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Relação teoria e prática no cotidiano na sala de aula

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4
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia – 3º semestre
AGATHÁ POLYANA FARIAS AZEREDO
ANA AMÉLIA DOS SANTOS SILVA
JESSYCA VIEIRA COSTA
MÁRCIA VALÉRIA PAIXÃO COELHO
REBECA DE OLIVEIRA TEREZA
THAISA BARRETO DE BARROS
“Relação teoria e prática no cotidiano da sala de aula.” 
Macaé
2020
AGATHÁ POLYANA FARIAS AZEREDO
ANA AMÉLIA DOS SANTOS SILVA
JESSYCA VIEIRA COSTA
MÁRCIA VALÉRIA PAIXÃO COELHO
REBECA DE OLIVEIRA TEREZA
THAISA BARRETO DE BARROS
“Relação teoria e prática no cotidiano da sala de aula.”
Trabalho em grupo apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de média semestral. Disciplinas: Avaliação na Educação; História da Educação; Teorias e Práticas do Currículo; Sociologia da Educação; Educação Formal e Não Formal; Didática . Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula
Tutor à Distância: Elaine Vieira Pinheiro
Tutor presencial: Sayonara Pereira Azevedo de Miranda.
Macaé
 2020
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS 	8
REFERÊNCIAS............................................................................................................9
INTRODUÇÃO
Este trabalho é uma Produção Textual Interdisciplinar em Grupo que tem como tema: “Relação Teoria e Prática no Cotidiano da Sala de Aula”.
Tem o objetivo de possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre e, também, consolidar uma consciência a respeito das ações de ensinar, aprender e avaliar em sala de aula, estabelecer a relação teoria e prática, promover uma postura investigativa e de análise crítico reflexiva sobre o cotidiano escolar.
A Situação Geradora de Aprendizagem propõe a análise de duas práticas fictícias, fundamentos que embasam essas ações e propõe uma reflexão sobre a atuação desse futuro pedagogo quando estiver junto a seus alunos.
As duas professoras apresentadas nas práticas analisadas desenvolvem trabalhos com métodos diferentes, uma demonstra uma postura tradicional e a outra se baseia em uma educação libertadora. Analisando essas práticas podemos constatar as particularidades de cada método e pensar em qual seria o melhor para levarmos para nossas práticas como futuros professores e pedagogos.
Desta forma, o tema desenvolvido é muito importante, pois permite uma análise da teoria sendo empregada na prática, percebendo que as duas são indissociáveis. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
Analisando as duas práticas descritas pelos estagiários citados na Situação Geradora de Aprendizagem, podemos perceber que as duas professoras direcionam seus trabalhos de forma bem diferente.
Carolina relata que em seu estágio, na sala da professora Lurdes, não foi muito bem recebida, sendo convidada a sentar no final da sala e em silêncio. A sala de aula estava organizada em fileiras e os alunos não podiam conversar sem a autorização da professora e precisavam memorizar conteúdos, porque a professora considera isso um sinal de aprendizagem, não sendo permitidos questionamentos no momento de suas explicações. Quando perguntou sobre a avaliação, constatou que a mesma ocorre apenas no final do bimestre para obtenção de uma nota.
A professora Lurdes, utiliza o método tradicional de ensino em suas aulas, um método que faz com que seus alunos cresçam somente pelo seu próprio mérito, com um professor que repassa a eles todo o conhecimento obtido, de uma forma mecânica e sem respeitar as particularidades de cada um. O professor é visto como o dono do conhecimento e o aluno um sujeito passivo que apenas recebe o conhecimento e por si só irá desenvolver suas características sociais, políticas e humanas em geral.
Segundo Jaebi, uma das desvantagens da educação tradicional é que ela põe muito valor em padrões, currículo e aprovações em testes, ao invés de um aprendizado concentrado no aluno.
O ensino não se preocupava com o interesse dos alunos, pois estes não tinham o poder de contestar e nem de dar suas opiniões, cabia aos alunos a aprendizagem crua e decorativa, e ao professor a função de transmitir conhecimentos.
O método utilizado não se preocupa com o aluno, uma vez que o aluno no ensino tradicional, visto como menos capaz, deveria procurar um ensino profissionalizante.
A pedagogia tradicional é marcada por um ensino baseado em verdades impostas, os conteúdos repassados eram basicamente os valores sociais acumulados com o passar dos tempos com o intuito de prepara-los para a vida, e esses conteúdos são determinados pela sociedade e ordenados na legislação independente da experiência do aluno e das realidades sociais.
A experiência relevante que o aluno deve vivenciar é a de ter acesso democrático às informações, conhecimento e ideias, podendo assim conhecer o mundo físico e social. Enfatiza-se a disciplina intelectual para o que se necessita de atenção e concentração, silêncio e esforço. A escola é o lugar por excelência onde se raciocina e o ambiente deve ser convenientemente austero para o aluno não se dispersar, de tal forma que o interesse seja dos alunos em geral, o ensino aberto para eles e para eles irem atrás e demonstrarem essa vontade de aprender. 
Segundo FREIRE (1996), formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. 
O autor classifica a educação tradicional como uma concepção bancária que segundo ele reflete uma sociedade opressora e discriminatória no qual os alunos são vistos como recipientes vazios onde serão depositados os conteúdos pré-definidos e os professores serão os depositantes.
Por falta de conhecimento aprofundado das bases teóricas da pedagogia ativa, falta de condições de materiais, pelas exigências de cumprimento do programa e outras razões, o que fica são alguns métodos e técnicas. Assim, é muito comum os professores utilizarem procedimentos e técnicas como trabalho em grupo, estudo dirigido, discussões, estudos de meio, etc... sem levar em conta seu objetivo principal que é levar o aluno a pensar, a raciocinar cientificamente, a desenvolver a sua capacidade de reflexão e a independência do pensamento. Com isso, na hora de comprovar os resultados do ensino e da aprendizagem, pedem matéria decorada, da mesma forma que faz no ensino tradicional. (LIBÂNEO, 1994, p. 66).
A fala de Libâneo nos mostra a importância do professor conhecer a teoria que sustenta a sua prática para não cair em erro.
 Na sala da professora Melissa, onde Pedro estagiou, a professora está sempre mudando as disposições das cadeiras, inicia a aula perguntando aos alunos o que eles conhecem dos temas em estudo, apresentando-os sempre a partir da realidade das crianças. O estagiário foi bem recebido e observou que a professora organiza projetos juntamente com os alunos, sendo a pesquisa um elemento essencial no incentivo ao caráter investigador e criativo dos alunos. Ao final do estágio, Pedro questionou a professora sobre o processo de avaliação, já que ele não presenciou nenhuma prova. A professora explicou que sua avaliação ocorre de forma contínua que visa analisar os avanços que os alunos tiveram e os desafios que precisam ser superados no processo de ensino e de aprendizagem, mas ela explicou que utiliza prova, quando necessário, para saber se os alunos compreenderam os conteúdos.
Melissa trabalha com a Pedagogia Libertadora que é o método de Paulo Freire e que não se baseia na mera alfabetização tradicional. O educador defende e incentiva o posicionamento do adulto não alfabetizado no meio social e político em que ele vive, ou seja, no seu contexto real.
Esta tendência de educação foi construída a partir dos trabalhos com educação popular, não maioria das vezes não ligada ao ensino escolar. Tornou-se referência para o processo de reflexão e crítica das práticas pedagógicas desenvolvidas pela educação formal. A educação libertadora entende que a educação tem papel primordial de transformação da sociedade.
A relação professor-aluno é ressignificada,ou seja, "quando se fala na educação em geral, diz-se que ela é uma atividade pela qual, professores e alunos, mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação social”. (LIBÂNEO, 1994, p. 64).
Desta forma, que é possível acordar a consciência do aluno para que ele seja capaz de exercer seu papel de cidadão e se habilitar a revolucionar a sociedade. O letrado pode transcender a simples esfera do conhecimento de regras, métodos e linguagens, a ser então inserido na esfera socioeconômica e política da qual fora excluído. 
O domínio das letras e das palavras é um instrumento para que o adulto alfabetizado elabore sua consciência política, conquistando um ponto de vista integral do saber e do universo que habita.
Essa linha pedagógica faz com que o estudante desenvolva em si, as categorias do pensar, do refletir, do criar, e muitas outras mais, que farão com que o estudante desenvolva em si certa autonomia quanto ao aprendizado e aos conteúdos, em que esse se dará da melhor forma para o estudante.
Paulo Freire tem uma visão de educação mais humana levantada pelo autor em contraposição à educação bancária. Tal visão ou concepção é tida como sendo problematizadora e libertadora a medida que a mesma é uma constante busca que visa com que os educandos transformem o mundo em que vivem. Para tanto, os mesmos devem compreender a realidade que os cerca através de uma visão crítica da mesma, respeitando-se sua cultura e história de vida. Baseia-se na estimulação da criatividade dos educandos e numa relação de interação entre educador e educando a medida em que procura misturar os papéis dos mesmos, pois uma das falas do autor é que ninguém educa ninguém e ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.
Esta educação libertadora proposta pelo autor tem como pilares fundamentais o diálogo e a ação. O diálogo, neste caso, é visto como horizontal e libertador e não um monólogo opressivo de educador sobre o educando. Através do mesmo pode-se gerar críticas e problematizações através de questionamentos fazendo com que o educando aprenda a aprender. Em uma ação de diálogo identifica-se dois elementos fundamentais: os interlocutores, no caso educadores e educandos, e o conteúdo do mesmo. Este, no caso da educação, é justamente o conteúdo programático da educação que nunca devem ser desvinculados da vida dos educandos. A busca pela definição do conteúdo a ser abordado inaugura um processo de diálogo entre educadores e educandos através da investigação do universo temático dos educandos ou o conjunto de temas geradores do conteúdo.
O autor propôs um método educacional como forma de proporcionar uma educação libertadora. Tal método é qualitativo e não quantitativo, onde não pode ser avaliado pela quantidade de conteúdos sobre os quais os educandos são capazes de dissertar, mas sim pelo potencial adquirido pelos educandos de transformação da sua própria realidade e do mundo que os cerca.
Paulo Freire aponta ainda que a sociedade brasileira encontra-se em um período de transição, embasado na crise social dos valores, de uma sociedade fechada, em que as massas são objetificadas, o diálogo é restrito, imerso num profundo silêncio dos marginalizados e excluídos, distanciados cada vez mais das elites. A massa popular anseia por uma nova democracia com liberdade, que não se efetiva sem luta, nesta transição de sociedade fechada para sociedade moderna.
Estabelece-se a necessidade da criação de uma pedagogia para a comunicação, que sobreponha à consciência ingênua e mágica, tornando-os seres críticos. O diálogo então se dá como a matriz desta criticidade, é uma relação direta horizontal de um indivíduo para outro.
O diálogo é a condição fundamental para esse caminho, pois só ele é capaz de comunicar, pois quando é estabelecida uma conexão de amor, esperança e fé entre as partes, este se tornam críticos sobre os questionamentos, em busca de respostas, é constituída uma relação de simpatia entre eles.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que as duas concepções são bem distintas, tendo em vista que uma está centrada no professor e a outra no aluno. 
No método tradicional, utilizado pela professora Lurdes, o aluno é um ser passivo que deve memorizar os conteúdos pré-estabelecidos, não tem voz e não interessa a sua história de vida e singularidades. O aluno deve memorizar os conteúdos para se sair bem nas provas.
Já a professora Melissa, fundamenta a sua prática na pedagogia libertadora, onde o ensino parte do aluno, de seus interesses e leva em consideração seus conhecimentos prévios. Essa educação é baseada no diálogo e na ação e ocorre uma interação entre professor e aluno, onde ninguém educa ninguém mas aprendem juntos. O diálogo nesse caso é visto como horizontal e libertador e não uma opressão do educador sobre o educando. Através do mesmo pode-se gerar críticas e problematização através de questionamentos fazendo com que o educando aprenda a aprender.
Analisando as duas práticas, fica notável que a educação libertadora é a melhor para fundamentar as práticas em sala de aula, tendo em vista que respeita a diversidade e a cultura de nossos alunos e que proporciona uma aprendizagem significativa ajudando na formação de alunos críticos e autônomos.
	
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1986.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia- Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra (Coleção Leitura), 1997.
JAEBI, Iam. Desvantagens da Educação Tradicional em sala de aula. Revista eletrônica Ehom Brasil. Disponível em: <https://www.ehow.com.br/desvantagens-educacao-tradicional-sala-aula-info_79341/> Acessado: 02/05/2020
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2ºgrau. Série formação do professor).

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