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SÍNDROME DE BURNOUT

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SÍNDROME DE BURNOUT: O SOFRIMENTO PSÍQUICO DOS PROFESSORES DA ATUALIDADE
ALEXANDRA PENASSI
ANA LUCIA DOMINGUES
DÉBORA MELO
LUCIANA DENARDI
RENE SOUZA
Para dejours, 1993 a saúde mental não é a ausência do sentimento de angústia, nem tão pouco uma conformidade deste sentimento. A saúde está na esperança, nas metas e objetivos pensados e desejados. Ou seja, o que faz o ser humano se manter vivo, não são apenas as realizações, mas o “ desejo”. 
Resumo E INTRODUÇÃO
Analisar as mudanças e transformações, que vem ocorrendo no ambiente escolar e na sociedade; 
 Fazer os levantamentos a partir dos estudos bibliográficos, identificando na literatura científica, os principais fatores de risco ao docente, pesquisar estudos conduzidos acerca da Síndrome nos docentes, prevenção, diagnóstico e tratamento;
Compreender como o mal-estar docente tem afetado a profissão e propor reflexões aos profissionais para que estejam mais preparados para lidar com as suas emoções e sentimentos no ambiente de trabalho, sentindo-se mais motivados, de maneira a não adoecer e nem desistirem da profissão; 
Analisar as consequências que a Síndrome traz ao professor à luz da Psicanálise; 
 RESUMO E INTRODUÇÃO
 HIPÓTESES
 Está sendo dada a devida atenção à saúde mental do professor? 
 Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout? 
 Quais consequências podem causar ao indivíduo, na velhice? 
 De que maneira a Psicanálise pode contribuir na prevenção e tratamento dessa Síndrome?
Capítulo 1- A SÍNDROME DE BURNOUT NA LITERATURA NACIONAL 
Trata-se de uma doença ocupacional reconhecida pela previdência social no ano de 1999, Decreto 3.048/1999;
O Ministério da Saúde (2002) define a Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, como um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no ambiente de trabalho e a incluiu na relação de doenças ocupacionais, classificando-a como um transtorno mental e do comportamento relacionado ao trabalho, por meio do Código Internacional de Doenças, código Z73.0
O Burnout segundo Maslach e Jackson, 1981, é constituída por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho;
CAPÍTULO 1 -
No Brasil a Síndrome de Burnout teve as suas pesquisas iniciadas em meados da década de 1970;
 Algumas iniciativas analisaram a produção científica sobre Burnout, no período de 1999 a 2015, porém a maior concentração está entre 2011 e 2015, tendo destaque os anos de 2012 e 2014. Porém não houve um aumento relevante ao longo dos anos. 
De acordo com Carlotto e Câmara, 2008 a distribuição das publicações por ano se apresentou de forma irregular. Esta realidade também foi observada por Ferrari et al. (2012), na medida em que não houve regularidade (aumento constante das produções) ao longo dos anos que analisaram;
É importante que novos estudos de análises da literatura e pesquisas robustas, sejam realizadas no sentido de prevenir e tratar essa síndrome que afeta os trabalhadores que iniciam a carreira como adultos jovens, perpassando pela fase adulta e continuando na velhice. 
Capítulo 2 – o que é a síndrome de burnout
O termo Burnout ( queimar-se de dentro para fora), foi usado pela primeira vez em 1974 por Freudenberger, que denominou esse termo para um tipo de profissionais de ajuda;
SB – esgotamento físico e mental – forma mais grave de estresse no trabalho; 
Não se caracteriza por um trabalho excessivo, mas sim podermos comparar como uma lacuna entre esforço e recompensa, onde deixou de produzir a recompensa esperada;
Neubauer – 1999 - Burnout constitui um estado de fadiga ou frustração causado pela devoção a uma causa, estilo de vida ou por um relacionamento que deixou de produzir a recompensa esperada;
Maslach e Leitter- 1999 – definiram Burnout – em 3 componentes: exaustão emocional, ou física, perda do sentimento de realização no trabalho com a produtividade rebaixada, despersonalização;
3 categorias de sintomas: fisiológicos, emocionais e cognitivos e produtividade diminuída;
Cápítulo 2- 
A Sintomatologia - Benevides Pereira, 2002 – abrange: 
Sintomas físicos ( fadiga, dores musculares, distúrbios do sono, enxaqueças, entre outros)
Sintomas psíquicos( falta de atenção e concentração, alteração de memória, sentimento de alienação, e de solidão, impaciência, entre outros)
Sintomas Comportamentais ( irritabilidade, agressividade, dificuldade de aceitar mudanças, perda de iniciativa, atitudes defensivas, tendência ao isolamento, perda de interesse pelo trabalho e lazer, onipotência e ironia
Para Codo e Vasques-Menezes, 2000 p. 240 “Burnout é uma resposta ao estresse laborial crônico, não devendo contudo ser confundido com estresse”
Capítulo 3- prevenção, DIAGNÓSTICO E tratamento
A Síndrome de Burnout vai se instalando no sujeito de maneira lenta e gradual, progressivamente, aparecendo sinais de fadiga, tensão, irritabilidade, ansiedade, exigindo adaptação psicológica, refletindo no trabalho, reduzindo seu interesse e a sua responsabilidade pela função;
O indivíduo produz trocas de atitudes e condutas com o intuito de defender-se das tensões, ocasionando comportamentos como: distanciamento emocional, rigidez, fuga e até aversão;
 Estudo conduzido em escolas da rede municipal de João Pessoa, Paraíba constatou...
PARA A PREVENÇÃO algumas ações são necessárias, como por exemplo, a redefinição e a organização dos processos de trabalho, percebendo o real significado do trabalho, sem sentir-se coagido por normas e políticas rígidas. É preciso pensar em estratégias para prevenir a síndrome, enfatizando valores humanos no ambiente de trabalho, fazendo dele uma fonte de saúde e realização. 
Capítulo 3- prevenção e tratamento
O DIAGNÓSTICO da síndrome de Burnout   é realizado por profissionais de saúde mental,  seja ele psicólogo ou psiquiatra. A partir dos sintomas apresentados, historia  pessoal e contextualização do momento atual, o profissional realiza o diagnóstico;
O TRATAMENTO, em muitos casos, será necessária a associação de medicação e psicoterapia com psicólogo especializado e, ser for o caso uso de medicação para ajudar a diminuir os sintomas;
A psicoterapia é um ponto fundamental para o tratamento da síndrome de Burnout. As sessões consistem em uma avaliação da vida do paciente a fim de compreender os principais agentes estressores e iniciar uma proposta de mudança comportamental. A psicoterapia ajudará a reduzir os sintomas, mudar padrões comportamentais inadequado, diminuir a ansiedade, treinamento de gerenciamento de estresse, e reestabelecer o equilíbrio. 
Capítulo 4- o mal estar docente e as consequências para o psiquismo 
 Os professores, são os mais propensos ao risco de sofrimento psíquico comparado a outras profissões;
As modificações e adaptações das habilidades e competências que os professores tem que desempenhar para o exercício da profissão contribuem para o crescente desgaste da sua saúde mental;
Burnout é uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional, surgindo um estresse crônico e prolongado, atingindo pessoas sem antecedentes psicopatológicos;
A síndrome não ocorre como um resultado de eventos traumáticos isolados, e nem tão pouco ocorre de repente. Trata- se de um processo acumulativo, onde os indícios são pequenos sinais de alerta, que, quando não conseguem ser percebidos, podem levar o profissional a sensação de quase terror mediante a ideia de ter que ir ao ambiente de trabalho.
CAPÍTULO 4 
Freud, 1930 p. 83 afirma que o sofrimento é um sintoma do mal-estar na cultura, pois a vida cotidiana, tal qual a encontramos é árdua demais para nós; proporciona-nos muito sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis. A fim de suportá-la, não podemos pensar as medidas paliativas. 
A angústia desencadeia o sofrimento psíquico, como um sinal de mal-estar instalado na sua prática pedagógica;
Característicasapresentadas pelo sofrimento: dores de cabeça. Irritabilidade, desânimo, tristeza, cansaço físico, caracterizando um quadro de depressão, ou seja, sintomas relacionados à subjetividade e ao desgaste psíquico;
Segundo Codo, 2002 a Sindrome de Burnout configura-se como um sentimento crônico de desânimo, de apatia e despersonalização;
Dejours, 1992 – a falta de significação, a frustração narcísica, a inutilidade dos gestos - acontecem por não haver mais afinidade com o trabalho;
O professor precisa ser cuidado e não somente cuidar. Precisa ser valorizado em suas organizações transformando a sua angústia em criatividade. 
CAPÍTULO 5 – INTERVENÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
NEUROPSICOLOGIA – Estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano;
A interlocução SAÚDE DO TRABALHO; 
Um meio para contribuir com a saúde e o desempenho dos profissionais no mercado de trabalho; ( EXEMPLO – PROFESSORES – que estão expostos a inúmeros fatores de risco referentes á Síndrome de Burnout)
Uma ferramenta para o tratamento das doenças do trabalho;
NEUROCIÊNCIA - pressupõe o comprometimento cognitivo como consequente manejo do processamento emocional tipificado pela exaustão, despersonalização e baixa realização profissional. 
 Maslach Burnout Inventory (MBI)
 (instrumento de avaliação para sb) 
O MBI foi o primeiro instrumento a ser criado visando avaliar a incidência da síndrome de burnout. Ele foi elaborado por Christina Maslach e Susan Jackson em 1978, e hoje tem sido um instrumento amplamente utilizado nas diversas profissões para avaliar como os profissionais vivenciam seus trabalhos;
Esse inventário no decorrer dos anos passou por um longo processo de validação em vários países, inclusive no Brasil;
O conceito de burnout se concretizou a partir da elaboração do MBI, pois a definição da síndrome que é mais aceita nos dias de hoje é resultado da análise fatorial deste instrumento, que conceitualiza a síndrome como sendo caracterizada pela Exaustão Emocional, Despersonalização e Falta de Realização Pessoal (Gil-Monte, Peiró, 1997). 
A versão atual do MBI é composta por 22 perguntas fechadas relacionadas à frequência com que as pessoas vivenciam determinadas situações em seu ambiente de trabalho.
 Apresenta escala do tipo Likert, com escala ordinal variando de 1 a 7 (1-nunca, 2-algumas vezes por ano, 3-uma vez por mês, 4-algumas vezes por mês, 5-uma vez por semana, 6-algumas vezes por semanas e 7-todos os dias). 
 Versão atual do inventário 
Quadro 1- Variáveis do MBI 
SB1. Sinto-me emocionalmente esgotado (a) com o meu trabalho.
 SB2. Sinto-me esgotado (a) no final de um dia de trabalho. 
SB3. Sinto-me cansado (a) quando me levanto pela manhã e preciso encarar outro dia de trabalho. SB4. Posso entender com facilidade o que sentem as pessoas.
 SB5. Creio que trato algumas pessoas como se fossem objetos. 
SB6. Trabalhar com pessoas o dia todo me exige um grande esforço. 
SB7. Lido eficazmente com o problema das pessoas. SB8. Meu trabalho deixa-me exausto (a). 
SB9. Sinto que através do meu trabalho influencio positivamente na vida dos outros.
 SB10. Tenho me tornado mais insensível com as pessoas. 
SB11. Preocupa-me o fato de que este trabalho esteja me endurecendo emocionalmente. 
SB12. Sinto-me com muita vitalidade. 
SB13. Sinto-me frustrado (a) com meu trabalho. 
SB14. Creio que estou trabalhando em demasia.
 SB15. Não me preocupo realmente com o que ocorre às pessoas a que atendo. 
 SB16. Trabalhar diretamente com as pessoas causa-me estresse. 
SB17. Posso criar facilmente uma atmosfera relaxada para as pessoas. 
SB18. Sinto-me estimulado (a) depois de trabalhar em contato com as pessoas.
 SB19. Tenho conseguido muitas realizações em minha profissão. 
SB20. Sinto-me no limite de minhas possibilidades. 
SB21. Sinto que sei tratar de forma adequada os problemas emocionais no meu trabalho. 
SB22. Sinto que as pessoas culpam-me de algum modo pelos seus problemas. 
Fonte: Maslach Burnout Inventory É preciso acentuar que cada item do MBI corresponde a uma das três dimensões da síndrome (Codo, Vasques, 1999), sendo que para a Exaustão Emocional existem 9 itens (1, 2, 3, 6, 8, 13, 14, 16 e 20), para a Despersonalização 5 itens (5, 10, 11, 15 e 22) e para a Baixa Realização Pessoal 8 itens (4, 7, 9, 12, 17, 18, 19 21). 
Conclusão 
Projetos para a promoção de saúde mental dos profissionais que lidam diariamente com situações estressantes que venham causar prejuízos a saúde física e mental;
As consequências podem ser devastadoras para os sistemas, sejam eles educacionais ou da área da Saúde onde muitos profissionais desistem da profissão, e outra parcela adoece. A síndrome de burnout é hoje um dos danos laborais de caráter psicossocial mais importante da sociedade (Carlotto, 2010);
O mal –estar é ocasionado pela angústia, assim o sofrimento psíquico precisa ser ressignificado; 
 O profissional precisa aceitar a realidade para conseguir dar um novo sentido a sua vida pessoal e profissional, procurando ajuda psicológica, psiquiátrica, caso não consiga realizar isso sozinho;
Em relação às organizações – Elas precisam ajudar seus profissionais, pois Burnout é um problema social, não apenas do indivíduo;
O ser humano estará sempre buscando preencher o que lhe falta ( o professor, por exemplo na ação docente, alimentando-se de novidades) 
 Freud ( 1923-1925) 
“ O SER HUMANO ESTÁ SUBMETIDO À IMPOSSIBILIDADE DA SATISFAÇÃO PLENA, EM FUNÇÃO DA DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO.”
 OBRIGADO!

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