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Síndrome Metabólica Nelzir Trindade Reis ( cópia autorizada, mencionando a fonte ) Dificuldade em definir a Síndrome Metabólica devido a complexidade das anormalidades relacionadas a vários aspectos, entre eles: • a dificuldade epidemiológica de estabelecer qualitativamente e quantitativamente a SM como fator de risco para doenças cardiovasculares. Conceito Denominada também como Síndrome X; síndrome de resistência à insulina, quarteto mortal ou síndrome plurimetabólica. Agrupamento de fatores de risco cardiovasculares: Obesidade central Dislipidemia Diabetes 2 Resistência à insulina Hipertensão Arterial Sociedade industrializada; Aumento do consumo energético; Baixo gasto energético Inatividade física; Relatos de associação inversa entre atividade física, índice de massa corpórea (IMC), razão cintura-quadril (RCQ) e circunferência da cintura. IMC= peso (Kg) RCQ= circ. da cintura (cm) altura(m²) circ. do quadril (cm) 18,5 a 24,9Kg/m² >1 para homens e 0,85 para mulheres É importante destacar a associação da SM com a doença cardiovascular, aumentando a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes No entanto, estudos em diferentes populações, como a mexicana, a norte-americana e a asiática, revelam prevalências elevadas da SM, dependendo do critério utilizado e das características da população estudada, variando as taxas de 12,4% a 28,5% em homens e de 10,7% a 40,5% em mulheres. DCNT OBESIDADE; HIPERTENSÃO ARTERIAL; DOENÇA CARDIOVASCULAR; ARTRITE GOTOSA; DIABETES SÍNDROME PLURIMETABÓLICA ( Maranon 1922; Himsworth 1936; Avogaro e Crepaldi 1965 ) OMS (1998): Indivíduos com algum grau de distúrbio da homeostasia da glicose e/ou resistência a insulina, associado a pelo menos dois dos distúrbios: Hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade. EGIR: Presença de hiperinsulinemia de jejum e pelo menos dois distúrbios: Hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade. NCEP (2001): aspectos clínicos e bioquímicos, onde são considerados portadores indivíduos com três distúrbios:Hipertensão Arterial, dislipidemia e obesidade. Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE) e o American College of Endocrinology (AGE): • Considera dois grupos de fatores que vão desde os dados de anamnese e exames clínico até as dosagens laboratoriais complexas. • Enfatizam que a expressão clínica da SM é variável, devendo o clínico estar atento aos fatores de risco. Fatores de risco segundo a AACE/ACE OMS • Considera hiperglicemia, obesidade, dislipidemia e hipertensão arterial, diferindo nas referências com NCEP- ATPIII. • Leva em consideração tanto a glicemia de jejum como a pós-estímulo, além da resistência à insulina (pré-insulina), à qual não faz parte de nossa rotina laboratorial. • Hoje a OMS simplificou e pontua glicemia de jejum 100mg/dl como base do diagnóstico da SM. • Na reunião da IDF propôs-se que a obesidade central seja o parâmetro chave. • Considera tanto a obesidade central (CC/CQ: RCQ), quanto a generalizada (IMC). OMS • Inicialmente : dislipidemia geral. Atualmente: TG e HDL-C, acatando as referências do NCEP-ATPIII. • Limites mais elevados de PA. Em 1998 apresentava menor prevalência de hipertensão. Atualmente os limites para PA foram revistos e diminuíram para 130/85mmHg, semelhante as referências do NCEP- ATPIII. • É a única a considerar a microalbuminúria no diagnóstico da SM: Método de quantificação disponível apenas em alguns centros do País. “NCEP- National Cholesterol Education Program – ATP III” Componentes Níveis Circunferência da cintura (cm): H >102 ; M > 88 Triglicerídeos (mg/dL): > = 150 HDL- colesterol (mg/dL): H <40 ; M < 50 Pressão Arterial (mmHg): >= 130 ou >= 85 Glicemia de jejum (mg/dL): > = 110 OBS: a presença de DM não exclui o diagnóstico de SM. ( CATNEP 2005) Diferentes propostas para a caracterização Considerações do AACE/ACE : • Considera o IMC a partir de 25kg/m2 como um critério para SM, sem a necessidade de critérios de diagnóstico de obesidade. • Exclui do diagnóstico da SM as alterações da tolerância a glicose em portadores de DM. • Reconhece a importância da dosagem da glicemia 2h pós-sobrecarga. Considerações do EGIR: • Focam sua proposta na definição sobre resistência a insulina, requerendo, para diagnóstico, a mensuração da insulinemia, condição não disponível na maioria dos serviços de saúde do nosso meio. International Diabetes Federation (IDF) 2004. Definição da OMS Modificada Hiperinsulinemia Quarto quartil ou DM2 ou intolerância à glicose de jejum. E dois de: IMC >30 kg/m2 e/ou RCQ Homens: > 0.90 e Mulheres: > 0.85 Obesidade Abdominal: cintura Homens: 94cm e Mulheres: 80cm Triglicerídeos > 150mg/dL (1.7mmol/L) e/ou HDL-colesterol Homens: < 35mg/dL e Mulheres: < 39mg/dL Trat. HA ou PA > 140 ou >90mmHg Definição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) SBD considera a definição da NCEP-ATP III como a mais adequada, por considerar os critérios: • Obesidade central. • Valorização de cada alteração lipídica individualmente. • Diagnosticar maior número de hipertensos. • Dispensar exames laboratoriais mais complexos e não disponíveis na maioria dos nossos ambientes clínicos. SBD recomenda a investigação da tolerância à glicose, para diagnóstico precoce e do DM como glicemia de jejum normal, dada a ampla evidência da glicemia pós- estímulo no risco cardiovascular. Considerando que a sensibilidade a glicose piora com a idade a SDB recomenda, para diagnóstico da SM: Indivíduos com idade 45 anos devem ser submetidos a TOTG. Na ausência de alterações da glicemia de jejum, as indicações clássicas para a TOTG pela SBD:Diabetes gestacional; Glicemia de jejum entre 100mg/dl e 125mg/dl; Indivíduos normais com presença de dois fatores de risco para o DM. Fatores Etiológicos • Genéticos: • Alterações na fosforilação mitocondrial decorrentes de uma mutação gênica em indivíduos com resistência à insulina . • Indivíduos apresentam diminuição da capacidade de produção de trifosfato de adenosina (ATP) na mitocôndria com menor captação de glicose e aumento de triglicérides no meio intramiocelular. • Ambientais: • Desnutrição fetal: estimularia o aumento da capacidade de reter energia, decorrente do período de baixa oferta. Mecanismo Fisiopatológico Gênese da resistência à insulina Acúmulo de gordura visceral tecido adiposo visceral produz uma série de substâncias - ADIPOCINAS gênese e agrava a resistência à insulina predispõe à aterogênese Hormônios e Síndrome Metabólica Adipócitos Função especializada Regulação da homeostasia Local de estocagem de energia - TG Consumo de energia supera o gasto calórico Liberação de energia para a circulação sistêmica - AGL Jejum ou baixa ingestão calórica Regulação energética Autócrina Parácrina Endócrina Influenciar a atividade metabólica Cérebro Hipotálamo Músculo Fíga do Céls pancreáticas Mecanismos de regulação da própria diferenciação e crescimento Aspectos funcionais do tecido adiposo • Conceito antigo: – Órgão responsável apenaspela estocagem e fornecimento de energia. • Conceito atual: – O adipócito é metabolicamente ativo e funciona como um órgão com ações autócrinas, parácrinas e endócrinas. Secreção ativa de várias substâncias: Hormônios: leptina, resistina, adiponectina, esteróides. AGL, LPL, ApoE, CETP. Citocinas: TNF,IL-6. Proteínas com ação cardiovascular: Inibidor da ativação do plasminogênio –I (PAI-I), angiotensinogênio. Fatores de crescimento: IGF –I, TGF- Cél adiposa Regulação do metabolismo do tecido adiposo in vivo Atividade SN autonômico Produtos da secreção adipocitária Hormônios Citocinas Adipocinas Mecanismo de feedback Ação autócrina, parácrina das adipocinas e pelo fluxo sangüíneo neste tecido Regulação Metabólica Estoque Liberação Adipócitos Conteúdo de TG Índice de acúmulo de gordura Quantidade de gordura acumulada e sua mobilização Reflexo do balanço Consumo Gasto calórico Insulina Estimula depósitos de gordura – lipogênese. Cortisol, GH e Catecolaminas Lipólise Local de estoque de TG Estoque de energia a longo prazo Classificação – Distribuição Características anatômicas do tecido adiposo nº adipócitos (infância e puberdade) hiperplásica início ou meados da infância adultos c/ + 75% do PT hipertrófica vida adulta ou gestação andróide (maçã) ginecóide (pêra) Classificação Idade de início da obesidade 1ºano de vida 1ª manifestação na latência rápido gordura 2 x tamanho dos adipócitos obesidade infantil (4 e 11 anos) progressiva e associada à hiperplasia maioria após término da puberdade 1/3 dos adultos obesos tinham obesidade na infância Expansão Adipócitos Contração Grande magnitude Depósito de gordura Diferenciação Pré-adipócito Adipócito maduro Semelhantes aos fibroblastos Estroma vascular do tecido adiposo Sinal de diferenciação está relacionado ao estado nutricional ≠ ptnas insulina Captação de glicose pelo adipócito AGL circulantes Ativa receptores PPAR PPAR Ligante derivado AGL Sugere capacidade de estocar energia ilimitada Expansão Diferenciação Angiogênese Expansão Diferenciação Regulada por fatores como a Leptina Disponibilidade de novos vasos Bloqueio, inibe lipogênese mesmo em dieta hipercalórica SN Adiposidade Expan são Diferenciação Simpático Catabolismo Lipólise Parassimpático Anabolismo Lipogênese Adipocitocinas Leptina: • Leptos: magro. • Principal função a regulação do peso corporal. • Produzida por: • Adipócitos diferenciados (principalmente). • Estômago. • Musculoesquelético. • Fígado. • Placenta. • Receptores para a Leptina são encontrados em quase todas as células do corpo. • Indica função da Leptina não totalmente conhecida. Leptina Hipotálamo Suprime o consumo de alimentos Estimula o gasto energético Leptina Obesos geralmente tem concentrações de leptina. Sua administração leva a perda de peso limitada. • Fenômeno conhecido como RESISTÊNCIA A LEPTINA: • Mecanismos ainda em estudo. • Saturação do transporte da leptina pela barreira hematoencefálica. • Anormalidades na ativação do receptor ou na transdução do sinal. Influencia na integração entre tec adiposo, centros hipotalâmicos que regulam a homeostasia energética e o sistema reprodutivo. Papel relevante na inflamação associada ao DMT2 e a Aterosclerose Age diretamente sobre os MØ: Aumentando a atividade fagocitária. Aumentando a capacidade e produção de citocinas. Adiponectina Proteína plasmática abundante secretada exclusivamente pela célula adiposa. Único fator secretado pelos adipócitos com propriedades sensibilizadora da insulina. Seus níveis estão na obesidade e DMT2, e podem com perda de peso e tratamento com Glitazona. Adiponectina Adponectina Resistência a insulina Músculo e fígado Tecidos periféricos Antiinflamatório e antiaterogênica Inibindo diversos processos envolvidos na gênese da aterosclerose e da inflamação crônica na DMT2 Adponectina Resistência a insulina Mecanismos Redução dos níveis de AGL Aumento da oxidação da gordura pelo músculo Ativação da AMP-activated protein kinase Estimula a captação da glicose Músculos e adipócitos Resistina Descoberta em pré-adipócitos. Sua presença em [ ] elevadas está relacionada ao fenômeno de resistência a insulina. A insulina inibe a expressão de resistina em adipócitos Resistina hiperinsulinemia Níveis de resistina Níveis de insulina Resistência a ação da insulina. Comprometimento do efeito supressor na RI insulina resistina acarreta Angiotensinogênio Principal fonte é o fígado. Adipócito é um importante local de expressão e produção desta citocina. Relação direta entre obesidade e angiotensinogênio. Angiotensinogênio Angiotensinogê nio Angiotensina Angiotensina II Potente vasoconstrictor Inibição da cascata de ação da insulina Perfil aterogênico HA Serina quinase que inibe a ativação do plasminogênio. Principal fonte de síntese – adipócitos. Aumento nas [ ] insulina potencializa a síntese de PAI-1 pelo adipócito. Inibidor da ativação do plasminogênio – 1 PAI-1 Inibidor da ativação do plasminogênio – 1 PAI-1 PAI-1 Responsável pela quebra plasminogênio plasmina Ativa a cascata fibrinolítica Ativa a cascata de fibrinogênica ou coagulação desequilíbrio Favorece a formação de microtrombos Acelera o processo de trombogênese Fator de Necrose Tumoral - / TNF- Citocina sintetizada por MØ ativados e adipócitos. Potente citocina inflamatória. Relacionada a RI na sepse e nas neoplasias. Potente anorexígeno Fator de Necrose Tumoral – / TNF- Obesidade TNF- DMT2 RI Citocina sintetizada por MØ ativados e adipócitos. Potente citocina inflamatória. Desempenha papel importante na regulação da célula . Relacionada a intolerância à glicose. Interleucina -6 / IL-6 Interleucina -6 / IL-6 Obesida de IL-6 Intolerância à glicose DM2 Estado inflamatório Avaliado pelos valores de Proteína C reativa Sintetizada pelo fígado PCR IL-6 Adipsina e Proteína Estimuladora da Acilação (ASP) São expressas pelos adipócitos. Atuam como componentes da via alternativa de ativação do complemento. Lise de células. fagocitose e da resposta inflamatória. Ativa a cascata de coagulação. Os adipócitos não são lisados pelo complemento. A ASP: • Depósito de lipídeo nos adipócitos. • Captação de glicose e sua deposição como TG. Proteínas plasmáticas que têm capacidade de se ligar à superfície de células do sistema imune e também de microrganismos patogênicos Via Alternativa e da Lectina Via Clássica Na ausência de anticorpo Na presença de anticorpo Imunidade Adaptativa Imunidade Inata Clivagem espontânea de C3 Hidrólise e inativação de C3 na fase fluida C3b liga-se às superfícies microbianas, liga ao Fator B Clivagem do Fator B pelo Fator D; estabilização pela properdina Clivagem das moléculas adicionais de C3 pela C3 convertase associada à célula Ligação de C3b à superfície celular e à C3bBb para formar C5 convertase Clivagem de C5, início das fases tardias da ativação do complemento Outras funções endócrinas Produz: • Esteróides sexuais: • Androgênio estrogênio. • Equivale em até 10 a 20% dos níveis circulantes. • Glicocorticóide: • Cortisona cortisol. • Menos expressiva. Adiponectina [ ] na obesidade e DMT2. Obesos [ ] de leptina. Níveis de resistina Resistência insulina. angiotensinogênio Aterogênico HA Resistência insulina. TNF- Inflamatória Induz RI IL-6 Adipsina e ASP ativação do complemento e cascata de coagulação Lise de células fagocitose resposta inflamatória Síndrome de Resistência a Insulina Descrita por Reaven em 1988 como Síndrome X, incluindo: • Obesidade, especialmente a central ou androgênica. • Associada a intolerância a glicose; • Dislipidemia; • Hipertensão arterial; • Doença macrovascular. Refere a associação de vários fatores de risco à doença cardiovascular tendo como elemento comum a mesma base fisiopatológica: A RESISTÊNCIA A INSULINA. Considerado um estado apropriado para o desenvolvimento da aterosclerose. Síndrome de Resistência a Insulina Definição: • Uma resposta diminuída às ações biológicas da insulina. • Na maioria das vezes significa uma incapacidade da insulina em exercer suas ações não apenas no metabolismo dos carboidratos, mas principalmente seu papel no metabolismo de lipídeos e sua ação anabólica e anticatabólica. • Etiologia não está completamente esclarecida. Encontrada em obesos com ou sem DMT2, ou que nunca venham a apresentar DMT2. Fator associado principalmente a obesidade e nesta ao aumento da gordura abdominal. Síndrome de Resistência a Insulina Síndrome de Resistência a Insulina Obesos DMT2 Capacidade de secreção de insulina céls pancreáticas Compensa a resistência DMT2 Não compensa a resistência Fator de risco Desenvolvimento de eventos aterotrombóticos Mecanismo de Resistência a Insulina AGL Aumento da gordura abdominal Fígado Contrapõe os efeitos da insulina Neoglicogênese Inibição da captação de glicose Inibição de sua oxidação no músculo Relacionada ao acetil-CoA Inibição da oxidação da glicose Detecção da Síndrome Metabólica Risco de desenvolvimento pode ser identificado: • História clínica. • Exame físico. • Avaliação laboratorial simples. Não existe ainda um teste único e definitivo para diagnóstico. As dosagens de insulina, na prática, não auxiliam no diagnóstico, pois os ensaios disponíveis não conseguem diferenciar a insulina de seu precursor (pré-insulina), também aumentada nestes pacientes. Síndrome Metabólica Resistência à insulina Diabetes Dislipidemia Hipertensão Associação de demais comorbidades • Síndrome do ovário policístico; • Acanthosis nigricans (espessamento, hiperpigmentação e acentuação das linhas da pele, gerando aspecto grosseiro e aveludado no local afetado); • Doença hepática gordurosa não-alcoólica; • Microalbuminúria (excreção urinária >20mcg/min ou < 200mcg/min); Diagnóstico clínico (NCEP-ATP III) História clínica – idade, tabagismo, DM, HAS, DAC, uso de medicamentos hiperglicemiantes (corticóides, betabloqueadores, diuréticos), atividade física, diabete gestacional, história familiar. Exame físico – Circ. Abdominal, níveis de PA (aferir 2 medidas/consulta, sentado após 4min. De repouso), Peso, IMC, exame de pele para pesquisa de acantose nigricans, exame cardiovascular Exame laboratoriais clamp hiperinsuli nêmico clamp hiperglicêmico teste intravenoso de glicose teste oral de glicemia (0-30 e o delta I/G) difícil uso na prática clínica e laboratorial HOMA Homeostasis Model Assement Método para Detecção da Resistência a Insulina O HOMA (homeostasis model assement) estuda a função beta (% B) e a resistência à insulina (%R). O teste conhecido como HOMA foi descrito em 1985 por David Matthews é de execução simples e exige apenas a determinação da glicemia e da insulinemia de jejum. Considera a captação periférica de glicose e pode usar os valores de glicemia em jejum e insulina ou peptídeo C. Em substituição ao modelo em Fortran pode-se usar um conjunto de equações que medem: • O valor da secreção basal de insulina (HOMA B) • A resistência à insulina (HOMA R). Avaliação da resistência a insulina HOMA B (avalia a função secretora da célula Beta) 20 x insulinemia (mU/mL) ______________________________ (glicemia mg/mL X 0.05551) - 3,5) HOMA R (avalia a resistência insulínica) Normal: até 3,5 em homens e 3.9 nas mulheres Insulina (mU/mL) x glicemia mg/dL X 0.05551) ______________________________________ 22,5 • Ao laboratório devem ser pedidos: •glicemia e insulinemia de jejum, HOMA B e HOMA R. Tratamento da RI Tratamento não farmacológico: • Baseia-se na restrição energética e na subseqüente perda de peso. • Benefícios: • Metabolismo dos carboidratos • Sensibilidade a insulina e hiperinsulinemia. • Portadores ou não do DMT2: – Perda ponderal de apenas 5% do peso corporal mostra redução da glicemia de jejum, insulina sérica e hemoglobina glicada. – Diminuição da necessidade de tratamento farmacológico em DMT2 com sobrepeso ou obesidade. • Diminuição da gordura corporal: Visceral e a intramiocelular. • Aumento da capacidade de síntese protéica Tratamento da RI Composição de Macronutrientes: • Alimentos com elevado índice glicêmico: • Produzem uma menor inibição do apetite e menos saciedade, comparativamente aos alimentos com baixo índice glicêmico. • Produzem aumento ou manutenção do excesso de peso corporal. • Dietas com elevadas concentrações de carboidratos simples podem estar associado com HSL baixo e resistência a insulina. Atividade física: • Melhora a sensibilidade a insulina tanto a curto prazo quanto a longo prazo: • Relacionado a maior translocação do GLUT4 nas fibras musculares. • Aumento da síntese de glicogênio. • Diminuição da liberação e aumento do clearance de AGL. Tratamento da RI Medicamentos : • Orlistat e Sibutramina. • Orlistat: – Droga que inibe a ação das lipases intestinais diminuindo em ~ 30%a absorção de gorduras. – Levando a perda de 4% a 6% do peso corporal. – Benefício no perfil glicêmico: » Insulinemia de jejum e dos AGPolinst. » Melhora na sensibilidade a insulina, independente da perda de peso. – Longo prazo: risco cardiovascular » diminuição da PA. » Colesterol total e da fração LDL. – Colateralidade: » Esteatorréia, com perda de vitaminas e minerais (Lipossolúveis). » Não ocorre educação nutricional. Tratamento da RI • Sibutramina: – Inibe a recaptação de noradrenalina e da serotonina. – Induz a perda de 5% a 10% do peso corporal. – Sibutramina 10mg/dia: DIMINUIÇÃO » Hemoglobina glicada. » Glicemia de jejum e pós prandial. » Insulina plasmática. » PA diastólica – risco cardiovascular. » Ácido úrico. » LDL e triglicerídeos. – Colateralidade: » Alterações de humor e comportamentais. » Não ocorre educação nutricional. Tratamento da RI Medicamentos Redutores da Glicose: • Tiazolidinedionas – Glitazonas: • Rosiglitazona e a pioglitazona: – Aumentam a sensibilidade insulínica. – Aumentando a utilização periférica da glicose. » Aumento dos receptores PPAR-. » Levando ao aumento do GLUT4 nas células musculares e GLUT2 nos hepatócitos e adipócitos. – Benefícios Não difere dos demais antidiabéticos orais: » hemoglobina glicada em torno de 1.0% a 1.5% » dos níveis de insulina sérica. » Ação antiateroscleróticas. » da PA, LDL-C, AGL, Oxidação lipídica, Ptna C Reativa, resistência vascular » HDL-C, melhora da função endotelial. – Colateralidade: Hepatotoxicidade. Tratamento da RI • Biguanidas: • Metformina: – Mecanismo de ação: » Menor liberação hepática de glicose. » Inibição da gliconeogênese e glicogenólise. » Menor liberação AGL pelos adipócitos. » do GLUT4 e atividade da glicogênio sintetase. – Benefícios: » Diminuição da produção hepática de glicose. » Melhora da sensibilidade a insulina. » AGL, colesteroltotal, LDL-C, TG, resistência vascular. – Colateralidade: » Gastrointestinais: gosto metálico, anorexia, desconforto abdominal e diarréia. » Reduz a absorção de Vit B12. – Contra-indicação: principais » IRC, Doença hepática crônica, etilismo, IC. Tratamento da RI • Inibidores da -glicosidase: • Acarbose: – Mecanismo de ação: » Inibição por competição da -glicosidase enzima responsável pela hidrolise de oligo, trissacarídeos e dissacarídeos nos enterócitos. » Diminuição da absorção de glicose e redução da glicemia pós-prandial. – Benefícios: » Melhora da sensibilidade a insulina. » dos níveis de insulina sérica. » Sem reflexos tão aparentes na RI. – Colateralidade: » Perturbações gastrointestinais: como o desconforto abdominal e diarréia. Tratamento da RI - Outras drogas Fibratos Aumentam a captação e oxidação dos AGL Ligantes naturais PPAR- fígado músculo rim coração AGL são oxidados Maior atividade da LPL Melhora da sensibilidade insulínica fígado Também usados no tratamento das DLP Tratamento da RI - Outras drogas Inibidor da enzima de conversão da Angiotensina – IECA Melhora na sensibilidade insulínica antiinflamatório Melhora do fluxo sangüíneo para o pâncreas Diminui a vasoconstrição mediada pela angiotensina II Fluxo sangüíneo nas células Minimiza ou reverte declínio das funções das células Resistência à Insulina: Fator Central da SM Resistência à Insulina Obesidade Hipertensão Arterial Fibrinólise Hiperglicemia Disfunção endotelial Doença Macrovascular Intolerância à Glicose Adaptado de McFarlane SI, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2001;86:713-718; Reusch JEB. Am J Cardiol. 2002;90(suppl):19G-26G. Dislipidemia Prevenção primária (OMS) Alimentação adequada: Frutas, Hortaliças, leguminosas e cerais integrais; gorduras trans e saturadas; açúcares e sódio. Prática regular de atividade física Baixo condicionamento cardiorespiratório,pouca força muscular e sedentarismo >3-4x http://www.mcdonalds.nl/gfx_content/products/300x185_bigtasty.jpg http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://blog-br.com/uploads/t/TAYRANE/51405.jpg&imgrefurl=http://blog-br.com/precisoemagrecer/54225/&usg=__F7dG-hS0fkmnbJ0gtRrP4uJ2LY4=&h=127&w=127&sz=4&hl=pt-BR&start=88&tbnid=Z9fChauV6l7lmM:&tbnh=90&tbnw=90&prev=/images%3Fq%3Dcomer%2Bporcaria%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D80 A atividade física regular é um importante fator para prevenção e tratamento. Estudos demonstram que os benefícios da atividade física sobre a obesidade podem ser alcançados com intensidade baixa, moderada ou alta, indicando que a manutenção de um estilo de vida ativo, independente de qual atividade praticada, pode evitar o desenvolvimento dessa doença. Atividade 45kg 68kg 90kg Pedalar 10km/h 160 240 312 Caminhar 3,2km/h 160 240 312 Caminhar 4,8km/h 210 320 416 Caminhar 7,2km/h 295 440 572 Trotar 11km/h 610 920 1.230 Correr 16km/h 850 1.280 1.660 Nadar 185 275 385 OBS – Gasto energético aproximado por hora de uma pessoa (45, 68 e 90kg) fazendo atividade física Plano dietético Redução substancial da CC e da gordura visceral; Melhora da sensibilidade à insulina; Diminuição da glicemia; Prevenção ou retardo no DM tipo 2; Redução da PA e da trigliceridemia; Aumento do HDL-colesterol. Tratamento Alimentação + Atividade física CA e a gordura visceral, sensibilidade à insulina e HDL, níveis plasmáticos de glicose, expressiva de PA e TGC. Plano alimentar – VCT com obtenção do peso desejável: Obeso – hipocalórica para perdas ponderais de 0,5 a 1,0Kg/semana, utilizando de 20 a 25kcal/kg peso atual/dia. Não utilizar dietas < 1000kcal!!! Características Gerais da Dieta VET: ANP tendência a hipocalórico, o quanto deve ser individualizado. • Manutenção do peso corporal ligeiramente abaixo do ideal ( 5 a 10%), para melhorar o funcionamento: • Músculo cardíaco e musculatura diafragmática. • Controle da H A e da HLP. Proteína: ANP = Retirando ou diminuindo os alimentos ricos em colesterol e ácido úrico. =Ajustar a dieta às alterações renais / hepáticas. =Fármacos que tenham ou não capacidade ligante de proteína. Glicídios: ANP Atenção intolerância à glicose, o DM e a hipertrigliceridemia induzida ou não por alguns fármacos. Ênfase nos complexos, sem concentração de simples. Lipídeos: hipo com relação P / S = 1, hipocolesterolêmica (200mg/dia); aumentar os ácidos graxos cis e monosaturados Características Gerais da Dieta nº de receptores insulina nos diferentes tecidos Dietas hiperli pídicas transporte de glicose no músculo e tecido adiposo dos processos estimulados pela insulina da síntese e acúmulo de glicogênio das atividades, e da oxidação da glicose polinsatu rados peroxidação lipídica Características Gerais da Dieta 3 moderadamente o colesterol sérico marcadamente os TG agregação plaquetária PA risco de doença cardiovascular sensibilidade à insulina no DMT2 Ácidos graxos monoinsaturados – até 20% do VCT (mais recomendável é o azeite de oliva) Ácidos graxos poliinsaturados – até 10% do VCT (n-3: salmão, cavalinha, sardinha, aranque) Ácidos graxos saturados e trans – < 10% do VCT (até 7% se LDL for >100mg/dL). Características Gerais da Dieta Vitaminas: • Vit. A: • sistema imunológico; • antioxidante repercutindo na diminuição de risco cardíaco; • ajuda na síntese protéica: manutenção de tecido e musculatura. • Em conjunto com PTH mobiliza o cálcio ósseo, evitando / minimizando a osteoporose. • Aumentando a reabsorção renal de cálcio e fosfato depletados pelos fármacos. Vit. E: Mesmas características da vit. A . Proteção da membrana celular contra a oxidação e lesões cardíacas. Vit. D: Sistema imunológico. Associada ao PTH, igual a vit. A O tocoferol reage com O2 seqüestrando radicais superóxido e hidroxila, bloqueando a iniciação da peroxidação lipídica. Os tocotrienóis inibem a síntese de colesterol. Vitamina K: • coagulação sanguínea; • síntese protéica; • constituinte da flora bacteriana colaborando no controle da peristalse intestinal. • Vitamina B1 (tiamina): • coenzima no metabolismo de macronutrientes, principalmente de glicídios; • em conjunto com o potássio, controla a função tônica do intestino, minimizando as alterações do trânsito intestinal. Vitamina B3 (niacina): atua no metabolismo energético e ajuda no equilíbrio do TGI; diminui VLDL e LDL. Vitamina B5 (ácido pantotênico): essencial para a conversão da gordura e açúcar em energia. Biotina: diminui os índices glicêmicos e atua na síntese do ácido ascórbico. Vitamina B2 (riboflavina): participa do metabolismo dos macronutrientes. conversão do triptofano em niacina, auxiliando na regeneração celular. Vitamina B6 (piridoxina): – Metabolismo dos protídios. – Conversão de triptofano em niacina. – Produção de glóbulos vermelhos. – Utilização da proteína dietética. Vitamina B12 (cobalamina): – Junto com o folato atua na formação de glóbulos vermelhos Ácido fólico: diminui o FR da coronariopatia. Vitamina C (ácido ascórbico): – antioxidante; participa da síntese de colágeno, – ajudando na síntese de massa magra, mantendo o tônus tecidual; – favorece a absorção de ferro; – participa da biossíntese e excreção do colesterol, Ácido fólico + Riboflavina + Piridoxina + Cobalaminadiminui os níveis de homocisteína minimiza o surgimento da doença cardíaca oclusiva Minerais: • Cálcio: atua na contração muscular; • colabora na prevenção das doenças coronarianas; • minimiza a osteoporose e • atua na coagulação sanguínea • Cloro:colabora no processo digestivo; • participa da biossíntese e excreção do colesterol; • participa do equilíbrio ácido - básico e hidroeletrolítico • Fósforo:metabolização de gordura e amido; • manutenção da função cardíaca. • Ferro:funcionamento do sistema imunológico; • metabolização das vitaminas do complexo B Minerais: • Cobre: • ajuda na absorção do ferro; • participa da síntese de colágeno; • manutenção da massa magra; • participa da formação da enzima superoxidesmutase. • importante no aproveitamento da vit.C; • favorece a captação de glicose, minimizando o quadro de diabetes; • estimula o sistema imunológico; • participa do metabolismo do colesterol; • em conjunto com o zinco garante a palatabilidade. • Manganês: • Favorece a digestão; • compõe várias enzimas como a superoxidesmutase. • Cromo: • aumenta a ligação de insulina à célula, diminuindo os índices glicêmicos; • participa do metabolismo de macronutrientes; • promove a redução dos triglicerídios séricos, prevenindo doenças cardiovasculares • Enxofre: • distensão abdominal, flatulência, aumento da pressão intra- abdominal. • dificuldades nas trocas gasosas CO2/O2, dispnéia. • vasoconstrição e aumento da PA. • Magnésio: • regulação das células nervosas; • necessário ao metabolismo do cálcio, vit.C, fósforo, sódio e potássio; protetor do Sist. Cardiovascular. • Molibdênio: • metabolismo de carboidratos e proteínas; • prevenção de anemia. • Potássio: • regulariza o ritmo cardíaco; • favorece a entrada de glicose na célula; • função tônica do intestino. • Selênio: • Antioxidante, atuando na prevenção de cardiopatias; • síntese de colágeno e favorecimento da manutenção da massa magra; • aumenta a absorção de vitamina E. Sódio: monitorado no caso de Hipertensão Arterial em indivíduos sal-sensíveis. Fornecer cloreto de sódio de acordo com a Pressão Arterial Diastólica Zinco: manutenção dos sistemas enzimáticos e celulares; síntese de colágeno e manutenção de massa magra; metabolismo da insulina. em conjunto com o cobre, garante a manutenção da palatabilidade. Fibras: • 25 a 40g/dia; • biossíntese e excreção do colesterol total e diminuição do LDL; • diminuição da glicose; • promove saciedade; • regula o trânsito intestinal; • diminui a absorção e carreia sódio para fora do TGI. • Fibras solúveis: • farelo de aveia aumentam os AGCC, levando à inibição da síntese de colesterol; • estimula o uso da glicose e atenua a entrada da glicose no fígado; • diminui a liberação de hormônios contra-reguladores; • diminui os triglicerídeos em jejum e pós-prandial, bem como a glicemia pós-prandial; • atenua a síntese de colesterol hepático e diminui as lipoproteínas aterogênicas. • Flatulência, desconforto abdominal e alteração da farmacocinética de alguns fármacos • Fibras insolúveis • trânsito intestinal e o bolo fecal. trânsito intestinal Fibras solúveis esvaziamento gástrico, absorção de glicose e colesterol colesterol sérico para repor o “pool”de ácido biliar; Caldos concentrados em purina: • excitante do TGI; • ricos em sódio aumentando o quadro de Hipertensão e complicações cardíacas. Líquidos: H • fora dos horários das grandes refeições; • regularização do TGI e reposição hídrica Temperatura: • fria ou gelada em jejum para controle da constipação intestinal; • muito quente provoca congestão abdominal. Fracionamento, volume e consistência – ANP. Alimentos fermentescíveis, flatulentos e de difícil digestibilidade ( DD ): isentos • distensão e desconforto abdominal, aumento da PA. Estimulantes (cafeína e teobromina): • estimulam a produção de adrenalina. • Tipo solúvel libera gordura não saponificável que eleva os níveis de colesterol total e LDL Fitoesteróides: • diminuição da absorção de colesterol total e LDL-C. Flavonóides: • diminui FR de doença cardíaca coronariana devido aos seus ácidos fenólicos. Antioxidantes: suco de uva, grapefruit ou toranja, chá verde, cebola, maçã . Aditivos alimentares: • glutamato monossódico: • toxidade com diuréticos natriuréticos. • nitratos e nitritos: • antagonizam a ação pressora da adrenalina e noradrenalina, levando à potencialização dos hipotensores. Cebola ( allium cepa ) e Alho( allium sativum): antitrombóticos (HA): Diminuição níveis de fibrinogênio e aumento da atividade fibrinolítica. O metil-alil-trissulfatídeo do alho inibe a agregação plaquetária, induzida pela ADP ( adenosina difosfato ). Diminuição do LDL, TG, colesterol total, da glicemia e PA; aumento de HDL Soja: • rica em isoflavonas, em especial genisteína e daidzeína, responsáveis pela redução de colesterol. Tomate: • contem licopeno, um carotenóide que apresenta atividade antioxidante, evitando a oxidação do LDL colesterol. Substituto de gordura: • Olestra (poliester da sucrose): • não digerível, feito a partir da sucrose ligada 8AG de cadeia longa molécula muito grande para ser hidrolisada no intestino. – batata frita e biscoito. Coquetel nutricional laxativo- NTR: • Casos de constipação intestinal. Informações complementares Pelo menos 5 refeições ao dia. A distribuição do plano alimentar é individualizada e deve priorizar hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas, grelhados, assados, cozidos no vapor Alimentos diet e light podem ser incluídos, porém não de uso exclusivo. O açúcar de mesa e produtos contendo açúcar podem eventualmente estar incluso, dependendo da dieta prescrita Respeitar as preferências individuais e o poder aquisitivo familiar. •Industrialização •Sedentarismo •Agitação da vida moderna •Uso de bebida alcoólica •Má educação nutricional Fatores de risco para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis Alteração na qualidade de vida Crescimento da Indústria Farmacêutica Novas drogas Efeitos colaterais e interações Alteração do estado nutricional Processo saúde - doença ponto de destaque na cultura humana mecanismos que conduzam e mantenham o equilíbrio corporal, evitando -se e/ou minimizando-se os processos patológicos várias propostas têm sido validadas Nutrição Clínica conduta individualizada , adequada ao quadro clínico e ao tratamento farmacológico, buscando a do risco global do paciente Estabelecimento do Diagnóstico Nutricional através de Avaliação Nutricional criteriosa Verificação dos fármacos em uso, suas colateralidades e interações com os nutrientes Determinação dos objetivos a serem alcançados Prescrição dietoterápica com estabelecimento das características químicas e físicas da dieta, bem como as recomendações e orientações Passos para a prescrição da conduta dietoterápica Objetivos Corrigir a obesidade, sobretudo a de elevado ICQ, controlando e mantendo o peso ideal a cada caso Satisfazer os requerimentos nutricionais necessários Garantir a normalização da função do trato gastro- intestinal Prevenir e/ou minimizar as complicações oriundas das patologias e das drogas em uso Controlar a PA; melhorar os níveis séricos de HDL; reduzir os níveis de colesterol total,LDL e triglicerí-deos, ácido úrico e glicemia Corrigir os níveis elevadosde homocisteína,que atua como fator de risco par a doença cardíaca Promover a Educação Nutricional • A formação de hábitos alimentares começa com a bagagem genética, que interfere nas preferências alimentares e vai sofrendo influências do meio ambiente • A manutenção de um estado nutricional adequado através da dieta individualizada e da educação nutricional como forma única de tratamento ou para que o paciente tenha condições de suportar o tratamento farmacológico, sem gastos excessivos Fernando Botero Fernando Botero Fernando Botero The Nap, 1982 Fernando Botero Mudança do estilo de vida Manutenção desta mudança A síndrome metabólica engloba variáveis que aumentam o risco cardiovascular, porém não há tabelas específicas para estes pacientes, portanto há necessidade do diagnóstico, avaliação e tratamento conjunto das comorbidades presentes. Conclusão A atuação integrada dos membros da equipe de saúde: médico, nutricionista, professor de educação física, enfermeiro, psicólogo, assistente social, farmacêutico, visando à assistência ao paciente, é o grande passo para conquistas futuras. Estado nutricional inadequado Mais difícil recuperação Mais fácil de chegar ao êxito letal SÍNDROME METABÓLICA Prevenir é a melhor atitude. Referências bibliográficas -Barreto-Filho, José Augusto Soares. Síndrome metabólica: um estado pró-trombótico. Ver. Soc. Cardiol. São Paulo;14(4):590-595, jul.-ago. 2004. -Ciolac, Emmanuel Gomes and Guimarães, Guilherme Veiga. Exercício físico e síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte [online]. 2004, vol.10, n.4, pp. 319-324. ISSN 1517-8692 --Kátia Cristina Portero-McLellan, Júlia Laura Delbue Bernardi,Sandra Maria Barbalho. Abordagem metabólica e dietética na hiperuricemia e na gota. 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