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Resposta caso concreto 1 ao 7 penal

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Caso Concreto 1
Descrição
MODELO DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA- CRIME
ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
MODELO
PROCURAÇÃO
Maria Clara, brasileira, contadora, casada, portadora da Cédula de Identidade nº______,
inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº _____, residente e
domiciliada na cidade de salvador - Ba, nomeia e constitui como seu procurador o advogado
João Pedro, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº_____, com escritório
profissional na Av. Arthur Azevedo, a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de
Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA
CRIME contra TÍCIO, amigo da família, porque, há menos de seis meses, precisamente no
dia 12/12/2020, por volta das 07:30 horas, na rua Professor Lemos Brito na presença de
terceiros, dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com palavras
injuriosas e de baixo calão, chamando-a de “vagabunda”, dizendo que ela não valia nada e
que ela não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família de gente
vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo e que
seria o laranja da família de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo
evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e
ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face,
tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, §2º,
c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal Privada.
Salvador - Ba, 01/05/2020 
_____________________________
Maria Clara
OBS: A procuração para queixa-crime exige a descrição dos fatos, é exigência INDISPENSÁVEL. 
Se o advogado juntar uma procuração comum, e existindo a demora de 6 (seis) meses ocorrerá a 
decadência.
Caso Concreto 2
AO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CIDADE DE NITERÓI
PEDRO, brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do documento de identidade nº____, CPF 
sob o nº _____, residente e domiciliado na cidade de Niterói, vem, por meio do advogado infra-
assinado, com arrimo nos arts. 100, § 3º, 139 e 145 do Código Penal, bem como no art. 41 do 
Código de Processo Penal, dentro do prazo legal previsto nos arts. 38 do Código de Processo Penal 
e art. 103 do Código Penal, propor a presente
Q U E I X A – C R I M E
Contra HELENA, brasileira, solteira, profissão _______, portador do documento de identidade 
nº____, CPF sob o nº _____, residente e domiciliada na Praia de Icaraí, Niterói/RJ, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos.
 I – FATOS
 O QUERELANTE, no dia 19/04/2016, com vistas à comemoração do próprio aniversário, 
publicou um convite para tal comemoração, por meio de uma rede social existente na internet, no 
intuito de reunir parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria de Niterói.
 Naquele mesmo momento, a QUERELADA, vizinha e ex-namorada do QUERELANTE, 
com animus diffamandi e animus injuriandi, por meio do perfil que ela possui na mesma rede social
na qual foi feito o convite para o aniversário do QUERELANTE, publicou o seguinte comentário:
“não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, 
irresponsável e sem vergonha”
 Com o intuito de prejudicar o QUERELANTE perante os colegas de trabalho, bem como de 
denegrir a reputação dele, a QUERELADA publicou ainda:
“ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava 
bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em 
que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”
 De imediato, o QUERELANTE, do interior do apartamento dele e conectado à internet por 
meio de um tablet, na presença dos amigos Marcos, Miguel e Manuel, visualizou o comentário com 
as ofensas proferidas pela QUERELADA.
II - CLASSIFICAÇÃO DO CRIME
Assim agindo, incorreu a QUERELADA nos crimes tipificados nos arts. 139 e 140, c/c art. 70, 
todos do Código Penal.
Art. 139- Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Parágrafo único- A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois 
ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas 
cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, 
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes 
resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.  
Por consequente, imperiosa se faz acolher a pretensão aqui exposta, deflagrando a ação penal e 
aplicando-se à QUERELADA as sanções penais cabíveis.
III - PEDIDOS
Assim sendo, requer prefacialmente:
1. O recebimento da presente queixa-crime no rito sumaríssimo previsto na Lei n. 9.099/1995;
2. A citação da querelada para responder à ação penal;
3. A condenação da quelerada nas sanções penais previstas no art. 139 e 140 do Código Penal c/c, 
aplicando-se o art. 387, IV, do Código de Processo Penal, para fixar mínimo valor indenizatório.
Niterói, 01/05/2020.
[nome do advogado]
OAB/RJ n. XXXXX
Rol de Testemunhas:
1. Marcos, qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em epígrafe;
2. Miguel, qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em epígrafe;
3. Manuel, qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em epígrafe;
Caso 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA CRIMINAL DA CIDADE DE 
XXXXXX
Processo nº.: ___________/2016
MATEUS, nacionalidade ____, estado civil _____, profissão _____, portador do documento de 
identidade nº____, incrito no CPF sob o nº _____, residente e domiciliado na (endereço), vem, por 
meio do advogado infra-assinado, cujo endereço encontra-se na procuração em anexo, apresentar
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Com fundamento nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a 
seguir expostos.
 I – FATOS
 O Réu foi denunciado pela suposta prática do delito previsto no artigo 217-A, §1º, do 
Código Penal, por ter praticado conjunção carnal com a suposta vítima Maísa.
De acordo a denúncia, não houve violência ou grave ameaça, mas a vítima seria vulnerável 
por sofrer de deficiência mental.
A peça acusatória foi recebida por esse Juízo, tendo sido citado o DENUNCIADO para 
oferecer a presente resposta à acusação.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A presente ação padece de evidente nulidade, uma vez que deveria ter sido rejeitada devido 
à falta de condição de procedibilidade, com fulcro no art. 395, inc. II, do CPP.
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da 
ação penal.
Diferentemente do alegado na inicial, a suposta vítima é plenamente capaz, fato esse que, 
caso tivesse havido violência ou grave ameaça, desclassificaria a acusação para o tipo previsto no 
art. 213 do CP, que é crime de ação pública condicionada à representação.
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se 
pratique outro ato libidinoso.
Diante da não existência de vulnerabilidade da vítima e mesmo que se pudesse enquadrar a 
conduta do réu no tipo previsto no art. 213 do CP, a presente ação deve ser declarada nula, diante da
falta de representação, bem como a decadência de tal direito, levando-se em consideração a data do 
fato e data de início da ação, com fundamento no art. 103 do CP.
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido 
decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do 
prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem éo autor 
do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se 
esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
Portanto, deve a ação ser anulada devido à falta de representação, com fulcro no art. 564, 
III, do CPP, com a consequente absolvição sumária do réu, de acordo com o disposto no art. 395 do 
CPP.
III – PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) Preliminarmente, a nulidade do feito desde o oferecimento da denúncia, considerando a ausência 
da condição de procedibilidade (Representação), e, conseguintemente, a rejeição da Denúncia, nos 
termos dos artigos 564, III, a, e 395, II, ambos do CPP;
b) No mérito, a absolvição sumária por atipicidade, com fundamento no artigo 397, inciso III, do 
Código de Processo Penal;
c) Na hipótese de superação de todos os itens anteriores, a título de provas, a determinação de 
exame pericial de capacidade na vítima e a notificação das testemunhas adiante arroladas para que 
compareçam à audiência de instrução e julgamento.
Local, 28 de novembro de 2016.
[nome do advogado]
OAB/RJ n. XXXXX
Rol de Testemunhas:
1. Olinda qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em epígrafe;
2. Alda qualificado na fl. xx do Termo Circunstanciado em epígrafe;
Caso 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA xx VARA CRIMINAL DA CIDADE DE 
CURITIBA
JORGE, nacionalidade ____, estado civil _____, profissão _____, portador do documento de 
identidade nº____, incrito no CPF sob o nº _____, residente e domiciliada na (endereço), vem, por 
meio do advogado infra-assinado, cujo endereço encontra-se na procuração em anexo, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS
Com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de Direito 
a seguir expostas.
 I – FATOS
O RÉU conheceu a VÍTIMA em um bar, e, no mesmo dia, praticou com ela, de 
forma consentida, sexo oral e vaginal.
Somente no dia seguinte, quando acessou uma rede social, foi que o RÉU descobriu 
que, apesar da aparência de adulta, a VÍTIMA possuía somente 13 anos.
EM SEGUIDA, o RÉU foi denunciado pela suposta prática do delito previsto no 
artigo 217-A, c/c art. 69, ambos do Código Penal.
Requer o Ministério Público a condenação do RÉU nos termos da inicial.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 
ERRO DE TIPO
É flagrante a ocorrência, no caso em questão, de erro de tipo.
As circunstâncias fáticas, consubstanciadas no local e horário nos quais o RÉU e a 
VÍTIMA se conheceram, ou seja, à noite em um bar, que, conforme imposição legal, só pode ser 
frequentado por maiores de 18 anos, evidenciam a falta de dolo do RÉU, que em nenhum momento 
desconfiou que a VÍTIMA pudesse ser menor de idade.
A própia vítima afirmou em depoimento que estava acostumada a fugir de casa para 
frequentar bares de adultos, o que influiu diretamente para que ela já soubesse se comportar e se 
vestir como uma pessoa adulta.
Ademais, as testemunhas de defesa foram enfáticas ao dizer o comportamento e as 
vestimentas da VÍTIMA eram incompatíveis para uma adolescente de 13 anos, e que qualquer 
pessoa acreditaria se tratar de pessoa maior de idade.
AUSÊNCIA DE CONCURSO MATERIAL DE CRIMES
Comete grave erro o Ministério Público ao imputar ao réu a prática de 2 crimes 
concurso material, pois inobservou o Princípio da Alternatividade, que é princípio básico do Direito 
Penal.
O estupro de vulnerável é tipo penal misto alternativo. Dessa forma, ainda que praticada mais de um
ato sexual no mesmo contexto fático, o agente deve responder por um único crime.
AUSÊNCIA DE EMBRIAGUEZ PRÉ-ORDENADA
Deve ser completamente afastada a agravante realativa à ocorrência de embriaguez 
pré-ordenada, pois não restou comprovado que o RÉU estivesse embriagado no momento do fato 
nem muito menos que se embriagou para supostamente cometer o crime.
APLICAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO
É de conhecimento de todos a declaração de inconstitucionalidade, pelo Supremo 
Tribunal Federal, do artigo 2°, § 1° da lei 8.072/90 (Lei dos crimes hediondos), impondo ainda a 
análise do caso concreto e não somente a pena em abstrato.
 No caso em questão, temos o réu primário, com bons antecedentes, empregado, 
residência fixa, portanto, não se mostrará razoável a aplicação do referido regime inicial, tendo em 
vista que, diante do reconhecimento de crime único, na REMOTÍSSIMA hipótese de condenação, a 
pena deverá ser fixada em 8 anos de prisão.
 
III - PEDIDOS
Ante o exposto requer:
a. A absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP por ausência de tipicidade;
b. Caso não seja esse o entendimento para absolvição, que seja concedido o afastamento do 
concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único;
c. Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante de embriaguez pré-ordenada e
a incidência da atenuante da menoridade;
d. Fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, §2°, 
alínea “b”do CP, diante da inconstitucionalidade do art. 2°, § 1° da lei 8.072/90.
Local e data.
[nome do advogado]
OAB/UF n. XXXXX
Caso 5
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA xx VARA CRIMINAL DA CAPITAL DO
ESTADO XXXXX
PROCESSO Nº.: XXXXXXXX /2017
TÍCIO, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portador do documento de 
identidade nº XXX, incrito no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na XXX, vem, por meio 
do advogado infra assinado, cujo endereço encontra-se na procuração em anexo, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS
Com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, nos seguintes termos.
 I – FATOS
 O Réu é funcionário da mesma empresa da Vítima, e, após mais um dia trabalho, 
solidarizado com a condição dela de gestante, ofereceu-lhe carona na volta para casa.
 Na intenção de chegar a casa a tempo de assitir ao jogo do time de coração dele, o Réu, 
IMPRUDENTEMENTE, imprimiu velocidade excessiva, quando, ao fazer uma curva, perdeu o 
controle e capotou o veículo no qual trafegavam.
 Após o socorro imediato, prestado pelos Bombeiros, a Vítima foi encaminhada ao hospital 
mais próximo, onde foi constatada a ausência de qualquer lesão. No entanto, apesar da inexistência 
de lesões, restou verificada a interrupção da gravidez, em razão da violência do acidente, conforme 
comprova-se pelo Laudo do Instituto Médido Legal juntado às fls. 14.
 Em seguida, o Réu foi denunciado pela suposta prática do delito previsto no artigo 125 do 
Código Penal.
Requer o Ministério Público a condenação do réu nos termos da inicial.
 
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 
 A ação penal em questão é totalmente improcedente, diante da manifesta atipicidade da 
contudo, restando imperiosa a absolvição do réu.
 O acidente ocorreu devido à imprudência do Réu, o que caracteriza a ocorrência de culpa, 
ou seja, não houve, por parte dele, dolo de interromper a gravidez da Vítima. O aborto se deu em 
decorrência da conduta culposa do Réu.
 O artigo 18, Parágrafo único, do Código Penal prevê expressamente que “Salvo os casos 
expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica 
dolosamente.”. Portanto, a conduta do Réu é atípica, uma vez que não existe o tipo do “aborto 
culposo”.
 Diante dos fundamentos apresentados, é evidente a necessidade de absolvição do Réu, pois 
o fato não constitue infração penal.
 
III – PEDIDOS
Ante o exposto requer:
a. A absolvição do réu, por ausência de tipicidade, com base no art. 415, III, do CPP,
Local, 14 de fevereiro de 2017.
[nome do advogado]
OAB/UF n. XXXXX
Caso 6
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 4ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
PROCESSO Nº.: XXXXXXXX 
ALBERTO, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portador do documento de 
identidade nº XXX, inscrito no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na XXX, vem, por meio
do advogado infra assinado, cujo endereço encontra-se na procuraçãoem anexo, requerer a 
concessão de
LIBERDADE PROVISÓRIA
Com fundamento no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição da República Federativa do Brasil, 
bem como nos artigos 310, III, e 321, ambos do Código de Processo Penal, nos seguintes termos.
 I – FATOS
 O acusado, na companhia de indíviduo de nome Benedito, foi preso em flagrante, por 
agentes policiais do 4º Distrito Policial da Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno,
sob a acusação de ter furtado tal veículo, que encontrava-se estacionado em uma via pública da 
Capital.
A suposta conduta do acusado foi tipicicada pelo Delegado de Polícia que presidiu o Auto 
de Prisão em Flagrante como a prevista no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal.
Devido a pena cominada ao referido tipo, o delegado não arbitrou fiança, determinando o 
recolhimento dos acusados ao cárcere e entregando-lhes a nota de culpa.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 
 O artigo 5º, inc. LXVI, dispõe claramente que: “ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.
 A concessão de liberdade provisória ao acusado se impõe, diante do evidente 
descumprimento da homogeneidade da medida cautelar a ele imposta.
 A pena cominada ao furto qualificado por concurso de duas ou mais pessoas é de 2 a 8 anos 
de reclusão. O acusado é primário e trabalhador, portanto, na remota hipótese de condenação ao fim
da instrução processual, a pena a ele aplicada não passaria de 2 anos de reclusão, pena essa que, em 
observância ao diposto no art. 33, §2º, alínea c, do Código Penal, seria cumprida em regime aberto.
 Diante do expoxto, demonstra-se desnecessária a prisão cautelar do acusado.
 
III – PEDIDOS
Ante o exposto requer a concessão de liberdade provisória ao acusado, com a expedição do 
respectivo alvará de soltura.
Salvador, 01 de maio de 2020.
[nome do advogado]
OAB/UF n. XXXXX
Caso 7
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA xx VARA CRIMINAL DA COMARCA DA 
CAPITAL
PROCESSO Nº.: XXXXXXXX /2016
MATIAS, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portador do documento de 
identidade nº XXX, incrito no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na XXX, vem, por meio 
do advogado infra assinado, cujo endereço encontra-se na procuração em anexo, requerer o
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
com fundamento no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição da República Federativa do Brasil e no 
art. 310, I do Código de Processo Penal, nos seguintes termos:
 I – FATOS
 O acusado, no dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, foi preso, por uma guarnição da 
Policia Militar, como incurso no artigo 180 do Código Penal, quando conduzia, pela Av. Brasil, na 
altura do nº YY, um veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, veículo 
esse que os policiais constataram ser produto de crime.
Em sede policial, a Sra. Miranda, proprietária do veículo, reconheceu, o acusado como autor
do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 13/11/2016.
Lavrado o Auto de Prisão em Flagrante, o acusado encontra-se preso, como autor do delito 
previsto no art. 180 do CP.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 
 O artigo 302 do CPP dispõe que se considera em flagrante delito quem está cometendo a 
infração penal, acaba de cometê-la, é perseguido, logo após, de cometer a infração penal ou é 
encontrado, logo depois, com objetos que façam presumir ser ele o autor da infração.
 O acusado foi preso, no dia 15/11/2016, dirigindo o veículo produto de roubo, que, segundo 
narrou a vítima, ocorreu no dia 13/11/2016, ou seja, 2 dias anteriores à prisão, o que não caracteriza 
nenhuma das circunstâncias previstas no referido dispositivo legal, demonstrando claramente a 
inexistência de possibilidade de prisão em flagrante do acusado.
 Não obstante ter a suposta vítima reconhecido o acusado como sendo o autor do roubo, esse 
fato, por si só, não importa na imediata possibilidade de prisão em flagrante do acusado, pois, 
conforme exposto, não houve a ocorrência de nenhuma das circunstâncias previstas no artigo 302 
do CPP.
 Diante do exposto, não resta outra alternativa a não ser o reconhecimento da ilegalidade da 
prisão em flagrante do acusado, devendo a medida cautelar ser imediatamente relaxada.
 
III – PEDIDOS
Ante o exposto requer o imediato relaxamento da prisão em flagrante do acusado, com a expedição 
do respectivo alvará de soltura.
Local e data.
[nome do advogado]
OAB/UF n. XXXXX

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