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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL – CRIANÇAS Profa Dra Glauciane Lacerda Miranda profadraglaucianelacerda@gmail.com mailto:profadraglaucianelacerda@gmail.com Proteção e investimento na criança • Estratégia de desenvolvimento, superação das desigualdades entre os países. • Principais causas de adoecimento e morte em crianças evitadas com ações e tecnologias simples, prioritárias pelo Ministério da Saúde (MS): • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; • Incentivo ao aleitamento materno; • Controle das Infecções Respiratórias Agudas (IRAS); • Controle das Doenças Diarréicas e Terapia de Reidratação Oral (TRO); • Controle das doenças imunopreveníveis (imunização). • É considerado um dos melhores indicadores para avaliar o estado de saúde e nutrição de crianças. • Utilizado como indicador de desenvolvimento econômico e de saúde geral de uma nação (Nível populacional). Ação central da vigilância nutricional infantil Fatores Intervenientes no Crescimento e Desenvolvimento – genéticos – metabólicos – malformações – alimentação – saúde – higiene – habitação – cuidados gerais com a criança Condições necessárias para que as crianças possam desenvolver seu potencial genético de crescimento Padrão de Crescimento • Fatores de risco para o Crescimento • Baixo peso ao nascer; • Baixa escolaridade materna; • Gemelaridade; • Intervalo intergestacional curto (inferior a dois anos); • Criança indesejada; • Desmame precoce; • Mortalidade em crianças menores de 5 anos na família; • Condições inadequadas de moradia; • Baixa renda; • Desestruturação familiar. Principais métodos para avaliar o estado nutricional do ponto de vista clínico e epidemiológico Inquérito dietético Determinantes bioquímicos Avaliação clínica e antropométrica Antropometria • Recomendada como o principal método de avaliação do crescimento infantil. • Ação central da vigilância nutricional infantil. • Aplicável em todas as fases do ciclo da vida • Permite a classificação de indivíduos em diferentes graus de nutrição • É barato e simples • É de fácil aplicação e padronização • Pouco invasivo Pesando crianças até 2 anos ou com até 16 Kg Medindo crianças até 2 anos Medindo crianças até 2 anos Pesando e Medindo crianças com mais 2 anos Perímetro Cefálico (PC) • Relacionado com o crescimento cerebral, desnutrição precoce e desenvolvimento neuromotor; • Fornece dados sobre a nutrição desde a concepção até 2 anos de idade; • Indicador menos sensível do crescimento, e o último a ser afetado pela desnutrição. Perímetro Cefálico (PC Medido ao redor do crânio com fita posicionada anteriormente acima das sobrancelhas, e posteriormente na região occipital, procurando sempre o maior diâmetro da cabeça e deixando livre as orelhas. Recém Nascidos • a) Peso ao nascer • Primeiro diagnóstico nutricional, feito no momento do nascimento. • Retrata as condições de crescimento intra-uterino, podendo refletir problemas nutricionais ocorridos durante a gestação. WHO, 1995: adotado pelo MS Recém Nascidos • BPN - maior risco de morbi-mortalidade nos primeiros anos de vida, com desnutrição sub-seqüente, podendo apresentar seqüelas em seu desenvolvimento físico e intelectual, com dificuldades de aprendizagem na vida escolar. • Má nutrição materna, fumo, Álcool, Outras drogas, Hipertensão materna, Doenças infecciosas crônicas, Baixo intervalo interpartal, Gestação múltipla, Partos cesáreos precoces. 8,1 % X 6,0 % - países desenvolvidos (UNICEF, 2008) Recém Nascidos • Utilizado para melhor compreender as condições nutricionais ao nascimento. – Pré-termo: nasce com menos de 37 semanas; – A termo: nasce entre 37 e 42 semanas; – Pós termo: nasce com mais de 42 semanas. Recém Nascidos • Nascimento antes da data prevista, provavelmente teria alcançado o peso adequado se completasse o tempo da gestação. • ocorreu uma Restrição do Crescimento Intra-uterino (RCIU), sinal provável de má nutrição materna - PIG (Pequenas para a Idade gestacional). Cálculo da Idade Gestacional • Uso do calendário: somar o número de dias do intervalo entre a DUM e data da consulta, dividindo o total por sete → resultado em SG • Uso de disco gestacional (gestograma) (Caderno Atenção Básica Pré-natal Baixo Risco, 2012) Cálculo da Idade Gestacional • Início, meio ou fim do mês, considerar como DUM os dias 5, 15 e 25. • Usar calendário ou Gestograma. Definindo a SG Semana + 1, 2 ou 3 dias → semanas completas Semana + 4, 5 ou 6 dias → semana seguinte Ex: IG = 10 semanas + 3 dias → 10ª SG Ex: IG = 10 semanas + 5 dias → 11ª SG Recém Nascidos • Relaciona-se com o Crescimento Intra-Uterino e com o grau de maturidade morfofisiometabólica do RN. • Avaliação através das Curvas de Crescimento Intra-Uterino de Williams et al. (1982), recomendadas por WHO (1995). Curvas crescimento intra-uterino de Willian et al, 1982 (WHO,1995) ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS Expressa a massa corporal para idade cronológica. • Capaz de detectar desequilíbrio nutricional precocemente. • Se avaliado em um único momento não deixa claro se o processo que levou ao déficit nutricional é recente ou de longo prazo; • Pode causar má interpretação da criança desnutrida e edemaciada. ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS Expressa o crescimento linear. • Indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança. • Não é adequado para avaliar medidas de intervenção à curto prazo – é menos sensível a pequenas oscilações nutricionais. ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS Expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. • Reflete comprometimento mais recente do peso (wasting ou “emagrecido”) • Reflete excesso de massa corporal para a estatura • Melhor índice para avaliar medidas de intervenção à curto prazo (resposta rápida) Atualmente presente na caderneta de saúde da criança. – opção válida e recomendada pela OMS. Caderneta de Saúde da Criança • Instrumento capaz de articular as cinco ações prioritárias do MS. • Retrato da vida da criança, e se utilizado correta e plenamente, permite a visualização do seu estado de saúde e nutrição. • Atualmente é usado para orientar o monitoramento nutricional de crianças menores de 10 anos. Caderneta de Saúde da Criança Mudanças consecutivas na caderneta da criança, presença paralela de diversos modelos na rotina das unidades • Referência utilizada para a curva de crescimento - NCHS 1977 OMS 2006, OMS 2007; • Inclusão de índices antropométricos; • Expressão dos pontos de corte em Z escore. Evolução da Caderneta de Saúde da Criança 2002 2007 2010 Cadernetas 2007 x 2010 2007 • Caderneta única para menino e menina; • Gráficos no interior da caderneta em azul para meninos e em rosa para meninas • índice PESO/IDADE (percentis) de 0 a 2 e de 2 a 5 anos • índice ESTATURA/IDADE (percentis) de 0 a 2 e de 2 a 5 anos • índice PESO/IDADE e ESTATURA/IDADE (percentis) de 5 a 10 anos • Padrão de referência: OMS 2006 de 0 a 5 anos e NCHS 1977 de 5 a 10 anos • Pontos de corte: p3, p10, p50 e p97 2010 • Caderneta separada para menino e menina; • Gráficos no interior da caderneta para os grupos de 0 a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos: - índice PESO/IDADE (scores z) • índice COMPRIMENTO/ALTURA IDADE (scores z) • índice IMC/IDADE (scores z) • Padrão de referência: OMS 2006 de 0 a 5 anos e OMS 2007 de 5 a 10 anos • Pontos de corte: P/I e A/I → + 2, -2, -3. IMC/I → + 3, + 2, +1, -2, -3 Classificação EN – de 0 a 10 anos não completos(OMS, 2006) Fonte: Adaptado de Organización Mundial de la Salud. Curso de Capacitación sobre la evaluación del crecimiento del niño. Versión 1 – Noviembre 2006. Ginebra, OMS, 2006. Mariana – 10 meses; 70 cm Canal de Crescimento – SatisfatórioSituação de Alerta • Traçado Descendente – Sinal de Perigo • A curva de crescimento de uma cç que está crescendo adequadamente tende a seguir um traçado paralelo à linha verde, acima ou abaixo dela. • Qualquer mudança rápida nessa tendência deve ser investigada para determinar a causa e orientar a conduta. • Um traçado que cruza uma linha de escore z pode indicar risco. • O profissional de saúde deve interpretar o risco baseado na localização do ponto (relativo à mediana) e na velocidade dessa mudança. Classificação – PI de 0 a 5 anos (OMS, 2006) IV Diretriz Brasileira de Obesidade, 2016
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