacionada à frequência com que os alunos costumam jogar voleibol na escola, grupo recebeu as intervenções do ensino da técnica, através do método global, ou analítico 65% dos alunos não costumam praticar voleibol nas aulas e somente 35% não praticam com frequência. Sendo a maioria do sexo feminino, pode-se observar também que quem sentia mais dificuldades em executar os fundamentos eram as meninas, porem se olharmos na tabela constata-se que grande parte prática voleibol nas aulas de Educação Física.
 
Quadro 4. Frequência absoluta e frequência relativa de compreensão e execução dos alunos na prática do esporte após o método TGfU.
	
Compreensão e execução 
	Após TGfU
	
	Frequência
Absoluta
	Frequência Relativa%
	Facilidade para executar e compreender o esporte
	Sim
	21
	91%
	
	não
	2
	8%
	Total de alunos
	23
	
Havendo uma grande diferença do pré-teste onde apenas 35% dos alunos costumam jogar, o pós-teste, mostra que, os 56% que dizem não praticar o esporte com frequência, conseguiram compreende o esporte e fizeram uma leitura de vários momentos que por ventura apareceram durante a execução das atividades no jogo, assim alguns tiram o feeling para perceber as ações táticas desenvolvidas no processo. Segundo REVERDITO, 2011; SCAGLIA, 2011 É justamente a natureza do jogo como atividade, nesse caso o jogo esportivo coletivo, que irá garantir e sustentar o desejo do jogador de ao jogo se entregar. Fazendo com que ele tome gosto pelo esporte e possa pratica-lo não somete na escola, mas que pratique em seus momentos de lazer e recreação.
O processo de aprendizagem para o esporte implica em uma melhora e compreensão da organização tática durante a execução da proposta metodológica. Busca, com a prática, a melhora da execução dos fundamentos, e com a taticamente, melhorar o desempenho das ações tornando os aprendizes mais habilidosos, cooperativo, participativo, que saiba trabalhar bem em equipe, que tome decisões sobre as ações do jogo.
Desse modo, pensar a lógica do jogo, seu encadeamento circunstancial, será facilitado a partir do entendimento do processo organizacional sistêmico do jogo (SCAGLIA, 2003). Do modo em que os alunos compreenderam a tática e se mostraram mais efetivos, o que promoveu aumento no nível do jogo.
Quadro 5. Frequência absoluta e frequência relativa sobre a avaliação dos alunos sobre o método aplicado.
	
Avaliação dos alunos 
	Sobre a aplicação do método TGfU
	
	Frequência
Absoluta
	Frequência Relativa%
	
Método executado 
	Fácil
	21
	91%
	
	Difícil
	2
	8%
	Total de alunos
	23
	
Com base nos resultados da pesquisa realizada pode-se perceber que o grupo que recebeu intervenções do método TGfU, apresentou melhora na eficácia de ação e melhora na execução da habilidade, o resultado foi positivo, pois se percebeu que os alunos valeram-se dos conhecimentos anteriormente adquiridos para determinar sua atuação no jogo 2X2. Alguns alunos que inicialmente mostravam-se apáticos e desinteressados passaram a agir com maior autonomia e criatividade, sendo visível o crescimento positivo e seu desenvolvimento em termos cognitivos e sociais. Pois 91% acharam a execução dos fundamentos mais fácil e somente 8% teve dificuldades para executar.
Considerações Finais
Para o ensino de jogos desportivos coletivos, existem discussões de qual é o melhor método, pois para um bom desempenho do jogo não se consideram apenas as condições técnicas dos aprendizes, mas também a tática a inteligência durante o jogo, o modelo analítico nesse sentido é limitado, pois ele isola o aprendizado tático e tem seu foco no técnico, já o modelo global funcional trás a técnica para dentro do jogo, para que além de uma boa execução o aprendiz seja capaz de resolver os problemas táticos que possam acontecer durante o jogo.
Diante dos resultados encontrados no estudo concluiu-se que no grupo que recebeu intervenções do método Teaching Games For Understanding, houve um desenvolvimento maior na categoria de análise execução da habilidade e na eficácia da ação a população apresentou melhora, o modelo TGFU promove a integração do aluno na tomada de decisão e na eficácia da ação e execução dos fundamentos, pois, auxilia no processo de construção da consciência tática. Tendo em vista que, os alunos compreenderam melhor as ações do jogo e desenvolveram através do TGfU, vantagens sobre as execuções das habilidades. Isso pôde ser percebido, por meio de mais atividades durante as aulas. 
A partir dessa configuração, os problemas táticos, que seria o tema de ensino, para que o jogo seja vivenciado em forma de diferentes tamanhos e formas, por estimularem diferentes modos de jogar e, por conseguinte, requisitarem diferentes habilidades motoras.
Tal forma de conceber o ensino maximiza a participação dos alunos nas aulas, uma vez que suprime os exercícios de longa espera para a execução motora e provoca motivação nos alunos para a prática do desporto, já que, desde o primeiro momento, estarão experimentando as características do jogo de forma reduzida.
Acresce que proporcionam uma estimulação permanente da capacidade de adaptação a novas situações, promovendo a compreensão dos cenários de jogo através de uma ajustada implicação dos domínios perceptivo e motor.
Por tanto, a referente pesquisa, mostra uma fundamentação teórica e pratica, quando os alunos propuseram as mudanças na realização do jogo, foi visível a melhora na execução dos fundamentos e na compreensão do jogo, com o referente resultado, aperfeiçoou-se a metodologia de ensino, do voleibol.
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