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1 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP CURSO DE PSICOLOGIA- MATUTINO/ PS6A34 PSICOLOGIA ESCOLAR FATOR DETERMINANTE DA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM COM FAMÍLIAS MANAUS-AM 2019 2 PÂMELA BORGES RODRIGUES- N1862C1 SUELEM SANTOS DA COSTA- D357581 FATOR DETERMINANTE DA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM COM FAMÍLIAS MANAUS-AM 2019 Pré-projeto de Pesquisa apresentado como requisito para obtenção de nota parcial dos alunos de Psicologia, turma PS6A34, da Universidade Paulista-UNIP. Disciplina: Psicologia Escolar. Orientadora: Fátima Falcão. 3 RESUMO Abordar o tema o papel do psicólogo no processo de ensino e aprendizagem com famílias sempre é muito desafiador. Esta pesquisa retrata a realidade onde as famílias e as escolas estão inseridas. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede estadual de ensino, com os professores e mediante observação em sala de aula, com alunos do 5° ano do ensino fundamental. Nesse sentido a pesquisa tem como objetivo compreender a importância da relação família-escola no processo de ensino-aprendizagem do educando, sendo essa a principal questão a ser respondida nessa pesquisa, para uma educação de qualidade, sobre as atuações dos profissionais em educação e o que eles tem feito para que ocorra essa interação e sobre sugestões para que ambas as partes, tanto a escola quanto a família, alcancem um objetivo em comum, de proporcionar as crianças uma educação de qualidade. Fora uma produção de cunho qualitativo, utilizando como técnicas de coletas de dados: questionários, observação e entrevistas com perguntas abertas. A pesquisa foi fundamentada por autores renomados neste assunto: Freire (1997), Vygotsky(1934), Wallon(1962), Carvalho(2002) e Paroli(2003). Este estudo é uma pequena contribuição para essa temática tão vasta, que a cada dia sofre modificações dependendo da realidade em que está sendo discutida. Palavra-chave: Aprendizagem, Escola e Família. 4 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...........................................................................5 2. INTRODUÇÃO................................................................................6 3. TEMA..............................................................................................8 4. PROBLEMA....................................................................................8 5. HIPOTESE.......................................................................................9 6. OBJETIVO.....................................................................................10 6.1. Objetivo Geral.....................................................................10 6.2. Objetivo Específico............................................................10 7. JUSTIFICATIVA............................................................................11 8. PSICÓLOGO E FAMÍLIA: FATOR DETERMINANTE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM............................12 9. EVASÃO ESCOLAR.....................................................................14 10. DESMOTIVAÇÃO DO PROFISSIONAL E A INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA..............................................................................15 11. REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................16 12. METODOLOGIA...........................................................................18 13. CRONOGRAMA...........................................................................19 14. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................20 15. CONSIDERAÇOES FINAIS..........................................................21 16. ANEXOS......................................................................................22 5 1. APRESENTAÇÃO No processo de ensino e aprendizagem a família juntamente com os professores e psicólogo tem um papel fundamental. A proposta deste trabalho é abordar o quão importante se faz com que família, professores e psicólogos caminhem lado a lado, pois, é de suma importância essa equipe multidisciplinar na vida escolar dos alunos. A análise em uma escola se fez necessária para que assim pudéssemos elaborar todo o projeto voltado a esse tema. Este trabalho foi desenvolvido através da revisão bibliográfica de livros e artigos, assim como também da pesquisa de campo realizada em uma unidade de escola pública. 6 2. INTRODUÇÃO O presente texto tem por finalidade colaborar com a discussão e reflexão sobre a necessidade do bom relacionamento entre a família e a escola para um melhor desempenho escolar das crianças, em especial as duas turmas de 5ª ano da Escola Estadual Leopoldo Neves da cidade de Manacapuru-AM, objeto de nosso trabalho. Durante o estudo encontrou-se uma infinidade de pesquisas, artigo e livros que serão destacados no decorrer deste estudo, retomando essa discussão e mostrando o quão positiva é a interação família/escola para o desenvolvimento das crianças nessa fase escolar. Observou-se, porém, que a estrutura familiar hoje cada vez mais complexa tem dificultado essa relação. Todavia, não se pretende aqui esgotar o assunto, mas apenas apontar mais alguns caminhos que a nós nos parecem relevantes para o enfrentamento das dificuldades encontradas nesse processo, ou seja, dificuldades de relacionamento entre a Família e a escola, às quais nos deparamos ao longo de nosso trabalho. A família é uma instituição base da estrutura social. Nesse sentido, apesar dos diferentes paradigmas familiares existentes ao longo do processo histórico nenhuma sociedade prescindiu dessa importante instituição. Na realidade, mesmo diante da complexa tecnologia que aproxima os indivíduos e torna a cultura determinante na sociedade, a família vem sendo revalorizada e solicitada como parceira de instituições como o Estado, a igreja e a escola no exercício de funções como a socialização dos indivíduos. Desse modo, o sucesso da educação formal no mundo atual está associado à participação da família nesse processo. Escolas e instituições educacionais de todos os níveis, no mundo inteiro, têm procurando estabelecer parcerias com as famílias objetivando aperfeiçoar o processo educacional. Segundo Carvalho: “Espera-se da família uma maior parceria. Participando com a escola do projeto educacional destinado a seus filhos. Fala-se igualmente em comunidade presente na escola” (CARVALHO, 2002, p. 18). Mas deve-se tomar cuidado para que papel da família no ensino-aprendizagem não acabe mudando o foco dos problemas da sala para a família e muito menos penalizando as famílias, convertendo as diferenças de capital cultural em resultados educacionais: pois ao contar com as famílias muitas vezes a escola pressupõe um capital econômico, social e cultural que muitas delas não possuem, algumas famílias de classes baixas, por exemplo, não dispõem de tempo, instrução e não conseguem por essas razões acompanharem os filhos. Assim, às vezes a escola acaba contribuindo para aumentar as iniquidades sociais. 7 Sendo assim, o presente trabalho analisa tal tema abordando o papel de todos os lados (aluno/professor/direção) para que assim um todo entre em harmonia para que então assim haja uma melhoria no ensino e aprendizagem desses alunos. 8 3. TEMA TEMA: Fator Determinante da Atuação do Psicólogo no Processo de Ensino e Aprendizagem com Famílias DELIMITAÇÃO: Pesquisar sobre o papel do psicólogo na escola e a sua importância no processo de ensino e aprendizagem com as famílias dos alunos, especificamente na Escola Estadual Leopoldo Neves quese encontra na cidade de Manacapuru-AM, com crianças de 5º ano do ensino fundamental. 4. PROBLEMA A discussão sobre como envolver a família no processo de aprendizagem na escola não é recente, a falta de participação dos pais no âmbito escolar de seus filhos acabam que por causar uma grande sequela no decorrer da sua vida escolar, nesse sentido busca-se no decorrer da exposição do tema responder as seguintes questões: • Qual a importância da família na educação dos filhos? • Pais participativos geram melhores resultados na vida escolar de seus filhos? • A interação entre família e escola ajuda na redução de conflitos? • Há falta de orientação por parte das escolas? • Por que o índice tão alto de falta de participação dos pais na vida escolar de seus filhos? 9 5. HIPÓTESE Levando em consideração os pontos expostos sobre tal demanda levantou-se propostas para melhoria do relacionamento entre família/escola, sendo essas: • Palestras realizadas para as famílias e professores, enfatizando a importância de sua participação na vida escolar dos alunos. • Eventos realizados pela escola com orientação do psicólogo para que haja a participação dos pais. • Projetos elaborados por professores e psicólogo viabilizando a participação da família juntamente com os alunos. 10 6. OBJETIVOS 6.1. Objetivo Geral • Gerar participação das famílias na vida escolar dos alunos, junto com a orientação do Psicólogo. 6.2.Objetivos Específicos • Fazer uma análise para que pais e professores entendam de uma forma simples e de fácil compreensão o quão importante é formarem uma espécie de equipe, para que então articulem juntos visando a colaboração e melhoria no aprendizado dos alunos, agindo em parceria, visando ações sinérgicas que sejam verdadeiramente capazes de melhorar o rendimento dos estudantes. • Identificar estratégias de aproximação entre escola e família. • Elencar possíveis prejuízos causados pela não participação da família na escola. 11 7. JUSTIFICATIVA Científica: uma pesquisa realizada pelo site: Brasil Escola, cerca de 70% dos pais visitam seus filhos na escola somente quando é solicitado, muita das vezes por ter ocorrido algum acontecimento negativo como: nota baixa, briga e etc. A ausência dos pais atualmente é grande, por isso a importância de abordar o tema, visando a melhor compreensão para que assim seja possível desenvolver estratégias para a atuação especifica mediante ao exposto. Social: Tendo em vista uma melhor compreensão sobre o tema em questão, busca-se analisar com este trabalho todas as partes desse relacionamento (escola/família) para assim compreender um todo e avaliar qual o papel de cada um neste processo. É necessário que haja um vínculo entre escola/família para um melhor rendimento dos alunos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno. (TIBA, 1996, p.140) Pessoal: Como acadêmicos de Psicologia, atualmente estudando a disciplina de Psicologia Escolar, entendemos que é relevante analisar sobre a participação de escola e pais na vida escolar do aluno, se fazendo necessário também a atuação do psicólogo nesse contexto, para que assim seja analisada a problemática e as dificuldades que essa não participação de todas as partes causam na vida escolar do aluno. 12 8. PSICÓLOGO E FAMÍLIA : FATOR DETERMINANTE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Atualmente podemos observar com frequência a ausência dos pais na vida escolar de seus filhos e os problemas de aprendizagem que isso tem acarretado. Pois segundo Lopes (2006, p. 21), os pais são atores fundamentais no processo institucional de avaliação e de acompanhamento das crianças. Dessa forma, é com os pais e demais integrantes da família, sejam eles adultos ou crianças, que ela vai interagir, iniciando seus processos de socialização e construindo suas primeiras representações sobre o mundo. A ausência familiar também é colocada por Araújo (2010, p.65), como motivo de desânimo e falta de interesse na criança e adolescente. A autora explica que a família precisa demonstrar respeito e consideração pelo ato de aprender que não se limita a ler e escrever. Mas para isso precisa mostrar com suas atitudes o devido valor estando presente na vida escolar dos filhos. O mundo capitalista no qual vivemos tem estimulado e consequentemente influenciado diretamente nas relações familiares. A necessidade de se obter o melhor para a família, a troca de valores baseada, construída em torno de uma visão capitalista, infelizmente sugere que “coisas são mais importantes do que pessoas”. Daí a situação frequente onde pais tentam compensar o tempo não gasto com seus filhos através de presentes, passeios etc. Afirmando - se na fala de Itiba (2002, p.36) e Steinberg (2005, p.52) onde é colocado que alguns dos principais motivos que levam os familiares a não acompanharem os seus filhos são o trabalho e a não participação da vida dos mesmos. Podemos assim perceber a falta de compreensão dos pais a visão de que estar presente não é somente suprir as necessidades financeiras ou fisiológicas de uma criança, mas também expressar o cuidado, o diálogo em construção e manutenção de vínculos. Segundo Veiga (2000), os estudos que avaliam a importância da autoestima no bom desenvolvimento das crianças proliferam nos países desenvolvidos, onde os problemas básicos já foram resolvidos e é possível se concentrar nas angústias da alma. O que se faz necessário levar em consideração o baixo rendimento na aprendizagem pela ausência de estímulos dos pais com essas crianças pois “sob o ponto de vista behaviorista, a pedagogia entende o aprendiz não como uma máquina de acúmulo de conhecimentos, mas um indivíduo único e modificado para o resto da vida” (SKINNER apud REIS, 2009, p. 37). 13 Essa ausência dos pais tanto no âmbito escolar quanto no âmbito familiar comprometem o desenvolvimento da criança que "algumas vezes consegue compartilhar sua vida em outra esfera social, mas muitas vezes, vítima da negligência dos pais, cresce sem amparo e sem atenção." (GOMIDE, 2005, p. 74). De acordo com Isabel Parolin, Psicopedagoga e Mestra em Psicologia da Educação é a família que dará noções de poder, autoridade, hierarquia, funções que têm diferentes níveis de poder e onde aprendem habilidades diversas como adaptar-se às diferentes circunstâncias, a flexibilizar, a negociar, enfim, desenvolver o pertencimento da criança ao seu núcleo familiar. À medida que a criança vive em família e se submete aos seus rituais, processo e desenvolvimento, ela vai se individualizando, diferenciando-se em seu sistema familiar. Quanto mais as fronteiras entre os membros da família estiverem nítidas, mais possibilidade de individualizar-se a criança terá (PAROLIN, 2002, p.37). Por conta dessa falta de participação o Psicólogo no âmbito escolar, precisa elaborar estratégias para que esse índice de não participação dos pais diminua. Tendo em vista também que pais e professores devem trabalhar juntos para que assim melhore o aprendizagem dos alunos. 14 9. EVASÃO ESCOLAR A evasão escolar tem sido um problema em todo o mundo, como aponta a Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2018, aproximadamente 258 milhões de crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, abandonaram as salas de aulas. Segundo dados da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM), no Amazonas, o número chegou a mais de 34 mil alunos que abandonaram os estudos na rede pública de ensino no ano de 2018. A criança quando vai para a escola leva consigo toda uma herança sócial e histórica, agregada pela família e que continua a ser influenciada pelos constructos familiarese pelas motivações que lhe são ou não oferecidos, neste ambiente. Faz-se necessário discutir as principais dificuldades em inserir os pais no convívio escolar de seus filhos e buscar possíveis soluções para as questões emergidas na relação família- escola pois é de grande importância a motivação dos responsáveis para que essas crianças continuem a frequentar as escolas e tenham um bom rendimento no processo de aprendizagem. A Seduc-AM informou também que está estudando a implantação de projetos pedagógicos com foco na saúde mental dos alunos. Segundo a pasta, ano passado foram realizadas diversas oficinas voltadas para informação e conscientização, entre elas palestras informativas sobre o bullying. “Todos os casos de conhecimento dos gestores da Seduc-AM são encaminhados para os profissionais do quadro da secretaria [psicólogos e assistentes sociais], que mantém uma parceria com a rede básica de atendimento de saúde”, informou em nota. 15 10. DESMOTIVAÇÃO DO PROFISSIONAL E A INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA Alguns professores que trabalham com crianças “esquecidas” pelos pais, já ouviram muitos de seus alunos a sutil proposta de serem adotados, de os levarem para casa etc. É muito interessante observar a postura dessas crianças que “gritam em seus corações” por presença paterna e por incrível que pareça isso atrapalha o processo de ensino-aprendizagem. Os professores de certa forma não são preparados em sua formação para lidar com alguns problemas típicos da rotina de educador. Muitos desses professores se queixam de uma formação que não está voltada para a realidade do dia-a-dia escolar. “Sem critérios bem definidos para a implementação dos programas acabam sendo oferecidos, a título de formação continuada, cursos de curta duração, palestras e seminários que não têm o poder de acompanhar a evolução do professor nem de mudar a forma como ele trabalha.” (MARTINS, 2008, p. 54- 61). Muitos pais tem uma visão incompreensível do papel da escola na aprendizagem de seus filhos. A maioria tem um olhar de cobrança para os professores, diretores, coordenadores, sem considerar o quanto o seu reconhecimento para a importância desses profissionais se faz importante também para a criança que muitas vezes são o reflexo do que aprendem com os seus responsáveis. O que se afirma na fala de Fernandez ao dizer que "percebe-se que o conhecimento da família do aprendiz e sua modalidade de aprendizagem são muito importantes para o trabalho educacional" (FERNANDEZ apud PAROLIN, 2002, p.37). A questão da falta de estímulo e desvalorização dos professores é algo sério e que pesa muito na queda da qualidade do ensino no Brasil. Uma reportagem realizada por Ana Rita Martins, Beatriz Santomauro e Rodrigo Ratier da Revista Nova Escola compara a valorização de Educadores brasileiros com educadores finlandeses, japoneses e coreanos e relata o investimento que o governo desses países realiza na formação continuada desses profissionais além de vários estímulos financeiros e morais (MARTINS, 2008, p. 58 – 61). Nesse ponto é crucial a participação do psicólogo, pois ele pode tratar no individual com os professores, auxiliando para que eles entendam a sua importância no processo de ensino, sendo assim exerçam seu papel com mais motivação. Com os pais pode realizar palestras voltadas também para a importância da sua participação e quais as consequências casso isso não ocorra. Todos esses processos visam a melhoria da aprendizagem dos alunos. 16 11. REFERENCIAL TEÓRICO A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por profundas transformações ao longo da história. Estas mudanças acabam por interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma que a família, em vista das circunstâncias, entre elas o fato de as mães e/ou responsáveis terem de trabalhar para ajudar no sustento da casa, tem transferido para a escola algumas tarefas educativas que deveriam ser suas. De acordo com Vygotsky (2007, p. 49) “Não devemos procurar culpados no processo de ensino e aprendizagem, e sim responsáveis que participam da escolarização do aluno, haja vista que todos os envolvidos no processo de aprendizagem, pais, professores, alunos, direção da escola, concordam que o objetivo final da escolarização é a aprendizagem do aluno.” Segundo o autor, não há responsáveis no processo de ensino, tendo em vista que todos: pais, professores, direção da escola e alunos, tem que forma uma equipe que trabalhe com base na colaboração e compartilhamento. Porém, um pai que procura saber sobre a relação dos filhos com os professores, seu comportamento em sala de aula, notas e dificuldades nas matérias normalmente está disposto a ajudar o professor a vencer os desafios e sala, adotando medidas complementares em casa. Isso inevitavelmente, promove um melhora no desempenho do aluno. Vale ressaltar que tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança; no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. ( Parolin, 2003, p. 99). A eficácia do professor aumenta quando a criança já chega à escola com bons hábitos. As crianças aprendem melhor com esses estímulos vindo da família. Isso independe do nível socioeconômico da família. Se os pais interagem de forma contínua e buscam resolver os problemas imediatamente considerando sempre as causas dos conflitos e dificuldades, certamente eles encontrarão juntos as soluções que favoreçam a família, os educadores, a instituição e, principalmente, os alunos. Essa é a razão de ser da parceria entre a escola e a família. A escola deve ser sólida, e o princípio dessa solidez é ouvir a criança, não basta apenas entra em sala e apenas passar um conteúdo e findar falando, sem deixar espaço para as dúvidas do aluno sem ao menos sequer ouvir a criança, saber suas dificuldades, para que assim relacionado a dificuldade desta seja criada ações para envolver a família neste contexto para 17 assim solucionar o problema de forma viável para então ajudar no aprendizado desse aluno. Para Paulo Freire, Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidades, às perguntas dos alunos, as suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento (Freire, 1996, p. 47). Freire enfatiza nesse trecho que o papel do professor não é de somente ensinar, mas de ser aberto para que os alunos façam suas próprias indagações, sendo assim, contribuir no processo de construção do pensamento crítico do aluno fazendo com que ele não se acomode somente com o que é passado, buscando entender e fazer uma alto indagação concernente ao assunto exposta, essa construção critica a criança vai levar pelo resto da vida, a pessoa parece então ultrapassar-se a si mesma. Procura um significado, uma justificação, para as diversas relações de sociedade que outrora tinha aceite e onde se parecia ter apagado. Confronta valores e avalia-se a si própria em relação a eles. (Wallon, 1995, p. 208). É nesta fase que a escola e a família tem um papel primordial, pois auxiliam nessa construção psíquica da criança, no qual intervém diretamente com seu processo de aprendizagem, é na fase escolar que a criança começa a ter uma relação em sociedade (no caso com seus colegas em sala), por conta disso escola/família precisam andar lado a lado para que assim possa ser construída uma relação de confiança e comodidade a essa criança, levando também a influenciar noseu aprendizado de uma forma positiva, porém para isso é necessário que haja esse vínculo entre essas duas partes que se fazem tão necessária na vida de um aluno nessa fase de aprendizado. 18 12. METODOLOGIA Pesquisa bibliográfica realizada em campo com técnica exploratória e de observação, foi realizada em uma escola de ensino fundamental das series iniciais, porem o objeto de estudo foram duas turmas de 5º ano, sendo usado como instrumento de coleta de dados a observação e perguntas abertas feita para toda a turma. Ao ser feita as perguntas foi possível observar que a maioria levantou a mão quando se foi perguntado se seus pais iam as reuniões, porém o próprio professor de sala pediu para que eles fossem mais sinceros, a maioria ficou tímido, mas, quando refeita a pergunta houve menos braços levantados. Se realizou uma pergunta no qual toda a turma levantou a mão “levanta a mão quem se sente feliz e motivado quando seus pais vem a escola”, todos levantaram a mão, ocasionando assim a certeza de que a presença dos pais no âmbito escolar influencia muito no processo de aprendizado. Se foi utilizado como auxilio na pesquisa livros e artigos, na técnica de observação e entrevista com perguntas abertas, se foi utilizado: caneta e caderno. 19 13. CRONOGRAMA Orientação sobre o relatório em sala 13/11/2019 Reunião em Grupo 13/11/2019 Pesquisa em Campo 27/08/2019 Pesquisa Bibliográfica 15/11/2019 Pesquisa sobre a Evasão Escolar 19/10/2019 Montagem do Conteúdo do Relatório 20/11/2019 Entrega do Relatório 21/11/2019 20 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, podemos concluir que a participação da família e do psicólogo é de suma importância no seu processo de ensino aprendizagem, pois a família é e sempre será a base de todos os avanços e a concretude da vida em sociedade, tornando-se essencial a sua participação. Já que é no meio familiar, que a criança desenvolve sua primeira zona de conhecimento. E para que isso seja concretizado, temos como autor o Psicólogo, profissional este que atua para promover melhorias do desempenho do aluno, além de conscientizar pais e professores a trabalhar em equipe a favor do alunado, com isso juntos promovendo o processo de construção dos saberes. Se não há um vínculo entre pais e professores o psicólogo articula meios para que se crie esse vínculo, pois é importante que esse exista. Por conta disso é essencial o papel do psicólogo no meio escolar, para que não somente trabalhe com os professores, mas como também com pais e alunos, para que assim se construa um ambiente propicio para o aluno desenvolver o seu processo de ensino e aprendizagem com a participação de todos há um aumento no desenvolvimento deste aluno. 21 15. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, M.E.P. Modos de educação, gênero e relações escola-família. Disponível em: http:/biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/12415.html. Acesso em: 06 de Setembro de 2019. CARVALHO, E. E. A Participação da Família na Escola e as suas Implicações na Formação Social da Criança. Psicologando, outubro 2017. Disponível em:https://www.google.com/amp/s/psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento- humano/a-participacao-da-familia-na-escola-e-as-suas-implicacoes-na-formacao-social-da- crianca/amp. Acesso em: 18/11/19. DE PAULA, P. Vídeo: mais de 34 mil alunos abandonaram os estudos em 2018, no AM. Emtempo, 19 de setembro de 2019. Disponível em: https://emtempo.com.br/ciencia-e- tecnologia-educacao/172947/video-mais-de-34-mil-alunos-abandonaram-os-estudos-em- 2018-no-am. Acesso em: 18/11/2019 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. MELO, L. G. Evasão escolar: por ano, 77 mil jovens abandonam escolas estaduais no Amazonas. Acrítica, 08/02/2019. Disponível em:https://www.acritica.com/channels/manaus/news/evasao-escolar-por-ano-77-mil-jovens- abandonam-escolas-estaduais-no-amazonas. Acesso em: 18/11/2019. PAROLIN, Isabel. Relação família e escola: Revista atividades e experiências. São Paulo: Positivo. 2008. VIGOTSKI, L.S. (2001). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes.. VIGOTSKI, L.S. (2007). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes. WALLON, Henri. (2005). A evolução psicológica da criança. Portugal: Edições 70. 22 16. ANEXOS 23 Fotografia 1 Fonte: Próprio autor. 2019 Fotografia 2 Fonte: Próprio autor. 2019 24 Fotografia 3 Fotografia 4 Fonte: Próprio autor. 2019 Fonte: Próprio autor. 2019