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9 Sistema de Ensino Presencial Conectado PEDAGOGIA 2¤ semestre Raquel Luísa Pereira da Silva A A escolarização de Jovens e Adultos A Educação de Jovens e Adultos resgatando valores Raquel Luísa Pereira da Silva A escolarização de Jovens e Adultos A Educação Jovens e Adultos resgatando valores Trabalho apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, em requisito a produção textual portfólio para as seguintes disciplina de Metodologia Científica ,Educação Jovens e Adultos,História da Educação, Educação Formal e não Formal, Didática e Práticas Pedagógicas. Professores Thiago Viana Camata, Vilze Vidotte Costa. Mari Clair Moro Nascimento, Jackeline Rodrigues Gonçalves, Natália Gomes dos Santos, Okçana Battini /Renata de Souza F.D. Almeida. Rio de Janeiro RJ 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 1 2.1FatoresSociaiseHistóricosEJA................................................................................5 2.2 Função Social da Escola. .....................................................................................6 2.3 Contribuiçõs de Paulo Freire. ................................................................................6 Proposta Pedagógica. .................................................................................................8 Referências Bibliográficas..........................................................................................10 INTRODUÇÃO É de suma importância a história da educação na formação do pedagogo, pois, foi extenso o caminho da mesma até chegar o que é hoje. A educação era uma ascensão social e muitos analfabetos eram excluídos, existia também o ensino com dualismo educacional visando ampliar a educação, mas com parcialidade. Muitos problemas atuais que existe só podem ser resolvidos com o conhecimento do passado. O pedagogo que conhece a história da educação conhece seu campo de trabalho, se fortalece e constitui sua identidade, como afirma Novôa (2005, p10) 'Não há presente sem o passado, visto que os indivíduos são produtores de história. Entendendo o passado o educador tem um olhar reflexivo e constrói um patrimônio cultural, socializando e incluindo sem parcialidades, trazendo um ensino dinâmico e de qualidade para o educando. A história da educação ajuda o educador a lutar e promover uma educação que prepara o indivíduo para o futuro dando a ele a autonomia e ampliação de seus conhecimentos. Vemos através da história da educação grandes educadores com Paulo Freire (1921-1997). Aprendemos a trabalhar por métodos. Dermeval Saviani (1945) Nos trás o ensino da reflexão. Marina Montessori (1870-1952) Aprendemos que o aluno aprende com materiais didáticos. Conhecendo a história da educação o leque de aprendizagem do pedagogo se abre e ele consegue alcançar seus objetivos. "Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo". Paulo Freire DESENVOLVIMENTO 2.1 Fatores Sociais e Históricos que perpassam na EJA na Educação Brasileira A educação de jovens e adultos no Brasil teve início ainda no Império com os Jesuítas alfabetizando os indígenas, em 1759 com a saída dos Jesuítas a educação ficou um colapso. A educação brasileira sempre foi dualista com ensinamento parcial excluindo os negros e indígenas. A educação para jovens e adultos surgiu para tentar elucidar um problema, pois o ensino aos filhos de trabalhadores e negros era apenas o básico. Outros não tiveram a oportunidade de se alfabetizar e sofriam preconceito sendo humilhado e considerado como incapaz de pensar por si próprio. Na década de 40 houve grandes transformações e com isso avançou o EJA. Com a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) se descobriu que a falta de desenvolvimento era devido ao analfabetismo Também na década de 40 foi regulamentado o Fundo Nacional de Ensino Primário (FNEP), para garantir recursos para o ensino primário. Outra coisa que marcou a trajetória da educação foi a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) onde começaram a se pensar no material didático para a educação de adultos. Na era Getúlio Vargas construíram várias escolas para alfabetizar adultos, mas a dinâmica não deu muito certo, pois se construiu apenas leitores e o indivíduo precisava muito mais que isso. Com o presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, houve uma convocação de alguns grupos para contar suas experiências no “Congresso de Educação de Adultos”. E o destaque foi a experiência do grupo de Pernambuco liderado por Paulo Freire. Era um grupo voltado para o desenvolvimento da educação de adultos, com várias críticas ao sistema de ensino, trazendo uma renovação pedagógica. E assim foram surgindo várias campanhas como CNEA, MEU, ABC, MOBRAL. . O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2006), criou iniciativas para as políticas públicas de EJA com maior ênfase do que todos os governantes anteriores. Mesmo assim ainda hoje os analfabetos são vistos com preconceito e a didática de ensino para Jovens e adultos não tem conseguido cumprir seu papel esse fracasso se explica, por causa da concepção entre o as leis e a execução da proposta pedagógica vivenciada nas escolas. 2.2 A função social da escola no processo de escolarização de Jovens e Adultos Analisando a lei 9.394/96 (LDB/96) e outras leis que dizem respeito à EJA entenderam que a função da escola é preparar Jovens e Adultos com propostas pedagógicas apropriadas considerando suas atividades para exercício de sua cidadania formando cidadãos que pensam e tenham um senso crítico abrangendo o ensino não só para alfabetizar, mas formar um ser crítico e pensante. A escola precisa adotar práticas sociais que contribuem com a emancipação de cada aluno dando a eles saberes articulado as suas necessidades e trajetória de vidas. O estudante Jovem e adulto tem um forte senso comum já viveu muitas experiências e isso pode ajudar na hora da dinâmica em sala de aula. O docente tem que estar preparado para dar a esse público um ensino de qualidade com material didático exclusivo para eles. O aluno da EJA tem muita sede para aprender, mas facilmente pode se desestimular devido ao preconceito e humilhações que podem o deixar envergonhados e parar seus estudos. É dever da escola estimular os alunos não dando apenas a alfabetização, mas valorizando a cada um de acordo com cada necessidade para que eles se desenvolvam em sua personalidade agindo com autonomia e responsabilidade social. A escola deve trabalhar a cultura, artes, crenças, costumes e outras coisas. Trazendo à tona a consciência ética do aluno, isso aproxima a escola da comunidade alcançando um maior número de alunos. 2.3 Contribuições de Paulo Freire através da educação libertadora, para alcançar êxito em sala de aula. Segundo a Wikipédia Paulo Reluz Neves Freire foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Em tempos de crise financeira e econômica surgiu Paulo Freire com a "Pedagogia do oprimido" ou também chamado de pedagogia libertadora um método usado não para o educando, mas sim com ele. Na educação libertadora o mestre está ao lado de seus aprendizes elaborando debates e trazendo uma pedagogia para o oprimido mostrando a ele descobertas críticas é um método que ensina o aluno a ler o mundo. Planejando uma aula o professor pode usar a educação libertadora para ter êxito em seu trabalho, Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar, problematizando as avaliações provocando no aluno a crítica ao universo que ele habita o fazendo ver a importância dele na existência. O professor deve conhecer a linguagem de cada aluno seu nível de dificuldade para levantar questões próprias paraele usando a cultura da comunidade e o ambiente em que ele vive, explorando a arte desenvolvendo o desejo no aluno de querer aprender mais. O professor se torna um mediador de debates desafiando e inspirando o aluno a se superar e com isso essa pedagogia passa dos limites da sala de aula. Os educadores precisam trabalhar com o aluno no fortalecimento da sua capacidade de transformação, e de autocrítica e o aperfeiçoamento, de forma análoga oferecendo ao aluno o desenvolvimento de um pensar que não o reduza à ordem imposta, que possa fazer avançar o processo educativo em direção à autonomia. Não existe uma democracia sem emancipação, sem uma formação que permita ao educando uma atuação crítica. Proposta de trabalho A Associação de moradores no Bairro Iracema, Rua Boa Esperança n 115, iniciou um projeto para alfabetizar Jovens adultos e idosos de sua comunidade a maioria são trabalhadores que trabalham em um lixão que está pra ser desativado, e agora precisam procurar empregos, mas temem ser excluídos por ser analfabetos. Vendo a principal necessidade dos alunos incluímos as disciplinas abaixo para o projeto pedagógico: Português Matemática Artes Inicialmente o período de realização será 12 meses para desenvolvimento da proposta, podendo ser prorrogado devido à necessidade da comunidade. Professora Raquel Luísa Pereira da Silva Objetivo Geral Temos por objetivo geral ao longo do desenvolvimento elevar a taxa de alfabetização da comunidade, superar as desigualdades sociais, valorizar e resgatar no aluno a autonomia, não só com a alfabetização e escrita de números, mas o tornando seguro e preparado para a sociedade o auxiliando a reflexão sobre as coisas da vida. Especificando os objetivos: Vamos aplicar métodos que explore o conhecimento de cada aluno usando o que eles vivenciam no dia a dia. Dividir a turma em grupos de alunos para que eles possam debater entre eles sobre a atividade da aula aumentando assim a autonomia de cada um. Organizar feiras culturais com apresentação de artes, poemas, artesanatos para ser aplicado em prática tudo que foi estudado. Envolveremos os seguintes conteúdos 1 - alfabetização trabalhar leitura e escrita. 2 - Cálculos matemáticos a partir de receitas, formas. 3 - Diversidade cultural Brasileira, elaborar mapas e plantas, Cronograma de Atividades Período Atividade 3 meses Leitura, escrita uso de Dicionário formação de textos. 3 meses Cálculo, Resolução de problemas. 3 meses Conhecimentos culturais origens da comunidade Percurso Metodológico Alfabetização Os alunos irão identificar as letras através dos nomes lendo crachás que cada um vai Em grupo colocar em ordem alfabética as palavras usando o dicionário Leitura em Jornais e revistas para reconhecer várias formas de escrita. Através do alfabeto móvel identificar figuras e escrever a palavra dividindo em silabas. Operações e Cálculo O aluno irá fazer as operações matemáticas usando objetos, frutas entre outras coisas. Problematização com receitas, material de construção, horário de trabalho. Aprender formas com recicláveis. Artes Conhecer museus para conhecer a cultura brasileira Comidas e hábitos alimentares das regiões Feira cultural para se falar e debater sobre a origem da cultura da comunidade. Recursos que será utilizado Cartolina, Jornal, Quadro, caderno pautado, papel oficio, tesoura, cola, TV com acesso a internet, entre outros recursos. Avaliação A avaliação usada será diagnóstica identificando através de debates e conversas o progresso e dificuldades durante o processo da aprendizagem. No final de cada bimestre a avaliação será com provas para ser avaliado o resultado de aprendizagem de cada aluno. Referência Bibliográfica ALVARES, Sônia Carbonell. Educação estética para jovens e adultos. São Paulo: Editora Cortez, 2010. 128p. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Editora Paz e Terra. 2004, FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1987. 184p GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. São Paulo: Editora Vozes, 2008. 184p HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Atica, 2011. Considerações Finais Esse trabalho é muito relevante para a prática docente, pois amplia nosso aprendizado quanto ao ensino de jovens e adultos. Passando a entender o lado social da pedagogia que abraça o excluído nos fazendo ter mais empenho e dedicação ao ensinar sabendo que estamos mudando não só a história do aluno, mas também de uma comunidade. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABAURRE, Maria Berna Bernadete Marques. Ortografia: O aprendizado da convenção, 1983. BITTENCOURT,C.M.F. Ensino de história: fundamentos e métodos. 4. educação. São Paulo: Certeza, 2011. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários para a prática docente. 37 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008. HAIDT, R.C.C. Curso de didática geral. São Paulo: Atica, 2004. Lei n 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. SAVIANI, D. Da nova LDB ao novo plano nacional de educação.
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