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EAD Mapa Musical do Brasil 2018 MÓDULO 2 – Sudeste Introdução Nossa viagem musical agora irá para o sudeste brasileiro, onde se concentram talvez as mais conhecidas manifestações musicais do Brasil, e que levaram o nome da música brasileira para o mundo, sobretudo com o samba e a bossa nova. Podemos afirmar que a música urbana se deu em grande parte na região sudeste principalmente pelo advento da Rádio Nacional, a qual estava localizada no Rio de Janeiro, a capital do Brasil até 1960. Daremos um passeio geral pelas manifestações, movimentos culturais e regionalidades encontradas na região sudeste, tanto no litoral quanto no interior. 1. Diversidade Musical do Sudeste As manifestações musicais que precedem a música urbana no Sudeste Jongo (Sudeste/ RJ e Vale do Paraíba) Breve histórico: O Jongo é mais um dos gêneros que fazem parte das manifestações afro- brasileiras que vem muito antes da música urbana. Muito encontrado até hoje no Rio de Janeiro, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo e em Minas Gerais (onde é chamado de Caxambu), o jongo também tem três principais tambores chamados: caxambu (ou tambu), candongueiro e ngoma-puíta (que é uma espécie de cuíca bem grave). De origem bantu, o jongo é considerado um dos ritmos que mais influenciou o nascimento do samba. Com suas danças em roda, suas palmas e suas “umbigadas”, o jongo também tem muita improvisação nos versos em suas metáforas e adivinhas contidas nos textos dos jongueiros. Um dos jongos mais tradicionais do Brasil ainda é o “Jongo da Serrinha” do Mestre Darcy, situado no Morro da Serrinha no Rio de Janeiro ligado à escola de samba Império Serrano. Curiosidades - Os ritmos Afro-brasileiros: Os portugueses chamavam todos esses ritmos afro brasileiros pelo nome genérico de BATUQUE. Entretanto, os ritmos e estilos, como o maracatu, o jongo, o tambor de crioula, o ijexá, entre muitos outros, tem suas peculiaridades e idiossincrasias, devendo ser estudados separadamente, para que entendamos seus símbolos, ritmos, danças, significados e mensagens. Além disso, existem também os ritmos usados dentro do ritual do candomblé e que fazem parte de nossa cultura, como: o barra vento, o congo de ouro, o kabula (ou samba de Angola), o ilu, o agueré de oxossi, entre tantos outros. Cada nação africana tem também suas peculiaridades. As principais nações (dentre muitas outras) são a Ketu, mais ligada à cultura yorubá do noroeste da África e a nação Angola, mais ligada à cultura bantu, da região sudoeste africana. No candomblé Ketu são usadas baquetas (chamadas de Aquidavi) enquanto na nação Angola, os atabaques são tocados com as mãos. Encontramos hoje em dia o ritmo Congo de Ouro (que é utilizado no Maculelê da capoeira), sendo usado no ‘Funk Carioca’. Seu ritmo é contagiante e quente, o que faz o “funk” ser tão atrativo, entretanto, suas letras, timbres e sua excessiva comercialização, banalizando a cultura negra e “da favela” são questionáveis. Falaremos mais sobre esse polêmico assunto um pouco mais para frente. Links relacionados • Jongo da Serrinha https://www.youtube.com/watch?v=pLO6KWgmPB0 • Jongo de Guaratinguetá https://www.youtube.com/watch?v=a_1uj0e3bD8 • Jongo com Antonio Nobrega: https://www.youtube.com/watch?v=jXbEhFrNXMM https://www.youtube.com/watch?v=pLO6KWgmPB0 https://www.youtube.com/watch?v=a_1uj0e3bD8 https://www.youtube.com/watch?v=jXbEhFrNXMM Samba de Partido Alto O partido alto é originalmente o samba improvisado, ou o samba de palma de mão. Ligado diretamente ao samba de roda (ou chula raiada), o samba partido alto é o samba mais africano, que tem suas origens na Bahia, mas que se desenvolveu e se transformou no Rio de Janeiro, sobretudo na chamada “Pequena África”, onde ficavam as casas das “tias” baianas (ver Casa da Tia Ciata) em que ocorriam as festas (ou pagodes) em que se tocava o samba de partido alto até altas horas da madrugada. Um dos instrumentos típicos desse partido alto mais “antigo” é o “prato e faca”, tocado pelo partideiro que improvisa os versos. Atualmente, o samba de partido alto ganhou uma nova roupagem a partir do “pagode” da década de 80 e 90. Um dos mais representativos grupos do partido alto moderno é o grupo Fundo de Quintal, que criou uma nova instrumentação para o estilo, incluindo o banjo, o tantã, o repique de mão e o repique de anel. Entretanto, vários outros grupos e cantores tem influência direta desse samba de partido alto feito no Cacique de Ramos a partir dos anos 70, dentre eles: Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, Arlindo Cruz, Nei Lopes e Diogo Nogueira. https://www.youtube.com/watch?v=Uax_rK7zC3M https://www.youtube.com/watch?v=02me7YeOCYM https://www.youtube.com/watch?v=BdgXb2luAZI O “interior do Brasil” Batuque de Umbigada- SP (Tietê, Piracicaba e Capivari) Há uma série de gêneros brasileiros ligados à umbigada. Podemos citar o Samba angolano (cultura Bantu), como uma das origens das umbigadas no Brasil. Tradições como o jongo, o tambor de crioula, o coco de umbigada, o samba de roda, entre tantos outros, tem em sua dança https://www.youtube.com/watch?v=Uax_rK7zC3M https://www.youtube.com/watch?v=02me7YeOCYM https://www.youtube.com/watch?v=BdgXb2luAZI a ‘Umbigada’. No interior de São Paulo encontramos o Batuque de Umbigada, encontrado sobretudo na região de Tietê, Piracicaba e Capivari. Vejamos abaixo um texto retirado do livro “Batuque de Umbigada” da Associação Cultural Cachuera: “O batuque de umbigada veio da caiumba, dançada em locais afastados das fazendas como meio de os negros escravizados poderem manter viva sua cultura. Desde a época do escravismo até a atualidade, as modas do batuque discursam contra a opressão, o preconceito e a discriminação que atingem os negros da região, e também relatam o dia-a-dia dos batuqueiros, seus amores e sonhos”. Em algumas modas, o forte uso de metáforas e a linguagem simbólica permite manter discrição sobre o que está sendo cantado, e para quem. Da mesma forma que a capoeira ludibriava os capitães do mato, despertando olhares para a dança ao mesmo tempo que se fortalecia como luta e autodefesa, o batuque, considerado simples diversão entre os negros na visão dos donos de fazendas, também funcionava como forma de articulação por meio das cantorias. O tambu, o quinjengue, a matraca e o guaiá são os instrumentos de percussão que acompanham as modas. A dança do batuque tem formação em duas fileiras confrontantes, de homens e de mulheres, e tem como principal característica a umbigada trocada pelos casais dançantes. Fonte: O Batuque de Umbigada de Tietê, Piracicaba e Capivari - SP (2015) Realizadores: Associação Cultural Cachuera, comunidade do Batuque de Umbigada de Tietê, Piracicaba e Capivari. Umbigada https://www.youtube.com/watch?v=ezODCnOxuJs Batuque Paulista https://www.youtube.com/watch?v=HR3giW-CkfI Samba de bumbo de SP (Pirapora) https://www.youtube.com/watch?v=MB4HDE-zIMc As Matriarcas do Samba de bumbo https://www.youtube.com/watch?v=goa3UAWjAlg Samba Paulista https://www.youtube.com/watch?v=KD1gx9xxVD8 Outras manifestações em São Paulo e Minas Gerais Fonte: Revelando São Paulo https://www.youtube.com/watch?v=ezODCnOxuJs https://www.youtube.com/watch?v=HR3giW-CkfI https://www.youtube.com/watch?v=MB4HDE-zIMc https://www.youtube.com/watch?v=goa3UAWjAlg https://www.youtube.com/watch?v=KD1gx9xxVD8 Existem outras inúmeras manifestações do interior da região sudeste brasileiro (SP e MG) que tem uma cultura em comum com a região Centro Oeste e também com o Paraná da região sul. Podemos caracterizar essas manifestações como a “cultura caipira” do interior do Brasil, com suas violas, sanfonas e outras, muitas vezes ligadas às Festas do Divino e às manifestações religiosas católicas e afrobrasileiras, espalhadas por todo o país. Vejamos algumas delas: Catira ou Cateretê, Ximba, Bate pé ou Fandango (fonte: Revelando São Paulo) “Dança de origem indígena, africana e europeia, pois tem influência do Flamenco, do Fado, do Vira e da cultura indígena. Nesta dança a música segue o compasso das batidas das mãos e pés (sapateado) dos dançarinos. Atualmente ainda é praticada no interior de São Paulo, Mato Grosso, Norte do Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul”. Conforme a Região, a Catira é rica em estilos e movimentos coreográficos, é uma dança passada de pai para filho e pode ser dançada por homens, mulheres e crianças, sempre tem presença garantida em Folia dos Reis e Festas do Divino. Os temas cantados na Catira, são vários, amor, trabalho, dia a dia, etc. No texto A catira como instrumento de sociabilidade e bem estar, MACHADO, Juliana Alves, 2012, diz: "Pode-se ter certeza, que onde tem catira tem muita comida, musica, bebida e gente feliz. Pois quem dança fica feliz e quem vê também fica feliz." No estado de São Paulo ainda encontramos grupos de catira em Bofete, Guarani d'Oeste, Guarulhos, Hortolândia, Itapira, Monteiro Lobato, Ourinhos, Araçatuba, São José dos Campos, Serra Negra, Tatuí e Piracicaba”. Catira SP https://www.youtube.com/watch?v=f5r5UYRvQwo Catira MT https://www.youtube.com/watch?v=HjVMkMfbA34 Catira MG https://www.youtube.com/watch?v=YWAluRu8Jfo Caiapó (influência indígena) Dança do interior de São Paulo, onde o tema gira em torno do roubo e morte de um curumim, por inimigos brancos e sua ressureição por interferência de um pajé. Os instrumentos utilizados são todos de percussão. Nesta dança os integrantes usam roupas de palha e o rosto pintado de azul, e são guiados pelo cacique e o curumim. Caiapó MG https://www.youtube.com/watch?v=RA8paocQVlU Caiapó SP (Piracaia) https://www.youtube.com/watch?v=4SwdEsyv6YM https://www.youtube.com/watch?v=zyAq5huHSHE Cavalhadas (MG-SP) Os cavaleiros e os cavalos usam vestimentas cor azul ou vermelho. Na Região de SP e MG a cavalhada representa a luta entre mouros e cristãos, onde dramatizam a queima do castelo, o https://www.youtube.com/watch?v=f5r5UYRvQwo https://www.youtube.com/watch?v=HjVMkMfbA34 https://www.youtube.com/watch?v=YWAluRu8Jfo https://www.youtube.com/watch?v=RA8paocQVlU https://www.youtube.com/watch?v=4SwdEsyv6YM https://www.youtube.com/watch?v=zyAq5huHSHE roubo da princesa, a submissão e batismo dos mouros. Cada parte da cavalhada é denominada de manobra. Esta dança sempre está presente nas festas do Espirito Santo. https://www.youtube.com/watch?v=7-oiT6TWBLo https://www.youtube.com/watch?v=aXUQITP5eqI Moçambique (MG-SP) Dança formada por um grupo de devotos que se reúnem para homenagear a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Seus integrantes representam reis, capitão, general, meirinho e dançadores. No momento da dança, cada integrante batem os guizos que trazem preso nos tornozelos (gunga) e fazem coreografia. O Moçambique tem influência direta da cultura africana (ainda que miscigenada), sobretudo dos negros provindos de Moçambique. https://www.youtube.com/watch?v=F5Im7WsYtys https://www.youtube.com/watch?v=1mHiyZEW7xU Folia de Reis A Folia de Reis não é um gênero musical, mas sim uma festa ligada ao catolicismo que ocorre praticamente em todo o Brasil em homenagem aos reis magos e a Jesus Cristo. A Folia de Reis introduzida no Brasil, pelos portugueses na época da colonização, século XVI, por volta do ano de 1534, trata de uma festa que homenageia as figuras sacras e no início era utilizada pelos Jesuítas, a fim de colonizar os índios e posteriormente os escravos. Nesta festa um grupo de foliões saem em visita as residências, que os acolhem, oferecem comida, doações e presentes e estes foliões agradecem, dançando (geralmente cateretê e catira), cantando e tocando (com viola caipira, acordeom ou sanfona, gaita, reco-reco e flauta) sempre com muita alegria, músicas em homenagem a Jesus e aos Santos Reis (Reis Magos). Os foliões são liderados por um capitão, e seguem fazendo reverências a bandeira, que carrega o símbolo da folia. A bandeira é decorada com figuras do menino Jesus, e os enfeites a ela incluídos nunca são amarrados, pois conforme a crença, isto pode segurar/atrapalhar a caminhada de seus foliões. Quem carrega a bandeira é considerado bandeireiro, tem também o palhaço ou Bastião, que abre a passagem para a folia, recitando poesia e passagens da bíblia, ele sempre carrega uma espada e se veste com roupas coloridas e máscara. Algumas cidades de São Paulo, que cultivam esta tradição são: Araraquara, Barretos, Bebedouro, Bom Jesus dos Perdões, Campinas, Franca, Biritiba Mirim, Caçapava, Cruzeiro, Caraguatatuba, Hortolândia, Indaiatuba, Sorocaba, Olímpia, entre outras. Congado/congada (MG, SP, ES, GO) https://www.youtube.com/watch?v=7-oiT6TWBLo https://www.youtube.com/watch?v=aXUQITP5eqI https://www.youtube.com/watch?v=F5Im7WsYtys https://www.youtube.com/watch?v=1mHiyZEW7xU Assim como nos maracatus, as congadas também simbolizam a coroação do rei do Congo (o rei negro), mesclando tradições africanas, sobretudo de Angola e Congo, com tradições católicas Ibéricas. As congadas remontam ao Brasil colonial (século XVII e XVIII) e estão presentes em praticamente todo o Brasil, tendo destaque em Minas Gerais e interior de São Paulo. Os principais temas são dedicados à São Benedito e à Nossa Senhara do Rosário. Os instrumentos mais utilizados são as caixas (parecidas com as alfaias do maracatu), os ganzás (que no Moçambique é chamado de “folhas”), os tambores menores (chamados tamborins) e as vezes reco reco, adufes ou pandeiros. Um instrumento muito interessante usado nas congadas e moçambiques é a gunga: que é uma espécie de ganzá amarrado aos pés dos brincantes que serve para tocar e dançar ao mesmo tempo. http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_26_RBA/grupos_de_trabalho/trabalho s/GT%2013/renata%20nogueira%20da%20silva.pdf https://www.youtube.com/watch?v=5KYT-e8Bp3g https://www.youtube.com/watch?v=bHT_SSYcNPg https://www.youtube.com/watch?v=B3tN3Azcczg A modinha portuguesa e música caipira (Sudeste e Centro-oeste) Para finalizar esse passeio pelo interior do Brasil, não podemos deixar de citar a música “sertaneja” e as modas de viola tão presentes no interior de São Paulo e em toda cultura do interior (Goiás, Paraná, MT, MS e MG). Falaremos mais disso no módulo 3, mas aqui daremos uma pequena pincelada na música caipira do Sudeste. A moda de viola As “modas” de viola são a essência da música sertaneja e caipira. A música sertaneja em sua origem está ligada aos violeiros do Nordeste e do interior do Brasil que cantam suas alegrias e suas tristezas embaladas ao som de suas violas. A música caipira é mais característica do interior de São Paulo, Minas Gerais e da região Centro Oeste do Brasil, chamada assim principalmente na primeira metade do século XX. http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_26_RBA/grupos_de_trabalho/trabalhos/GT%2013/renata%20nogueira%20da%20silva.pdf http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_26_RBA/grupos_de_trabalho/trabalhos/GT%2013/renata%20nogueira%20da%20silva.pdf https://www.youtube.com/watch?v=5KYT-e8Bp3g https://www.youtube.com/watch?v=bHT_SSYcNPg https://www.youtube.com/watch?v=B3tN3Azcczg Entretanto, a indústria fonográfica misturou tudo isso, classificando-os como “sertanejo de raiz”, (já que atualmente existem inúmeros estilos de “sertanejo”, como o sertanejo romântico e o sertanejo universitário). Podemos citar alguns artistas do “sertanejo raíz” ligados à cultura caipira, dentre eles: Alvarenga e Ranchinho, Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Tião Carreiro e Pardinho, Inezita Barroso, as Irmãs Galvão. A viola ainda está presenteem diversos cantos do Brasil e há uma nova geração de violeiros (como Ivan Vilela, João Paulo Amaral, Paulo Freire, entre tantos outros) que mantém viva a tradição da música caipira e ainda expandem o universo da viola tocando também outros gêneros. Já na década de 80, a chamada “música sertaneja” fugiu muito de sua essência, sofrendo influências do country norte americano, da música pop e da música romântica. Sua instrumentação mudou, incluindo o uso de guitarra, bateria, teclados, e as letras não mais se relacionam com a essência da música caipira ou sertaneja. (*Ver country norte Americano). Hoje, as novas duplas do chamado “sertanejo universitário” tocam ritmos como o “arrocha”, axé music e até funk carioca, falando sobre temas, como bebida, balada, traição, dinheiro, relacionamentos conflituosos, entre outros. Esses gêneros, criados pela indústria fonográfica, fazem um apelo aos elementos mais presentes no imaginário popular (sobretudo da juventude), criando um pastiche com um ritmo ‘contagiante’, uma letra que ‘pega’, e um produto que lhes é muito rentável. Curiosidade 1: Os violeiros gostam de contar “causos” interessantes e engraçados sobre os caboclos, caipiras, e sobre o povo que vive no interior desse “Brasilzão”. Geralmente sentam em volta de uma fogueira e passam a noite cantando e contando histórias muito interessantes sobre a vida no campo. Curiosidade 2: A viola caipira A viola caipira chegou ao Brasil trazida pelos portugueses. Porém, suas origens são bem mais antigas, vinda dos instrumentos árabes. A viola tem dez cordas disposta em cinco pares e o “ponteio”(jeito de tocar) usa muito as cordas soltas fazendo seu lindo timbre soar ao vento. Existem muitas lendas em torno da viola. Uma delas é sobre um jeito de afinar a viola que eles chamam de Cebolão. Dizem que esse nome vem por causa das “muié”, que só de ouvir o violeiro afinando a viola já choram de emoção, igual quando cortam a cebola. Curiosidade 3: Tem um ritmo da viola que se chama “PAGODE” e que não tem nada a ver o samba, e é um ritmo muito usado nas modas e nas rodas dos violeiros. Outros dois ritmos que tem o mesmo nome, mas que são bem diferentes são: o XOTE do Nordeste, mais ligado ao forró, e o XOTE gaúcho, que é uma música típica do Rio Grande do Sul mais ligada às danças europeias, havendo muitas peculiaridades e estilos como o “xote carreirinho” e o “xote duas damas”, em que o cavalheiro dança com duas mulheres ao mesmo tempo. Links relacionados Modas de viola https://www.youtube.com/watch?v=nSAN5W91t1s Tião Carreira e Almir Sater https://www.youtube.com/watch?v=Z56slU5fIIE Marvada Pinga (Enezita Barroso) https://www.youtube.com/watch?v=HeMEMkgnbng A Moda da Mula Preta https://www.youtube.com/watch?v=G1tq5Jz8ypc 2. Gêneros urbanos do Sudeste A partir do final do século XIX, com o fim da escravidão e o começo da urbanização e da modernização das cidades brasileiras, surgem, em meio as mais diversas inovações tecnológicas (dentre elas a Rádio Nacional), os mais diversos gêneros musicais urbanos no Brasil. Vejamos agora alguns dos principais: Ver link: Samba paulista e o ‘progresso’ da cidade de São Paulo https://www.youtube.com/watch?v=c1lNz8Y9dhs Choro O Choro é um dos primeiros gêneros musicais urbanos tipicamente brasileiros. Segundo diversos historiadores, ele surge da apropriação dos gêneros europeus pelos músicos populares do Rio de Janeiro, no final do século XIX, tendo características muito próximas às músicas de salão da época do império, principalmente pelos contrapontos e pela riqueza melódica de suas composições. No início, seus principais instrumentos eram a flauta, o cavaco e o violão. Entretanto, ao longo do século XX foram introduzidos muitos outros instrumentos, como: o pandeiro, o clarinete, o bandolim, o trombone, o sax, o piano e até o acordeon. https://www.youtube.com/watch?v=nSAN5W91t1s https://www.youtube.com/watch?v=Z56slU5fIIE https://www.youtube.com/watch?v=HeMEMkgnbng https://www.youtube.com/watch?v=G1tq5Jz8ypc https://www.youtube.com/watch?v=c1lNz8Y9dhs Podemos citar como precursores do Choro, os compositores Joaquim Calado, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e a compositora Chiquinha Gonzaga. Entretanto, ele se consolidou na primeira metade do século XX através de nomes como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, entre muitos outros. O Chorinho é ainda hoje muito presente em todo o Brasil, com seus regionais e suas formações mais inusitadas. Podemos destacar o bairro da Lapa no Rio de Janeiro como principal reduto do Choro, e também outros locais do Brasil, como São Paulo, Brasília, Goiânia e Vitória. Curiosidades: Uma das principais características do Choro são as melodias rápidas e exigentes para os músicos, com seus contrapontos, improvisações e sobreposições de vozes. Vamos ouvir algumas interpretações do grupo Época de Ouro, que é uma das principais referências do Chorinho em toda sua história. Links relacionados ao Choro: • Época de Ouro https://www.youtube.com/watch?v=X5FrC3YQOlI https://www.youtube.com/watch?v=2U6kkbgY27o&list=PLFB3DD82A9499917A • Pixinguinha https://www.youtube.com/watch?v=98gYhQixXwo • Choro atual https://www.youtube.com/watch?v=46M-Eor8D08 Chiquinha Gonzaga (1847- 1935) Se voltarmos por volta de cento e cinquenta anos atrás, vamos encontrar uma mulher que revolucionou a história da música brasileira. Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, foi a primeira mulher a reger uma orquestra no brasil. Além disso ela foi uma das inventoras de algumas das primeiras músicas brasileiras. Chiquinha compôs músicas nos vários estilos musicais que surgiam no brasil daquela época, dentre eles: as modinhas, o lundu, o tango brasileiro, os maxixes, choros, valsas, polcas e marchas. Ela também foi a criadora da primeira marchinha de carnaval a ficar bem conhecida. Era a “Ô Abre Alas”, tocada até hoje em alguns salões do brasil. https://www.youtube.com/watch?v=X5FrC3YQOlI https://www.youtube.com/watch?v=2U6kkbgY27o&list=PLFB3DD82A9499917A https://www.youtube.com/watch?v=98gYhQixXwo https://www.youtube.com/watch?v=46M-Eor8D08 Ernesto Nazareth (1863 – 1934) Ernesto Nazareth é verdadeiro símbolo da cultura brasileira. Ele estudou piano e conhecia muito bem a cultura europeia. Por outro lado, trazia em suas músicas a africanidade e as tradições da música popular brasileira. Uma de suas músicas mais conhecidas foi Odeon. Vamos ouvir? https://www.youtube.com/watch?v=DMXgiE238Ms Samba (Rj, SP/ Brasil) Um dos gêneros musicais mais emblemáticos de nossa nação é o samba. Vestido de inúmeras formas - do samba de morro até a sofisticada bossa-nova - muitos autores o consideram como “a espinha dorsal da música popular brasileira”. Entendendo o samba, passamos a entender muito mais nossa própria história e a nossa própria cultura. Sua origem e desenvolvimento estão fortemente ligados a questões étnicas (sincretismo/miscigenação), sociais e econômicas da nossa população, e também à urbanização das grandes cidades brasileiras e à construção de uma identidade nacional. Caymmi cita em entrevista: A música típica brasileira é samba. E o samba na Bahia era um estilo de samba de mote e glosa, é você abrir um estribilho e o outro responder. É o samba de umbigada, samba de rua, com influência portuguesa e africana (CAYMMI, 2001, p.132-133). https://www.youtube.com/watch?v=DMXgiE238Ms No livro “O século da Canção”, o autor Luiz Tatit confere caráter significativo ao samba como “a primeira triagem que contribuiu para a conformação da canção popular com as características hoje conhecidas” (TATIT, 2004). Fortemente ligado ao início da indústria fonográfica no Brasil, o primeiro samba a ser registrado foi Pelo Telefone, em 1917, por Donga. Podemoscitar aqui alguns dos principais compositores do samba, dentre eles: Sinhô, Noel Rosa, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô, Bide, Ismael Silva (Estácio), Zé Ketti, Wilson Batista, entre muitos outros. Como cita o estudioso Allessandro Dias: “o samba nasceu na Bahia, cresceu no Rio de Janeiro e em São Paulo, e teve filhos por todos os cantos do país”. O Samba exaltação O samba sempre foi usado como símbolo de “brasilidade”. Sabemos que o Brasil possui uma imensa diversidade de povos, culturas, sotaques e músicas. Entretanto, o samba foi usado para se criar uma espécie de “identidade Nacional”, ou seja, para que todos nós nos sentíssemos brasileiros quando ouvíssemos samba. Isso ocorreu mais intensamente na época de Getúlio Vargas, que apoiava o sentimento de nacionalismo e de patriotismo e queria criar uma identidade brasileira. Foi então nessa época que o “samba exaltação” mais fez sucesso. As suas letras falavam das qualidades do Brasil e de sua beleza natural, além de tentar criar um certo “orgulho” de ser brasileiro. Foi também nessa época que foi criado o personagem da http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_da_Baiana http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinh%C3%B4 Disney “Zé Carioca” e que a cantora Carmem Miranda fez um sucesso incrível nos Estados Unidos e em vários lugares do mundo, cantando as coisas do Brasil. Podemos citar o compositor Ary Barroso como o principal representante do “Samba exaltação”. Você já deve ter ouvido a música “Aquarela do Brasil”. Preste atenção na letra dessa música: Carmen Miranda Zé Carioca Ary Barroso AQUARELA DO BRASIL Ary Barroso O Brasil, verde que dá Para o mundo admirar. O Brasil do meu amor, Terra de Nosso Senhor. Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!... Esse coqueiro que dá coco, Onde eu amarro a minha rede Nas noites claras de luar. Ô! Estas fontes murmurantes Onde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincar. Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil Brasileiro, Terra de samba e pandeiro. Brasil!... Brasil! Links relacionados com o samba • Cartola: https://www.youtube.com/watch?v=c5sto_qPiQY http://letras.mus.br/ary-barroso/ https://www.youtube.com/watch?v=c5sto_qPiQY • Samba no pé com Carlinhos de Jesus: https://www.youtube.com/watch?v=OITl_J_FgvM • Samba e Jongo https://www.youtube.com/watch?v=hlFHWGFbJM0 • Roda de Samba https://www.youtube.com/watch?v=o1RQWPJxWXE&list=PL244AD243C781E7F0 Bossa Nova (Rio de Janeiro) Breve histórico Considerada por muitos como um estilo de samba (e para outros um gênero à parte), a Bossa Nova inventou um jeito muito peculiar de cantar as belezas do Rio de Janeiro, com suas interpretações suaves, sua batida envolvente, seu balanço calmo, e uma sofisticação no olhar e nas notas que compõem suas canções. Podemos citar como principal símbolo da Bossa Nova o interprete João Gilberto, que inovou a forma de cantar, transformando a referência do “vozeirão” dos cantores anteriores (sobretudo os cantores de samba canção da Era da Rádio), para quase um sussurro nos ouvidos. A Bossa Nova sofreu uma forte influência do jazz norte americano (sobretudo na harmonia sofisticada de seus acordes e em sua instrumentação: piano, baixo acústico, bateria, violão e as vezes sopros) e da música erudita (principalmente nas composições do maestro Tom Jobim), entretanto, a Bossa se tornou muito popular entre os músicos de jazz norte Americanos que incorporaram o estilo em seu repertório, sofrendo também forte influência da música brasileira, criando assim uma via de mão dupla. https://www.youtube.com/watch?v=OITl_J_FgvM https://www.youtube.com/watch?v=hlFHWGFbJM0 https://www.youtube.com/watch?v=o1RQWPJxWXE&list=PL244AD243C781E7F0 Considerada a musa da Bossa, foi Nara Leão quem reunia em sua casa (na Zona Sul do Rio de Janeiro), os principais representantes da Bossa Nova, dentre eles: Tom Jobim, Francis Hime, Roberto Menescal, Vinicius de Moraes, Ronaldo Boscoli, Carlos Lira, (entre vários outros). Foi, portanto, em meados dos anos 50 que criou-se esse “movimento musical” o qual levou o nome da música brasileira para o mundo todo. O marco do início da Bossa Nova foi gravação do disco “Chega de Saudade” de João Gilberto, em 1958. Outro ponto alto, foi a gravação de Tom Jobim com Frank Sinatra da música Garota de Ipanema. A Bossa começou a perder sua força quando surgiram os “Festivais da Canção” nos meados dos anos 60, quando as canções de protesto e a dita “MPB”, se consolidaram, frente a forte repressão da ditadura militar. Links relacionados à Bossa Nova Chega de Saudade https://www.youtube.com/watch?v=yUuJrpP0Mak https://www.youtube.com/watch?v=o1RQWPJxWXE&list=PL244AD243C781E7F0 https://www.youtube.com/watch?v=yUuJrpP0Mak https://www.youtube.com/watch?v=o1RQWPJxWXE&list=PL244AD243C781E7F0 Jobim e Sinatra https://www.youtube.com/watch?v=XP64PDhcs4Y João Gilberto e Tom Jobim https://www.youtube.com/watch?v=DmV0TcTNJ3o A Jovem Guarda O movimento “Jovem Guarda” surge de um programa de TV apresentado por Roberto Carlos em meados da década de 60. Esse pode ser considerado um segundo momento do Rock´n´roll no Brasil, (seguido das primeiras gravações de versões como Estupido Cúpido e Biquíni de Bolinha Amarelinha) que tocava o “Iê Iê Iê” e os rockinhos românticos. Podemos citar como principal representante o próprio cantor Roberto Carlos, seguido de sua turma: Erasmo Carlos, Wanderléia, Golden Boys, Silvinha Araújo, Eduardo Araújo, Jerry Adriani, Ronnie Von, entre outros. Enquanto alguns compositores protestavam contra a situação política do Brasil, a Jovem Guarda era uma “rebeldia” que não oferecia ameaças ao sistema, com suas letras quase “inocentes”, como: “Meu carro é vermelho, não uso espelho para me pentear…”. Links relacionados à Jovem Guarda No tempo da Jovem Guarda https://www.youtube.com/watch?v=ejYnrubTqA4 Sobre a Jovem Guarda https://www.youtube.com/watch?v=VeAh7EBnO-I https://www.youtube.com/watch?v=pxfmaTPAjpE A MPB e a “Era dos Festivais” https://www.youtube.com/watch?v=XP64PDhcs4Y https://www.youtube.com/watch?v=DmV0TcTNJ3o https://www.youtube.com/watch?v=ejYnrubTqA4 https://www.youtube.com/watch?v=VeAh7EBnO-I https://www.youtube.com/watch?v=pxfmaTPAjpE Breve histórico A sigla MPB se consolida nos grandes festivais da canção pós Bossa Nova. Com o advento da ditadura no Brasil, surge um novo movimento de compositores com suas canções de protesto e suas mensagens subliminares nas letras de suas canções. Os festivais tiveram seu auge nos anos 60 e 70 no Brasil, quando surgiram nomes como Chico Buarque, Elis Regina, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jair Rodrigues, Edu Lobo, João Bosco, Milton Nascimento, Rita Lee, Geraldo Vandré, entre muitos outros. Os Festivais da canção marcaram época, e o Brasil todo esteve envolvido em suas acirradas disputas. Muitos dos compositores e interpretes foram exilados do Brasil graças as suas mensagens e ideologias. Foi uma época muito rica da música brasileira! Links relacionados aos Festivais da Canção • Roda Viva (Chico Buarque) https://www.youtube.com/watch?v=fEY9Z8LJfMY • Ponteio Edu Lobo) https://www.youtube.com/watch?v=-N8niC2myI0 • Sérgio Ricardo quebrando o violão https://www.youtube.com/watch?v=OBabT0-V7eM • Alegria algria (Caetano) https://www.youtube.com/watch?v=H44xLqXNQ2Y https://www.youtube.com/watch?v=OBabT0-V7eM https://www.youtube.com/watch?v=FOsXaaW4Pkk A Tropicália Breve histórico: A tropicália foi um movimento musical que mesclava as tendências da vanguarda nacional, da contracultura e da “modernidade” dos anos 60 e 70 (como a guitarra elétrica e o ritmo Rock´n´roll), com astradições da música brasileira (como a cultura nordestina e os ritmos afro brasileiros). Seus principais representantes são Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Os Mutantes, Torquato Neto, Tom Zé, entre outros. https://www.youtube.com/watch?v=fEY9Z8LJfMY https://www.youtube.com/watch?v=-N8niC2myI0 https://www.youtube.com/watch?v=OBabT0-V7eM https://www.youtube.com/watch?v=H44xLqXNQ2Y https://www.youtube.com/watch?v=OBabT0-V7eM https://www.youtube.com/watch?v=FOsXaaW4Pkk O movimento Tropicalista teve sua origem no encontro de vários artistas, principalmente da Bahia, nos Festivais da Canção da década de 60. Com suas roupas coloridas, cabelos compridos e sua atitude de protesto e deboche às antigas formas do pensar, o Tropicalismo trouxe inúmeras contribuições para a música brasileira, tanto na forma quanto no conteúdo, criando uma síntese do Brasil dos anos 60 e 70 refletido em suas poesias e músicas. Podemos dizer que o Tropicalismo se estendeu ao cinema através de Glauber Rocha e o Cinema Novo, e também às artes plásticas através de Helio Oiticica. Curiosidades: Caetano e Gil foram exilados do Brasil após serem acusados de “rebeldia”. Entretanto suas músicas não faziam crítica direta à ditadura, como as canções de protesto (de Geraldo Vandré por exemplo). Eles questionavam o modo de vida e suas reflexões eram muito mais profundas e complexas do que uma simples crítica à ditadura. Links relacionados: Caetano – Tropicália https://www.youtube.com/watch?v=WwfwRULbSA8 Panis et circenses – Mutantes https://www.youtube.com/watch?v=WxwQhrfTEc8 Gal, Caetano, Gil, Bethânia https://www.youtube.com/watch?v=O0sJIjE4NnE Clube da Esquina (Minas Gerais/RJ) Breve histórico Esse foi um movimento formado pelo encontro de compositores e músicos mineiros, dentre eles: Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta, Flavio Venturini, Fernando Brant, entre outros. Apesar de formado por músicos mineiros, o movimento se desenrolou no Rio de Janeiro, e foi consagrado pela gravação da música “Canção do Sal” por Elis Regina. Com influências de Beatles, Bossa, Jazz, música erudita e música folclórica mineira (sobretudo os tambores e os ritmos afro de Minas), o Clube da Esquina teve grande projeção internacional principalmente através de Milton Nascimento, que gravou com os grandes músicos de jazz norte Americanos, como o disco Native Dancer e Angelus, que reúnem músicos como Wayne Shorter, Pat Metheny e Jack DeJohnette. https://www.youtube.com/watch?v=WwfwRULbSA8 https://www.youtube.com/watch?v=WxwQhrfTEc8 https://www.youtube.com/watch?v=O0sJIjE4NnE Entretanto os discos mais importantes são o “Clube da Esquina 1”, de 1972, e o “Clube da Esquina 2”, de 1978. Os contornos melódicos de suas canções refletem as montanhas e paisagens de Minas, seus ritmos e sonoridades sintetizam os pensamentos e sonhos dessa geração de grandes poetas, músicos e compositores que fizeram parte desse movimento. Curiosidades Milton Nascimento teve uma história fantástica: apesar de ter nascido no Rio, ele foi adotado e criado por seus pais em Três Pontas (MG). Depois mudou-se para BH, onde trabalhou de escriturário e foi lá que conheceu os irmãos Borges (Lô, Márcio e Marilton). Dos encontros na esquina das Ruas Divinópolis com Paraisópolis surgiram os acordes e letras de canções como Cravo e Canela, Alunar, Para Lennon e McCartney, Trem azul, Nada será como antes, Estrelas, São Vicente e Cais. Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta e criaram esse maravilhoso movimento musical que eleva o nome da música brasileira em todo o mundo. Links relacionados: • Clube da Esquina: https://www.youtube.com/watch?v=-83HCIbrfWU • Documentário sobre Milton: https://www.youtube.com/watch?v=yaNqutgEeGw • Documentário sobre o Clube: https://www.youtube.com/watch?v=WQ7xTsVJAiQ&list=PLEF2FDEF89D4EE83A https://www.youtube.com/watch?v=- C5cYNMYCus&index=3&list=PLEF2FDEF89D4EE83A • Girassol da cor de seu cabelo https://www.youtube.com/watch?v=ft0lyajlzaw&index=4&list=PLEF2FDEF89D4EE83A http://pt.wikipedia.org/wiki/Para_Lennon_e_McCartney http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Beatles http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Platters http://pt.wikipedia.org/wiki/Tavinho_Moura http://pt.wikipedia.org/wiki/Flavio_Venturini http://pt.wikipedia.org/wiki/Beto_Guedes http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Brant http://pt.wikipedia.org/wiki/Toninho_Horta https://www.youtube.com/watch?v=-83HCIbrfWU https://www.youtube.com/watch?v=yaNqutgEeGw https://www.youtube.com/watch?v=WQ7xTsVJAiQ&list=PLEF2FDEF89D4EE83A https://www.youtube.com/watch?v=-C5cYNMYCus&index=3&list=PLEF2FDEF89D4EE83A https://www.youtube.com/watch?v=-C5cYNMYCus&index=3&list=PLEF2FDEF89D4EE83A https://www.youtube.com/watch?v=ft0lyajlzaw&index=4&list=PLEF2FDEF89D4EE83A Obs: Como o foco desse curso não é a música urbana e a música internacional presente no Brasil, mas sim as manifestações musicais de cada região do Brasil, não aprofundaremos na história do rock, do funk, do reggae, RAP, entre muitos outros estilos muito importantes e presentes no Brasil. Há um foco maior para esses estilos em outro curso que está em homologação - EAD: MPB – uma breve história.
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