Buscar

Proc Psico Básicos - Motiv , Pensam e Linguagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Proc. Psico. Básicos – Motiv., Pensam. E Linguagem
TEMA 01 – MOTIVAÇÃO	2
MÓDULO 01	2
VERIFICANDO O APRENDIZADO	3
MÓDULO 02	4
VERIFICANDO O APRENDIZADO	6
MÓDULO 03	7
VERIFICANDO O APRENDIZADO	9
TEMA 02 - EMOÇÃO	10
MÓDULO 01	10
VERIFICANDO O APRENDIZADO	13
MÓDULO 02	13
VERIFICANDO O APRENDIZADO	17
TEMA 03 – LINGUAGEM	18
MÓDULO 01	18
VERIFICANDO O APRENDIZADO	20
MÓDULO 02	21
VERIFICANDO O APRENDIZADO	23
MÓDULO 03	24
VERIFICANDO O APRENDIZADO	26
MÓDULO 04	27
VERIFICANDO O APRENDIZADO	29
TEMA 04 – PENSAMENTO	30
MÓDULO 01	30
VERIFICANDO O APRENDIZADO	31
MÓDULO 02	32
VERIFICANDO O APRENDIZADO	35
MÓDULO 03	35
VERIFICANDO O APRENDIZADO	36
MÓDULO 04	37
VERIFICANDO O APRENDIZADO	41
TEMA 05 (CRÉDITO DIGITAL) – INTELIGÊNCIA	42
MÓDULO 01	42
VERIFICANDO O APRENDIZADO	44
MÓDULO 02	45
VERIFICANDO O APRENDIZADO	49
MÓDULO 03	50
VERIFICANDO O APRENDIZADO	54
AVALIAÇÕES	55
1º AVALIANDO O APRENDIZADO – 0,5	55
2º AVALIANDO O APRENDIZADO – 0,5	56
1ª AVALIAÇÃO	58
TEMA 01 – MOTIVAÇÃO
MÓDULO 01
· Elementos do conceito motivação:
· Motivação é um processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de alguém que tem por objetivo alcançar um propósito ou uma meta
· Intensidade - refere-se a quanto esforço a pessoa despende
· Direção - refere-se a quanto a pessoa é capaz de organizar seus objetivos para chegar a resultados favoráveis de desempenho
· Persistência – refere-se a quanto tempo uma pessoa consegue manter seu esforço
· A motivação se inicia com uma necessidade não satisfeita
· Motivação e aprendizagem estão diretamente relacionadas, pois a primeira é um importante combustível para o sucesso da segunda, e a falta de motivação dificulta a aprendizagem.
· Variáveis muito importantes no estudo da motivação:
· Ambiente – o ambiente em que o indivíduo está inserido interferirá drasticamente em seu estado motivacional, pois todos somos seres muito influenciados pelo ambiente.
· Forças internas - estão relacionadas com necessidades, interesses, valores, desejos, vontades, impulsos e instinto. Quando a pessoa tem objetivos os quais sabe que alcançará de forma mais objetiva, ela terá uma maior motivação interna para se dedicar
· Objeto - a forma como ele pode atrair o indivíduo está relacionada com o fato de o objeto em si ser fonte de satisfação para questões internas que vão mobilizar e motivar o indivíduo
· O interesse dos estudos voltados para o tema da motivação emerge de três fontes:
· Psicoterapia - Traz a ideia de que as pessoas estão em busca do alívio de desconfortos, e, como o próprio Freud já pontuava, os desconfortos resultam da busca pelo equilíbrio dinâmico das forças psíquicas, que podemos reconhecer como forças motivacionais
· Psicometria - Traz a ideia dos testes psicológicos de aptidão e desempenho, que a princípio surgiram para classificação e/ou seleção de pessoas. Mas essas variáveis dependiam do fator de dedicação às tarefas, o que levou ao surgimento dos testes de motivação
· Teorias da aprendizagem - Dentro da área educacional, trazem os estudos sobre problemas de aprendizagem, voltando o olhar para as variáveis motivacionais ligadas à memória, à aprendizagem etc.
· Histórico dos estudos de motivação:
· Platão - Entendia que a motivação tinha a sua origem em uma “alma” que estava em função de apetites corporais, necessidades e desejos, mas que respondia também a padrões sociais assim como à razão e à capacidade de escolha
· René Descartes - o corpo, entendido de forma mecanicista, apenas reage de forma passiva às suas necessidades físicas; mas, por outro lado, a mente, como uma entidade pensante e espiritual, possui uma vontade com propósito.
· W. James, Darwin e outros - Substituição pelo conceito de instinto
· Começou a apresentar deficiências nos estudos motivacionais com seres humanos
· Freud e Clark Hull – Teoria do impulso
· Para Hull, é o hábito que direciona o comportamento. E os hábitos são produto da aprendizagem pelo reforço
· Atualmente – Teorias da motivação
· Motivação intrínseca e extrínseca:
· Motivação intrínseca – a motivação se origina interiormente, é espontânea e gratuita
· Motivação extrínseca - a motivação vem de fora da pessoa
· Teóricos que estudam a questão do incentivo identificam que a motivação extrínseca se direciona a um objetivo externo, geralmente uma recompensa
· Uma mesma atividade pode ser realizada valendo-se de forças internas ou externas; isso depende de cada indivíduo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) Quando o assunto é motivação, como traz Bergamini (1990), o provérbio “Faça aos outros o que queres que te façam” dá lugar à frase “Faça aos outros aquilo que eles querem que lhes seja feito”. A ideia sobre o conceito de motivação expressa nessa frase é a presente na seguinte alternativa:
A) Todos sabemos completamente o que motiva cada um de nós.
B) A motivação é um conceito muito abrangente, utilizado, inclusive, para a formulação de provérbios novos.
C) Há um conceito definido para o termo motivação que ajuda a compreender como cada um se comporta.
D) O que os outros desejam que lhes seja feito diz respeito ao alívio do desconforto.
E) O conceito de motivação é muito abrangente e difere de pessoa para pessoa.
2) Assinale a alternativa que corresponde a um fator extrínseco e um intrínseco de motivação, respectivamente.
A) Eduardo passou a estudar para tirar boas notas, e sua amiga Julia estudou bastante para ganhar uma viagem dos pais.
B) Mônica lavou o carro e sentiu-se aliviada, e seu filho a ajudou para poder usá-lo depois.
C) José acordou disposto a ir trabalhar e dar o seu melhor para a empresa, e João acordou disposto a trabalhar para ganhar o aumento salarial que seu chefe propôs.
D) Renata gosta de cantar em barzinhos, pois recebe muito bem, e sua dupla, Ana, adora a sensação que a música lhe desperta.
E) Lara lê poemas todas as noites e sente-se revigorada, e seu irmão Lucas escreve os poemas para ver a irmã mais feliz.
MÓDULO 02
· Teorias da motivação:
· Enfoque baseado em objetivos:
· Teoria X e Teoria Y de McGregor (1960)
· Essas teorias se referem a perfis de personalidade, bem como comportamentos normalmente encontrados em funcionários.
· A Teoria X propõe que a motivação se dá por prêmio ou punição.
· Partimos do princípio de que o trabalho não é visto como agradável pela maioria das pessoas. Cabe, então, às organizações e empresas desenvolver formas para tentar mediar essa situação
· A Teoria Y enfatiza que a motivação acontece quando um grupo compartilha objetivos.
· Considera-se que o trabalho, em condições adequadas, pode ser tão natural como o lazer.
· Se não acreditamos nas pessoas com as quais interagimos, nossa forma de agir acabará influenciando o seu comportamento, conduzindo-nos a uma profecia autorrealizável
· Teoria da fixação de objetivos de Edwin Locke (1960)
· Parte do pressuposto de que, primeiramente, concentramo-nos em nossos esforços para o alcance de objetivos. Esse fato nos permite estabelecer metas que direcionam nossos pensamentos e nossas ações. 
· Dessa forma, para podermos estar motivados, precisamos estabelecer objetivos concretos ou metas.
· É importante também que a pessoa conte com autossuficiência para se autoavaliar, para reconhecer quais metas está conseguindo alcançar e quais não.
· Teoria da expectativa de Victor H. Vroom (1997)
· O comportamento depende:
· Da expectância – o que o sujeito acredita ser capaz de fazer após realizar um esforço
· Da instrumentalidade – quando percebemos que nosso comportamento permitirá atingir o objetivo esperado
· Da valência – a medida entre o objetivo que atingimos e sua relevância para nós.
· Para Vroom, a motivação é um produto desses três fatores e, assim, teríamos a seguinte equação:
· motivação = expectância x instrumentalidade x valência.
· Vroom enfatiza três relações:
· 1. relação esforço-desempenho: a probabilidade percebida pelo indivíduo de que certa quantidade de esforço levará ao desempenho.
· 2. relação desempenho-recompensa: o grau em que o indivíduo acredita que determinado nível de desempenho levará a um resultadodesejado.
· 3. relação recompensa-metas pessoais: o grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas pessoais, e a atração que essas recompensas potenciais exercem sobre ele.
· Nossa força motivacional é o resultado da possibilidade que temos de alcançarmos determinado objetivo e de sua importância
· Enfoque baseado nas necessidades:
· Teoria da Hierarquia de Necessidades de Abraham Maslow (1963)
· Pirâmide hierárquica das necessidades de uma pessoa, propondo que ela se sente motivada a subir na escala das necessidades somente após ter satisfeito os primeiros níveis da pirâmide, que são necessidades mais básicas
· As necessidades fisiológicas e de segurança, que são consideradas de nível mais baixo, são satisfeitas externamente. Já as outras necessidades – sociais, de autoestima e de autorrealização – são chamadas de necessidades de nível mais alto, envolvendo a motivação mais intrínseca
· O sistema de necessidades é influenciado por duas forças: a privação e a gratificação
· Teoria dos Fatores Motivadores de Frederick Herzberg (1959)
· Coloca as necessidades humanas no centro de sua teoria
· O desenvolvimento da teoria de Herzberg tinha como objetivo identificar os fatores que causavam a satisfação e a insatisfação dos empregados no ambiente de trabalho
· Herzberg divide as forças motivadoras em duas categorias:
· Fatores de higiene - São aqueles cuja falta gera desmotivação, e estão voltados a aspectos extrínsecos.
· Fatores motivacionais - São fatores intrínsecos que geram motivação por meio da satisfação das necessidades.
· É como se os fatores de higiene de Herzberg se relacionassem com as necessidades fisiológicas, de segurança e sociais; e os fatores motivacionais se relacionassem com as necessidades de estima e autorrealização, na pirâmide de necessidades de Maslow.
· Teoria da Necessidade de Realização de David McClelland (1961)
· Compreendia que o indivíduo era autônomo e responsável por seu sucesso ou fracasso; desse modo, acreditava que a motivação estaria mais ligada à realização pessoal do que a recompensas externas
· Quando o nível de necessidade de realização se destaca, revela uma pessoa que se esforça para alcançar altos níveis de desenvolvimento, autonomia e responsabilidade. 
· Um maior nível de necessidade de afiliação caracteriza alguém que tem um grande desejo de aprovação por parte dos outros e se identifica com os seus sentimentos
· Um alto nível nas necessidades de poder reflete aquele que quer controlar as atitudes e ações dos outros, quer dominar e ser prestigiado
· Pessoas que são mais “caxias” em seus trabalhos possuem necessidade de realização mais aguçada. As que necessitam de amizade, são “boazinhas” e deixam de fazer por si para agradar aos outros têm a necessidade de afiliação direcionando suas ações. Já a necessidade de poder se evidencia nas pessoas que gostam de controlar, estar sempre no comando e ser elogiadas por seu trabalho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) A motivação ocorre quando os objetivos obedecem a alguns critérios como ter um sentido pessoal, ter possibilidade de compartilhamento, representar um desafio e ser mensurável. Essa ideia sobre a motivação corresponde à Teoria
A) da Fixação de Objetivos de Edwin Locke.
B) da Necessidade de Realização de David McClelland.
C) da Hierarquia de Necessidades de Abraham Maslow.
D) X e Teoria Y de McGregor.
E) da Expectativa de Victor H. Vroom.
2) Fazer novas amizades é um comportamento ligado à qual etapa dentro da hierarquia de necessidades de Maslow?
A) Necessidades fisiológicas.
B) Necessidade de segurança.
C) Necessidades sociais.
D) Necessidade de autoestima.
E) Necessidade de autorrealização.
MÓDULO 03
· Estruturas neurais na homeostase e a motivação:
· O sistema nervoso (SN) é responsável por disparar os sinais de alerta, e o sistema endócrino (SE) por secretar os mensageiros químicos
· Hipotálamo -tem comunicação com o sistema nervoso central (SNC), com o sistema nervoso autônomo (SNA) e com o sistema endócrino (SE).
· É responsável pela homeostasia do corpo, pelo controle da fome, da sede e da temperatura corporal, além de secretar hormônios que controlam diretamente a hipófise e indiretamente diversos órgãos vitais
· É reconhecido como o centro ordenador de comportamentos motivados.
· Lesões no hipotálamo podem levar a pessoa a um quadro de intensa desmotivação, podem provocar voracidade alimentar se a pessoa não receber mensagens de saciação ou deixá-las completamente inapetentes (sem fome), por falta de informação de que seu corpo necessita de alimento para produção de energia.
· Necessidade de pertencimento
· A necessidade de pertencimento é uma necessidade básica humana que impulsiona um comportamento.
· Schachter descobriu que o aumento na ansiedade levou a um aumento nas motivações por parceria
· Outro estudo realizado revelou que os participantes com níveis altos de ansiedade preferiam estar acompanhados de outros também ansiosos
· Estamos em constante comparação e validação de nossas ações, desse modo, estar rodeado de pessoas semelhantes a nós produz a sensação de que estamos agindo da maneira adequada e de acordo com nossas crenças pessoais
· Alimentação
· Alimentar-se vai muito além da sobrevivência; a comida faz parte das relações sociais.
· Comer envolve impulsos e incentivos. Ou seja, a fome nos leva a comer, entretanto aquilo que escolhemos para comer é determinado pelo que gostamos.
· A principal estrutura do encéfalo responsável por esse comportamento é o hipotálamo
· O desejo que sentimos ao ver uma comida saborosa está ligado ao sistema límbico, principal região do encéfalo ligada à emoção e à recompensa
· Danos nessa região podem levar à síndrome de Gourmand, que deixa as pessoas obcecadas pela variedade, qualidade e pelo modo de preparo de alimentos.
· As pessoas comem porque foram condicionadas a associar suas alimentações a refeições do cotidiano, ou seja, as horas no relógio fazem com que percebamos que a hora de comer está se aproximando
· Tanto com os animais quanto com as pessoas acontece um fenômeno que é chamado de saciedade sensorial específica, ou seja, se você tiver que comer um brigadeiro em todas as refeições, no começo, será uma delícia, mas logo você se cansará do mesmo sabor
· A avaliação de recompensa que ocorre na região dos seus lobos frontais diminui à medida que um mesmo alimento é ingerido repetidas vezes.
· Comportamento sexual
· Pensando no quesito biológico, esse comportamento é profundamente influenciado por hormônios de duas maneiras:
· 1. No desenvolvimento físico do cérebro e do corpo na puberdade.
· 2. Na influência sobre o comportamento sexual por meio da motivação que ativa o comportamento reprodutivo.
· A região cerebral que mais estimula tal comportamento é o hipotálamo, uma vez que ele é o responsável por controlar a liberação de hormônios na corrente sanguínea
· Os hormônios sexuais são liberados nos testículos e ovários, sendo que os homens têm maior atividade de andrógenos (como a testosterona) e as mulheres, maior atividade de estrogênios e progesterona
· Os receptores dopaminérgicos do sistema límbico, por exemplo, auxiliam na experiência física do prazer, já a atividade sexual é estimulada pelos receptores dopaminérgicos do hipotálamo.
· As respostas físicas e psicológicas se firmaram em um padrão que consiste em quatro fases:
· Fase de excitação: a fase inicial em que as pessoas contemplam a atividade sexual entre beijos e toques sensuais. Nessa fase, com o sangue fluindo para os órgãos genitais
· Fase platô: as frequências cardíaca e respiratória e a pressão arterial aumentam, sendo a fase da atividade sexual de maior frenesim
· Fase do orgasmo: os músculos do corpo começam a se contrair involuntariamente, e as frequências aumentam
· Fase de resolução: depois do orgasmo, um alívio acontece; para os homens, há um período chamado de refratário, em que uma ereção não é mais possível temporariamente
· Além da influência da mídia e das normas sociais, religiosas e pessoais, tudo isso pode moldar o comportamento sexual
VERIFICANDOO APRENDIZADO
1) Sobre o comportamento alimentar, assinale a alternativa correta.
A) Está inteiramente ligado a fatores biológicos, uma vez que comemos para não passar fome.
B) O jejum está ligado à falta de motivação.
C) Comer envolve tanto um impulso biológico quanto um incentivo.
D) Comemos apenas aquilo que nos agrada, pois alimentar-se está relacionado à motivação intrínseca.
E) Não é o cérebro que atua no comportamento alimentar, mas sim o estômago.
2) Pessoas com níveis altos de ansiedade, segundo estudos, preferem estar acompanhados de outros também ansiosos. Isso ocorre porque:
A) buscamos estar rodeados de semelhantes, pois isso produz a sensação de que estamos agindo da forma adequada.
B) precisamos sentir que estamos cuidando de alguém.
C) os hormônios que causam a ansiedade, em contato com os hormônios de outras pessoas, têm seus efeitos diminuídos.
D) a ansiedade é um pré-requisito para se fazer amizades.
E) a ansiedade diminui quando estamos em contato com outras pessoas, pois nos sentimos protegidos.
TEMA 02 - EMOÇÃO
MÓDULO 01
· Emoções:
· A emoção é definida na literatura como complexa e multidimensional, denotando alterações fisiológicas e psicológicas que são experimentadas desde o ventre materno e que vão se desenvolvendo, podendo se adaptar ou não ao meio ao longo de todo o ciclo vital.
· A discussão sobre emoção reúne estudos indicando que não existe uma separação estrita entre componentes somáticos (ou seja, a vivência emocional experimentada no corpo), componentes cognitivos e seus processos avaliativos e de outras ordens
· William James - primeiro pensamos e depois reagimos
· A perspectiva de James foi contestada e novas abordagens surgiram para explicar o fenômeno emocional
· Classificação das emoções
· Emoções básicas - possuem sinais universais que as diferenciam das demais e revela ainda algumas particularidades que as distinguem:
· Uma fisiologia característica, evidenciada por padrões específicos de ativação do sistema nervoso autônomo.
· Uma avaliação automática do evento que provoca a emoção.
· A presença em outros primatas.
· Uma experiência subjetiva peculiar
· Modelo DET (Differencial Emotions Theory) - nele estão prescritas as definições para os conceitos de emoções básicas e sentimentos.
· As emoções básicas são aquelas que têm uma essência neurobiológica antiga, fruto da evolução, assim como um componente referente ao sentimento e à sua capacidade para se expressar por meio de expressões corporais. 
· São consideradas emoções básicas a alegria, a tristeza, a raiva e o medo.
· Alegria
· Pode ser expressa, principalmente, pelo sorriso e por gestos corporais bem abertos.
· Está relacionada à felicidade, à empolgação, ao entusiasmo e ao alto astral.
· É uma maneira de expressar como se sente em situações agradáveis e desejáveis para si e para os outros.
· A alegria pode manter a saúde e facilitar as relações sociais.
· Tristeza
· Pode ser expressa pelo choro, pelo declínio da vocalização e pelo corpo.
· Está relacionada a experiências de perda, abandono, desvalorização, incapacidade e não aceitação dos outros.
· Ela nos faz refletir sobre nossas vivências, nossos comportamentos e nossas escolhas. Quando experimentada em doses elevadas e frequentes, pode conduzir à depressão.
· Raiva
· Pode ser expressa de maneira expansiva, com forte vocalização e intensa expressão corporal.
· É possível sentir fúria, irritação, inveja e rancor.
· É uma maneira de nos proteger contra quem nos ataca e ofende, ou de expressar um sentimento de injustiça. Quando manifestamos raiva de maneira adequada, nos sentimos melhor, com mais autoestima e autonomia. O alerta é para o excesso dessa emoção, que pode provocar comportamentos agressivos e antissociais.
· Medo
· Pode ser expressa com os olhos "saltados" e o retraimento corporal.
· É possível se sentir desprotegido, frágil, vulnerável, inseguro ou exposto.
· O medo preserva nossa vida e ativa nossa capacidade de nos defender ou fugir. Alerta: sentir medo demais de coisas que não podemos controlar pode nos trazer danos, impedindo certos enfrentamentos necessários. Já a falta de medo pode nos machucar e pôr a nossa vida em risco.
· Emoções morais - ao longo da vida, vamos aprendendo a sentir culpa, vergonha e orgulho no convívio social. 
· A consciência dessas emoções emerge por volta dos dois anos e meio de idade e está associada a fatores maturacionais e cognitivos.
· Envolve componentes afetivos, cognitivos e comportamentais
· Culpa - pode gerar um comportamento de agitação, durante o qual o indivíduo sente remorso, tensão, ansiedade e necessidade de reparação de algum comportamento percebido como uma violação moral.
· Vergonha - envolve sentimentos de desamparo, influenciando na avaliação negativa que o indivíduo pode fazer de si mesmo. Trata-se de um comportamento de submissão que pode motivá-lo a se esconder ou a se retirar de eventos sociais.
· Henri Wallon - a emoção é tanto biológica quanto social e, segundo ele, ela garante a nossa sobrevivência.
· Inteligência emocional e suas implicações:
· Goleman aprofundou-se no conceito da inteligência emocional, na década de 1990, e o definiu como sendo a capacidade de o indivíduo monitorar as emoções e os sentimentos de si mesmo e dos outros
· Programas de inteligência emocional nas escolas
· Não só as crianças, mas também os adultos precisam desenvolver habilidades para lidar com suas próprias emoções e as das demais pessoas. Isso é importante para o bem da convivência social e também para lidar com os desafios gerais que podem ocorrer em qualquer circunstância ao longo da vida.
· Sentimentos x emoções:
· Sentimentos são a experiência mental que nós temos daquilo que está ocorrendo no corpo. É um mundo que se segue após a experiência emocional
· As emoções são visíveis no corpo; os sentimentos, não
· O sentimento pode ser disfarçado, enquanto a emoção, não.
· O sentimento se refere a uma percepção de um estado do corpo somado à assimilação de certo modo de pensar ou avaliar uma situação.
· A manifestação do sentimento no cérebro conduz à elaboração do pensamento
· O sentimento é uma consequência da emoção com particularidades mais duradouras
· O sentimento é mais elaborado
· Psicologia Positiva - considera a expressão dos sentimentos e também das emoções como necessária e essencial às nossas vivências relacionais.
· Indica, de maneira especial, a concentração de elementos de promoção de saúde e bem-estar, de pontos fortes, positivos e funcionais no desenvolvimento humano.
· Em meio à pandemia, os indivíduos experimentaram tristeza, raiva e medo, e essas emoções não estiveram sozinhas, pois foram seguidas de sentimentos
· Resumo das emoções e sentimentos:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) Acredita-se que a aprendizagem é influenciada por fatores afetivos. De que maneira nossos sentimentos e nossas emoções podem favorecer a formação educacional do indivíduo?
A) Os outros transmitem informações por meio de expressões, vocalizações e gestos, dessa maneira, aprendemos a captar determinadas pistas afetivas.
B) Os outros não interferem no nosso processo de aprendizagem e atingimos objetivamente o que desejamos aprender com autonomia.
C) Os educadores não devem se envolver afetivamente nem receber formação em relação aos impactos afetivos no processo ensino-aprendizagem.
D) Os educadores não precisam compreender sentimentos e emoções para favorecer a aprendizagem das crianças.
E) Não é relevante aprender por intermédio de nossos grupos sociais.
2) As emoções morais permitem uma boa convivência social. Elas também são conhecidas como emoções autoconscientes e vão se desenvolvendo gradualmente. Com base nisso, marque a alternativa correta:
A) Ao nascer, já desenvolvemos as emoções morais.
B) Aprendemos sozinhos as emoções morais ou sociais.
C) As emoções morais são também conhecidas como emoções básicas.
D) Com processos cognitivos mais sofisticados e com o auxílio dos cuidadores ou dos outros, vamos paulatinamente aprendendo as expectativas morais.
E) As emoções moraisnão são relevantes para os processos de aprendizagem.
MÓDULO 02
· Emoções abordadas em algumas perspectivas psicológicas:
· A Psicologia Evolucionista explica que os comportamentos relacionados às emoções revelam, dentre outros aspectos, a proteção contra rivais e predadores no que diz respeito à obtenção do alimento, na procura por parceiros sexuais e no cuidado com a prole
· Concebe as emoções como mecanismos superordenados, delineados para regular a atividade de outros programas na solução de um problema adaptativo.
· Desenvolvimento das emoções:
· As emoções são resultado da interação de sistemas integrados, cujas propriedades servem a funções adaptativas
· Emoções como alegria, raiva, medo e tristeza emergem no início da ontogênese (desenvolvimento), com a maturação de circuitos neurais, independentemente do desenvolvimento cognitivo.
· Lewis propõe um modelo de desenvolvimento emocional constituído de algumas fases principais:
· Nos primeiros seis meses de idade emergem as emoções primárias. Processos cognitivos desempenham um importante papel na emergência dessas primeiras emoções, apesar de serem limitados.
· Na segunda metade do segundo ano de vida surge uma nova capacidade cognitiva que permite a emergência da consciência ou autoconsciência, permitindo o aparecimento de outras emoções como o constrangimento e a empatia, chamadas de emoções autoconscientes.
· Por volta dos dois anos e meio a três anos de idade ocorre um segundo marco cognitivo, sublinhado pela capacidade da criança de avaliar seu comportamento frente a um padrão. A partir daí, surgem as emoções ditas morais
· Por volta dos três anos de idade, a vida emocional de uma criança se torna altamente diferenciada. Nessa fase, a criança terá atingido um sistema emocional elaborado e complexo. A estrutura básica necessária para essa expansão já terá sido consolidada.
· Uma emoção pode ser ativada como reação automática a um estímulo emocionalmente competente
· Tal ativação responde a algum fator que foi uma espécie de provocador ou eliciador da emoção.
· As pessoas podem tanto validar, permitir e compreender as emoções positivamente, como também inibir e rejeitar certas vivências emocionais
· Todas têm motivo de ser expressas e sentidas. O que se deve orientar é a maneira de lidar com cada uma delas.
· Abordagem cognitivista:
· Destaca a avaliação da situação como a principal característica da emoção
· Pilares das competências emocionais:
· As expressões - dizem respeito a gestos não verbais
· A compreensão emocional - implica o discernimento do próprio estado emocional e o das demais pessoas
· A regulação emocional - está relacionada ao indivíduo saber lidar com situações emocionais adversas
· A regulação emocional é compreendida como uma competência emocional
· Os componentes das habilidades emocionais:
· Expressão das emoções - diz respeito ao envio de mensagens afetivas. Considerando o início das manifestações dessa habilidade na infância, essas emoções devem estar em consonância com os objetivos da criança e com o contexto social
· Expressões faciais
· Compreensão emocional - cabe ressaltar sua relevância para que o indivíduo, desde a infância, possa compreender o que são as emoções, como atuam nas circunstâncias que o cercam e as diferenças entre as pessoas para lidar com os episódios emocionais
· Regulação emocional - habilidade relacionada à nossa capacidade de gerenciarmos as emoções vivenciadas como positivas ou negativas, adaptando, por exemplo, sua intensidade.
· Desenvolvimento, estratégias e importância da regulação emocional:
· A habilidade ou a capacidade de regulação emocional é alcançada tendo em vista as seguintes características do processo de regulação emocional:
· Varia de processos automáticos / inconscientes a controlados / conscientes.
· Tem efeitos em processos geradores da emoção.
· Pode ser intrínseco ou extrínseco.
· Pode ser com foco nas emoções, considerando suas valências.
· O mais importante é que as estratégias empregadas sejam adaptativas, voltadas para a situação que se apresenta e que, no caso da autorregulação, possam trazer benefícios ao indivíduo e ao contexto de interação no qual ele está imerso.
· Os sistemas de autorregulação têm aspectos que incluem atenção, autoestima e recursos cognitivos, tais como a inteligência, o enfrentamento, o autocontrole, dentre outros que são influenciados pelas pessoas e pelo contexto
· 2º ano de vida – autodistração
· 3 a 5 anos – maior competência emocional:
· Na consciência da experiência emocional.
· No discernimento do estado emocional de si mesmo e dos outros.
· No uso do vocabulário das emoções.
· No entendimento das emoções dos outros.
· Na regulação de emoções angustiantes e estressantes.
· Na compreensão da diferenciação do estado emocional interno e externo
· Na consciência da relação social definida pela comunicação das emoções.
· Compreender e regular as emoções reduz a probabilidade de comportamento agressivo e diminui o risco de psicopatologias
· O emprego de estratégias de regulação da emoção pode manter o bem-estar individual e melhorar o funcionamento interpessoal
· Práticas de mindfulness podem favorecer o bem-estar, o comportamento não reativo, ajudam a lidar melhor com desafios e a ter uma escolha mais consciente de pensamentos, reações e emoções
· Os processos emocionais no trabalho
· Todas as emoções são relevantes, mas elas podem ser experimentadas de maneiras diversas ou até mesmo diametralmente opostas, a depender do contexto e da situação ocorrida no episódio emocional.
· As intervenções no plano emocional devem alcançar homens e mulheres, líderes e liderados, jovens profissionais e os de posição mais elevada
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) Ao que parece, o contexto sociocultural influencia o desenvolvimento socioemocional. Sobre isso, marque a alternativa correta:
A) Os cuidadores expressam suas emoções, mas as crianças não recebem influências de tais expressões e vivenciam suas emoções de maneira totalmente independente.
B) O contexto sociocultural é relevante ao desenvolvimento humano, entretanto, ele não denota ser essencial ao desenvolvimento emocional.
C) O processo de interação, principalmente aquele vivido entre pais e filhos, é significativo para se aprender a expressão e a compreensão emocional.
D) O contexto de crenças e hábitos de cuidado é cercado por elementos afetivos que prejudicam a compreensão emocional.
E) As experiências emocionais não são marcantes para o aprendizado socioemocional.
2) Marque a alternativa verdadeira com relação às estratégias de regulação emocional:
A) Todas as respostas emocionais são consideradas estratégias de regulação emocional.
B) As estratégias de regulação emocional se restringem a ensinar sobre as emoções.
C) As estratégias de regulação emocional consistem em fornecer avaliações emocionais.
D) Há estratégias favoráveis, tais como a distração atencional, o conforto físico e a reavaliação cognitiva.
E) As estratégias de regulação emocional devem ser utilizadas somente de pais para filhos.
TEMA 03 – LINGUAGEM
MÓDULO 01
· Linguagem dos humanos:
· Linguagem é todo e qualquer tipo de veículo, seja um símbolo, ícones, sinais ou signos, que comunique alguma coisa a alguma pessoa
· Para esse processo de comunicação acontecer, são necessárias uma pessoa para transmitir uma mensagem, a qual nomeamos de emissor, e pelo menos uma pessoa para recebê-la, chamada de receptor.
· A primeira infância é o momento em que a capacidade linguística evolui muito rapidamente, quando os bebês aprendem apenas pelo fato de ouvir a linguagem do ambiente em que estão inseridos e iniciam reproduzindo balbucios
· Noam Chomsky (1965) - traz a hipótese sobre a aquisição da linguagem em que ela é regulamentada pela gramática universal
· Para ele, os idiomas baseiam-se nos elementos inatos do conhecimento humano sobre o conjunto de elementos linguísticos universais.
· As pessoas lembram do significado de uma sentença, mas não de sua estrutura de superfície.
· Os humanos possuem uma estrutura neurológicahipotética que possibilita a todos nascerem programados para aprender alguma linguagem.
· O meio ambiente, no contexto cultural específico, proporciona as adaptações do ser ao meio, por meio das conexões sinápticas no cérebro que começam a se especializar para a compreensão profunda e especializada do idioma
· Língua e gramática:
· Linguagem se refere a toda forma de comunicação (verbal ou não)
· Língua é todo código verbal organizado, com regras próprias de funcionamento (ex: língua inglesa)
· O principal veículo, meio de expressão, do nosso pensamento
· O ser humano já nasce com a competência para desenvolver uma língua, mas ela só se manifesta por meio da interação com as pessoas ao redor.
· Gramática é um sistema de regras que determina como nossos pensamentos podem ser expressos.
· Orações - Podem ser divididas em frases, que são unidades menores compostas por sujeito e verbo.
· Frases - As frases são constituídas por palavras, que podem ser divididas em sons.
· Palavras - As palavras são compostas pelos morfemas – parte mínima dotada de significado que constitui a palavra.
· Morfemas - Os morfemas são constituídos dos prefixos (o que vem no início) e sufixos (o que vem no final). A menor unidade da língua que contém um significado.
· A fonologia é a parte da gramática responsável pelo estudo do sistema sonoro da língua ou idioma (fonemas)
· Fonemas são sons básicos produzidos pela fala, que representam cada uma das letras como partes da construção da linguagem. A menor unidade básica do som da fala.
· O fonema não deve ser confundido com a letra. A letra é a representação gráfica do morfema
· Sintaxe são regras que utilizamos para organizar uma frase
· Dentro da sintaxe temos a análise sintática, em que aprendemos o que é um verbo, sujeito, objeto, etc
· Semântica - constitui-se do estudo do sistema dos significados subjacentes às palavras, frases e orações
· É o componente que dá sentido, significado às palavras e frases. (Ex: manga fruta x manga roupa)
· A fala é uma maneira de expressar a língua
· Propriedades da língua:
· A linguagem possui duas características básicas:
· Sistema simbólico - nos permite organizar as ideias, sentimentos e comunicar a outras pessoas.
· Mecanismo de intermediação - possui um sistema que organiza e entremeia nossas interações por meio de um conjunto que vai além da percepção sensorial.
· A linguagem é possível porque ela preexiste ao pensamento
· Imitação e repetição, e, só posteriormente, vai atribuindo significado
· Essas funções estão intrinsicamente relacionadas ao cérebro, especialmente à área de Wernicke (área sensorial da fala) e ao córtex associativo adjacente, na parte temporal superior e parietal inferior
· O processo normal de aquisição da linguagem envolve o desenvolvimento de três sistemas interdependentes:
· Componente cognitivo - Corresponde à transformação dos estímulos provenientes do ambiente em conhecimento, envolvendo a organização, o armazenamento e a recuperação de informações.
· Componente linguístico - São os aspectos, organizados segundo regras, fonológicos e sintáticos. Refere-se ao conteúdo lexical (dicionário) e dos discursos.
· Componente social - Linguagem é organizada por regras sociais que indicam suas práticas. A maneira como a fala é expressa e percebida também decorre da cultura na qual estamos inseridos.
· A linguagem verbal ainda se apresenta nas modalidades escrita e oral, sendo que a linguagem oral é utilizada quando falamos. Nesse tipo de linguagem, há interação direta entre as pessoas
· Já a linguagem não verbal é predominantemente de natureza visual. Não existe a presença de traços prosódicos (melodia da fala) ou emocionais expressos
· Linguagem mista ou híbrida, na qual o emissor utiliza-se tanto da linguagem verbal quanto da não verbal para expressar sua mensagem
· Língua de sinais - emerge para atender a uma parcela da população acometida por alterações auditivas graves ou ausência da audição.
· Crianças expostas à língua de sinais são capazes de adquirir idiomas de forma diferente daqueles que adquirem idiomas verbais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) No cartoon apresentado, o significado da palavra escrita é realçado pelas informações visuais, características da linguagem não verbal. A disseminação das letras da palavra em balões diferentes colabora para indicar principalmente a seguinte ideia:
A) dificuldade para a conexão de pessoas e consequentemente diminuição na frequência do diálogo, gerando o sentimento descrito que se apresenta de forma fragmentada.
B) desaceleração da vida nos dias atuais.
C) não conhecimento de possibilidades de dialogar.
D) desencontro de ideias sobre um tema.
E) é uma forma de ensinar como soletrar.
2) Qual é a afirmação correta sobre a língua de sinais?
A) Do mesmo modo como nas linguagens verbais, a linguagem de sinais não permite a interação entre pessoas acerca de qualquer conceito.
B) As línguas de sinais são as mesmas entre culturas e das linguagens orais.
C) Bebês expostos à língua de sinais não são capazes de adquirir idiomas de forma diferente daqueles que adquirem idiomas falados.
D) A língua de sinais possibilita extensa forma de expressão, do mesmo modo que nas línguas orais.
E) A língua de sinais é universal e basta aprendê-la e falar em qualquer lugar do mundo, não precisando se atentar a outras questões.
MÓDULO 02
· O desenvolvimento neurológico e a linguagem:
· A evolução do sistema nervoso (SN) proporcionou que a linguagem atingisse elevado nível de complexidade. Seu desenvolvimento e das funções cognitivas ocorrem paralelamente ao desenvolvimento da linguagem.
· Antes mesmo do nascimento, a criança é envolvida em um mundo de sons, palavras e ruídos que a preparam para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral
· A formação do aparelho auditivo no feto inicia-se na nona semana, e estará completo a partir da 18ª semana, quando ele começa a escutar os sons. 
· Mas somente a partir da 24ª semana ocorre a interação da parte interna e externa do ouvido; o bebê se torna mais sensível e escuta melhor os sons.
· Bebês que ouvem outros idiomas durante a gestação podem ser beneficiados em seu aprendizado.
· A sequência universal do desenvolvimento da linguagem:
· O discurso dirigido às crianças
· O desenvolvimento da linguagem acontece da mesma forma em todos os seres humanos, independentemente do lugar onde nascem e da língua falada em volta deles
· Discurso dirigido às crianças - Em geral, os adultos têm um jeito específico de falar com os bebês, usando tons mais altos e de maneira afetiva, se comunicando com palavras mais simples e repetitivas
· Os autores concordam que esse tipo de fala promove o aprendizado nos bebês, estimulando-os para que se comuniquem da melhor forma possível.
· O balbucio e os gestos
· Até os seis meses de idade, o bebê discrimina os fonemas que ocorrem na maioria dos idiomas, emitindo balbucios com consoantes e vogais e evoluindo para o balbucio de sílabas
· As crianças pequenas conseguem discernir entre todos os 869 fonemas já identificados nas línguas do mundo. Porém, após a idade de seis a oito meses, essa capacidade vai diminuindo
· Elas iniciam a “especialização” no idioma ao qual estão envolvidas
· Além dos balbucios, os bebês aprendem a produzir gestos que permitem a comunicação
· Isso acontece especialmente em crianças estimuladas com a linguagem dos sinais
· As primeiras palavras
· Com 1 ano, as crianças emitem as primeiras palavras simples, que geralmente estão relacionadas ao seu ambiente
· Holófrases: uma única palavra é utilizada para expressar uma ideia completa
· Os primeiros meses do segundo ano de vida apresentam um aumento gradual do vocabulário
· Esse aumento expressivo é conhecido como explosão de vocabulário.
· As crianças começam a adquirir mais vocabulário e conseguem juntar algumas palavras, passam a surgir frases simples, com cerca de duas palavras, sendo este o estágio de duas palavras, ou fala telegráfica.
· Período crítico no desenvolvimento
· Um período de grande capacidade de aquisição para o desenvolvimentoda linguagem que ocorre na primeira fase da vida, na qual a criança é extremamente sensível às influências da língua e as absorve com uma facilidade admirável
· Se as crianças não forem expostas à língua durante esse período crítico, poderão ter muita dificuldade para driblar esse déficit
· O pensamento e a linguagem estão intimamente relacionados. É por meio da percepção que a criança estabelece conceitos primários, representando os objetos pelo pensamento.
· O pensamento, a percepção e a linguagem são elementos interligados.
· Fases do desenvolvimento da linguagem:
· A primeira é a pré-linguística, em que são vocalizados apenas sons (sem palavras); e a segunda é a fase linguística, quando a criança começa a falar e compreender palavras isoladas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) Quais os marcos específicos da linguagem? Marque a alternativa certa:
A) imitação, combinação de palavras, aquisição de conceitos complexos.
B) imitação, repetição, balbucio e combinação de palavras.
C) repetição, fala simples, adaptação, combinação de conceitos.
D) balbucio, repetição, fala simples, frases com duas palavras e combinação de dois ou três conceitos.
E) balbucio, repetição, fala simples, assimilação de conceitos.
2) A linguagem se desenvolve de modo padronizado?
A) Sim. A produção da linguagem vai do murmúrio dos bebês aos balbucios, uso de palavras isoladas, combinação de palavras em fala telegráfica, uso de sentenças completas, até aquisição de cerca de 60 mil palavras.
B) Não. A produção da linguagem vai do uso de palavras isoladas, combinação de palavras em fala telegráfica, uso de sentenças completas, até aquisição de cerca de 60 mil palavras.
C) Não. A produção de linguagem é um processo subjetivo que dependerá da exposição da criança ao estímulo para determinar como essa aquisição se dará.
D) Sim. A produção de linguagem possui um modo padronizado, porém, nem sempre ele ocorre igualmente para todos.
E) Não. A produção da linguagem depende da etnia, cultura e idade dos pais para determinar como ocorrerá.
MÓDULO 03
· A fala, a leitura e a escrita:
· A escrita é o processo de representar a linguagem em códigos de transcrição gráfica, ou representação das unidades sonoras de forma gráfica.
· Crianças de 6 anos já sabem diferenciar um texto de um desenho, já entendem que uma letra sozinha não tem significado, e se atentam para duas ou mais letrinhas juntas.
· A linguagem pode ocorrer de várias formas, tendo a leitura e a escrita como artefatos, envolvendo o processo de alfabetização.
· A alfabetização é facilitada pelo vocabulário e pela fonética, ou consciência precisa dos sons das palavras.
· Por outro lado, a aquisição da gramática, bem como a do vocabulário, também é progressiva.
· Processo:
· Com 2 anos de idade - a criança consegue usar o plural, utilizando verbos e substantivos, especialmente para elaborar a grande quantidade de perguntas que faz nessa fase
· Com 6 anos de idade - Uma gramática mais complexa pode ser verbalizada quando algumas crianças conseguem usar a voz passiva, especialmente se foram expostas a conversas em que regularmente escutaram outros falando dessa forma.
· Com 7 anos de idade - Em relação à leitura, as crianças podem conhecer os sons de consoantes e vogais com seis a sete anos de idade, chegando a ler palavras simples. 
· Com oito anos, conseguem ler frases simples, entendendo pontuação básica e chegando a compreender o que é lido. 
· De nove a 10 anos passam a compreender parágrafos e capítulos e respondem perguntas de interpretação de texto.
· Entre 11 e 12 anos de idade - demonstram uma leitura rápida e praticam a leitura por prazer.
· Da mesma forma, o desenvolvimento da escrita depende de características individuais e ambientais. Assim, temos as crianças que conseguem desenvolver uma escrita com maior facilidade e prazer do que outras.
· O nível pré-silábico, silábico e alfabético:
· Pré-silábico - as crianças fazem traços característicos, parecidos com linhas ou emes, ou mesmo desenhos e rabiscos para representação da escrita.
· Pode acontecer do tamanho da escrita ser proporcional ao tamanho do objeto
· Não fazem a relação do som aos fonemas, concentrando-se na quantidade de grafismos
· Sabem a diferença entre um desenho e um texto
· Silábico - as hipóteses silábicas já recebem um valor sonoro pela criança para cada sílaba escrita. 
· Iniciam a correlação da escrita com a fala e, mais adiante, passam da hipótese silábica para a alfabética
· Nessa fase, é comum que a criança “coma letras”, ou as acrescente, à palavra.
· Alfabético - a criança amadurece uma análise fonética, usando a escrita como código para transcrever e converter os sons. 
· Reconhece que cada letra tem um som
· Ao alcançar a escrita convencional, a criança atinge a última fase da aprendizagem e aquisição da escrita, que é compreensível, apesar de ainda apresentar erros ortográficos.
· Efeito Stroop, -se leva mais tempo para nomear a cor de tinta para um nome colorido quando a cor é diferente do nome
· Problemas de aprendizagem na fala, leitura e escrita
· Dislexia - dificuldade de aprendizagem que tem origem neurológica. É definida pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por comprometimento na habilidade de decodificação e soletração
· Normalmente, o tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar composta por neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, neurologistas, oftalmologistas e outros.
· Disgrafia - dificuldade na grafia, considerado como um transtorno na escrita que afeta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. 
· Apresenta um comprometimento no componente motor do ato de escrever, gerando compressão e cansaço muscular
· Encontramos também uma postura incorreta ao segurar o lápis ou a caneta, excesso ou insuficiência na pressão feita sobre o papel, lentificação ou rapidez excessiva no ritmo da escrita
· Sintomas:
· Falha na aquisição da escrita (implica uma inabilidade ou diminuição no desenvolvimento da escrita);
· Lento traçado das letras, em geral ilegíveis;
· Apresentação desordenada do texto (espaço irregular entre palavras, linhas e entrelinhas);
· Postura gráfica incorreta;
· Forma incorreta de segurar o instrumento com que se escreve;
· Deficiência da preensão e pressão;
· Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido;
· Letra excessivamente grande;
· Inclinação excessiva;
· Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis;
· Traços exageradamente grossos ou demasiadamente suaves;
· Ligação entre as letras distorcida.
· Disortografia - dificuldade que se expressa por meio da incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem. Pode ser manifestada pela falta de conhecimento ou negligência das regras gramaticais existentes
· Em formas mais banais, provoca a troca de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes, ou na correspondência incorreta entre o som e o símbolo escrito (omissões, adições, substituições e outros).
· É comum a disortografia acompanhar a dislexia, porém, podem se apresentar separadamente e surgir nos transtornos ligados à má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, e na memória auditiva de curto prazo
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) A escrita é o processo por meio do qual se representa a linguagem em códigos de transcrição gráfica ou representação das unidades sonoras. De acordo com Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, há três etapas na aquisição da escrita:
I. Alfabetização
II. Pré-motora
III. Silábica
IV. Pré-silábica
V. Operacional
A) II, III, IV
B) I, III, IV
C) II, IV, V
D) I, III, V
E) III, IV, V
2) No processo da fala e escrita, a criança pode se deparar com dificuldades, tornando esse processo mais delicado e dificultoso. Correlacione as dificuldades e seus conceitos.
1. Dislexia
2. Disgrafia
3. Dislalia
4. Disortografia
I. Incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem pela falta de conhecimento ou negligência das regras gramaticais existentes.
II. Apresenta um comprometimento no componente motor do ato de escrever, gerando compressão e cansaço muscular, levandoa uma caligrafia deficitária, com letras sem muita diferenciação, mal elaboradas e sem proporção adequada.
III. Distúrbio da fala caracterizado por apresentar dificuldade na articulação das palavras.
IV. Definida pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por comprometimento na habilidade de decodificação e soletração.
A ordem correta após correlacionar os termos é:
A) 1-I; 2-II; 3-III; 4-IV
B) 1- III; 2- I; 3-IV; 4-II
C) 1-IV; 2-II; 3-III; 4-I.
D) 1-II; 2 IV; 3- I; 4-III
E) 1-II; 2-III; 3-II; 4-I
MÓDULO 04
· Os transtornos da linguagem na infância:
· Os transtornos de linguagem são quadros que demonstram desvios nos padrões normais de aquisição da linguagem e podem ocorrer desde suas etapas iniciais.
· Dificuldades na aquisição e no uso da linguagem por déficits na compreensão ou produção de vocabulário, na estrutura das frases e no discurso
· Existem inúmeros tipos de transtornos de linguagem que podem frequentemente aparecer com comorbidades
· Alterações da linguagem e da fala podem ocorrer devido a questões inatas ou adquiridas, envolvendo aspectos genéticos, degenerativos, lesionais, ambientais e/ou emocionais
· Alguns autores classificam os transtornos com base em dois tipos de fatores: 
· Os orgânicos, sejam eles genéticos, neurológicos ou anatômicos;
· E os emocionais.
· Os transtornos e suas manifestações:
· Os tipos de transtornos de linguagem mais comuns:
· Disartria - má coordenação dos músculos da fala, caracterizada por uma fala “pastosa” e oscilações incontroladas do volume da voz
· É considerada uma alteração central do controle dos órgãos fonoarticulatórios, sendo localizada a lesão no Sistema Nervoso Central (SNC) e/ou Sistema Nervoso Periférico (SNP).
· Disartria flácida - Pode ocorrer flacidez ou paralisia, com diminuição dos reflexos de alongamento muscular, alteração do movimento voluntário, automático e reflexo, atrofia das fibras musculares, e perda da massa muscular.
· Disartria epástica - Ocorre a espasticidade, que é a rigidez muscular, associada com outras características como: a disfagia (dificuldade de deglutição), labilidade emocional (ou instabilidade emocional) e fraqueza bulbar.
· O bulbo é uma importante estrutura neurológica encontrada no tronco encefálico que envolve funções como respiração, deglutição, fala e movimentação da língua
· Disartria atáxica - Os músculos afetados nesse tipo de disartria estão hipotônicos, ou seja, com diminuição do tônus, gerando movimentos lentificados. Frequentemente pode-se observar nistagmo (movimentos involuntários dos olhos) e instabilidade ou irregularidade nos movimentos oculares.
· Também é possível observar uma voz mais áspera e monótona, com poucas variações de intensidade, se tornando uma fala inexpressiva (aprosódia).
· Disartria hipocinética - Muito relacionado à doença de Parkinson, apresenta como característica principal a fraqueza da voz, afetando a prosódia e dificultando a compreensão da fala, com falhas articulatórias.
· Dislalia - uma alteração na articulação dos fonemas, ela pode gerar má articulação, fazendo com que os outros tenham dificuldade de entender, bem como omissões, distorções ou substituição de um som por outro, sons inconsistentes ou concorrentes.
· Alguns hábitos orais inadequados associados são o uso prolongado da chupeta e mamadeira, onicofagia e sucção de dedo, que, associados à dificuldade ou alteração da respiração e/ou forma errônea de mastigar e engolir alimentos, provocam esse distúrbio
· Dislalia evolutiva
· Dislalia funcional
· Dislalia orgânica
· Disfluência - conhecida popularmente como gagueira, é um transtorno da fluência da fala que gera dificuldade no fluxo ou ritmo normal, bem como interrupções anormais e inadequadas, experienciadas pelo indivíduo que gagueja como uma perda de controle.
· Gagueira do desenvolvimento e gagueira patológica (persiste)
· Afasias - surge devido à perda ou prejuízo de linguagem, em sua forma expressiva ou receptiva, produzida após uma lesão neurológica, geralmente acometendo o hemisfério cerebral esquerdo (HE).
· É a alteração adquirida mais frequente decorrente de dano cerebral.
· É necessário que já tenha sido concluída a aquisição total da linguagem, ou que pelo menos esteja no seu processo para diagnóstico
· O que define a afasia é o local lesionado no cérebro.
· Afasia de Broca - É um déficit na expressão da linguagem. Nela, a fala e repetição de frases se torna não fluente; entretanto, a compreensão da linguagem encontra-se preservada.
· Afasia de Wernicke - É um déficit na recepção da linguagem. Nela, a fala é fluente, mas a compreensão da fala está comprometida
· Afasia de condução - a compreensão está parcialmente preservada e com fala fluente. Sua dificuldade surge na impossibilidade de repetir palavras corretamente. A estrutura cerebral comprometida nesta afasia é o fascículo arqueado, responsável por conectar a área de Broca à área de Wernicke.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) Transtornos de linguagem são quadros que demonstram desvios nos padrões normais de aquisição da linguagem que podem ocorrer desde suas etapas iniciais. São transtornos de linguagem, exceto:
A) Dislalia.
B) Disfluência.
C) Dispraxia.
D) Afasia.
E) Disartria.
2) Disartria refere-se a um transtorno de linguagem que envolve comprometimento dos músculos envolvidos na fala. É o tipo de disartria que ocorre devido à diminuição do tônus, gerando movimentos lentificados, com nistagmo (movimentos involuntários dos olhos) e instabilidade ou irregularidade nos movimentos oculares.
A) Disartria hipocinética.
B) Disartria atáxica.
C) Disartria flácida.
D) Disartria espástica.
E) Disartria hipocinética.
TEMA 04 – PENSAMENTO 
MÓDULO 01
· Correntes sobre a origem do conhecimento:
· A gnosiologia, ou teoria do conhecimento, é uma disciplina da filosofia que caracteriza o ato de conhecer segundo a relação entre o sujeito (aquele que conhece) e o objeto (aquilo que pode ser conhecido)
· Há quatro correntes que, ao mesmo tempo que conflitam entre si, também se complementam. São elas:
· Racionalismo - Destaca e defende que a principal fonte do nosso conhecimento é a razão. O pensamento por si só, por meio do exercício da razão, produziria os verdadeiros conhecimentos. (Platão)
· Empirismo - Destaca e defende que a principal fonte do nosso conhecimento são os sentidos, as experiências, e não a razão. Defende a tese, que se opõe ao racionalismo, de que a única fonte de conhecimento humano é a experiência. (Locke)
· Intelectualismo - Destaca e defende que o conhecimento envolve ambos, não sendo possível desprezar os sentidos nem a razão. Mas a experiência ocorreria primeiro, sobre a qual a razão se debruçaria (Aristóteles e Tomás de Aquino)
· Apriorismo - Também destaca e defende que o conhecimento envolve ambos, não sendo possível desprezar os sentidos nem a razão, mas colocando este último como preponderante. (Kant)
· Tipos de conhecimento
· Conhecimento empírico ou de senso comum - É um conhecimento construído no dia a dia e passado de geração em geração, que não se preocupa com comprovações ou embasamento teórico
· Conhecimento religioso - consiste em atribuir explicações sobrenaturais a fenômenos naturais ainda não compreendidos racionalmente
· incluem dogmas frequentemente fechados para contestação; a figura de “profetas” ou pessoas percebidas como iluminados para transmitir a verdade sobrenatural, podem não ser testáveis
· Teologia
· Conhecimento filosófico - Consiste em questionar de maneira racional, não necessariamente buscando respostas.
· Produzido pelo uso da razão e lógica.
· Pauta pela fé.
· Premissas podem ser testadas racionalmente.
· Contestadas ou criticadas.
· Cultiva a atitude de olhar para coisas habituais e comuns como se fossem inéditas e algo a ser descoberto.
· Conhecimento científico - Representa o último avanço em matéria de explicação da realidade, partindo de métodos objetivos e sistemáticos para reduzir ambiguidades ou imprecisões
· Metodologia científica - conjunto de regras para conduzir uma pesquisa, evitando que as conclusões extrapolem os dadosobtidos
· Saber científico - fundamenta que a verdade é assegurada pela verificação prática, aumentando a capacidade de prever e modificar a realidade
· Zela pela fidedignidade aos dados, replicabilidade e generalidade
· Há filosofia sem ciência, mas não há ciência sem filosofia
· Esse saber não se trata de pessoas emitindo opiniões ou reflexões, mas de dados de pesquisa verificáveis por meio de experimentos.
· Método Indutivo - baseado na observação, na neutralidade e na indução. O fenômeno era observado diversas vezes de forma neutra (Francis Bacon)
· Método Falseacionista - uma teoria só será considerada científica se puder ser falseada por experimentos que a coloquem à prova. A teoria é válida enquanto sobreviver às tentativas de falseamento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) Conhecemos somente o nosso modo de perceber a natureza dos objetos em si, modo que nos é peculiar, mas pode muito bem não ser necessariamente o de todos os seres. Esse trecho ilustra a corrente de pensamento:
A) racionalista.
B) empirista.
C) intelectualista.
D) apriorista.
E) epistemológica.
2) A fim de possuir e dar bom fundamento, o conhecimento científico exige:
A) confiar nas próprias opiniões.
B) certificar-se de que os outros pensam como nós.
C) seguir as opiniões dos mais sábios.
D) proceder com coleta de evidências.
E) aceitar que o conhecimento é duvidoso e incerto.
MÓDULO 02
· A perspectiva de Piaget:
· Propôs que os indivíduos passam por um processo de adaptação durante seu desenvolvimento, que envolve dois mecanismos: a assimilação e a acomodação. A criança assimila um objeto e o acomoda dentro de um esquema já dominado. 
· Quando ela recebe uma nova informação, tenta associar com algo que já conhece, acomodando-o. Se a acomodação aos esquemas já construídos não for possível, um novo é derivado, ampliando o conhecimento.
· Piaget construiu sua teoria construtivista sobre as seguintes bases ou fatores essenciais para o desenvolvimento cognitivo da criança: 
· O biológico, relacionado ao crescimento orgânico e à maturação do sistema nervoso; 
· As experiências e os exercícios, por meio da interação da criança com objetos; 
· As interações sociais, por meio de linguagem, modelos e consequências aplicadas, ou seja, educação; 
· Por fim, ocorre a equilibração das ações, que é a construção de um esquema ou a acomodação a esquemas já existentes, permitindo a adaptação ao meio e às situações.
· O desenvolvimento humano passa por fases ou estágios sucessivos e graduais de organização do campo cognitivo e afetivo, em que os esquemas são formados:
· Estágio sensório-motor - de 0 a 2 anos
· Descobrindo todas as sensações e os movimentos do próprio corpo, incluindo a emissão de sons
· O contato com o meio inicia-se por intermédio dos reflexos sensoriais e comportamentos típicos da espécie, chegando ao desenvolvimento da fala, sem representação mental ou pensamento conceitual
· Estágio pré-operatório - 2 aos 7 anos
· Linguagem derivada da socialização, indo além das informações sensoriais. Mas ainda não é efetiva ou inteligente por causa do pensamento egocêntrico, incapacidade de aderir à perspectiva do outro
· Incoerência (contradizendo-se com argumentos incompatíveis) e irreversibilidade (incapacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação
· Estágio operatório concreto – 7 a 11 anos
· A capacidade cognitiva alcança o raciocínio lógico aplicado a problemas reais, permitindo maior argumentação coerente, objetividade, conservação e reversibilidade
· A criança age no seu meio a partir de necessidades e fatos concretos
· Estágio operatório formal – 12 anos até a vida adulta
· É formado o raciocínio dedutivo, permitindo a formulação de hipóteses e a explicação dos eventos com fatos observáveis. A capacidade de abstração já foi desenvolvida
· Tipos de relacionamentos:
· Nos relacionamentos baseados em coação existe um baixo nível de socialização, e as interações são basicamente impositivas. Não ensina reflexões ou constrói raciocínios.
· Nos relacionamentos baseados em cooperação existe um alto nível de socialização e trocas significativas, porque todos podem se expressar e contribuir em uma conversa, ocorrendo um controle mútuo de argumentos que permite o desenvolvimento de habilidades intelectuais
· Respeito bilateral, simetria de relações
· Piaget trata da consciência moral, não como inata, mas como produto das relações interindividuais que se dão por meio da coação e da cooperação, estabelecendo três etapas que atravessam os estágios:
· Anomia - De 0 aos 6 anos, momento em que a criança busca satisfazer as próprias necessidades e interesses, caracterizado pela ausência e incapacidade de compreender e reger-se por regras e normas.
· Coação
· Heteronomia - Dos 6 aos 10 anos, momento em que a criança se interessa por atividades coletivas, e para participar delas, regras são impostas coercitivamente por superiores, às quais se obedece e começa a compreender. A criança exibe uma inflexibilidade com regras, não se vê como possível inventora de regras
· Autonomia - Dos 10 anos em diante, momento que poucos alcançam, em que a pessoa irá conseguir formular as próprias regras. O respeito pelas regras é compreendido como decorrente de mútuo acordo entre as pessoas, cada uma reconhecendo a si própria como possível legislador
· O bem determina o dever, e a regra deve estar em conformidade com o que é bom.
· A perspectiva de Vygotsky:
· Vygotsky tenta compreender como é que se constitui e desenvolve a linguagem. Ele busca a raiz genética do pensamento e da linguagem, ou seja, como a linguagem interfere diretamente na construção do nosso pensamento.
· As raízes do pensamento e da linguagem no plano filogenético:
· Vygotsky concluiu que o pensamento e a fala (até então considerados de mesma matriz) têm raízes genéticas diferentes. 
· As duas funções, linguagem e pensamento, desenvolvem-se de formas diferentes e independentes, observando que os antropoides possuem semelhanças com o homem no uso da fala com função social e de descarga emocional.
· No caso do ser humano, há uma estreita correspondência entre o pensamento e a fala. Pensamento e linguagem, embora tenham raízes genéticas diferentes, possuem uma correspondência.
· As raízes do pensamento e da linguagem no plano ontogenético:
· Vygotsky descreve o desenvolvimento da linguagem a partir de etapas ou fases:
· Estágio natural ou primitivo - É o momento em que a fala é pré-intelectual, ocorrendo sob a forma de balbucio, choro e riso, e o pensamento é pré-verbal
· Estágio das experiências psicológicas ingênuas - É o momento em que a criança já consegue interagir com objetos e pessoas à sua volta, iniciando o desenvolvimento de uma inteligência prática.
· Grande interesse em saber o nome das coisas, e a ampliação do vocabulário
· Gestos de apontar
· Estágio da fala egocêntrica - Caracteriza o momento de transição das funções interpsíquicas, em que a fala egocêntrica nas relações interpessoais começa a desaparecer, dando lugar à fala interior das funções intrapsíquicas.
· Junto com a experiência física do objeto, ela tem uma imagem mental do que seja aquele objeto e passa a utilizar a fala de uma forma muito representativa, imaginária
· Faz de conta
· Estágio de crescimento interior - A partir dos 8 anos, é o momento em que a criança opera com fala interior, caracterizando o surgimento do pensamento verbal, das deduções lógicas, das representações mentais e simbólicas.
· O pensamento torna-se verbal, e a fala torna-se intelectual. Falar e pensar tornam-se uma atividade unificada em nosso processo intelectual.
· Vygotsky concluiu que o desenvolvimento do pensamento é determinado pela linguagem, ou seja, pelos instrumentos linguísticos do pensamento e pela experiência sócio-histórica da criança
· Conceitos:
· Desenvolvimento real - se refere ao que a criança faz sozinha
· Desenvolvimento potencial - são as tarefas que ela pode vir a aprender com a intervenção dos outros
· Zona de desenvolvimento proximal - é o processo intermediário de aproximaçãosucessiva por meio do outro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) O conceito de zona de desenvolvimento proximal trazido por Vygotsky constitui:
A) a acomodação de conhecimentos justapostos a conhecimentos anteriores.
B) a distância entre o nível de desenvolvimento atual da criança e o nível de desenvolvimento potencial.
C) a diferença entre o saber acumulado pela sociedade e o conhecimento individual.
D) a diferença entre o imaginário da criança e o saber real.
E) a diferença entre a representação mental e a realidade.
2) Aponte o estágio de desenvolvimento piagetiano em que se encontra a criança que pode agir por simulação caracterizando a função simbólica, consegue substituir objetos ou acontecimentos por formas de representações, mas é egocêntrica, percebendo o mundo a partir da própria perspectiva, inclusive emitindo monólogos:
A) Estágio sensório motor.
B) Estágio pré-operatório.
C) Estágio operatório concreto.
D) Estágio operatório formal.
E) Estágio formal-concreto.
MÓDULO 03
· Estratégias e obstáculos na resolução de problemas:
· Alguns problemas podem ser resolvidos apenas por tentativa e erro
· Essa metodologia nem sempre nos permite chegar a uma solução e pode levar a um excesso de tempo e esforço na resolução de uma problemática.
· Uso de algoritmos
· Consiste no uso de um procedimento metódico, lógico e sequencial que, embora também dispenda tempo, pode ser mais efetivo do que o ensaio e erro pela sua maior organização
· A heurística 
· É um processo mental simples que implica o uso de processos cognitivos que nos permitem ignorar ou pular algumas operações que seriam feitas de forma sistemática pelo algoritmo.
· As técnicas heurísticas não asseguram as melhores soluções, mas permitem chegar a soluções válidas e disponíveis em dado momento.
· Em outros casos, a pessoa pode usar a mistura destes métodos, por exemplo, combinando a heurística com o método de tentativa e erro. Quanto mais métodos combinar, maiores são as chances de acertar.
· Obstáculos do pensamento:
· Entrincheiramento - quando a pessoa se fixa em determinada estratégia que funcionou bem no passado com outros problemas, mas que não funciona para o que precisa ser resolvido no momento
· Fixidez funcional - consiste em um tipo específico de configuração mental, que envolve a incapacidade de o solucionador perceber que determinada ferramenta, já conhecida, pode ser usada com outra função ou configuração
· O PDCA:
· (PLAN-DO-CHECK-ACT): Planejar, Executar, Checar e Agir. Esse ciclo representa um método interativo de gestão formado por esses quatro passos ou etapas que estimulam a melhoria contínua de pessoas e processos. 
· Na primeira etapa (PLAN), nós planejamos; na segunda etapa (DO), nós fazemos; na terceira etapa (CHECK), nós checamos e, se durante a nossa verificação ocorrer falhas, voltamos ao planejamento. Uma vez aprovada, adotamos como quarta etapa (ACT) as ações corretivas de melhoria e padronização do que foi produzido.
· OS 8DS:
· São etapas da resolução de problemas: D1- Formar e conscientizar a equipe; D2- Definir o problema; D3- Fazer a contenção do problema; D4- Identificar a origem, a causa do problema; D5- Implementar a ação corretiva; D6- Verificar a abrangência das ações; D7- Prevenir a reincidência; D8- Fazer acompanhamento, finalizar e recompensar equipe.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) As etapas de planejamento, execução, controle ou verificação e ação corretiva dizem respeito a que processo de resolução de problemas:
A) ABC da Administração.
B) Gestão de Projetos.
C) Ciclo PDCA.
D) 8 Disciplinas.
E) Qualidade Total.
2) Com o início da produção em larga escala, a empresa de colchões “Durma Bem” detectou uma série de produtos com defeito e precisou realizar um controle da qualidade que possibilitasse a fabricação minimamente padronizada. As soluções do problema foram idealizadas na etapa de:
A) reunir e conscientizar a equipe de produção sobre o problema.
B) definir e diagnosticar as causas do problema.
C) fazer a contenção do problema para que os consumidores não sejam afetados.
D) planejar a ação corretiva do problema.
E) fazer a verificação de cada etapa de produção para encontrar a causa do problema.
MÓDULO 04
· Elementos e etapas do processo decisório e tipos de tomada de decisão:
· Tomar uma decisão é escolher entre algumas alternativas ou possibilidades para atender a uma necessidade, resolver um problema ou aproveitar alguma oportunidade
· Julgamentos são processos cognitivos (de pensamento) que acontecem antes da tomada de decisão.
· Em geral, o processo decisório consiste em sete etapas:
· Percepção da situação que envolve aquele problema;
· Análise e definição do problema;
· Definição dos objetivos;
· Busca das alternativas de solução ou dos cursos de ação;
· Avaliação e comparação das alternativas;
· Escolha (seleção) da alternativa mais adequada para atingir os objetivos;
· Implementação da alternativa escolhida.
· Outra classificação das etapas na tomada de decisão faz essa divisão:
· Identificação do problema;
· Diagnóstico da situação;
· Desenvolvimento das alternativas;
· Avaliação das alternativas;
· Escolha da melhor alternativa.
· Tomada de decisão programada ou estruturada
· Corresponde àquela rotineira, que ocorre o tempo todo e que se torna esperada, de tal forma que podemos nos preparar e antecipar a ela. Portanto, para economizar tempo, esforço e recursos, a organização padroniza a solução para aquele problema.
· Tomada de decisão não programada ou não estruturada
· Relativa a algo que não acontece muitas vezes, que não é rotineiro e para o qual, como nunca ou raramente aconteceu, não há uma solução pronta. É aqui que os processos e as etapas de tomada de decisão acontecem, demandando muito mais do gerente ou administrador.
· Podemos também classificar a tomada de decisão de acordo com o nível hierárquico em que elas ocorrem:
· 1 - Decisões estratégicas - Envolvem a definição da estratégia e do negócio da organização, com foco no longo prazo.
· 2 - Decisões táticas - Ocorrem no nível gerencial e envolvem o destino do departamento e das gerências. Vão tentar pôr em prática as decisões estratégicas, com foco no médio prazo.
· 3 - Decisões operacionais - Estão voltadas à execução das tarefas e das atividades que concretizem as decisões estratégicas e táticas, com foco no curto prazo.
· Modelos de tomada de decisão:
· No que se refere às formas com que as decisões são tomadas, temos a intuição, que é aquela em que não há uma clareza quanto aos aspectos que estão governando uma inclinação decisória.
· Quanto mais complexo e abstrato for o problema e quanto mais alto for o nível hierárquico, mais frequente (e, por vezes, importante!) é o uso da intuição.
· Outra forma de tomar decisão corresponde à decisão racional (clássico ou “ideal”), também chamada de teoria do Homo Economicus. Ela se baseia na ideia de tomar decisões lógicas utilizando somente a razão, buscando maximizar os resultados
· Para sua viabilidade, seriam necessários um problema muito bem definido e diagnosticado; objetivos claros e conhecidos; nenhuma restrição de tempo e recursos; dispor de informação precisa, mensurável e confiável; um tomador de decisão racional; e critérios que permaneçam estáveis no tempo.
· As pessoas, ao decidir, buscam maximizar o prazer, o que é chamado de utilidade positiva, e minimizar a dor, denominado de utilidade negativa. Logo, cada um buscaria aquilo que lhe é mais desejável. A decisão é racional, mas subjetivamente limitada.
· O conceito de satisficing é utilizado para descrever a estratégia de tomada de decisão que envolve pesquisar alternativas disponíveis até que um limite de aceitabilidade seja atingido.
· Quando não conseguimos todas as informações ou há mais alternativas do que julgamos possível avaliar, tomamos as decisões por meio de um processo chamado Eliminação por Aspecto, em um funil decisório.
· Um dos aspectos que permeia a tomada de decisão é o grau de convicção ou certeza, risco e incerteza presente nela. A certeza é um dos aspectos que significa que todas as informaçõesnecessárias estão disponíveis para saber o que acontecerá; o risco é o aspecto que significa que existem informações suficientes para estimar uma probabilidade; e a incerteza significa que não existem informações disponíveis para calcular uma probabilidade.
· A tomada de decisão ainda pode ser classificada em quatro tipos básicos, de acordo com as condições de certeza, risco, incerteza e turbulência (ambiguidade). São eles:
· Computação - Ocorre no ambiente de certeza e você tem todas as informações de que precisa disponíveis.
· Julgamento - Ocorre no ambiente de risco, em que os objetivos estão definidos, há informações, mas os efeitos futuros da decisão podem ser eventualmente afetados por fatores imprevisíveis e incontroláveis, estando a decisão baseada numa estimativa de probabilidades.
· Compromisso - Ocorre no ambiente de incerteza, em que os objetivos estão definidos, as causas dos problemas são conhecidas, mas há pouca informação sobre as alternativas e seus resultados.
· Inspiração - Ocorre no ambiente de turbulência, em que não se têm as causas do problema, os objetivos não estão definidos, as alternativas são desconhecidas e o cenário muda muito rápido.
· Há dois tipos de pensamento que podem compor o processo decisório:
· Pensamento linear - ocorre na situação mais simplificada. Nele, para cada problema há uma solução única, que afeta apenas uma área da empresa e estará sempre válida
· Pensamento sistêmico - ocorre em situações mais complexas. Por meio dele, pode-se analisar a organização, seu funcionamento, a relação entre os órgãos internos, e da empresa com o ambiente externo
· Heurísticas de julgamento:
· Tendências de raciocínios evolutivos, biológicos e culturais que utilizam pistas ou esquemas para reduzir as demandas de pensamento.
· Teoria do prospecto ou teoria perspectiva, segundo a qual princípios psicológicos levam a simplificações de dado problema e guiam o comportamento humano frente à incerteza.
· Classificar o processo de julgamento em dois tipos:
· Julgamento probabilístico - Aqui trabalhamos com as chances deste ou daquele evento ocorrer
· A heurística da representatividade ou similaridade é também chamada julgamento pelo estereótipo, ou seja, utiliza-se algum modelo mental de referência para tomar a decisão. Buscamos condições semelhantes na memória ou nas representações e as usamos como base para o nosso julgamento
· A heurística da disponibilidade é aquela em que estimamos as chances de ocorrência de um evento, com base nos dados que lembramos, ou seja, na facilidade com que conseguimos nos lembrar das ocorrências daquele evento. Então, se você acha que algo ocorre muito porque viu ou ouviu bastante sobre aquilo, a decisão seguirá sua estimativa
· A heurística da ancoragem, ajustamento e enquadramento é aquela em que se avalia a chance de ocorrência de um evento colocando uma base (âncora) de comparação, da qual se faz os julgamentos. As pessoas comparam a informação subsequente com base nessa âncora e se ajustam em relação a ela até chegarem a um ponto em que a informação parece razoável.
· Julgamento de valor - por meio dele que indicamos nossas preferências, nossa tolerância ao risco, nossos valores pessoais
· Ferramentas de diagnóstico do problema e derivação de solução
· Princípio de Pareto, também chamado de regra do 80/20
· Ele ajuda a priorizar e dizer o que é importante, declarando que em geral 80% dos efeitos são gerados por 20% dos fatores
· Diagrama de Ishikawa, também chamado de diagrama causa e efeito ou diagrama espinha de peixe
· Estruturar e hierarquizar as principais causas de determinado efeito: o problema estudado. Você tentará mapear e descobrir as principais causas do problema que está acontecendo.
· Mapeia e hierarquiza os 6Ms onde as prováveis causas estão, sendo eles: mão de obra (competência, motivação e responsabilidade); máquina (adequação, potência, velocidade e capacidade); método ou processo utilizado (padronização, adequação); materiais (funcionalidade, peso, segurança); meio ambiente (temperatura, barulho, elementos tóxicos, sujeira) e medição (adequação, precisão, aferição).
· Diagrama de correlação ou dispersão, utilizado para entender a possível correlação entre duas ou mais variáveis diferentes. Por exemplo, para descobrir a correlação entre investimento em saúde e expectativa de vida da população.
· Brainstorming e Brainwriting
· Análise do campo de forças, método que considera que todo comportamento é derivado do equilíbrio (ou não) de duas forças opostas: reforçadoras (ou propulsoras), que incitam e dão força ao comportamento, motivando-o; e as punitivas/aversivas (ou restritivas), que enfraquecem ou cessam o comportamento, abolindo a motivação
· Árvore de decisão é mais uma estratégia que remete a uma maneira de detalhar e desdobrar cada decisão possível, de modo que possamos analisar o impacto de todas as possibilidades levantadas, por meio de uma representação gráfica como o ramo de uma árvore
· Método cartesiano - baseando-se em quatro princípios: a dúvida sistemática, a análise ou decomposição, a síntese ou a composição e a enumeração ou verificação.
· Método Delphi, que consiste em enviar questionários a diferentes especialistas de forma anônima para que não se influenciem nem se inibam com as respostas dos colegas
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) A tomada de decisão é um elemento crítico na vida organizacional e, a respeito de seus modelos, podemos afirmar:
A) No racional, o problema a ser resolvido deve ser definido de forma clara, sem ambiguidade, e investigado detalhadamente.
B) No da racionalidade limitada, deve-se listar todas as alternativas viáveis e detalhar as causas para escolher com convicção a mais precisa.
C) No racional, as pessoas extraem os aspectos essenciais do problema, sem capturar toda a sua complexidade.
D) No intuitivo, coletam-se as informações disponíveis, sem uma investigação detalhada do problema.
E) A racionalidade limitada é complementar ao modelo racional.
2) A ferramenta mais adequada para identificar quais itens são responsáveis pelas perdas vitais e quais representam perdas triviais é o:
A) histograma.
B) fluxograma.
C) diagrama de Ishikawa.
D) diagrama da dispersão.
E) gráfico de Pareto.
TEMA 05 (CRÉDITO DIGITAL) – INTELIGÊNCIA
MÓDULO 01
· Definição da inteligência:
· A psicometria entende que a inteligência é uma habilidade mental inata, fixa, abstrata e geral
· Histórico:
· Wundt defendia que a Psicologia deveria ser uma ciência em busca de leis gerais que estudassem as condutas psicológicas dos seres humanos.
· Não focava nas diferenças individuais
· Francis Galton - acreditava que a inteligência estava relacionada aos cinco sentidos. Uma vez que todas as informações que absorvemos do mundo vem através deles, pessoas que possuem esses sentidos de maneira mais aguçada, em tese, seriam mais inteligentes
· Cattel - criou os testes de inteligência tal qual conhecemos hoje, que foram aplicados em estudantes universitários dos Estados Unidos
· Binet e Simon - em 1905 desenvolveram um teste que media uma ampla gama de processos mentais tais como raciocínio, julgamento e compreensão.
· QI = 100 X (IM/IC), na qual IM = Idade Mental e IC = Idade Cronológica
· Spearman - Destaca-se sua conceituação da Inteligência em um fator único ou geral (g). Essa ideia significa que, por mais diversificada que seja a inteligência, ela converge para o mesmo fator geral (g).
· Testagem na primeira guerra mundial
· Army Alpha - Com ele, a inteligência de milhares de recrutas poderia ser estimada de maneira rápida e barata.
· Army Beta – teste não verbal
· Terman - fez uma revisão do teste de Binet-Simon, que foi rebatizado de Stanford-Binet
· Estudo longitudinal - Este estudo evidenciou que QI permanece estável durante toda a vida
· A inteligência, isoladamente, não é o único preditor do sucesso na vida, embora tenha uma parcela bastante importante
· Thurstone - desenvolveu uma teoria de inteligência com sete fatores independentes.
· Espacial (S): Capacidade de visualização de objetos num espaço

Continue navegando