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Poder Público Municipal

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Alexandre Menezes Rabelo
O presente trabalho discute sobre: “Poder Público Municipal”, o mesmo apresenta dados colhidos em pesquisas de campo realizados por acadêmicos do 3º período do Colegiado de Direito, bem como embasamentos teóricos-científicos, colhidos em diversas obras da área de estudo, principalmente no tocante às obras indicadas para serem fichadas no período 2017-2 do Centro Universitário AGES, tendo como principais norteadores as obras: Poder Legislativo Municipal, uma Dissertação de mestrado de Adriana Maurano; Friedrich Müller, Quem é o povo?; Direito Municipal e Urbanístico de Daniele Regina Pontes e Jose Ricardo Vargas de Faria.
O caso em estudo remete a história de um município de nome provavelmente fictício, não sabe-se o real motivo de sua omissão, sendo aqui o município de Aguadas, cidade pequena com aproximadamente 30 mil habitantes, com características bem parecidas com a qual moramos, remete um debate entre um representante do Poder Executivo e outro do Legislativo para mostrarem suas versões sobre algumas políticas públicas municipais, principalmente sobre o lixo, no presente trabalho os dois poderes municipais trazem a discursão sobre diversos atos normativos que são desenvolvidos pelo chefe do Executivo, por ser de sua inteira exclusividade. Tal tema fora objeto de estudo proposto pelo Centro Universitário AGES, para os acadêmicos do 3º período de Direito 2017-1, onde os mesmos saíram a campo com a finalidade de conhecer como funcionam na pratica o poder público municipal, considerado um instrumento de suma importância para o funcionamento dos Municípios, sendo desenvolvido a partir da uma produção acadêmica (Projeto Integrador), servindo como embasamento para a Produção Única do 3º período no semestre seguinte.
É de suma importância conhecer como funciona o município, como são criadas as leis, e principalmente como funciona cada poder, definindo assim suas origens e atribuições, os entrevistados no Projeto Integrador provavelmente remete ao Prefeito e a um Vereador.
Ao ser feito um estudo sobre o Poder Público Municipal é necessário fazer um apanhado geral, desde conceito de Município que segundo o Dicionário Aurélio (2001) é “Circunscrição Administrativa autônoma do estado, governada por um prefeito e uma câmara de vereadores”, pontuando também o respaldo que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 trouxe para os municípios o status de ente federado, anteriormente conferido apenas a União e Estado, com isso os municípios também passam a elaborar leis, bem como a fiscalização dos representantes eleitos, passando a partir desta, fazer parte de um conjunto denominado Federação como dispõe o Art. 1º caput da Constituição Federação, “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal [...]”. 
Deixando um pouco o momento atual que a CF/1988 coloca o Brasil, remeteremos agora a origem do federalismo no Brasil, desde a década de 30 do século XVIII o Brasil vinha tentando implantar um sistema de monarquia federativa como menciona MAURANO (2007): 
Ainda em 1831, antes da proclamação da República, tentou-se a criação de uma monarquia federativa com o “Projeto Substitutivo Miranda Ribeiro”, que objetivava transformar os Conselhos Gerais em Assembléias Provinciais com duas casas e dividir os poderes tributários entre as Assembléias Geral e Provincial, entre outras modificações. Mas foi em 1834, com Ato Adicional (Lei n.º 16, de 12 de agosto de 1834), que houve uma certa descentralização, na medida em que as Províncias, mesmo sem autonomia, foram dotadas de Poder Legislativo próprio, com a criação das Assembléias Legislativas Provinciais, e passaram a ter a tutela sobre os municípios. (MAURANO, 2007, p.41)
Porém, a própria autora traz nos parágrafos seguintes de sua obra, que esse modelo de monarquia federada não deu certo por muito tempo, o poder legislativo central aprovou uma lei de interpretação de tal ato, sendo a Lei nº 105 de maio de 1840, a mesma veio com a finalidade de retirar diversas prerrogativas atribuídas então às províncias, voltando assim todo o poder para as mãos do Imperador, ainda trazendo palavras da autora anterior, O sistema federativo passou mais uma vez a ser adotado provisoriamente no Brasil após a Proclamação da República como o decreto nº 1, de 15 de novembro de 1889:
Art. 1º Fica proclamada provisoriamente e decretada como a forma de governo da nação brazileira a República Federativa.
Art. 2º As províncias do Brazil, reunidas pelo laço da Federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil.
Art. 3º Cada um desses Estados, no exercício de sua legítima soberania, decretará oportunamente a sua Constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes.
Apesar de todas as modificações sofridas ao longo do tempo, o federalismo foi implantado no Brasil efetivamente após a Constituição Federal de 1891, seguindo os moldes norte-americano, que inclusive trazia em um de seus artigos a limitação da intervenção da União em negócios feitos pelos Estados, permanecendo assim por muitas décadas, vindo a sofrer novas mudanças após a década de 30 do século XIX, com o governo de Getúlio Vargas, sofrendo novas alterações após o Golpe Militar de 1964, por final o federalismos no Brasil só passa a ter a força mencionada nos parágrafos inicias após a Constituição de 1988. 
É indispensável que seja feita toda essa cronologia para ser possível um entendimento sobre o atual conceito de “Município” e consequentemente o entendimento que versa sobre nosso tema de estudo “Poder Público Municipal”, que será analisado a partir desse ponto com os fundamentos propostos pela atual Carta Magna, que traz no seu Art. 1º parágrafo único, ao mencionar que todo poder emana do povo, porém é de suma importância que essa palavra “povo” seja entendida como uma ferramenta de transformação num sistema democrático, como menciona MÜLLER (2013): 
A função do "povo", que um Estado invoca, consiste sempre em legitimá-lo. A democracia é dispositivo de normas especialmente exigente, que diz respeito a todas as pessoas no seu âmbito de "demos" de categorias distintas (enquanto povo ativo, povo como instância de atribuição ou ainda povo-destinatário) e graus distintos. (MÜLLER, 2013, p.76)
Com a finalidade de aprofundar conhecimentos a respeito da sua estruturação e organização, para tal fundamento utiliza-se o atr. 18 da CF/88, o presente artigo refere-se a autonomia que cada ente federado exerce dentro de seu espaço físico-geográfico, que segundo PONTES, 2012, p.28 Apud PELLEGRINO, 2000 p. 20-21 e MEIRELLES, 2006, p. 93. “Assim, essa autonomia refere se a basicamente três questões, como chama a atenção Pellegrino (2000 p. 20-21): (I) autonomia política; (II) autonomia adm1nimativa; e (III) autonomia financeira, sendo que Meirelles (2006, p. 93) ainda propõe mais um elemento, o "poder normativo próprio”. PONTES faz um entendimento próprio sobre o significado de cada questão e sua importância:
A autonomia política está adstrita à condição do município de estabelecer a forma de sua auto-organização a partir de seu reconhecimento como pessoa jurídica de direito público interno e de possibilitar o seu autogoverno. decorrente da escolha de seus representantes, tanto do Poder Executivo -prefeito e vice-prefeito, como do Poder Legislativo - vereadores.
A autonomia administrativa refere-se à capacidade do poder local definir as suas políticas públicas e gerenciar a efetivação destas, concretizadas em prestação de serviços públicos.
Quanto à autonomia financeira, esta reserva aos municípios o poder de instituir e arrecadar tributos e aplicar seus resultados, na efetivação das políticas públicas do próprio município.
Por fim, o poder normativo está estabelecido especialmente no artigo 30 da CF, que determina em seu inciso I que compete aos municípios "legislar sobre assuntos de interesse local. (PONTES, 2012, p.28)
Tomando aqui um posicionamento mais especifico acerca do tema proposto, “PoderPúblico Municipal”, onde envolvem principalmente o Poder Executivo Municipal (Prefeito e vice-prefeito) e do poder Legislativo Municipal (Vereadores), como é do conhecimento de todos, o município é considerado pelo direito brasileiro como uma pessoa jurídica de direito público interno, sendo a mesma representada pela figura do vice-prefeito e do prefeito, sendo este titular e chefe do Poder Executivo Municipal, ambos eleitos através de eleições diretas com prazos determinados de 4 anos.
O município com a autorização expressas na Constituição Federal de 1988 art. 29 caput, define que o mesmo será regido por lei própria sendo ela a Lei Orgânica do Município: 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
No que diz respeito as atribuições dos poderes Podres Públicos Municipais, Executivo, aqui representado pela pessoa do Prefeito Municipal que tem por finalidade: Arrecadar, administrar e aplicar os recursos advindos de tributos municipais; Zelar pelo transporte público de qualidade bem como organizar o transito local; Buscar convênios, benefícios e auxílios para o município que representa; Apresentar projetos de lei à câmara municipal, além de sancionar ou vetar; Zelar pelo meio ambiente, pela limpeza da cidade e pelo saneamento básico, aqui em destaque por tratar-se de um dos elementos que compõe essa produção; Construir e manter em boas condições de funcionamento os postos de saúde, escolas e creches municipais, além de ser o responsável pelo transporte escolar das crianças, entre outras. Por sua vez as atribuições do Poder Legislativo Municipal, representado pelos vereadores, consiste em: Elaborar as leis que são de competência do Município, discutir e votar os projetos que serão transformados em Leis; Fiscalizar a administração pública, cuidar da aplicação dos recursos, observar o orçamento; Apoiar e discutir as políticas públicas a serem implementadas através dos programas governamentais, com base no plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e a lei do orçamento anual; É de competência do Poder Legislativo Municipal a apreciação das contas públicas, bem como as apurações das infrações políticas-administrativas que dizem respeito a Prefeitos e Vereadores.
Tendo em vista o caso apresentado para a elaboração desta produção, com o tema “Poder Público Municipal” o mesmo retrata um de um diálogo entre o representante do Poder Legislativo e um do Poder executivo, sendo debatido neste, algumas políticas públicas municipais, principalmente sobre a coleta do lixo. O representante do Executivo afirma que a prefeitura está fazendo a coleta seletiva com a finalidade de atender a legislação que versa sobre essa matéria, porém alega que o poder Legislativo tem a função de fiscalizar todos os procedimentos desenvolvidos com essa finalidade.
Por sua vez o poder Legislativo diz está comprometido com tal temática, principalmente quando menciona a contratação de uma Associação de Catadores, que segundo ele é uma associação sem fins lucrativos com isso passam a seguir o que dispõe o art. 18, II da lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que versa sobre resíduos sólidos. o mesmo menciona que o principal fator para o desenvolvimento desse trabalho é atender a legislação que entrará em vigor a partir de 2018, como também menciona o representante da Prefeitura no mesmo sentido, sobre a criação de aterros sanitário consorciados com outros municípios, assim os mesmos teriam também prioridade no recebimento de recursos federais, art. 16, I da lei supracitada. Os membros dos Poderes municipais alegam também a desaceleração dos repasses de recursos federais, apesar de terem um discurso com bastante propriedade, os mesmos não se atentaram para o fato de que o Senado Federal fez alterações nos prazos para o cumprimento dessa lei, como destacou o site do G1 em matéria do dia 01 de julho de 2015: “As capitais e municípios de região metropolitana terão até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios de fronteira e os que contam com mais de 100 mil habitantes, com base no Censo de 2010, terão um ano a mais para implementar os aterros sanitários. As cidades que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão prazo até 31 de julho de 2020. Já o prazo para os municípios com menos de 50 mil habitantes será até 31 de julho de 2021.”
Os representantes ainda informaram que a limpeza pública está sendo feita por uma empresa terceirizada, que contratou os funcionários da gestão anterior, não necessitando assim de licitação, que é a regulamentação do art. 37, inciso XXI, criando assim a Lei 8.666 de 1993. O Poder Executivo declara está adequado a Lei da transparência, fazendo a publicação dos atos administrativos.
Portanto, percebe-se que a cidade onde foi feita a pesquisa está tentando se adequar as exigências das legislações em vigor, tendo um poder Executivo que está desempenhando seu papel, bem como o poder Legislativo também está cumprindo seu papel, principalmente relacionada a fiscalização do orçamento e do desenvolvimento dos trabalhos do Executivo, como o prazo para a adequação a legislação foi estendido, o município consegue assim sair na frente dos demais, dento com isso maior prazo para a adequação.
 
Referências bibliográficas 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p
LEI nº 12.305, de 2 de agosto de 2010
LEI nº 8.666, de 21 de junho de 1993 
MAURANO, Adriana. O poder legislativo municipal / Adriana Maurano - 2007. 156 f.: 30 cm.
MÜLLER, Friedrich. Quem é o povo? A questão fundamental da democracia. 7.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.
PONTES, Daniele Regina, FARIA, Jose Ricardo Vargas de. Direito municipal e urbanístico. Curitiba: IESDE, 2012.

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