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A INSERÇÃO DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 	
 FELIX, A. Z. Keila 
 RU: 392933
 SILVA, Caroline 
RESUMO
A presente pesquisa aborda a inserção da ludicidade como ferramenta pedagógica na educação infantil, priorizando o brincar como ferramenta do desenvolvimento infantil, visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem. Tem como objetivo conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados para designar o ato de brincar, tornando-se também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporciona no ensino-aprendizagem infantil. A metodologia baseada na ludicidade tem como eixo o desenvolvimento integral da criança nos seus aspectos físicos, cognitivos, socias e emocionais através de atividades prazerosas e significativas. Para a elaboração do presente artigo recorreu-se a uma pesquisa bibliografias, onde importantes autores, como Piaget e Vygotsky e Freire foram consultados apontando sobre a visão dos mesmos os benefícios e dificuldades, encontrada tanto pela criança quanto pelo professor, ao optar pela ludicidade como ferramenta pedagógica. O ato de brincar será apresentado como o principal fator de desenvolvimento infantil. 
Palavras Chave: Ludicidade. Educação Infantil. Jogos. Brincadeiras. Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa objetiva a percepção da inserção da ludicidade na educação infantil como ferramenta pedagógica facilitadora do processo ensino aprendizagem, e ainda proporcionar uma análise reflexiva sobre estratégias que facilitem o trabalho do professor quando adotar a ludicidade como metodologia.
O professor precisa olhar para suas crianças como indivíduos singulares e ao mesmo tempo plurais, ou seja, cada um possui uma forma e um ritmo de aprendizagem e esta, se dá por meio das experiências coletivas, estas experiências e trocas acontecem através das brincadeiras e jogos, onde a criança se torna protagonista do seu saber, uma vez sendo a protagonista a criança se desenvolve respeitando seu tempo, suas limitações e explorando suas habilidades a seu favor.
Mesmo sendo a ludicidade uma prática baseada nas brincadeiras e jogos é preciso que o professor esteja preparado e seja conhecedor da metodologia a ser empregada, pois as brincadeiras devem ter uma intencionalidade para que o objetivo seja alcançado. A criança brinca e aprende em um processo natural.
Cabe ao educador utilizar-se de atividade lúdica de forma que o aluno aprenda brincando, mas a atividade tem que envolver todos da sala, não somente o aluno com dificuldade, deve também existir um equilíbrio entre esforço e o prazer, instrução e diversão, pois existe nessa prática educativa, a ligação entre infância, jogos e educação, o mesmo auxilia o desenvolvimento intelectual e favorece a autonomia e a sociabilidade. Piaget (1952 e 1976), “diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo indispensáveis a práticas educativas”. 
E compreender o universo lúdico que envolve os jogos e brincadeiras, que influenciam a criança a se tornar um ser humano melhor, nos aspectos físicos, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Por esses diversos fatores que envolvem esse processo de aprendizagem, tanto pelo aluno como pelo professor que é o mediador do ensino aprendizagem, que ao usar o lúdico como apoio pedagógico, é essencial que o educador mostre para seus alunos que a brincadeira não e apenas um entretimento, mas uma atividade que possibilita a aprendizagem de varias habilidades, e também o aprender brincando torna–se mais divertido, fazendo com que o aluno aprenda e brinque ao mesmo tempo sem se sentir pressionado.
Então cabe ao professor, junto com a escola ou responsáveis, trabalhar juntos para que o ambiente escolar torne-se mais agradável e apto para desenvolver um trabalho mais adequado com seus alunos. Construindo espaços e adquirido mais brinquedos e jogos pedagógicos, para trabalhar com as crianças em fazes de aprendizagem, e também o professor podem construir junto com seus alunos, seus próprios brinquedos pedagógicos. A ludicidade é como se fosse pequenos pontos que o professor faz para que a criança siga, e assim consiga ligar um ponto ao outro, juntando assim o ensino aprendizagem, ou seja, brincar e ensinar são algo que se complementam, e comprovam que não pode faltar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. A brincadeira é o alimento necessário para o desenvolvimento da criança.
2. LUDICIDADE E APRENDIZAGEM
Através da Ludicidade a criança é capaz de agir e pensar de maneira que não consegue em atividades cotidianas propostas no ambiente escolar, VYGOTSKY (1994) estabelece que ludicidade e aprendizagem formal funcionem como âmbito de desenvolvimento. 
O jogo favorece a criação de ZDP (Zona de Desenvolvimento Profissional) porque nele, “a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário, é como se ela fosse maior do que é na realidade” VYGOTSKY (1994, p. 117). 
Em outras palavras, da mesma forma que ocorre na atividade de aprendizagem, o jogo gera zonas de desenvolvimento proximal por que instiga a criança a ser capaz e desenvolver melhor seu comportamento, experimentar habilidades ainda não consolidadas no seu repertorio. 
Dessa forma, a ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano, é um espaço que merece atenção, pois é o espaço e o direito de toda criança para uma relação efetiva com o mundo, as pessoas e objetos.
De acordo com GOMES, (2004, p.47), a ludicidade é uma dimensão da linguagem humana, que possibilita a “expressão do sujeito criador que se torna capaz de dar significado a sua existência, resinificando o mundo”. Por meio do diálogo, da reflexão critica da construção e resistência à ordem social injusta e excludente que impera em nossa realidade. GOMES, (2004, p. 146).
A ludicidade é uma necessidade e não pode ser vista somente como diversão. As atividades lúdicas facilitam a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, auxiliando para uma boa saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita a comunicação, expressão e construção do conhecimento. Assim, a prática lúdica entendida como ato de brincar das crianças permite um mergulho na sua trajetória ao longo dos tempos, acumulando informações. 
Assim, o jogo tornou-se, nos últimos tempos, objeto de interesse de psicólogos, psicopedagogos e educadores como decorrência de sua importância para criança e da constatação de que é pratica que auxilia no desenvolvimento infantil, a construção ou potencialização do conhecimento.
De acordo com os princípios do referencial curricular nacional para a educação infantil – RCNEI (1998, p. 42) “Os jogos propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis de forma interdisciplinar”. Dessa forma, o jogo cumprirá, portanto, uma dupla função lúdica e educativa, aliando as finalidades do divertimento e prazer, entre outras o desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico, social e moral, manifestadas em um grande número de competências: escolha de competências, escolha de estratégias, ações motoras, interação, observação e respeito às regras, permitindo à criança a construção de seu conhecimento na interação com colegas e com o próprio objeto de conhecimento. São múltiplas as formas do brincar, o qual exige das crianças que se expressem em suas múltiplas linguagens, ou seja, através do brincar a criança começa a fazer a leitura de mundo, oferecendo um ambiente favorável, que proporcione tempo e materiais para que as crianças brinquem interativamente e desenvolvam sua competência social.
O jogo por sua importância e frequência, destaca-se dentre as estratégias que a criança utiliza para construir seu conhecimento na infância. E a acompanha em suas modalidadesdistintas, nas mudanças de motivação e incentivo à ação de cada período de seu desenvolvimento. O jogo é também a estratégia que ela utiliza para separar o significado do objeto, construção necessária para seu conhecimento do mundo.
2.1. O LÚDICO E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam à sua causa. Pensar em educação é pensar no ser humano, em sua totalidade, em seu ambiente, nas suas preferências. A esse respeito, FRIEDMANN (2003) expõem que no processo da educação, o papel do educador é primordial, pois é ele quem cria espaços, oferece os materiais e participa das brincadeiras, ou seja, media a construção do conhecimento. Neste sentido, selecionar os materiais de acordo com a faixa etária dos seus alunos de acordo com as necessidades, o material deve ser suficiente e diversificado. 
Assim na visão de MOYLES (2002) as crianças sentem grande prazer em repetir jogos que conhecem bem, sentem-se seguros quando percebem que mostram cada vez mais habilidades, responder ou executar o que é esperado pelos outros. Dessa forma o professor é o mediador, possibilitando a aprendizagem de maneira criativa e social. Para que isso aconteça é necessário que o aluno e o educador estejam engajados. Com isso, TEIXEIRA (1995) menciona que cabe ao educador oferecer inúmeras oportunidades para que se torne prazerosa a aprendizagem por meio de jogos e brincadeiras. 
2.2. AS TÉNICAS LÚDICAS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Apesar de o jogo ser uma atividade espontânea nas crianças, isso não significa que o professor não necessite ter atitude ativa sobre ela. Para isso, é preciso ter conhecimentos sobre o lúdico; organizando ambiente adequado para o jogo infantil, seja esta a realidade em todas as modalidades. 
Nesse sentido, SANTOS (2008), destaca que enriquecer e valorizar os jogos realizados pelas crianças é outra função do educador, uma observação atenta pode indicar os professores que sua participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida introduzindo novos personagens, ou novas situações. Nesse sentindo, apresenta algumas brincadeiras que pode ser utilizadas em turmas de educação infantil entre elas: a toca do coelho, de onde vem o cheiro, dentro e fora; arremesso; pneus entre outras.
NEGRINI (1994), ao se referir a jogos, acrescenta: o jogo se apresenta para a criança como uma atividade dinâmica, no sentido de satisfazer uma necessidade. Portanto ao observar o comportamento de uma criança jogando/brincando, pode-se perceber o quanto ela pode desenvolver sua capacidade de resolver os mais variados problemas, sem tirar o seu sentido lúdico, o ato de brincar vai evoluindo com o passar do tempo, altera-se de acordo com os interesses próprios da faixa etária, conforme a necessidade de cada criança com os valores da sociedade que está inserida.
2.3. A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA E DO JOGO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
MOYLES (2002, p.21), destaca que ‘‘a maior aprendizagem é oportunidade oferecida á criança de aplicar algo da atividade lúdica dirigida a alguma situação’’. 
Na busca de experiências e vivências, as crianças aprendem principalmente com o brincar. Observa-se o quanto de aprendizado a criança adquire, ou melhor, constrói através de uma brincadeira, por mais simples que esta possa parecer aos olhos dos adultos. E a experiência escolar deve então ser mais uma possibilidade de ampliação das relações da criança com o mundo, o ato de brincar traz aprendizado para o processo de construção do conhecimento sistematizado. VYGOTSKY (1987) afirma que as crianças, enquanto brincam não se limitam apenas a recordar e reviver experiências passadas, mas as reelaboram criativamente. 
“Não há dúvida que o brincar significa sempre libertação. Rodeadas por um mundo de gigantes, as crianças criam para si, brincando, o pequeno mundo próprio” BEJAMIM, (2002, p.85). No ato de brincar a criança amplia esses sentimentos por meio da imaginação. Na educação de um modo geral, e principalmente na Educação Infantil, o brincar é um importante instrumento para trabalhar a aprendizagem, o brincar é uma essência da infância e o uso permite o trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento e também a estimulação da afetividade na criança. 
As brincadeiras e os jogos tornam-se essenciais para a criança que está aprendendo, pois desenvolve sua socialização, a linguagem, coordenação motora, na noção espacial e corporal, e, além disso, ela aprende a investigação, negociar, partilhar, ela expressa simbolicamente, fantasias, desejos, e principalmente o conhecimento pela vida toda.
 De acordo com PIAGET (1978, p. 61), “brincar deve ser divertido, prazeroso, e não tarefa, de acordo com o interesse da criança. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança”.
Muitos estudiosos ressaltam a importância das atividades lúdicas na infância, não importa se as brincadeiras são do passado ou presente, o importante é que ela brinque e sendo assim, ela vai aprender de uma forma mais prazerosa, o brincar, é, portanto uma atividade natural, espontânea e necessária para a criança, além disso, estimula o desenvolvimento intelectual da criança, e também ensina sem que ela perceba. Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
DALLBONA e MENDES (2004, p.09) colocam que, “O jogo e a brincadeira são experiências vivencias prazerosas”. Isso aplica a aprendizagem, pode ser associada pela criança como vivencia agradável e prazerosa. O jogo tanto como uma a brincadeira representa um estimulo maior na educação infantil, pois tem maiores vantagens, do que outros métodos tradicionais. A forma que o brincar é utilizada pelos educadores no ensino aprendizagem, não são usados só como fins pedagógicos, mas também trará a essa criança como cidadã, pois a aprendizagem irá ser aplicada a várias etapas de sua vida. Apesar de a palavra brincadeira ser estreitamente ligada à infância e às crianças, vemos que a brincadeira sempre foi uma atividade significativa na vida dos homens em diferentes épocas e lugares BORBAS (2007).
O professor ao incluir o lúdico com jogos e brincadeiras no ensino aprendizagem, ele proporciona uma estrutura a criança para o conhecimento físico com o lógico, então começa a compreendê-los, incorporando-os num quadro de ralação entre professor e alunos e, além disso, os jogos, junto com as brincadeiras, são dois conceitos que possibilitam a criança á desenvolverem numa única estrutura diferentes tipos de linguagem ao mesmo tempo em que brinca, pois ele estará em contato com outras crianças. 
FREIRE (1989, p.13) dá sua contribuição para o aprofundamento dessa questão apontado uma concepção diferenciada acerca do processo educativo da criança e evidenciando a importância de ela vivenciar corporalmente tudo o que aprende na escola. O referido autor destaca que os conceitos temporais e numéricos, entre outros, são tradicionalmente desenvolvidos nas atividades de escrever, desenhar e recortar e defende que esses conhecimentos podem ser trabalhados num contextos de jogos motores, de forma a associar a tarefa da escola mais diretamente com as características próprias da criança.
E cabe ao professor estudar e entender a importância das brincadeiras na educação infantil e ele como educador deve ser o mediador e o resgatador da cultura, que é passado de geração em geração. Ele deve resgatar novamente através das músicas, brincadeiras, os jogos, as cantigas de rodas, amarelinha, jogos de bolas e bonecas e muitos outros jogos e brinquedos, também sempre estar com os brinquedos pedagógicos, alfabetos móvel, quebra-cabeças, conjuntos de formas geométricas, carimbos numéricos e letras, de bichos e objetos. Mas a escola e a direção tem que estar envolvida junto com o educador, e de extrema importância que a escola de EducaçãoInfantil tenha uma brinquedoteca ou crie jogos que favoreçam a realização do lúdico nas atividades. Para RAUL (2007.p.50), “a utilização do lúdico como recurso pedagógico na sala de aula, pode aparecer como um caminho possível para ir ao encontro de formação integral das crianças”.
O ato de brincar pode tanto livre, é ela que escolhe do que quer brincar, bola ou carrinho, boneca ou casinha. A outra forma de brincar é o dirigido, neste caso o professor cria situações lúdicas com a turma para trabalhar o desenvolvimento de forma específica, porém os dois atos trás aprendizado. Porque, brincando e jogando, a criança conhece e pratica tanto, em conjunto ou individual, e com orientação adequada, por um mediador preparado, ou melhor, capacitado, para transmitir o ato de aprender brincando, mas bem especificado, que as brincadeiras e jogos existem regras para ser seguidas.
 Para FRIEDMAN (1996) e VOBATO (1999), citado por Almeida e SHIGUNOV (2006, p.70). ‘‘a brincadeira refere-se ao comportamento espontâneo ao realizar uma atividade das mais diversas. O jogo é uma brincadeira que envolve certas regras, estipuladas pelos próprios participantes. O brinquedo é identificado como objeto brincadeira. A atividade Lúdica compreende todos os conceitos anteriores’’.
Com isso se aprende que regras não são simples palavras, são para ser obedecidas, pois ela aprenderá que uma boa convivência depende de saber, dividir, esperar, respeitar, ceder, trocar ideias, opinar, ouvir, tolerar e sentir. A criança deve saber que não é somente ela que pode fazer ou querer as coisas, deve aprender que é preciso respeitar a vontade dos outros e não só as delas, ela terá o alcançado o inicio de sua aprendizagem.
Para PIAGET (1978, p. 91); “para a criança a brincadeira é uma forma de exercitar a sua imaginação, se relacionando de acordo com o seu interesse a suas necessidades juntos a realidade de um mundo de que poucos conhecem. Através da brincadeira a criança constrói, destrói e reconstrói seu universo”. O objetivo maior de trabalhar o lúdico é conhecer o significado de brincar, conceituar os principais termos utilizado para designar o ato de brincar, tornando-se também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência de outros, estabelecendo assim relações sociais. Sabe-se que a criança tem muita capacidade de aprender e conforme o que você ensina, ela não consegue esquecer, então e fácil de passar ou transmitir a aprendizagem para uma criança, brincando e jogando coisas que ela gosta, e a melhor maneira de ensina-la. 
A brincadeira é de extrema importância para o desenvolvimento da criança. Por isso, e essencial o professor tem o apoio da escola, por que sozinho ele não consegue, é preciso à direção e secretária de educação estar todos dispostos a ajudar. A aprendizagem não se constrói sozinha, ela precisa do aluno, professor, pais e responsáveis, direção. De acordo com PIAGET (1973, p. 89), ‘‘ a educação e a ludicidade deve unir-se para que haja uma concretização do aprendizado escolar’’.
2.4. O ATO DE BRINCAR
‘‘PIAGET (1978, p. 76) fala que o ser humano quando nasce, nasce como um papel em branco, apenas com instintos básicos’’. A criança apesar de sua pouca idade, tem uma capacidade de construir e reconstruir, ela sempre estará à procura de descobrir e aprender coisas novas, e o que vai chamar atenção para a criatividade da criança e conseguir uma boa aprendizagem, é através do brincar da criança, que e o jogo, brincadeiras, a música, o teatro. Para a criança a brincadeira é boa também para sua comunicação, porque mesmo ela estando brincando sozinho, ela imagina alguém ou algo, e com essa imaginação ela se expressa, conversa, canta, então sua linguagem vai se desenvolvendo cada vez mais, e sua capacidade de comunicação com as outras crianças e futuramente ela não encontrara mais nenhuma dificuldade. 
A maioria dos professores de Educação Infantil já trabalham a ludicidade, com jogos, brinquedos, brincadeiras, músicas, histórias, como prática pedagógica, muitos deles defendem que é a melhor maneira de melhorar o desenvolvimento da criança, dizendo que a aprendizagem se torna mais fácil e eficaz para a criança.
 	O brincar não significa apenas recrear, é muito mais se caracterizando como uma das formas mais complexas que a criança tem de se comunicar-se consigo mesma, e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas reciprocas que se estabelecem durante toda sua vida’’. OLIVEIRA (2000, p.14).	
Mas alguns professores ainda vivem dependendo do passado, e por isso tende a dizer que o brincar não ajuda em nada, pois é difícil de lidar com crianças pequenas, não ajuda em nada, não obedecem, só sabem correr e gritar, então elas preferem ficar em sala com a criança pintando ou coisa assim, só que a criança deve brincar, tanto livre como dirigida. Com o lúdico, a criança tende a melhorar em vários aspectos, porque com sua pouca idade é muito enérgico, ela pula, corre, gosta de puxar, arrastar, empurrar, ela também é mais sociável, entretanto o sentimento de posse que ela adquire em relação aos seus brinquedos começa aparecer e sua imaginação e coordenação motora melhora cada vez mais com o ato de brincar. 
Portanto as brincadeiras e os jogos são de extrema importância para formação da criança, é essencial que ela brinque só assim ele crescerá mais sociável, alegre, criativo, com sentimentos bons ou ruins, mas assim ela aprenderá. 
Em toda fase do desenvolvimento a criança tem desejos que não consegue e deseja realizar, deixando-a tensa, para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escola envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizáveis VYGOTSKY (1989).
2.5. O JOGO E A EDUCAÇÃO INFANTIL
Muito se discute da importância do jogo na educação infantil, compreender as contribuições que trás a aprendizagem, tanto como as outras atividades lúdicas.
O jogo é um ‘‘quebra cabeça’’...Não é, como se pensava, simplesmente um método para aliviar tensões. Também não é uma atividade que prepara a criança para o mundo, mas é uma atividade real para aquele que brinca. Verdadeiramente, brincamos, envolvemo-nos com paixão no jogo, sem precisamos, em absoluto, saber o que ele significa. FREIRE (1996, p.20).
Seria muito bom se a escola investisse mais na introdução dos jogos lúdicos, e mais espaços para que o professor pudesse trabalhar mais com seus alunos. Os jogos lúdicos são atividades que buscam o melhor desenvolvimento do aluno, melhorando sua criatividade, conhecimento e exercita a memória, conseguem também o ponto de vista físico, emocional, cognitivo e social. Os principais tipos de jogos que fazem parte da infância da criança:
● Jogos de exercício do pensamento:
● Jogos de exercício:
● Jogos simbólicos;
● Jogos de construção;
Para a utilização do jogo na prática pedagógica, é necessários, saber selecionar técnicas e estratégias, para que o aluno consiga utilizar em favor dele, a maneira de alcançar a aprendizagem através do jogo. Por meio dos jogos o professor pode criar e recriar, várias situações em que envolva equilíbrios e outros desafios corporais para criança.
Para AGUIAR (2002, p. 36-42) ‘‘podemos perceber que a valorização do jogo no processo educativo das crianças continua sendo evidenciada pelos educadores contemporâneos’’: O jogo faz parte da cultura e passado de geração em geração, com algumas mudanças na sua estrutura e regras, mas que permite que a criança aprenda o verdadeiro valor histórico, que foram resgatado e reestruturado para melhor brincar e aprender. Existem muitos exemplos de jogos antigos que foram restruturados para melhor utilizado para o ensino aprendizagem, e novos que ajudam muito o professor na hora de ensinar. O jogo tem como finalidade atividade lúdico, que devem ensinar o aluno, pois tem um valor educativo, e nas escolas ele é muito utilizado para ajudar a criança com dificuldade na aprendizagem, mas também se destaca como uma fonte de prazer para criança, também émuito bom para ensinar as crianças com regras, pois muitas ao iniciar nas escolas, elas tem muitas dificuldade em obedecê-las, e com o jogo ela aprende a esperar, o que tem que fazer e ajuda muito no intelectual da criança. ‘‘A utilização de atividades motoras sob forma de jogos para o domínio de conceitos [...] e para o desenvolvimento de algumas capacidades psicológicas, tais como: memória, avaliação e resolução de problemas, CRATTY (1975)’’.
Para a utilização do jogo, na prática pedagógica, é necessário, saber selecionar técnicas e estratégias, para que o aluno consiga utilizar em favor dele a maneira de alcançar a aprendizagem através do jogo. Porque a maneira que brinca com o jogo a criança vai juntando as peças até chegar ao ponto de aprender, e com a troca de experiência com os outros alunos, porque dificilmente no jogo você vai jogar sozinho, então ela vai ter que aprender a trabalhar em grupo, então ele vai aprender esperar, ouvir a opinião das outras crianças, vais esperar a sua vez, e isso é chamado de obedecer a regras. 
3. A FUNÇÃO DO PROFESSOR FRENTE AOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Para um professor de Educação Infantil, que trabalha com crianças de zero a cinco anos, a brincadeira com jogos e brinquedos, torna-se a melhor arma para trabalhar a aprendizagem, porque a criança apesar de sua pouca idade é que mais exige do professor, e por isso deve-se ter o cuidado de como introduzir esses ensinamentos. Com tudo o brincar pode ser introduzida como um desafio que através dos jogos, brinquedos ou brincadeiras definidas ou dirigidas por adultos. 
SMITH, (1990) citado por MOYLES (2006, p.15), ‘‘destaca o papel do adulto nas brincadeiras infantis, apontando que ele pode estimular ou desafiar os pequenos a brincar de formas mais desenvolvidas e complexas’’. O autor destaca que o professor pode organizar materiais e propor desafios quando utilizar jogos e brincadeiras com as crianças. Então a criança precisa ser observada ao brincar, não necessita ficar junto a ela, mas sempre se deve prestar atenção na sua maneira de brincar com jogos e a maneira que a mesma está brincando. O ensino-aprendizagem tem grande parte da interação professor-aluno, porque as atividades dadas pelo professor são fundamentais. Também é necessário que o professor valorize as ações de cooperação e solidariedade, para que as brincadeiras não se tornem apenas competitivos, assim a criança desenvolvera sua autoconfiança respeitando suas limitações e possibilidades.
Por isso é preciso muita pesquisa e estudo da parte do professor, ou seja, uma educação continuada, pois ele tem que ver se as brincadeiras e jogos propostos combinam com as atividades da faixa etária a qual esta trabalhando, porque ele deve ser o facilitador em relação a criança o professor e com atividades lúdicas, ele nunca deve estar despreparado, ao apresentar uma atividade para seus alunos. E de extrema importância, que as aulas e atividades sejam preparadas com antecedência, que sejam bem formuladas, para que as crianças entendam e as façam.
O educador como mediador deve observar e coletar informações sobre as brincadeiras das crianças para incrementá-las em futuras oportunidades, procurar participar das brincadeiras e valer-se para questionar com as crianças sobre as mesmas, organizar estruturar espaços de forma a instigar na criança a necessidades de brincar, além de facilitar a seleção de brincadeiras. O professor como mediador, encontra muitas dificuldades, tanto na escola, famílias, e até mesmo com os alunos, pois muitas crianças de hoje em dia, não se interessam em brincar. Elas atualmente só querem saber de celular, TV, computador, vídeo game. Muitas vezes são assim por culpa dos próprios pais, que acham que a criança não precisa brincar, preferem ver elas mais dentro e casa do que fora, mas para própria saúde e desenvolvimento da criança isso não e bom, ela tem que brincar, é direito dela.
Muitas escolas ainda vivem no passado e possui professores mais ultrapassados ainda, que acham que o melhor método de ensinar, é introduzir mais e mais atividade, é encher o quadro ou atividades já prontas que elas só vão e pintam. E outros educadores que acham que os brinquedos são apenas para distração, quando ela precisa fazer algo como corrigir atividades ou para manter o aluno em silêncio. Há escolas que não tem condições de adquirir certos tipos de materiais para trabalhar com os alunos, e às vezes nem se tem um espaço adequado para fazer atividades lúdicas com as crianças, mas é de extrema importância que a escola possua tais materiais pedagógicos, jogos e brinquedos pedagógicos, para que seus alunos tenham acesso a esses itens, pois ajuda muito no desenvolvimento de ensino aprendizagem. 
O professor como mediador da aprendizagem deve ensinar para criança que não é apenas brinquedos industrializados, ele deve aprender que pode construir seus próprios brinquedos e inventar brincadeiras e jogos. MOYLES (2002, p.21) destaca que “a maior aprendizagem está na oportunidade oferecida à criança de aplicar algo da atividade lúdica dirigida a alguma outra situação”.
Pode montar um plano de aula, onde cada dia da semana ela organiza uma atividade de como montar um brinquedo; carrinho de madeira ou de garrafa pet, bola de meia, bonecas de pano, amarelinha, bola de gude, peteca, pique esconde, pular corda, cantigas de rodas. 
Para instigar a imaginação infantil, o professor deve oferecer materiais, dos mais simples aos mais complexos, podendo estes brinquedos ou jogos serem estruturados ou fabricados com materiais reciclados pelas próprias mãos dos alunos. Hoje em dia as crianças já não brincam mais com brinquedos simples, e mais com controle remoto, bonecas que falam andam, robôs que andam, atiram, falam. 
Quando a criança aprende que ele pode construir seu próprio brinquedo, ele fica apreensivo, curioso e acima de tudo feliz por saber que ele vai aprender e brincar com algo que ele mesmo construiu. 
Então é essencial que a escola apoie os professores com seu trabalho pedagógico, que a direção crie espaços adequados e materiais de apoio para que o profissional realize um ensino de qualidade.
4. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da metodologia, foi utilizada uma pesquisa qualitativa, onde foram utilizadas várias técnicas cientificas que favorecem a realização de coleta de dados para iniciar a transcrição de dados para a elaboração do trabalho. De acordo com GALLIANO (1978, p.32), o método cientifico é um instrumento utilizado pela ciência na sondagem da realidade, mas um instrumento formado por um conjunto de procedimentos, mediante os quais os problemas científicos são formulados e as hipóteses cientificas são examinadas. 
Os estudos realizados nesta pesquisa foram bibliográficos, e o principal estudo é fazer um analise de dados que foram coletados durante a pesquisa, em sites do GOOGLE, nas bibliografias dos autores que afirmam a importância de se trabalhar com jogos e brincadeiras na educação infantil. 
Através da atividade lúdica realizada na educação infantil ocorre um progresso da assimilação a tudo que lhe é passado, os educadores devem utilizar este recurso no ensino dos conteúdos escolares como suporte. Nesse aspecto, a significativa produção teórica já acumulada afirmando a importância dos jogos e brincadeiras na constituição dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem não foi capaz de modificar as ideias e práticas que reduzem o brincar a uma atividade à parte, paralela, de menor importância no contexto da formação escolar da criança.
A ludicidade é importante para o ensino e aprendizagem na educação infantil, por isso é um tema que merece atenção dos educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. Assim, segundo o tipo de jogo que apresentam os às crianças, pode-se ajudá-las a desenvolver desde habilidades motoras mais sutis até as habilidades que envolvam todo o corpo. 
Finalmente, as capacidadesintelectuais e cognitivas apresentam a sua máxima estimulação nos jogos de exploração e experimentação, de construção, o jogo com regras, o jogo simbólico, a interação verbal e manual com as outras pessoas. BASSEDAS; HUGUET; SOLÉ (1999, p.144). “Percebe-se assim, que no ambiente escolar, voltado para a educação infantil, a ludicidade pode ser explorada para abordar uma série de aspectos ligados ao desenvolvimento humano e da vida em sociedade”. 
O educador ao propor um jogo, poderá fomentar o debate de aspectos éticos e de valores, dando contexto à discussão. Os jogos são um bom exemplo de como utilizar, obedecer e elaborar regras, segundo Piaget (1994, p. 23) “toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras”.
Então se concretiza a partir da construção de uma proposta de desenvolvimento das crianças, bem como os tipos de brincadeiras e jogos, torna o trabalho pedagógico mais produtivo tanto para o professor como ao aluno. Proporcionar aos educadores da Educação infantil uma proposta educacional nos valores éticos morais, afetivos através dos jogos e brincadeiras infantis.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após coletar, várias informações, através de pesquisas bibliográficas, para a elaboração do artigo, a inserção da Ludicidade na Educação Infantil, comprova-se que a brincadeira ao ser utilizada, como apoio nas atividades pedagógicas, favorece a aprendizagem da criança, em sala de aula e na convivência com as outras crianças. 
Destaca-se também, a importância da preparação do profissional, é essencial que aja uma formação continuada para o professor de educação infantil, porque ele como mediador da aprendizagem deve estar qualificado para exercer seu trabalho com educador. E cabe ao professor, possibilitar aos seus alunos, espaços para elaboração de tais atividades, utilizando as brincadeiras e os jogos. Foi possível saber também como as atividades lúdicas ajudam o professor a trabalhar com seus alunos, e qual sua influência em sala de aula, quando aplicada a ludicidade nas atividades de aprendizagem dos alunos, com a introdução dos jogos e brincadeiras. 
 Comprova-se que a criança apesar de sua pouca idade já possui alguma aprendizagem, mas o educador deve saber transmitir essa aprendizagem, conforme a capacidade que cada aluno tem em aprender, pois a criança da educação infantil, antes de tudo, deve-se notar que ela trás consigo suas leis, que é seu direito de brincar e também fica provado que as atividades pedagógicas com a introdução das brincadeiras com jogos e brinquedos, no âmbito escolar, são importantes para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físicos, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. 
Mostra-se que a produção do conhecimento acerca da brincadeira é importante e se faz necessária para que o aluno aprenda, mas nota-se que são apenas crianças, e estão na idade de brincar, então o profissional de educação infantil deve proporcionar um ambiente em que o brincar seja feito de forma enriquecedora e proveitoso para ambos os lados. 
A construção do conhecimento através do Lúdico é de grande importância e necessária para que o profissional da educação infantil possa estimular esse comportamento e proporcionar um ambiente em que o brincar, seja feito de forma adequada para o aluno que está aprendendo.
O comportamento da criança e também a forma que ela aprende está direcionada a maneira que lhe é ensinado, a criança já trás de casa alguma aprendizagem, porque faz parte de sua cultura, basta que o professor associe seus ensinamentos com o que aluno já sabe, e para enriquecer a aprendizagem ele deve trabalhar o lúdico junto com as atividades pedagógicas. 
Então fica comprovada a importância de se trabalhar a ludicidade com os jogos e as brincadeiras na educação infantil, pois são essenciais para o desenvolvimento da aprendizagem em sala de aula, desde que o professor esteja realmente preparado e organize atividades adequadas para seus alunos, pois uma aula bem produtiva é aquela que capacita dos dois lados.
REFERÊNCIAS
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¹ Keila Ayres Zenaro Felix Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 02 - 2016.
² Caroline Silva Professora Orientadora no Centro Universitário Internacional UNINTER.