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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto de Ciências Humanas – ICH 
CURSO DE PSICOLOGIA
Campus Paraíso 
RELATÓRIO PARCIAL DE ESTÁGIO
1. IDENTIFICAÇÃO:
1.1 Relatores:
Estagiário: RA:
Estagiário: 			 RA: 
Estagiário: 		 RA:
Estagiário: 	 RA: 
1.2. Professor Orientador de Estágio:
Funcional UNIP – 
CRP
1.3. Instituição de Ensino:
Universidade Paulista – UNIP/Curso de Psicologia
1.4.Objetivo:
Relatório da realização de visita a unidade SUS promovida em instituição de saúde mental como estágio curricular obrigatório da disciplina de Psicopatologia Geral. 
2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA:
Os estágios de Psicopatologia acontecem no Centro Integrado de Assistência e Saúde nossa Senhora de Fátima conhecido também com as Irmãs Hospitaleiras, que é uma instituição da Igreja Católica sem fins lucrativos, que trabalha há mais 135 anos, no acolhimento, cuidado especializado, na assistência integral e reinserção social de pessoas com sofrimento psíquico e outros transtornos, dando primazia aos mais necessitados de consoantes realidades de lugares e tempo.
Neste contexto, o estágio foi realizado em um dos setores do CIASNSF, mais
Precisamente na ala masculina de pacientes dos SUS do Projeto Redenção.
3. PROCEDIMENTOS:
Oficinas realizadas quinzenalmente, as terças, das 11h20 às13h00, no período de as pessoas internadas no seguinte Setor SUS do hospital
4. DESCRIÇÃO DAS OFICINAS REALIZADAS A CADA DIA:
4.1. No dia 03/09/2019
Atividade Realizada: Conversa com internos
Tempo de duração: 1h40
	No dia em questão foram realizadas conversas com dois internos da unidade. Um dele, M. relatou que foi deixado em um orfanato aos três meses de idade, e que aos doze anos resolveu fugir do abrigo junto com alguns outros adolescentes da unidade e foi morar na rua. Depois de um tempo começou a usar drogas – maconha e cocaína. Nas suas palavras disse “maconha e pó”. Contou que conseguia comida em alguns restaurantes perto do local onde dormia, e às vezes trabalhava carregando cargas para caminhoneiros, mas por conta do seu vício não conseguiu mais trabalhar. Às vezes dormia em um albergue, mas disse que não era “morador fixo”. Disse que só fez amizades falsas neste período, que amigos mesmo ele não tinha, só amigo “de vício”. Teve uma internação voluntária prévia na “Missão Belém”, uma instituição que mencionou ser próxima a Praça da Sé, onde ele não gostou pois tinha que rezar “cinquenta vezes o Pai-Nosso” antes de comer e que ele relatou ter passado por trabalhos forçados, que se sentia abusado pela instituição. Pensou algumas vezes em entrar para o programa do Projeto Redenção, mas as vezes que foi tentar se inscrever a fila de espera estava muito grande – segundo ele, cerca de trinta dias – e acaba desistindo, até que um dos seus amigos que moravam com ele na rua o incentivou a tentar novamente e eles conseguiram vaga para um prazo menor, cerca de dois dias segundo ele falou. Disse que estava gostando muito do Hospital, pois diferente de outra internação que teve na “Missão Belém”, ele tinha atividades como futebol, cinema e a visita dos psicólogos, que eles podiam conversar entre eles (os demais internos), que a comida era muito boa e que ele estava gostando muito de estar se livrando do vício. Contou que tem planos para quando sair da internação, que pretende procurar trabalhar novamente na sua antiga ocupação carregando cargas, que ele ganhava cinquenta reais por dia, e assim poder se manter, se sustentar e ficar longe do vício. 
	A segunda pessoa que fomos conversar foi justamente o colega de M., ao qual ele se referia como “o de óculos invisível”, que na verdade era um óculos apenas com a armação, sem as lentes de grau oftalmológicas. Foi com este rapaz que M. se dirigiu para a procura do tratamento oferecido pela prefeitura. Este rapaz relatou que a família possuía uma casa na Bahia, mas que foi vendida pela tia e ele não teve acesso ao dinheiro, pois a tia alegou que a venda foi feita em prestações, e ele disse que o projeto dele era retornar para lutar pelos seus direitos. 
5. ANÁLISE TÉORICO-CLÍNICA DA OFICINA:
	Os dois casos contidos neste relatório mostram pessoas que além das questões intrapsíquicas, deve se atentar para questões psicossociais. Considerando principalmente o relato de M., o qual tivemos um tempo mais longo de atendimento, que contou sua história desde seus primeiros meses de vida, com uma história de abandono familiar muito precoce, que o levou a ser institucionalizado durante toda a sua infância, o que acarreta efeitos.
	Já na sua fase da adolescência, vivida na rua, sem acesso a políticas públicas de proteção àqueles que ainda não tem possibilidade de autonomia como na vida adulta, muitos fatores interferem no vazio que leva ao vício. Temos a célebre frase do psicólogo de Vancouver, Bruce Alexander - que o contrário do vício não é abstinência, mas a conexão humana – que ele conclui após seus estudos no “Rat Park”. Neste estudo, o psicólogo primeiramente colocou ratos isolados em gaiolas com acesso a dois bebedouros – um com água pura e outro com água com cocaína. Neste primeiro experimento, os ratos ficaram viciados na substância entorpecente. Após um tempo optou por uma gaiola onde os ratos estavam juntos e com diversas “atividades”, como bolas coloridas, túneis para brincar, e comida de excelente qualidade. Também foram disponibilizados bebedouros com os dois tipos de água, mas neste caso a quantidade de água com cocaína que foi ingerida pelos ratos foi muito menor, diferentemente dos ratos que estava isolados.
	Este estudo é a base do conceito da “Redução de danos”, que embora não seja a base teórica para o programa Redenção, é possível verificar, pelo menos considerando a “fotografia” do dia da visita, a sua validade considerando a fala de M.
	
6. CONCLUSÃO: 
	Com a visita 	foi possível identificar na prática a importância de aspectos psicossociais nas adicções, assim como questões psíquicas que levam ao uso da droga. Também foi possível identificar a importância dos primeiros meses de vida para a formação do sujeito. 
7. BIBLIOGRAFIA
ALEXANDER,B. Adicction: The view from Rat Park (2010). Disponível em: http://www.brucekalexander.com/articles-speeches/rat-park/148-addiction-the-view-from-rat-park
	
		
7. ASSINATURAS:
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