Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre UROLOGIA HPB E CÂNCER DE PRÓSTATA AULA 3 PI: HPB PII: CÂNCER DE PRÓSTATA ANATOMIA DA PRÓSTATA • A próstata se localiza na região pélvica e faz parte do aparelho reprodutor e urinário. Se localiza caudalmente entre a bexiga fazendo transição entre colo vesical e a uretra. • A próstata fica distal a bexiga, cranial a parte da uretra bulbar. A sua principal função é auxiliar no controle da urina e promover secreção de líquidos que serão armazenados nas vesículas seminais - que liquido posterior a bexiga. Durante a atividade sexual a próstata aumenta vascularização produzindo liquido que compõe o esperma. • Tamanho da próstata jovem, ideal: tamanho que não atrapalhe a passagem da urina Definição de hiperplasia prostática benigna: processo histopatológico onde há proliferação das células estromais e epiteliais prostáticas. Permite passagem livre da urina sem causar muita obstrução, e abaixo é localizado o esfíncter que controla. • No jovem a bexiga tem espessura de parede com uretra ampla permitindo passagem. À medida que envelhece, há mudanças hormonais no organismo masculino, fazendo com que ganhe volume, a próstata do idoso comprime externamente a uretra prostática, dificultando a passagem da urina, gerando sintomas obstrutivos. • Com o tempo a parede vesical torna-se mais espessa por conta do maior trabalho para compensar a dificuldade do fluxo urinário embaixo. Mas, isso traz déficit de relaxamento, o homem não consegue prender a urina por tanto tempo, aumenta a frequência urinaria, as vezes tem grau de urgência pra urinar, causado pelo espessamento da parede vesical, a parede por muito tempo fica repleta de urina levando a processo inflamatório podendo ter fibrose da parede da bexiga, impedindo relaxamento e contração adequado. Isso pode acontecer em maior ou menor grau em homens de 40 anos, mas a partir dos 60 já é bem evidente. 2 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre A próstata é dividida em zonas, cada uma possui correlação com tipo de patologia especifica. Zona de transição → em azul, é a menor porção, corresponde a 5% do parênquima prostático, circunda uretra e é a principal responsável de HPB (hiperplasia prostática benigna), e como é a que mais circunda a uretra, a proliferação glandular da região é a que mais causa progressão da doença e sintomas. Zona central → não glandular – tecido estromal, faz parte do arcabosso de sustentação que pode estar relacionada também com HPB, pode estar correlacionados aos sintomas obstrutivos. Zona periférica → maior porção ,80% e está relacionada a incidência de câncer, facilmente acessível ao toque digital prostático. As zonas periféricas são importantes porque é onde surgem as neoplasias malignas de próstata. Os sintomas urinários obstrutivos muitas vezes estão relacionados com o aumento benigno da próstata. O que o paciente com câncer de próstata deve sentir com relação a parte urinaria? Nenhum dos sintomas urinários obstrutivos são específicos do câncer de próstata, não há sinal patognomonico do câncer de próstata. O tamanho da próstata não está diretamente relacionado com os sintomas obstrutivos. Próstata de homem jovem tem 20g. o tamanho normal vai até 30g e este pode ser estimado pela USG ou ressonância magnética de próstata. Tem paciente com próstata de 50g que pode urinar muito bem e não possuir queixa. Às vezes, pode ser do mesmo tamanho mas ter dificuldade miccional com retenção urinaria. Pode ter 200g, 300g e, às vezes, ter sintomas leves. Outros com esse mesmo peso de próstata usam sonda de foley porque estão com retenção urinaria aguda. USG e ressonância são exames de rotina, USG é importante pra ver calculo na bexiga, tumores na bexiga, no rim, de ureter, divertículo, dilatação → dá indicação sobre outros problemas. USG não tem achado patognomonico de câncer, assim como o tamanho mensurado no ultrassom não diz sobre grau de obstrução. EPIDEMIOLOGIA • Doença urológica mais prevalente em idosos • Quanto maior a idade maior prevalência de aumento benigno da próstata • Volume prostático e sintomas obstrutivos do trato urinário inferior não são correlacionados • Volume prostático não é indicação de tratamento. O grau de obstrução que diz. • Cerca de 50% dos homens tem sintomas aos 75 anos • Até 25% tem sintomas aos 55 anos • Diagnostico de HPB é clinico QUADRO CLINICO • Diminuição do jato urinário → mais fraco, aumento do esforço pra começar micção • Jato urinário interrompido • Dificuldade em iniciar micção → (hesitação miccional – para no vaso, mas não consegue começar a urinar, tem que fazer esforço) • Gotejamento terminal → final do jato não acontece de uma vez só. O ideal é começar rápido, seguido de pico, e terminar rapidamente, a micção deve ser uma curva senoidal. Com HBP, tende a começar urinar e a ascensão se faz de forma mais lenta, possui grau de variação, faz força e a curva finaliza de forma lenta e progressiva na forma de gotejamento no fim, que molha a cueca, suja o banheiro, pinga. • Sensação de esvaziamento incompleto • Aumento da frequência urinaria → polaciuria • Aumento de frequência urinaria noturna → nocturia • Aumento do esforço miccional pra iniciar • Dificuldade em conter a micção → quando a parede da bexiga fica rígida, gera urgência 3 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre miccional e se for acompanhada de perdas urinarias é chamada de urge incontinência. NORMAL ANORMAL Todos os sintomas, menos gotejamento terminal fazem parte de questionário IPSS que faz gradação dos escores de sintomas urinários obstrutivos. Tem importância em comparação de sintomas entre paciente e outro e validação de estudos científicos. Se quer comparar grau de sintoma e de repercussão, por um questionário rápido, ele pode responder e da medida fidedigna pra quantificar e dar score para sintoma. EXAME FISICO 1- Deve ser colocada a uva de procedimento → lubrifica a luva, insere o dedo indicador nos anus, sente onde está a próstata - Que está naturalmente na região mais anterior da parede do reto - → palpa toda a parte da zona periférica da próstata, com movimentos circulares, quantificando o tamanho, textura da próstata, que tem aproximadamente a textura da ponta do nariz ou da palma da mão, é de consistência fibra elástica. 2- Quando tem o tamanho normal, tem em torno de 20g, tamanho de um morango não muito grande, 3-4cm de largura 3-4cm de comprimento crânio caudal 3- Analisa tamanho, consistência, presença de sulco mediano dividindo lobo esquerdo e direito e permite identificar se há área endurecida com consistência firme, pétrea, indicativo de câncer de próstata. Nem sempre que tem área mais firme significa câncer. A HPB pode causar nodulações que as vezes possui áreas endurecidas. Quando perceber área endurecida, pétrea, indica para biopsia para investigar câncer de próstata. A próstata tem formato de pirâmide com ápice voltado pra baixo • Toque retal para avaliar tamanho (25-30g) • Ultrassonografia transabdominal (útil pra avaliar próstata e bexiga) e transretal (útil para avaliar tamanho da próstata em pacientes que não conseguem conter a urina e para biopsia) Primeira imagem mostra usg transabdominal e a última imagem transretal EXAMES COMPLEMENTARES • Estudo urodinâmico → o paciente urina em um aparelho – urofluxometria • Uretrocistoscopia (avaliar uretra, colo vesical e bexiga) • Na urodinâmica, no estudo urodinamico um cateter é reintroduzido na bexiga, um cateter com dois lumens, um pra enchimento da bexiga e o outro pramedida das pressões, e outro reintroduzido no reto para medir as pressões abdominais, fazendo mensuração dos gráficos. Útil para paciente com bexiga neurogênica, queixas de obstrução TRATAMENTO DA HPB • Medidas comportamentais → ingesta hídrica → evitar a noite por conta da nocturia. Quando o paciente urina muito a noite a tendencia é que ele acorde cansado, fadigado por interrupção frequente do sono. • Evitar cafeína, bebida alcoólica. • Evitar atividade física de noite. • Fazer xixi antes de se deitar, evitar beber muito liquido antes de iniciar atividades que ira ficar sem ir ao banheiro. • Farmacológico • Fitoterapia →sem fundamentação cientifica 4 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre • Cirúrgico → endoscópico ou cirúrgico FARMACOLOGICO 1.ALFA-BLOQUEADORES (DOXAZOSINA/TANSULOSINA) • A doxazosina é mais barata, tansulosina é mais cara, causa menos hipotensão postural, a doxazosina por ser alfa bloqueador é eficiente pra melhorar sintomas de esvaziamentos urinários, melhorar o jato de urina e diminuir frequência urinaria noturna. Por ser seletiva, os idosos acabam tendo hipotensão postural podendo até ter sincope, TCE. Nesses casos, a tansulosina, bloqueador alfa mais seletivo para os receptores do aparelho urinário pode ser melhor indicado. • Alfa bloqueadores aumentam força de contração do musculo detrusor vesical e faz com que haja melhora rápida do jato da urina, relaxamento do tônus da musculatura do colo vesical e do estroma prostático. Ao mesmo que tempo que a bexiga se contrai mais forte, o colo vesical e próstata relaxam pra permitir o esvaziamento mais eficiente da urina. Melhora o fluxo urinário e sintomas urinários de esvaziamento. Com 3 dias refere melhora do jato da urina, urina não pinga na roupa, acorda menos a noite, não fica com vontade de urinar depois de urinar. 2.INIBIDORES DE 5 REDUTASE (FINASTERIDA/DUTASTERIDA) • Finasterida e dutasterida inibem enzima 5 alfa redutase, que bloqueiam a conversão de testosterona em diihidrotestosterona, que tem duas funções, fazem homens ficar careca e próstata crescer. Por isso ao usar finasterida e duta o cabelo fica mais cheio. Com uso da duta (mais potente), fazem com que a próstata pare de crescer, as vezes ate diminui o tamanho quando tem 6 meses de uso. Só começam a funcionar com período mais longo, não adianta prescrever por período curto. • Melhor indicado com próstata com volume aumentado, 40g. • Os inibidores previnem progressão da doença, ou seja, barram o curso natural do aumento benigno que tende a fazer que aumente, e ate reverte quando tem ação do volume prostático, homem ficam com cabelo. • Finasterida é usada com dose de 5mg por dia pra tratar aumento prostático e de 1mg dia para calvície androgênica. 3.ANTICOLINÉRGICOS • O tratamento pode ser feito com anticolinérgicos (oxibutinina, solifenacina, darifenacina e tolterodina) • Medicações que bloqueiam a ligação colinérgica vesical. Os receptores colinérgicos na bexiga são bloqueados e melhoram os sintomas de armazenamento. • Alfa bloqueadores melhoram sintomas de esvaziamento, que são jato da urina, e sensação de esvaziamento da bexiga. Já o anticolinérgico é bom pra fazer com que o paciente retenha urina, melhora sintomas de urgência e urgi continência. Como o paciente tem bexiga mais musculosa com menos complacência, muitos começam a ter urgência pra urinar e urge continência (perde urina no caminho pro vaso) • Anticolinérgico tem efeito de fazer com que a bexiga relaxe melhor e tenha melhor capacidade de ele chegar ao vaso sem perder urina 4.INIBIDORES DE FOSFODIASTERASE ( TADALAFILA) • melhora potência sexual dos pacientes, tem nome comercial de sialis, foi descoberto que tem função de aumento de oxido nítrico na bexiga, próstata e 5 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre pênis, relaxando musculatura lisa, melhora jato da urina • em dose 5mg por dia que é usada de inicio pra tratar a impotência sexual, melhora o jato na urina disfunção erétil e aumento benigno da próstata são dois problemas que coincidem em paciente de sexo masculino com 70 +. Em pacientes com dificuldade de ereção e sintomas urinários obstrutivos, o uso diário dela pode ter efeito positivo de melhorar disfunção erétil e jato da urina. 5.AGONISTA B3 ADRENERGICO – MIRABEGRONA • Efeito parecido com anticolinérgico, causa relaxamento do detrusor, melhora capacidade vesical sem prejudicar micção, acaba tendo efeito parecido com anticolinérgico, melhora urgência e urgi continência. • A vantagem, mirabegrona, é que pode ser usado para portadores de glaucoma. Os que tem glaucoma não podem usar anticolinérgico. Se é portador de glaucoma, tende a aumentar pressão ocular, se usar pode ter emergência hipertensiva ocular e perda visual aguda. Glaucoma de ângulo aberto geralmente pode usar anticolinérgico, de ângulo fechado não podem. Pra os que tem queixa de armazenamento, urgência miccional e urgi incontinência usa agonista b3 adrenérgico →melhora urgência, armazenamento e diminui incontinência. • • Pode associar alfa bloqueador com i5r – combodart • Associa a tansulosina + dutasterida – dutan e cobodart. • Com 2 dias de uso tansulosina já melhora o quadro do paciente e com uso de duta só melhora após 6 meses. • Não se deve usar de forma preventiva, tem efeito colateral e alto custo. TERAPIA COMBINADA Finasterina + doxazosina – com ou sem tadalafila – gera estabilidade do tamanho da próstata, melhora jato urinário. Duta + tansulosina – com ou sem tadalafila Se o paciente se queixar de disfunção erétil pode associar tadalafila. Anticolinérgico → (permite relaxamento da bexiga, diminui frequência urinaria) + alfa bloqueadores → potência de jato maior, melhor esvaziamento vesical. Tansulosina + solifenacina → vesomni Diabético, com neuropatia diabética, jato fraco, levanta muito a noite, se juntar essa combinação melhora nocturia. TRATAMENTO CIRURGICO Quando falha a terapia medicamentosa As imagens mostram a parede da bexiga espessada - falha na musculatura da bexiga – e formação de divertículos vesicais e saculações na parede que retem volume de urina, sem presença de camada muscular, apenas de mucosa e serosa. O paciente acaba tendo a falência vesical, precisa operar, desobstruir a próstata que está aumentada de volume. A formação de cálculos na bexiga estão representadas em em vermelho na imagem, no rx é possível ver cálculo, ureter com hidronefrose por espessamento a bexiga e não esvaziamento, retenção urinaria crônica e ureter redundante, tortuoso com parede vesical espessada. A imagem na tc mostra todas as alterações e o divertículo é mostrado nos pontinhos vermelhos. 6 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre Formacao do diverticulo, ureter tortuoso e alça intestinal Calculos Retenção urinaria Divertículos vesicais, sem camada muscular. Retenção urinaria crônica e ureter redundante e tortuoso com parede vesical espessada. • Ureterhidronefrose, espessamento da parede da bexiga, formação de saquinho (saculacao) • Retenção urinaria recorrente ou refrataria • Dilatação do trato urinário superior por HPB • Itu de repetição • Hematúria macroscópica por hpb • Litíase vesical • Divertículos vesicais TRATAMENTO CIRURGICO 1.RTU de próstata → ressecção transuretral de próstata monopolar ou bipolar, sendo bipolar melhor, por sangrar menos Feito por raquianestesia introduz endoscópio pela uretra, faz toque retal combinado para permitir melhor resseção endoscópica de próstata Padrão ouro para próstatas de 30-80g Fragmentos depróstata na segunda imagem, na peneira após ser retirado pela cirurgia endoscopica 7 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre 2.Tratamento a laser → fotoablacao prostatica a laser greenlight Faz fotovaporizacao prostatica a laser, cria tunel de passagem para urina, desobstrui regiao. Prostaectomia a ceu aberto Indicada para prostatas > 80g Incisão na parede abdominal, bota a mão, prostatectomia trans vesical. abre a parede da bexiga, enucleia o parênquima prostático. AVANÇOS TERAPEUTICOS • Enucleação • Vaporização • Aquaablação • embolização • Urolift → técnica menos invasiva mais ainda não tem 100% de respaldo cientifico. 8 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre UROLOGIA CANCER DE PROSTATA AULA 3 PI: HPB PII: CÂNCER DE PRÓSTATA • Tumor solido mais frequente em homens • Segundo tumor mais frequente (1° lugar: câncer de pele) • Segundo tumor mais letal (1° lugar: câncer de pulmão) • 68000 casos novos em 2018 e 1484 mortes em 2015 • 1 em cada 6 homens são acometidos – incidência aumentando • No passado o diagnostico era tardio, em doença avançada, apenas feito quando havia alteração no toque retal • Quadro clinico: podem ter sintomas miccionais, mas não são patognomonicos de câncer, geralmente podem ocorrer até mais intenso com aumento benigno. No passado diagnostico era feito só quando tinha toque retal alterado, levando a diagnostico tardio. • 1980: advento do uso do PSA: aprovado em 1994, proteína sintetizada dentro da próstata e muito presente no esperma, foi usado no início para diagnosticar estupro • Começou a ser usado para rastreamento de cancer de próstata e o diagnóstico precoce começou a ocorreram em fase inicial e tumores de baixo risco. Com vários anos de uso de PSA pra rastreamento descobriu cancer em fase tão inicial, tumores indolentes e não muito agressivos, começou a falar em overtreatment do tumor, sobre tratamento de tumor de baixo risco, as vezes fazia tratamento radical definitivo, que é a cirurgia que tira a próstata e vesículas seminais podendo levar a incontinência urinaria e impotência sexual. Pacientes que não tinham tumores muito agressivos estavam sendo operados de forma precoce. Por isso a importância de diferenciar os tumores prostáticos menos malignos ou mais malignos, e deixar para tratar os menos malignos mais tardiamente, por isso surgiu vigilância ativa para cancer de próstata. • Por conta do diagnostico precoce houve queda de mortalidade especifica, aumentou morbidade decorrente dos tratamentos. Tanto a radioterapia quando a postectomia radical que são uteis para cancer podem levar a impotência sexual. Isso traz consequências na vida social do homem • 50% dos homens submetidos a prostectomia radical podem cursar com impotência sexual. A cirurgia pode estar relacionada com incontinência urinaria. • Conceito de sobretratamento de tumores de baixo risco, vindo a ideia de estratificar os graus de cancer • Discussão sobre a validade do rastreamento: overdiagnosis = overtratmente x late diagnostis • Vigilância ativa: nem todos precisam ser tratados, apenas vigiados. Recomendação de rastreamento de cancer de próstata: • Homens negros com história familiar positiva pra CA a partir de 45 anos de idade, faz exame anual de PSA + toque retal • Na população em geral 50-77 anos faz PSA + toque retal anualmente • Homens > 75 anos de idade: PSA + toque retal anualmente se expectativa de vida > 10 anos. A maioria dos CA tem característica de crescimento indolente, são tumores pouco agressivos. Se é cardiopata, ICC, diabético, portador de IRC, em tese não precisa rastrear porque em tese a expectativa de vida dele é menor do que 10 anos e não precisa se preocupar com isso porque não morrera disso, mas sim de outra comorbidade. FATORES DE RISCO • Idade • Hereditariedade – 2 ou mais parentes • Raça negra • Estilo de vida – tabagismo, arsênio → presente no cigarro eletrônico (cuidado jovens kkk), agrotóxico, aminas, substâncias aromáticas, obesidade podem gerar CA mais avançado 9 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre QUADRO CLINICO • Assintomático é a maior parte, por isso que mesmo sem sentir nada deve ir fazer rastreamento • Disfunção miccional em fase mais avançada, todas as queixas de HBP • Pode haver dor se houver invasão de órgão adjacentes • Hemospermia: sangue no esperma, se paciente com 45 + refere • Fraturas patológicas, mini trauma • Metástases, comprometimento ósseo – áreas hipercaptantes a cintilografia DIAGNOSTICO Se paciente tem elevação de PSA > 2,5 e /ou toque retal alterado precisa ir pra diagnostico → ou ultrassonografia transrretal da próstata, biopsia de próstata, sendo usado agulha que faz a coleta de material na próstata, guiada por aparelho de ultrassom. Mesmo se PSA normal, mas tiver velocidade de PSA > 0,75/ANO tem indicação de biopsia da próstata. A ressonância multiparametrica de prosta na ultima imagem pode classificar a próstata quanto ao pirrads, score que indica se há área com maior ou menor chance de haver cancer de próstata. Tem tumor na região prostática. • Uma vez feito diagnostico, faz analise anato patológica do material coletado para classificar tumor prostático quando a escala de gleason que varia de 6-10, sendo o 6 com menor agressividade, de crescimento lento que as vezes não precisa de tratamento imediato. 10 é quase sempre mais agressivo e precisa de tratamento precoce. Mesmo depois da prostactemia pode ter reincidiva, PSA pode aumentar novamente. • É um tumor solido endurecido, branco amarelado • 70% fica na zona periférica, o tipo mais comum é a adenocarcinoma acinar da próstata • Tumor altamente sensível a testosterona, por isso um dos tratamentos é fazer bloqueio hormonal faz deprivacao de testosterona, pode ser por castração cirúrgica, na retirada do testículo para que o tumor pare de crescer principalmente na fase metastática óssea, a castração cirúrgica ou química pode estar bem indicada. ESTRATIFICACAO DE RISCO 10 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre Gleason 6, PSA mais baixo, comprometendo menor área da próstata → são de baixo risco. PSA alto com glisson maior ou igual a 8 que invade outras áreas → são cancer de alto risco, que dificilmente serão tratados de forma curativa. TRATAMENTO Visando a cura: • Cirurgia: Prostectomia radical seja por via aberta, lapa ou robótica • Radioterapia externa 3d • Braquiterapia – implanta semente radioativa na próstata visando matar todas as células neoplásicas Em tese tem mesma eficácia, seriam a cirurgia, radio e braquiterapia, na pratica o cirúrgico é mais eficaz e os demais devem ser restritos para os que não tem indicação cirúrgica, como em situações de icc, cormobidades... VISANDO O CONTROLE: • Hormonioterapia • Quimioterapia • Imunoterapia: sistema imune do organismo destruindo células neoplásicas. ESTRATÉGIAS DE ACOMPANHAMENTO: • Vigilância ativa → para situações de baixo risco, visitas urológicas anuais, ressonâncias multiparametricas, biopsias. Para ver se o tumor diagnosticado manifesta expansão tumoral, aí sim pode ter convertido para tratamento curativo. Tem que retardar o tratamento cirúrgico curativo para segundo momento. • Se faz diagnostico hoje em paciente ativo de 50 anos, pode ficar impotente após cirurgia, mas se tem por exemplo tumor indolente, Gilson 6 PSA baixo, toque retal negativo, percentual pequeno → indicação de vigilância ativa. • RepetePSA 4x por ano, biopsia por 1 vez a cada 1 ou 2 anos, Ressonância multiparametrica 3x por ano. Se mantem mesmas características, pode ser mantido na vigilância. • Se glisson na próxima biopsia sobe de 6 pra 7, PSA sobe de 5 pra 15 o toque retal alterou → progressão de tumor → precisa fazer tratamento curativo, cirurgia por radioterapia por exemplo. • Observação > 80 anos → acompanha progressão da doença, não precisa ser tão indolente. Acompanha porque sabe que a sobrevida dele é de menos de 10 anos, não indica prostatectomia radical, acompanha PSA, só indica tratamento se tem risco de metástase. Geralmente feito com pacientes com muita comorbidades, faz PSA anualmente. CIRURGIA Retirada de próstata, vesículas seminais, ductos deferentes e gânglios linfáticos Depois de remover próstata, avança bexiga em direção a uretra com objetivo de fazer anastomose vesico uretral. Avança colo vesical na direção do coto uretral com objetivo de fazer anastomose vesicouretral. • Videopalaroscopia • Robô 11 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre Robótica é mais segura pra diminuir impotência pós operatório Cirurgia robótica: Altas precoces em cirurgia robótica. Radioterapia externa • Em tese teria resultados similares em eficácia e cura a prostatectomia radical, na pratica indica radioterapia em pacientes que não podem ser operados. • Para doença incurável Doença avançada: hormonioterapia • Bloqueios hormonais, por castração, diminuição de volume de testosterona no organismo do paciente, já que os tumores são hormônios sensíveis, castração química por remédios que diminuem testosterona ou castração cirúrgica que remove testículos que produzem mais testosterona Quimioterapia Para casos refratários ao hormonal se de metástases Imunoterapia • caro, nova, promissor. PREVENÇÃO • Não tem uma forma 100% de prevenir • Evitar uso de nitrosamina, cigarro, arsênio (telha, tinta) • Atividade física • Estilo de vida/dieta? • Vitamina d/e? não comprovado. • Licopeno (tomate)? controverso • Selênio? Controverso (2 castanhas do para por dia) • Quimioprevenção • Não tem nenhuma substancia que diminua cancer de próstata! OBS: Na prostectomia radical, na condição ideal é curado do cancer, a doença localizada na próstata – não tem doença microscópica nem macro fora ou em outros órgãos. preserva idealmente os nervos que são feixes vasculonervosos resp pela ereção e preserva músculos pra manter continência urinaria. Nos melhores resultados cura cancer, continente, potente. Tem ereção normal com uso de inibidor de fosfodiasterase (viagra), com ou sem uso, tem prazer, mas tem orgasmo seco não tem mais ejaculação porque boa parte do espermas é produzido na próstata e armazenado na vesícula que foram removidos na prostatectomia radical. Fica estéril e sem poder ejacular. Tem orgasmo, uma vez que isto independe de espesma, próstata. 12 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre 13 Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata Luisa Tejerizo 7° semestre
Compartilhar