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Aula 07 - condicionamento operante

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TEORIAS E SISTEMAS PSICOLÓGICOS I
Aula 7: Condicionamento Operante – Controle Aversivo do Comportamento
1
Condicionamento operante
A teoria do condicionamento reflexo permite compreender somente parte do comportamento, aquele que age em função dos estímulos externos ou internos ao organismo. 
Essa teoria não consegue explicar os comportamentos emitidos, que são aqueles que o organismo realiza independentemente do estímulo anterior. A maior parte dos seus comportamentos são emitidos. Buscar comida quando se está com fome pode até ser um comportamento reflexo, mas você não come qualquer coisa; geralmente vai até a geladeira e busca o alimento que mais gosta, ou resolve preparar um jantar, coloca uma música agradável, convida amigos e, enquanto cozinham, conversam sobre muitos assuntos. Ou mesmo decidem sair para comer, dançar, entre várias outras possibilidades.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Condicionamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Comportamentos operantes (ou emitidos, ou voluntários)
Todo comportamento emitido é determinado pelo ambiente, mais especificamente, pelas mudanças que ele causa no ambiente. Tais comportamentos são conhecidos como operantes, termo que foi cunhado por Skinner.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Comportamento respondente X comportamento operante
O comportamento reflexo é determinado pelos estímulos anteriores, que atuam como disparadores do comportamento. Diz-se então, que o estímulo eliciou a resposta. Entretanto, a maioria dos comportamentos é emitida, não sendo disparados por estímulos antecedentes. O que se percebe, na verdade, é que a frequência do comportamento varia conforme as consequências que ele produz.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Enquanto que, no comportamento respondente, o estímulo (S) elicia uma resposta (R), no comportamento operante é a resposta que gera uma modificação no ambiente, uma consequência (C). No primeiro, a ocorrência da resposta está atrelada às características do estímulo e de sua apresentação (como na lei de relação entre intensidade e magnitude), mas no segundo a frequência de comportamentos emitidos dependerá das consequências que ela produz no ambiente.
Exemplo: o choro da criança pode ser tanto um comportamento respondente quanto um comportamento operante; deve ser analisada a situação de emissão do mesmo. 
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Ao se constatar que são as consequências que permitem controlar a frequência do comportamento, pode-se então manipular tais efeitos, com o intuito de controlar o comportamento emitido. 
Qualquer comportamento operante é influenciado pelo que produz no ambiente, seja ele adequado e aceito socialmente, seja ao contrário, um comportamento inadequado.
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Diversos equipamentos foram utilizados para o estudo do comportamento. Um dos que é até hoje utilizado para experimentos sobre comportamentos operantes, é a caixa de Skinner, que leva o nome de seu criador .
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Tais métodos de pesquisa, entre outros, permitiram que os pesquisadores observassem mais atentamente os efeitos das consequências sobre as respostas emitidas. 
Eles são importantes, pois em ambiente natural, estímulos e consequências podem se seguir a um determinado comportamento. 
A caixa facilita o controle do comportamento, limitando suas possibilidades e apresentando somente as consequências desejadas pelo pesquisador, para que se possa estabelecer, com mais clareza, a relação delas com o comportamento. 
Por meio dessas pesquisas, conseguiu-se classificar importantes formas de relação resposta-consequência, levando em consideração o efeito das consequências sobre a frequência da resposta.
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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É com a investigação de relações operantes, porém, a partir do final da década de 1930, que o sistema skinneriano começou a assumir seus contornos definitivos, dando origem ao programa de pesquisas que viria a exercer grande impacto na Psicologia experimental das três décadas seguintes. 
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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A proposição do operante, em 1937, e, principalmente, no livro O Comportamento dos Organismos (Skinner, 1938), restaurava o interesse pelas consequências do comportamento, ou melhor, o reconhecimento de suas funções causais, como assinaladas por Thorndike quarenta anos antes. 
A relação entre a proposição do operante e o trabalho de Thorndike acabou sendo alvo de uma controvérsia, devido ao fato de que o livro de Skinner não atribuía o crédito devido à Lei do Efeito.
Após a publicação da crítica, Skinner escreveu uma carta a Thorndike, na qual tentava justificar-se. 
A resposta de Thorndike foi de uma elegância absoluta: “Eu fico mais satisfeito de ter sido útil para trabalhadores como você, do que se tivesse fundado uma ‘escola’” (Thorndike, 1939, citado por Hearst, 1999, p. 445).
Fonte: TOURINHO, E. Notas sobre o Behaviorismo de Ontem e de Hoje. Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil. disponível em www.scielo.br/prc
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Desenvolvendo a Lei do Efeito, postulada por E. Thorndike, Skinner classifica as consequências de acordo com o efeito das mesmas sobre o comportamento operante emitido pelo sujeito.
Dessa maneira, as consequências podem ser classificadas como:
Reforço - que é “um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer”. 
A relação entre o comportamento e a consequência reforçadora é chamada de contingência de reforço, e pode ser expressa pela expressão “se R, então C”. Se o rato pressiona a barra, então ele recebe comida. Sendo “R” a resposta emitida e “C” a consequência.
Deve-se ressaltar que algo só pode ser considerado reforçado quando ele aumenta as chances de uma determinada resposta. Ou seja, é na relação R → C que se pode determinar se algo é reforçador ou não. 
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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O conceito de reforço é descritivo, ou seja, ele nomeia a relação estabelecida entre o comportamento e o ambiente no qual ele ocorre. 
Para se identificar uma relação de reforço é necessário que essa inclua três componentes: 
 
As respostas devem ter consequências. 
Sua probabilidade deve aumentar (isto é, as respostas devem-se tornar mais prováveis do que quando não tinham essas consequências). 
O aumento da probabilidade deve ocorrer porque a resposta tem essa consequência e não por outra razão qualquer. (Catania p. 91).
Comportamento respondente X comportamento operante
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Reforçadores primários X reforçadores secundários
Acerca dos efeitos reforçadores de determinadas consequências, uma distinção importante é feita entre reforçadores naturais e arbitrários, que também podem ser denominados reforçadoresprimários e secundários. 
A diferença básica entre essas duas categorias de reforços é que os primários são naturais enquanto os secundários são aprendidos. 
Um dos mais importantes reforços primários do ser humano é a atenção, enquanto um dos mais importantes reforços secundários do ser humano é o dinheiro.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Reforçadores primários X reforçadores secundários
Ao se estabelecer um reforço, deve-se compreender que os efeitos não incidem somente no comportamento reforçado, aumentando sua frequência, mas também sobre outros comportamentos, diminuindo sua frequência. 
Assim, quando o ratinho aprende que ao apertar a barra ele ganha água ou comida, ele deixa de explorar a caixa de Skinner, limpar-se etc., e passa somente a pressionar a barra. 
Além disso, há também uma diminuição da topografia da resposta reforçada. Topografia significa que o mesmo comportamento pode ser realizado de formas diferentes. 
No início do condicionamento, o ratinho pressiona a barra de várias maneiras: com a pata direita, com a pata esquerda, subindo na barra, entre outros. 
Com o estabelecimento do efeito reforçador, a tendência é que o comportamento seja realizado da mesma forma na próxima vez. Isso também ocorre no cotidiano das pessoas, de modo que muitos comportamentos tidos como automáticos são fruto de um processo de condicionamento. 
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Extinção Operante
Ao se estabelecer uma relação de reforço, a frequência de um comportamento aumenta. Entretanto, se o efeito reforçador é eliminado, o que se observa é que, aos poucos, o nível do comportamento reforçado retorna a seus níveis anteriores. 
Esse processo é chamado de extinção operante.
Se o ratinho, reforçado a pressionar a barra para obter comida deixa de obtê-la, a frequência de pressionar a barra diminui para o mesmo nível que tinha antes do reforçamento.
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Extinção Operante
O processo de extinção operante mostra que os efeitos do reforçamento no comportamento não são permanentes, e só são mantidos frente à manutenção da relação reforçadora. 
Entretanto, percebe-se que o processo de extinção não se realiza imediatamente com a retirada da consequência reforçadora. 
O tempo que se leva desde a retirada do reforçador até a volta do comportamento aos níveis normais anteriores ao reforçamento é variável.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Resistência à extinção
É na história de aprendizagem que se pode compreender tal fenômeno. Essa história se refere aos reforçamentos que foram se estabelecendo ao longo da vida do organismo. O que se percebe é que três fatores são importantes para se entender a resistência à extinção de um determinado comportamento:
Número de reforçamentos anteriores: quanto mais um comportamento for reforçado, até o momento da suspensão do reforçador, mais difícil será sua extinção;
Custo da resposta: Quanto maior o esforço necessário para se emitir um comportamento, mais fácil ele é extinto;
Esquemas de reforçamento: Existem diferentes formas de se realizar um reforçamento operante. 
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AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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Recuperação espontânea
O processo de extinção também não é contínuo. Há que se considerar um fenômeno chamado recuperação espontânea. 
Após um tempo depois da realização do processo de extinção, a emissão do comportamento pode retornar em uma frequência mais alta que anteriormente. 
Teorias e Sistemas Psicológicos I
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Outros efeitos
Além da recuperação espontânea, outros efeitos podem ser notados em um processo de extinção:
Aumento da frequência da resposta no início da extinção (jorro de resposta): Quando se retira o reforçador, a frequência da resposta emitida aumenta rapidamente, antes de diminuir;
Aumento da variabilidade topográfica: durante o reforçamento, a variabilidade da forma na qual o organismo responde (topografia) tende a diminuir. Já no início do processo extinção ocorre o oposto. Imagine que, ao apertar a campainha, ninguém atendesse a porta. Você começa a apertar mais forte, a bater na porta, e a chamar o nome do morador;
Eliciação de respostas emocionais: Retome o exemplo da campainha. Além de você apertar mais vezes, e tentar chamar a pessoa de outras formas, você pode começar a se sentir irritado ou mesmo frustrado por ninguém lhe atender. O processo de extinção provavelmente elicia diversas respostas emocionais.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 7: condicionamento operante – CONTROLE AVERSIVO DO COMPORTAMENTO
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21
Comportamento Respondente 
 
S → R 
 
(Uma alteração no ambiente elicia 
uma resposta no organismo) 
Comportamento Operante 
 
R → C 
 
(uma resposta emitida pelo organismo 
produz uma alteração no ambiente)

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