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Câncer de Próstata

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Câncer de Próstata 
Aluna: Rebeca Ariadne de Lima
RA: 01510685
O que é a Próstata?
A próstata é uma glândula presente apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.
O hormônio masculino está ligado diretamente com o ganho de massa muscular e a diminuição da gordura corporal. Portanto, nos homens, a testosterona tem a responsabilidade de orientar o bom funcionamento do organismo dos homens, não somente nesses âmbitos, mas também na determinação de características físicas e comportamentais.
Vale destacar que a testosterona auxilia no fortalecimento da estrutura óssea, engrossamento da voz na puberdade, formação e manutenção dos pelos (como a barba, por exemplo), a maturação dos órgãos sexuais, entre outros.
Hormônio masculino
Nos homens, o excesso desse hormônio (chamado de hipotireoidismo) pode causar o aumento da prolactina – substância que irá prejudicar a produção da testosterona e, como consequência, levando à impotência sexual e aumento das mamas.
1.MELATONINA
 Produzida pela glândula pineal, no cérebro, a melatonina tem a função de regular o ciclo do sono e o “relógio biológico”, determinando dados como o humor, saciedade, respiração, batimentos cardíacos, entre outras funções corporais. De acordo com estudos, acredita-se que a melatonina pode influenciar a calvície.
2. SEROTONINA:
 Presente no cérebro e no intestino, esse hormônio atua em especial no controle do humor. No sexo masculino, suas alterações podem estar relacionadas com a ejaculação precoce (quando há serotonina menos ativa, o problema se apresenta com essa falta de controle da ejaculação).
3. TIROXINA 4: 
 Produzida pela glândula tireoide, a tiroxina 4 tem a tarefa de controlar funções metabólicas em várias partes do corpo, como no intestino, aparelho reprodutor e sistema nervoso central.
4. OCITOCINA:
Produzido pelo hipotálamo, no cérebro, esse hormônio é bem conhecido por ter um aumento considerável durante os orgasmos. Não somente por isso, a ocitocina atua na redução da ansiedade e quando há interações sociais.
A quantidade de testosterona pode acabar se tornando deficiente – o que geraria certas consequências, como:
Acúmulo de gordura corporal,
Ansiedade,
Cansaço,
Depressão,
Indisposição,
Perda de desejo sexual,
Perda de força,
Perda de massa muscular.
O que é câncer de Próstata?	
O câncer de próstata o resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata. Quando há presença de câncer, a glândula endurece, vários tipos de células são encontradas na próstata, mas quase todos os cânceres se desenvolvem a partir das células glandulares. Na fase inicial, o câncer de próstata não tem sintomas que começa nas células glandulares é o adenocarcinoma. É o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele .Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento, timidez , muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto. 
Tipos de Câncer de Próstata 
Quase todos os cânceres de próstata são adenocarcinomas, que se desenvolvem a partir das células glandulares.
Outros tipos de cânceres também pode começar na próstata, incluindo sarcomas, carcinomas de pequenas células e carcinoma de células transicionais, mas são muito raros.
Alguns tipos de câncer de próstata podem crescer e se disseminar rapidamente, mas a maioria se desenvolve lentamente. De fato, estudos de autópsia mostram que muitos homens mais velhos, e até mesmo alguns homens mais jovens, que morreram de outras doenças também tiveram câncer de próstata sem que nenhum sinal ou sintoma fosse apresentado. Em muitos casos, nem eles nem seus médicos sabiam da existência da doença.
Anatomia do Câncer de Próstata 
Fisiopatologia
O adenocarcinoma é o tipo histológico mais frequentemente encontrado e representa mais de 95% dos casos de câncer de próstata. Os demais tipos histológicos são os sarcomas, o carcinoma epidermoide e o carcinoma de células transicionais.
Como o câncer de próstata é uma patologia heterogênea e o mesmo tumor pode apresentar regiões de maior e menor diferenciação celular, foi proposta por Gleason uma classificação que leva em conta o padrão glandular e a relação entre glândulas e estroma prostático.
Prevenção 
Prevenir o câncer de próstata significa evitar os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a enfermidade. A prevenção do câncer de próstata encontra-se com o indivíduo, que deve adotar comportamentos que minimizem o risco e ocorrência da doença, e maximizem os estados de saúde. Exames preventivos são:
Exame de toque
Exame de sangue 
Diagnóstico 
 Exame de Toque.
Tratamento		
Depois do diagnóstico se for confirmado no estágio inicial, o paciente é submetido a uma cirurgia de A prostatectomia radical é a cirurgia que visa a cura do câncer de próstata. Ela é realizada na maioria das vezes se o tumor está contido na glândula. Nesta cirurgia é realizada a retirada de toda a próstata, além de alguns dos tecidos à sua volta, incluindo as vesículas seminais.
Tipos de Prostatectomia Radical
Prostatectomia Radical Retropúbica.
Esta é a cirurgia realizada pela maioria dos cirurgiões, procedimento realizado com anestesia geral, raquidiana ou peridural com sedação.
Nesta técnica, o cirurgião faz uma incisão na pele na parte inferior do abdome, do umbigo até o osso púbico. Se, existe uma chance razoável, baseado nos resultados do PSA, toque retal e da biópsia, o cirurgião remove os linfonodos localizados em torno da próstata.
O cirurgião prestará especial atenção para os dois feixes de nervos minúsculos que correm a cada lado da próstata, e que controlam as ereções. Mas, se o tumor se invadiu ou desenvolveu muito perto desses nervos, o cirurgião terá que removê-los. Se ambos são removidos, o paciente se torna impotente, o que significa que vai precisar de ajuda (como medicamentos ou bombas) para ter ereções. Caso seja necessária a remoção desses nervos em apenas um dos lados, ainda haverá uma pequena chance que o paciente tenha ereções. Se os nervos não foram afetados pela doença serão poupados, e dentro de alguns meses a um ano após a cirurgia o paciente voltará a ter ereções. 
Prostatectomia Radical Perineal.
Nesta cirurgia, o cirurgião faz a incisão na pele entre o ânus e o escroto (períneo). Esta abordagem é usada com menos frequência, porque não há como poupar os nervos, e os gânglios linfáticos não podem ser removidos.
No fim do ato cirúrgico um cateter é inserido através do pênis para ajudar a drenar a bexiga. O cateter geralmente permanece no local por 1 a 2 semanas, e após a remoção do mesmo o paciente volta a urinar normalmente.
Tipos de Prostatectomia Radical por Laparoscopia
Prostatectomia Radical por Laparoscopia.
Na prostatectomia radical por laparoscopia, se utilizam várias incisões pequenas, por onde são inseridos instrumentos especiais para remover a próstata. Um dos instrumentos tem uma pequena câmara de vídeo na extremidade, que permite a visualização interna do abdome.
A prostatectomia por laparoscopia tem algumas vantagens sobre a prostatectomia radical aberta, incluindo menor perda de sangue e dor, menor tempo de internação, e menor tempo de recuperação, embora seja igualmente necessário o uso do cateter.
Prostatectomia Radical por Laparoscopia Assistida por Robótica.
A cirurgia laparoscópica remota utiliza uma interface robótica (sistema da Vinci), que é conhecida como prostatectomia radical laparoscópica assistida por robótica. O procedimento é controlado a partir de uma mesa de operações, onde o cirurgião controla os braços robóticos para realizar a cirurgia, através de pequenas incisões no abdome do paciente.
Essa técnica tem algumas vantagens sobre a prostatectomia radical aberta, em termos de dor, perda de sangue e tempo de recuperação. Existe poucadiferença entre a prostatectomia robótica e outras abordagens.
Ressecção Transuretral da Próstata
Este procedimento é mais comumente usado para tratar homens com hiperplasia prostática benigna, um aumento não cancerígeno da próstata. A ressecção transuretral da próstata não é utilizada para a cura do câncer de próstata, mas às vezes é realizada em homens com doença avançada para ajudar a aliviar os sintomas, como problemas de micção . Neste procedimento, é utilizado um ressectoscópio para retirar a parte interna da próstata, que envolve a uretra. Quando o instrumento está posicionado, um laser ou corrente elétrica é acionado, aquecendo o fio para ressecar ou vaporizar o tecido. O procedimento é feito sob anestesia regional ou geral. Normalmente dura uma hora. Após o procedimento, um cateter é inserido através do pênis no interior da bexiga, para drenar a urina. O tempo de hospitalização é geralmente de 1 a 2 dias e o paciente pode retornar as suas atividades normais em 1 a 2 semanas.
Um possível efeito colateral é um pouco de sangue na urina após a cirurgia. Outros possíveis efeitos colaterais incluem infecção e quaisquer riscos que acompanham o tipo de anestesia utilizada.
Após a cirurgia, é mantido um cateter através do pênis, durante 1 a 2 semanas, para drenar a bexiga. Quando o cateter é retirado, o paciente volta a urinar normalmente.
Riscos Cirúrgicos.
Os riscos em qualquer tipo de prostatectomia radical são muito parecidos, assim como os de qualquer cirurgia de grande porte, incluindo os riscos anestésicos. Os possíveis problemas durante ou logo após a cirurgia podem incluir:
Reações à anestesia.
Hemorragia.
Coágulos sanguíneos nas pernas ou nos pulmões.
Dano aos órgãos próximos.
Infecção no local da incisão.
Efeitos Colaterais 
Os principais efeitos colaterais da prostatectomia radical são a incontinência urinária e a impotência. Entretanto, esses efeitos colaterais também podem ser provocados com outras formas de tratamento.
Complicações pós-operatório.
Alterações no Orgasmo. Em alguns homens, o orgasmo se torna menos intenso ou desaparece completamente. Alguns homens podem sentir dor durante o orgasmo. Mesmo que você tenha problemas com a impotência, você ainda pode ser capaz de ter um orgasmo.
Infertilidade. A prostatectomia radical corta a ligação entre os testículos, onde o esperma é produzido e a uretra. Os testículos ainda produzirão esperma, mas não será ejaculado. Isto significa que o homem não poderá mais gerar um filho por meios naturais. Muitas vezes, isso não é um problema, uma vez que os homens com câncer de próstata normalmente são mais velhos. Mas se isso for uma preocupação, antes da cirurgia converse com seu médico sobre bancos de esperma.
Linfedema. O linfedema é uma complicação rara, mas possível devido a remoção dos linfonodos ao redor da próstata. Os linfonodos normalmente proporcionam o caminho para o líquido retornar a todas as áreas do corpo para o coração. Quando os linfonodos são removidos, o líquido pode se acumular nas pernas ou na região genital com o tempo, provocando inchaço e dor. O linfedema geralmente é tratado com fisioterapia, embora possa não desaparecer completamente.
Alteração no Tamanho do Pênis. Um possível efeito da cirurgia é uma pequena diminuição no comprimento do pênis. Isto é provavelmente devido ao encurtamento da uretra, quando uma porção é removida juntamente com a próstata.
Hérnia Inguinal. A prostatectomia aumenta as chances de desenvolver hérnia inguinal no futuro.
 Impotência (Disfunção Erétil).
Os nervos que permitem as ereções podem estar lesionados ou terem sido removidos, impedindo a ereção durante a relação sexual.
As ereções são controladas por dois minúsculos feixes de nervos que correm de cada lado da próstata. Se o paciente tem ereções antes da cirurgia, o cirurgião tentará não prejudicar esses nervos durante a prostatectomia. Isso é denominado abordagem poupadora de nervos. Mas se o tumor está crescendo muito próximo aos nervos, o cirurgião precisará removê-los.
Se ambos os nervos forem removidos, o paciente não poderá mais ter ereções espontâneas. Se apenas os nervos de um lado forem removidos, o paciente poderá ter ereções, mas a chance é menor do que se nenhum deles fosse removido. Se nenhum dos nervos for removido, as ereções voltam ao normal algum tempo após a cirurgia.
A capacidade de ter novamente ereções após a cirurgia, muitas vezes ocorre lentamente, podendo levar até 2 anos. Durante os primeiros meses, o paciente provavelmente não será capaz de ter uma ereção espontânea, precisando usar medicamentos ou outros tratamentos.
Se a impotência permanece após a cirurgia, a sensação de orgasmo deve continuar a ser agradável, mas não existe a ejaculação do sêmen, o orgasmo é seco. Isto ocorre porque durante a prostatectomia, as glândulas que produzem a maior parte do sêmen (vesículas seminais e próstata) foram removidas e os canais deferentes utilizados pelo esperma foram cortados.
Incontinência urinária 
Existem diferentes graus de incontinência, que podem afetar o homem, não só fisicamente, mas emocional e socialmente.
Incontinência de Estresse. É o tipo mais comum de incontinência após a cirurgia de próstata, quando a urina pode escapar a um movimento repentino como tossir, rir ou espirrar.
Incontinência por Transbordamento. Quando a bexiga não é totalmente esvaziada. Neste caso, o homem leva um tempo grande para urinar e só consegue um fluxo fraco. Geralmente é provocada pelo bloqueio ou estreitamento da saída da bexiga pelo tumor ou tecido cicatricial.
Incontinência de Urgência. Quando se tem uma necessidade súbita de urinar. Esse problema ocorre quando a bexiga torna-se muito sensível ao alongamento, ou seja, quando a bexiga enche de urina.
Tratamento fisioterapêutico
Treinamento dos músculos do assoalho pélvico: através de exercícios específicos, o paciente consegue identificar os músculos e realizar o treino individualizado para a disfunção apresentada.
 Biofeedback Eletromiográfico: através de sinais auditivos ou visuais, se consegue uma leitura e interpretação em tempo real da atividade elétrica das fibras musculares do assoalho pélvico, capacitando o paciente a identificar os músculos a serem trabalhados, aumentando a percepção sensorial, restabelecendo a coordenação e o controle motor voluntário, resultando numa melhora funcional e consequentemente dos sintomas urinários.
Eletroestimulação: utilizada no fortalecimento dos músculos de assoalho pélvico, melhorando a função urinária, aprimorando coordenação e força desses músculos e inibindo as contrações da musculatura detrusora.
 Cones vaginais: são pesos que variam de 20g a 100g para o treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico nas atividades diárias – orienta-se a inserir o cone na vagina durante 15 a 20 minutos e caminhar. Há uma sensação de perda do cone, ocorrendo uma contração dos músculos do assoalho pélvico.
Terapia Comportamental: o paciente é orientado sobre a ingestão de líquidos durante o dia e a noite, alimentos e bebidas que irritam o músculo da bexiga e regulares intervalos de micções.
Referências Bibliográficas	
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/comunicacao/cartilha_cancer_prostata_2017_final_WEB.pdf
http://www.sbu.org.br/pdf/diretrizes/novo/cancer_de_prostata_diagnostico.pdf
http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337427623CAProst.pdf
https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/mac_az_manual_algoritmos.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n2/a27v64n2.pdf

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