Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ORIENTAÇÕES: 1. A atividade proposta neste estudo de caso integrado deverá ser desenvolvida pelo (a) aluno (a) e encaminhada ao professor via Web/Aula (Plataforma Teams) ou e-mail; 2. O aluno deverá utilizar como base o Protocolo do Ministério da Saúde 3. Para o desenvolvimento da atividade atentem-se aos dados apresentados no caso. ESTUDO DE CASO PBA, 56 anos, branca, do sexo feminino, nível médio incompleto, costureira (aposentada), casada, católica, natural e procedente de Aracaju/SE. Reside em casa de alvenaria, com água tratada, energia elétrica e rua com asfaltamento. Procurou atendimento na Unidade Básica de Saúde devido queixa de “perda de peso e muita urina” há três meses, e há duas semanas iniciou mal-estar. Ao questionar refere que há três meses apresenta quadro de polaciúria associada perda ponderal de 8 kg e há duas semanas iniciou quadro de astenia progressiva com melhora ao repouso e piora com as atividades físicas, além de polidipsia progressiva e disúria, nega polifagia e outros sintomas. Antecedentes e Histórico: De antecedentes pessoais patológicos, possui hipertensão arterial sistêmica com diagnóstico há cinco anos e em uso regular de Losartana 50 mg/dia, sem acompanhamento médico regular há dois anos, nega outras comorbidades e nega alergias medicamentosas; Realiza atividades domésticas como atividades diárias habituais, sedentária, faz uso de bebida alcoólica e fuma 10 cigarros por dia. Nega uso de drogas ilícitas. Com antecedentes familiares de Diabetes (pai e mãe) e Hipertensão (mãe). Exame Físico: Ao exame físico apresenta-se em bom estado geral, lúcida e orientada em tempo e espaço, fácies atípica, acianótica, anictérica, afebril, normocorada, sem edemas, CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE DISCIPLINA: Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Coletiva PROFESSOR (A): Renata Karine DISCENTE: Natália Matias Guedes DATA: 04/05/2020 TURMA: eupneica, peso: 85 kg, estatura: 1,67 m, IMC: 30,4kg/m², PA: 130x90 mmHg. FR: 18irpm, sem alterações no couro cabeludo, face, cabeça e pescoço, exame do Tórax sem alterações significativas, presença de micro varizes bilateralmente, demais seguimentos sem alterações. Objetivos/Orientações: 1. O aluno deverá utilizar como base os protocolos e instrumentos padronizados do Ministério da Saúde (MS) e referências sobre o tema. Também, deverá seguir todas as etapas do Processo de Enfermagem. Para a construção dos diagnósticos de enfermagem, deve-se utilizar a Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC). Considerando a interdisciplinaridade nas ações e condutas de enfermagem propostas; 2. O estudo deverá apresentar os seguintes itens: 2.1. Apresentação (destina-se a dizer do que se trata o presente estudo, no máximo dois parágrafos); 2.2. Processo de enfermagem (Levantamento de dados, Diagnósticos de Enfermagem, Metas/Resultados esperados, Intervenções com prescrição dos cuidados de enfermagem para o usuário/família/cuidador); 2.3. Justificativa das intervenções e prescrições de Enfermagem com base na literatura ou de acordo com protocolos do MS. Referências Bibliográficas: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. APRESENTAÇÃO Trata-se de um estudo de caso, elaborado pela docente da disciplina de Supervisionado em Saúde coletiva, do Centro Universitário Estácio de Sergipe e desenvolvido por meio de pesquisas cientificas e referências, com o propósito de relatar a Assistência de Enfermagem a uma paciente com doenças crônicas não transmíssiveis (DCNT), mais especificadamente as doenças Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Sistêmica Artérial (HAS). Para desenvolvimento deste estudo, foi aplicado o Processo de Enfermagem, nas etapas: Levantamento de dados; Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento, metas e resultados esperados; Intervenções com prescrição nos cuidados de enfermagem. Vale ressaltar que as ações desenvolvidas no presente estudo, não se limitam apenas a paciente citada, e sim ao universo de pacientes que se encontram em situações semelhantes e que decaem o padrão de qualidade de vida. REVISÃO LITERARIA O Diabetes Mellitus é uma doença metabólica que ocorre quando o organismo se torna incapaz de produzir insulina ou até produz, mas em quantidade insuficiente para suprir a demanda interna. Há também casos de diabetes caracterizados pela dificuldade do corpo em utilizar adequadamente a insulina produzida (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Existem diferentes tipos de diabetes mellitus, sendo o diabetes mellitus do tipo 2 o mais comum, que atinge 90% de todas as pessoas com diabetes.1 Alguns tipos de diabetes, como o diabetes mellitus tipo 1, têm origem predominantemente genética e hereditária (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). A hipertensão arterial sistêmica ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg. A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo, a pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). Tabela 1 – Diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados esperados. DIAGNÓSTICO INTERVEÇÕES RESULTADOS ESPERADOS JUSTIFICATIVA 1. Estilo de vida sedentário relacionado à interesse insuficiente para atividade física, evidenciado por falta de condicionamento físico. - Aconselhamento nutricional; - Ingestão hídrica; - Controle do peso; - Melhora do estilo de vida. Diagnóstico indicado para a paciente, por apresentar estilo de vida sedentário. 2. Sobrepeso relacionado ao consumo de alcool, comportamento alimentar desorganizado e comportamento sedentário, evidenciado por indice de massa corporal (IMC) >25 kg/m2. - Controle do peso - Promoção do exercício - Orientar quanto a abstinência de álcool - Orientar ingesta hídrica - Controle de peso. Diagnóstico indicado para a paciente, pois a mesma apresenta IMC superior as necessidades corporais da mesma. 3. Eliminação urinária prejudicada caracterizado por disúria, urinar com frequência, evidenciado por múltiplas causas. - Controle do peso - Controle da dor; - Monitorização hídrica - Controle de medicamentos - Cuidados na incontinencia urinaria - Melhora de eliminação urinária Segundo informações colhidas, a paciente relatou que apresentou quadro de disúria à 2 semanas. 4. Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais evidenciado por ingestão alimentar insuficiente relacionado a perda de peso. - Monitorização nutricional - Aconselhamento nutricional - Assistência no autocuidado: alimentação Melhora de nutrição5. Volume de líquidos excessivos relacionados a - Monitoração dos SSVV - Supervisão da pele - Controle do volume de líquidos Diagnóstico indicado para a paciente, pois a mesma entrada excessiva de líquidos evidenciado por polaciúria. - Monitoração hídrica relatou sobre a ingestão de aguá e sede excessiva 6. Débito cardíaco diminuido caracterizado por fadiga, evidenciado por alteração na pós carga - Controle de energia - Controle hídrico Melhora do débito cardíaco Segundo informações colhidas, a paciente queixava-se de perda ou diminuição da força física após esforço físico 7. Deambulação prejudicada relacionado a dor, evidenciado por capacidade prejudicada de andar em declive -Assistência na redução de peso - Controle da nutrição - Estabelecimento de metas mútuas - Monitoração das extremidades inferiores Melhora na deambulação Paciente apresentou quadro de astenia há 2 semanas HAS CLASSIFICAÇÃO Ótima: <120x80mmHg DIAGNÓSTICO Normal: <130x85mmHg Limítrofe: 139x85-89mmHg Aferição consultório MRPA MAPA RASTREAMENTO Crise hipertensiva Condições padronizadas Alterações visuais Dor precordial Cefaléia Dispneia Déficit neurológico VERIFICAÇÃO 12x80 -> A cada 2 anos >180x90 -> 2 momentos (1 e 2 semanas de intervalo) Adulto > 18 anos 120X80 – 139X89 -> A cada 1 ano CONSULTAS FATORES DE RISCO TRATAMENTO Médico Enfermeiro - Histórico Familiar; - História Clínica; - Avaliação Laboratorial; - Exame físico. RCV Estratificação Escore de Framingham Baixo risco - Anual Intermediário - Semestral Alto risco - Trimestral Não medicamentoso Medicamentoso -Diuréticos - Betabloqueadores - Bloqueadores do canal de cálcio - Agentes de ação central - Alfabloqueadores - Vasodilatadores - Inibidores direto da renina -Redução de peso e circunferêncial abdominal - Redução de consumo de sódio -Prática de atividade física - Cessação do tabagismo - Redução de estresse Não Histórico familiar Síndrome metabólica Dislipidemia Alcoolismo Tabagismo Sedentarismo Obesidade Idade > 60 anos DIABETES MELLITUS CLASSIFICAÇÃO FATORES DE RISCO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Gestacional Tipo 1 Outros Tipo 2 - Síndrome metabólica - Defeitos na ação e secreção de insulina - Predomina em obesos > 45 anos - Resistência periférica a insulina Autoimune e LADA Idiopática Tipo 2 Dieta Exercícios Tipo 1 Agonistas GLP1 Insulina Biguanidas Acarbose Outros Sulfonilureais Insulina - Predomina em jovens - Hipoinsulinismo absoluto - Autoimune - Idiopático SOP Sedentarismo Histórico Familiar Dislipidemia Obesidade Intolerância a glicose durante a gestação Laboratoriais Clínicos Emagrecimento Polidipsia Poliúria Polifagia Hiperglicemia Glicemia de 2/2h após TOTG – 75g > 200mg/dl Hemoglobina glicada > 6,5% Glicemia de jejum > 126mg/dl Glicemia aleatória > 200mg/dl + sintomasde hiperglicemia Quadro clínico + exame alterado – não repetir exames Apenas laboratoriais alterados – repetir exames REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus; Departamento de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília, 2013. Brasil. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica; Departamento de Atenção Básica, Brasília, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: Hipertensão arterial sistêmica. Cadernos de Atenção Básica. Brasília-DF, 2013. NANDA INTERNATIONAL. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-2020. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. NIC. Classificação e intervenções de enfermagem. 6° ed, 2016.
Compartilhar