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UROLOGIA: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA E CÂNCER DE PRÓSTATA

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1 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
UROLOGIA 
HPB E CÂNCER DE PRÓSTATA 
AULA 3 
 PI: HPB 
 PII: CÂNCER DE PRÓSTATA 
ANATOMIA DA PRÓSTATA 
 
• A próstata se localiza na região pélvica e faz parte 
do aparelho reprodutor e urinário. Se localiza 
caudalmente entre a bexiga fazendo transição entre 
colo vesical e a uretra. 
• A próstata fica distal a bexiga, cranial a parte da 
uretra bulbar. A sua principal função é auxiliar no 
controle da urina e promover secreção de líquidos 
que serão armazenados nas vesículas seminais - que 
liquido posterior a bexiga. Durante a atividade 
sexual a próstata aumenta vascularização 
produzindo liquido que compõe o esperma. 
• Tamanho da próstata jovem, ideal: tamanho que 
não atrapalhe a passagem da urina 
 
Definição de hiperplasia prostática benigna: processo 
histopatológico onde há proliferação das células 
estromais e epiteliais prostáticas. 
 
Permite passagem livre da urina sem causar muita 
obstrução, e abaixo é localizado o esfíncter que 
controla. 
• No jovem a bexiga tem espessura de parede com 
uretra ampla permitindo passagem. À medida que 
envelhece, há mudanças hormonais no organismo 
masculino, fazendo com que ganhe volume, a 
próstata do idoso comprime externamente a 
uretra prostática, dificultando a passagem da 
urina, gerando sintomas obstrutivos. 
• Com o tempo a parede vesical torna-se mais 
espessa por conta do maior trabalho para 
compensar a dificuldade do fluxo urinário 
embaixo. Mas, isso traz déficit de relaxamento, o 
homem não consegue prender a urina por tanto 
tempo, aumenta a frequência urinaria, as vezes 
tem grau de urgência pra urinar, causado pelo 
espessamento da parede vesical, a parede por 
muito tempo fica repleta de urina levando a 
processo inflamatório podendo ter fibrose da 
parede da bexiga, impedindo relaxamento e 
contração adequado. Isso pode acontecer em 
maior ou menor grau em homens de 40 anos, mas 
a partir dos 60 já é bem evidente. 
 
 
2 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
 
 
A próstata é dividida em zonas, cada uma possui 
correlação com tipo de patologia especifica. 
Zona de transição → em azul, é a menor porção, 
corresponde a 5% do parênquima prostático, circunda 
uretra e é a principal responsável de HPB (hiperplasia 
prostática benigna), e como é a que mais circunda a 
uretra, a proliferação glandular da região é a que mais 
causa progressão da doença e sintomas. 
Zona central → não glandular – tecido estromal, faz 
parte do arcabosso de sustentação que pode estar 
relacionada também com HPB, pode estar 
correlacionados aos sintomas obstrutivos. 
Zona periférica → maior porção ,80% e está 
relacionada a incidência de câncer, facilmente 
acessível ao toque digital prostático. As zonas 
periféricas são importantes porque é onde surgem as 
neoplasias malignas de próstata. 
Os sintomas urinários obstrutivos muitas vezes estão 
relacionados com o aumento benigno da próstata. O 
que o paciente com câncer de próstata deve sentir com 
relação a parte urinaria? Nenhum dos sintomas 
urinários obstrutivos são específicos do câncer de 
próstata, não há sinal patognomonico do câncer de 
próstata. 
O tamanho da próstata não está diretamente 
relacionado com os sintomas obstrutivos. Próstata de 
homem jovem tem 20g. o tamanho normal vai até 30g 
e este pode ser estimado pela USG ou ressonância 
magnética de próstata. Tem paciente com próstata de 
50g que pode urinar muito bem e não possuir queixa. 
Às vezes, pode ser do mesmo tamanho mas ter 
dificuldade miccional com retenção urinaria. Pode ter 
200g, 300g e, às vezes, ter sintomas leves. Outros com 
esse mesmo peso de próstata usam sonda de foley 
porque estão com retenção urinaria aguda. 
USG e ressonância são exames de rotina, USG é 
importante pra ver calculo na bexiga, tumores na 
bexiga, no rim, de ureter, divertículo, dilatação → dá 
indicação sobre outros problemas. USG não tem 
achado patognomonico de câncer, assim como o 
tamanho mensurado no ultrassom não diz sobre grau 
de obstrução. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Doença urológica mais prevalente em idosos 
• Quanto maior a idade maior prevalência de 
aumento benigno da próstata 
• Volume prostático e sintomas obstrutivos do trato 
urinário inferior não são correlacionados 
• Volume prostático não é indicação de tratamento. 
O grau de obstrução que diz. 
• Cerca de 50% dos homens tem sintomas aos 75 
anos 
• Até 25% tem sintomas aos 55 anos 
• Diagnostico de HPB é clinico 
 
QUADRO CLINICO 
• Diminuição do jato urinário → mais fraco, 
aumento do esforço pra começar micção 
• Jato urinário interrompido 
• Dificuldade em iniciar micção → (hesitação 
miccional – para no vaso, mas não consegue 
começar a urinar, tem que fazer esforço) 
• Gotejamento terminal → final do jato não 
acontece de uma vez só. O ideal é começar rápido, 
seguido de pico, e terminar rapidamente, a 
micção deve ser uma curva senoidal. Com HBP, 
tende a começar urinar e a ascensão se faz de 
forma mais lenta, possui grau de variação, faz 
força e a curva finaliza de forma lenta e 
progressiva na forma de gotejamento no fim, que 
molha a cueca, suja o banheiro, pinga. 
• Sensação de esvaziamento incompleto 
• Aumento da frequência urinaria → polaciuria 
• Aumento de frequência urinaria noturna → 
nocturia 
• Aumento do esforço miccional pra iniciar 
• Dificuldade em conter a micção → quando a 
parede da bexiga fica rígida, gera urgência 
 
3 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
miccional e se for acompanhada de perdas 
urinarias é chamada de urge incontinência. 
 
 NORMAL ANORMAL 
Todos os sintomas, menos gotejamento terminal 
fazem parte de questionário IPSS que faz gradação dos 
escores de sintomas urinários obstrutivos. Tem 
importância em comparação de sintomas entre 
paciente e outro e validação de estudos científicos. Se 
quer comparar grau de sintoma e de repercussão, por 
um questionário rápido, ele pode responder e da 
medida fidedigna pra quantificar e dar score para 
sintoma. 
EXAME FISICO 
 
 
1- Deve ser colocada a uva de procedimento → 
lubrifica a luva, insere o dedo indicador nos anus, 
sente onde está a próstata - Que está 
naturalmente na região mais anterior da parede 
do reto - → palpa toda a parte da zona periférica 
da próstata, com movimentos circulares, 
quantificando o tamanho, textura da próstata, 
que tem aproximadamente a textura da ponta do 
nariz ou da palma da mão, é de consistência fibra 
elástica. 
2- Quando tem o tamanho normal, tem em torno de 
20g, tamanho de um morango não muito grande, 
3-4cm de largura 3-4cm de comprimento crânio 
caudal 
3- Analisa tamanho, consistência, presença de sulco 
mediano dividindo lobo esquerdo e direito e 
permite identificar se há área endurecida com 
consistência firme, pétrea, indicativo de câncer de 
próstata. Nem sempre que tem área mais firme 
significa câncer. A HPB pode causar nodulações 
que as vezes possui áreas endurecidas. Quando 
perceber área endurecida, pétrea, indica para 
biopsia para investigar câncer de próstata. 
A próstata tem formato de pirâmide com ápice 
voltado pra baixo 
 
• Toque retal para avaliar tamanho (25-30g) 
• Ultrassonografia transabdominal (útil pra avaliar 
próstata e bexiga) e transretal (útil para avaliar 
tamanho da próstata em pacientes que não 
conseguem conter a urina e para biopsia) 
Primeira imagem mostra usg transabdominal e a 
última imagem transretal 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Estudo urodinâmico → o paciente urina em um 
aparelho – urofluxometria 
• Uretrocistoscopia (avaliar uretra, colo vesical e 
bexiga) 
• Na urodinâmica, no estudo urodinamico um 
cateter é reintroduzido na bexiga, um cateter com 
dois lumens, um pra enchimento da bexiga e o 
outro pramedida das pressões, e outro 
reintroduzido no reto para medir as pressões 
abdominais, fazendo mensuração dos gráficos. 
Útil para paciente com bexiga neurogênica, 
queixas de obstrução 
TRATAMENTO DA HPB 
• Medidas comportamentais → ingesta hídrica → 
evitar a noite por conta da nocturia. Quando o 
paciente urina muito a noite a tendencia é que ele 
acorde cansado, fadigado por interrupção 
frequente do sono. 
• Evitar cafeína, bebida alcoólica. 
• Evitar atividade física de noite. 
• Fazer xixi antes de se deitar, evitar beber muito 
liquido antes de iniciar atividades que ira ficar sem 
ir ao banheiro. 
• Farmacológico 
• Fitoterapia →sem fundamentação cientifica 
 
4 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
• Cirúrgico → endoscópico ou cirúrgico 
 
 
 
 
FARMACOLOGICO 
1.ALFA-BLOQUEADORES 
(DOXAZOSINA/TANSULOSINA) 
• A doxazosina é mais barata, tansulosina é mais 
cara, causa menos hipotensão postural, a 
doxazosina por ser alfa bloqueador é eficiente pra 
melhorar sintomas de esvaziamentos urinários, 
melhorar o jato de urina e diminuir frequência 
urinaria noturna. Por ser seletiva, os idosos 
acabam tendo hipotensão postural podendo até 
ter sincope, TCE. Nesses casos, a tansulosina, 
bloqueador alfa mais seletivo para os receptores 
do aparelho urinário pode ser melhor indicado. 
• Alfa bloqueadores aumentam força de contração 
do musculo detrusor vesical e faz com que haja 
melhora rápida do jato da urina, relaxamento do 
tônus da musculatura do colo vesical e do estroma 
prostático. Ao mesmo que tempo que a bexiga se 
contrai mais forte, o colo vesical e próstata 
relaxam pra permitir o esvaziamento mais 
eficiente da urina. Melhora o fluxo urinário e 
sintomas urinários de esvaziamento. Com 3 dias 
refere melhora do jato da urina, urina não pinga 
na roupa, acorda menos a noite, não fica com 
vontade de urinar depois de urinar. 
 
2.INIBIDORES DE 5 REDUTASE 
(FINASTERIDA/DUTASTERIDA) 
• Finasterida e dutasterida inibem enzima 5 alfa 
redutase, que bloqueiam a conversão de 
testosterona em diihidrotestosterona, que tem 
duas funções, fazem homens ficar careca e próstata 
crescer. Por isso ao usar finasterida e duta o cabelo 
fica mais cheio. Com uso da duta (mais potente), 
fazem com que a próstata pare de crescer, as vezes 
ate diminui o tamanho quando tem 6 meses de uso. 
Só começam a funcionar com período mais longo, 
não adianta prescrever por período curto. 
• Melhor indicado com próstata com volume 
aumentado, 40g. 
• Os inibidores previnem progressão da doença, ou 
seja, barram o curso natural do aumento benigno 
que tende a fazer que aumente, e ate reverte 
quando tem ação do volume prostático, homem 
ficam com cabelo. 
• Finasterida é usada com dose de 5mg por dia pra 
tratar aumento prostático e de 1mg dia para calvície 
androgênica. 
 
 
 
3.ANTICOLINÉRGICOS 
• O tratamento pode ser feito com anticolinérgicos 
(oxibutinina, solifenacina, darifenacina e 
tolterodina) 
• Medicações que bloqueiam a ligação colinérgica 
vesical. Os receptores colinérgicos na bexiga são 
bloqueados e melhoram os sintomas de 
armazenamento. 
• Alfa bloqueadores melhoram sintomas de 
esvaziamento, que são jato da urina, e sensação de 
esvaziamento da bexiga. Já o anticolinérgico é bom 
pra fazer com que o paciente retenha urina, 
melhora sintomas de urgência e urgi continência. 
Como o paciente tem bexiga mais musculosa com 
menos complacência, muitos começam a ter 
urgência pra urinar e urge continência (perde urina 
no caminho pro vaso) 
• Anticolinérgico tem efeito de fazer com que a 
bexiga relaxe melhor e tenha melhor capacidade de 
ele chegar ao vaso sem perder urina 
 
4.INIBIDORES DE FOSFODIASTERASE ( TADALAFILA) 
• melhora potência sexual dos pacientes, tem nome 
comercial de sialis, foi descoberto que tem função 
de aumento de oxido nítrico na bexiga, próstata e 
 
5 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
pênis, relaxando musculatura lisa, melhora jato da 
urina 
• em dose 5mg por dia que é usada de inicio pra tratar 
a impotência sexual, melhora o jato na urina 
disfunção erétil e aumento benigno da próstata são 
dois problemas que coincidem em paciente de sexo 
masculino com 70 +. Em pacientes com dificuldade 
de ereção e sintomas urinários obstrutivos, o uso 
diário dela pode ter efeito positivo de melhorar 
disfunção erétil e jato da urina. 
5.AGONISTA B3 ADRENERGICO – MIRABEGRONA 
• Efeito parecido com anticolinérgico, causa 
relaxamento do detrusor, melhora capacidade 
vesical sem prejudicar micção, acaba tendo efeito 
parecido com anticolinérgico, melhora urgência e 
urgi continência. 
• A vantagem, mirabegrona, é que pode ser usado 
para portadores de glaucoma. Os que tem 
glaucoma não podem usar anticolinérgico. Se é 
portador de glaucoma, tende a aumentar pressão 
ocular, se usar pode ter emergência hipertensiva 
ocular e perda visual aguda. Glaucoma de ângulo 
aberto geralmente pode usar anticolinérgico, de 
ângulo fechado não podem. Pra os que tem queixa 
de armazenamento, urgência miccional e urgi 
incontinência usa agonista b3 adrenérgico 
→melhora urgência, armazenamento e diminui 
incontinência. 
• 
 
 
• Pode associar alfa bloqueador com i5r – 
combodart 
• Associa a tansulosina + dutasterida – dutan e 
cobodart. 
• Com 2 dias de uso tansulosina já melhora o quadro 
do paciente e com uso de duta só melhora após 6 
meses. 
• Não se deve usar de forma preventiva, tem efeito 
colateral e alto custo. 
TERAPIA COMBINADA 
Finasterina + doxazosina – com ou sem tadalafila – 
gera estabilidade do tamanho da próstata, melhora 
jato urinário. 
Duta + tansulosina – com ou sem tadalafila 
Se o paciente se queixar de disfunção erétil pode 
associar tadalafila. 
Anticolinérgico → (permite relaxamento da bexiga, 
diminui frequência urinaria) + alfa bloqueadores → 
potência de jato maior, melhor esvaziamento vesical. 
Tansulosina + solifenacina → vesomni 
Diabético, com neuropatia diabética, jato fraco, 
levanta muito a noite, se juntar essa combinação 
melhora nocturia. 
 
TRATAMENTO CIRURGICO 
Quando falha a terapia medicamentosa 
As imagens mostram a parede da bexiga espessada -
falha na musculatura da bexiga – e formação de 
divertículos vesicais e saculações na parede que retem 
volume de urina, sem presença de camada muscular, 
apenas de mucosa e serosa. O paciente acaba tendo a 
falência vesical, precisa operar, desobstruir a próstata 
que está aumentada de volume. 
A formação de cálculos na bexiga estão representadas 
em em vermelho na imagem, no rx é possível ver 
cálculo, ureter com hidronefrose por espessamento a 
bexiga e não esvaziamento, retenção urinaria crônica e 
ureter redundante, tortuoso com parede vesical 
espessada. A imagem na tc mostra todas as alterações 
e o divertículo é mostrado nos pontinhos vermelhos. 
 
6 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
 
Formacao do diverticulo, ureter tortuoso e alça 
intestinal 
Calculos 
 
Retenção urinaria 
 
 
 
 
Divertículos vesicais, sem camada muscular. 
 
 
Retenção urinaria crônica e ureter redundante e 
tortuoso com parede vesical espessada. 
• Ureterhidronefrose, espessamento da parede da 
bexiga, formação de saquinho (saculacao) 
• Retenção urinaria recorrente ou refrataria 
• Dilatação do trato urinário superior por HPB 
• Itu de repetição 
• Hematúria macroscópica por hpb 
• Litíase vesical 
• Divertículos vesicais 
 
TRATAMENTO CIRURGICO 
1.RTU de próstata → ressecção transuretral de 
próstata monopolar ou bipolar, sendo bipolar melhor, 
por sangrar menos 
Feito por raquianestesia introduz endoscópio pela 
uretra, faz toque retal combinado para permitir melhor 
resseção endoscópica de próstata 
Padrão ouro para próstatas de 30-80g 
 
Fragmentos depróstata na segunda imagem, na 
peneira após ser retirado pela cirurgia endoscopica 
 
 
7 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
2.Tratamento a laser → fotoablacao prostatica a laser 
greenlight 
 
Faz fotovaporizacao prostatica a laser, cria tunel de 
passagem para urina, desobstrui regiao. 
Prostaectomia a ceu aberto 
Indicada para prostatas > 80g 
 
Incisão na parede abdominal, bota a mão, 
prostatectomia trans vesical. abre a parede da bexiga, 
enucleia o parênquima prostático. 
AVANÇOS TERAPEUTICOS 
 
• Enucleação 
• Vaporização 
• Aquaablação 
• embolização 
• Urolift → técnica menos invasiva mais ainda não 
tem 100% de respaldo cientifico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
UROLOGIA 
CANCER DE PROSTATA 
AULA 3 
 PI: HPB 
 PII: CÂNCER DE PRÓSTATA 
 
• Tumor solido mais frequente em homens 
• Segundo tumor mais frequente (1° lugar: câncer 
de pele) 
• Segundo tumor mais letal (1° lugar: câncer de 
pulmão) 
• 68000 casos novos em 2018 e 1484 mortes em 
2015 
• 1 em cada 6 homens são acometidos – incidência 
aumentando 
• No passado o diagnostico era tardio, em doença 
avançada, apenas feito quando havia alteração no 
toque retal 
• Quadro clinico: podem ter sintomas miccionais, 
mas não são patognomonicos de câncer, 
geralmente podem ocorrer até mais intenso com 
aumento benigno. No passado diagnostico era 
feito só quando tinha toque retal alterado, 
levando a diagnostico tardio. 
• 1980: advento do uso do PSA: aprovado em 1994, 
proteína sintetizada dentro da próstata e muito 
presente no esperma, foi usado no início para 
diagnosticar estupro 
• Começou a ser usado para rastreamento de 
cancer de próstata e o diagnóstico precoce 
começou a ocorreram em fase inicial e tumores de 
baixo risco. Com vários anos de uso de PSA pra 
rastreamento descobriu cancer em fase tão inicial, 
tumores indolentes e não muito agressivos, 
começou a falar em overtreatment do tumor, 
sobre tratamento de tumor de baixo risco, as 
vezes fazia tratamento radical definitivo, que é a 
cirurgia que tira a próstata e vesículas seminais 
podendo levar a incontinência urinaria e 
impotência sexual. Pacientes que não tinham 
tumores muito agressivos estavam sendo 
operados de forma precoce. Por isso a 
importância de diferenciar os tumores prostáticos 
menos malignos ou mais malignos, e deixar para 
tratar os menos malignos mais tardiamente, por 
isso surgiu vigilância ativa para cancer de próstata. 
• Por conta do diagnostico precoce houve queda de 
mortalidade especifica, aumentou morbidade 
decorrente dos tratamentos. Tanto a radioterapia 
quando a postectomia radical que são uteis para 
cancer podem levar a impotência sexual. Isso traz 
consequências na vida social do homem 
• 50% dos homens submetidos a prostectomia 
radical podem cursar com impotência sexual. A 
cirurgia pode estar relacionada com incontinência 
urinaria. 
• Conceito de sobretratamento de tumores de 
baixo risco, vindo a ideia de estratificar os graus de 
cancer 
• Discussão sobre a validade do rastreamento: 
overdiagnosis = overtratmente x late diagnostis 
• Vigilância ativa: nem todos precisam ser tratados, 
apenas vigiados. 
 
Recomendação de rastreamento de cancer de 
próstata: 
• Homens negros com história familiar positiva 
pra CA a partir de 45 anos de idade, faz exame 
anual de PSA + toque retal 
• Na população em geral 50-77 anos faz PSA + 
toque retal anualmente 
• Homens > 75 anos de idade: PSA + toque retal 
anualmente se expectativa de vida > 10 anos. 
A maioria dos CA tem característica de 
crescimento indolente, são tumores pouco 
agressivos. Se é cardiopata, ICC, diabético, 
portador de IRC, em tese não precisa rastrear 
porque em tese a expectativa de vida dele é 
menor do que 10 anos e não precisa se 
preocupar com isso porque não morrera disso, 
mas sim de outra comorbidade. 
 
FATORES DE RISCO 
• Idade 
• Hereditariedade – 2 ou mais parentes 
• Raça negra 
• Estilo de vida – tabagismo, arsênio → presente 
no cigarro eletrônico (cuidado jovens kkk), 
agrotóxico, aminas, substâncias aromáticas, 
obesidade podem gerar CA mais avançado 
 
9 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
 
QUADRO CLINICO 
• Assintomático é a maior parte, por isso que 
mesmo sem sentir nada deve ir fazer 
rastreamento 
• Disfunção miccional em fase mais avançada, 
todas as queixas de HBP 
• Pode haver dor se houver invasão de órgão 
adjacentes 
• Hemospermia: sangue no esperma, se paciente 
com 45 + refere 
• Fraturas patológicas, mini trauma 
• Metástases, comprometimento ósseo – áreas 
hipercaptantes a cintilografia 
 
 
DIAGNOSTICO 
Se paciente tem elevação de PSA > 2,5 e /ou toque 
retal alterado precisa ir pra diagnostico → ou 
ultrassonografia transrretal da próstata, biopsia de 
próstata, sendo usado agulha que faz a coleta de 
material na próstata, guiada por aparelho de 
ultrassom. 
 
 
Mesmo se PSA normal, mas tiver velocidade de PSA > 
0,75/ANO tem indicação de biopsia da próstata. 
A ressonância multiparametrica de prosta na ultima 
imagem pode classificar a próstata quanto ao pirrads, 
score que indica se há área com maior ou menor chance 
de haver cancer de próstata. Tem tumor na região 
prostática. 
 
 
 
 
 
• Uma vez feito diagnostico, faz analise anato 
patológica do material coletado para classificar 
tumor prostático quando a escala de gleason que 
varia de 6-10, sendo o 6 com menor agressividade, 
de crescimento lento que as vezes não precisa de 
tratamento imediato. 10 é quase sempre mais 
agressivo e precisa de tratamento precoce. Mesmo 
depois da prostactemia pode ter reincidiva, PSA 
pode aumentar novamente. 
• É um tumor solido endurecido, branco amarelado 
• 70% fica na zona periférica, o tipo mais comum é a 
adenocarcinoma acinar da próstata 
• Tumor altamente sensível a testosterona, por isso 
um dos tratamentos é fazer bloqueio hormonal faz 
deprivacao de testosterona, pode ser por castração 
cirúrgica, na retirada do testículo para que o tumor 
pare de crescer principalmente na fase metastática 
óssea, a castração cirúrgica ou química pode estar 
bem indicada. 
ESTRATIFICACAO DE RISCO 
 
 
10 
Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata 
Luisa Tejerizo 
7° semestre 
 
 
Gleason 6, PSA mais baixo, comprometendo menor área 
da próstata → são de baixo risco. 
 PSA alto com glisson maior ou igual a 8 que invade 
outras áreas → são cancer de alto risco, que dificilmente 
serão tratados de forma curativa. 
 
TRATAMENTO 
Visando a cura: 
• Cirurgia: Prostectomia radical seja por via aberta, 
lapa ou robótica 
• Radioterapia externa 3d 
• Braquiterapia – implanta semente radioativa na 
próstata visando matar todas as células neoplásicas 
Em tese tem mesma eficácia, seriam a cirurgia, radio e 
braquiterapia, na pratica o cirúrgico é mais eficaz e os 
demais devem ser restritos para os que não tem 
indicação cirúrgica, como em situações de icc, 
cormobidades... 
 
 
VISANDO O CONTROLE: 
• Hormonioterapia 
• Quimioterapia 
• Imunoterapia: sistema imune do organismo 
destruindo células neoplásicas. 
ESTRATÉGIAS DE ACOMPANHAMENTO: 
• Vigilância ativa → para situações de baixo risco, 
visitas urológicas anuais, ressonâncias 
multiparametricas, biopsias. Para ver se o tumor 
diagnosticado manifesta expansão tumoral, aí sim 
pode ter convertido para tratamento curativo. 
Tem que retardar o tratamento cirúrgico curativo 
para segundo momento. 
• Se faz diagnostico hoje em paciente ativo de 50 
anos, pode ficar impotente após cirurgia, mas se 
tem por exemplo tumor indolente, Gilson 6 PSA 
baixo, toque retal negativo, percentual pequeno 
→ indicação de vigilância ativa. 
• RepetePSA 4x por ano, biopsia por 1 vez a cada 1 
ou 2 anos, Ressonância multiparametrica 3x por 
ano. Se mantem mesmas características, pode ser 
mantido na vigilância. 
• Se glisson na próxima biopsia sobe de 6 pra 7, PSA 
sobe de 5 pra 15 o toque retal alterou → progressão 
de tumor → precisa fazer tratamento curativo, 
cirurgia por radioterapia por exemplo. 
• Observação > 80 anos → acompanha progressão da 
doença, não precisa ser tão indolente. Acompanha 
porque sabe que a sobrevida dele é de menos de 10 
anos, não indica prostatectomia radical, acompanha 
PSA, só indica tratamento se tem risco de metástase. 
Geralmente feito com pacientes com muita 
comorbidades, faz PSA anualmente. 
CIRURGIA 
Retirada de próstata, vesículas seminais, ductos 
deferentes e gânglios linfáticos 
 
Depois de remover próstata, avança bexiga em 
direção a uretra com objetivo de fazer anastomose 
vesico uretral. 
Avança colo vesical na direção do coto uretral com 
objetivo de fazer anastomose vesicouretral. 
• Videopalaroscopia 
• Robô 
 
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Robótica é mais segura pra diminuir impotência pós 
operatório 
 
Cirurgia robótica: 
 
Altas precoces em cirurgia robótica. 
Radioterapia externa 
 
• Em tese teria resultados similares em eficácia e cura 
a prostatectomia radical, na pratica indica 
radioterapia em pacientes que não podem ser 
operados. 
• Para doença incurável 
Doença avançada: hormonioterapia 
• Bloqueios hormonais, por castração, diminuição de 
volume de testosterona no organismo do paciente, 
já que os tumores são hormônios sensíveis, 
castração química por remédios que diminuem 
testosterona ou castração cirúrgica que remove 
testículos que produzem mais testosterona 
 
Quimioterapia 
Para casos refratários ao hormonal se de metástases 
Imunoterapia 
• caro, nova, promissor. 
 
PREVENÇÃO 
• Não tem uma forma 100% de prevenir 
• Evitar uso de nitrosamina, cigarro, arsênio (telha, 
tinta) 
• Atividade física 
• Estilo de vida/dieta? 
• Vitamina d/e? não comprovado. 
• Licopeno (tomate)? controverso 
• Selênio? Controverso (2 castanhas do para por dia) 
• Quimioprevenção 
• Não tem nenhuma substancia que diminua cancer 
de próstata! 
 
OBS: 
Na prostectomia radical, na condição ideal é curado do 
cancer, a doença localizada na próstata – não tem 
doença microscópica nem macro fora ou em outros 
órgãos. preserva idealmente os nervos que são feixes 
vasculonervosos resp pela ereção e preserva músculos 
pra manter continência urinaria. Nos melhores 
resultados cura cancer, continente, potente. Tem 
ereção normal com uso de inibidor de fosfodiasterase 
(viagra), com ou sem uso, tem prazer, mas tem 
orgasmo seco não tem mais ejaculação porque boa 
parte do espermas é produzido na próstata e 
armazenado na vesícula que foram removidos na 
prostatectomia radical. Fica estéril e sem poder 
ejacular. Tem orgasmo, uma vez que isto independe de 
espesma, próstata. 
 
 
 
 
 
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