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transtorno de sono militao-convertido

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Departamento da Educação e Psicologia 
Curso de Licenciatura em Psicologia Educacional 
3°Ano/Laboral 
Cadeira: Psicopatologia da criança e adolescente 
Nome: Militão Rui Militão, Turma B 
 
Introdução 
O sono é um estado fisiológico comum a quase todos os animais, embora se apresente em 
cada um deles sob características próprias Assim, o sono é decorrente da atividade de 
várias estruturas do cérebro, e envolve mecanismos bem complexos; Diversos problemas 
podem ser desencadeados, caso exista alguma alteração em um ou mais mecanismos do 
sono. Esses problemas variam de acordo com a estrutura e o mecanismo atingidos, e assim 
os Transtornos do Sono (TS) apresentam diversas causas, sintomas e consequências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O transtorno do sono 
Aristóteles apresentou interesse fisiológico no estudo do sono: .No sono, a 
sensopercepção perde sua força. O sono não é a perda de consciência, mas sim um 
descanso necessário para recompor a sensopercepção, haja vista que um indivíduo pode 
dar-se ao prazer de locomover-se sempre e continuamente. (ARISTÓTELES apud 
SOUZA E GUIMARÃES, 1999, p. 38). 
O sono é um fenômeno ativo, um estado funcional, reversível e cíclico, com 
Comportamentos característicos, como uma imobilidade relativa e o aumento do limiar 
de respostas aos estímulos externos. Produz variações biológicas e mentais (REIMÃO, 
1996). 
Para Caballo, Navarro & Sierra (2002) o sono é um estado regular, recorrente e facilmente 
reversível do organismo, caracterizado por uma relativa quietude e grande elevação no 
limiar de resposta a estímulos externos, em comparação com o estado de vigília. 
Segundo Reimão (1996), o sono é uma função biológica fundamental na consolidação da 
memória, na visão binocular, na termorregulação, na conservação e restauração da 
energia, e restauração do metabolismo energético cerebral. 
Em Morch e Toni (2005), o sono é descrito como uma necessidade física primordial para 
uma boa saúde e uma vida saudável, na qual há uma restauração física que protege o ser 
do desgaste natural das horas acordadas. Ele é ainda abordado como de extrema 
importância na vida dos indivíduos, pois é durante o sono que as ondas cerebrais se 
alteram permitindo o relaxamento do corpo. É durante esse período que os músculos 
entram em um estado de profundo relaxamento, cai a temperatura corporal, os glóbulos 
oculares se movimentam, muda o ritmo respiratório, mudam as taxas hormonais e a 
freqüência dos batimentos cardíacos. 
ESTÁGIOS DO SONO 
Segundo Geib et al. (2003) à medida que o indivíduo cai no sono, verifica-se que suas 
ondas cerebrais passam por certas alterações características. O eletroencefalograma 
(EEG) de vigília caracteriza-se por ondas alfa de 8 a 12 ciclos por segundo e uma 
atividade de baixa voltagem de freqüência mista. Quando o indivíduo adormece, a 
atividade alfa começa a desaparecer. 
 
 O estágio 1, considerado o estágio de sono mais leve, é caracterizado por 
atividade regular de baixa voltagem, de 3 a 7 ciclos por segundo. Após alguns segundos 
ou minutos, este estágio dá lugar ao estágio 2, um padrão que mostra traçados fusiformes 
de 12 a 14 ciclos por segundo (fusos de sono) e ondas baixas, trifásicas, conhecidas por 
complexos K. Logo depois, as ondas delta . atividade de alta voltagem de 0,5 a 2,5 ciclos 
por segundo . aparecem e ocupam menos de 50% do traçado (estágio 3). Finalmente, no 
estágio 4, em que as ondas delta ocupam mais de 50% do registro. É uma prática comum 
descrever os estágios 3 e 4 do sono como sono delta ou sono de ondas lentas, por causa 
de sua aparência característica no registro do EEG. 
Dois fatores são descritos como aqueles que controlam a necessidade fisiológica de sono: 
a arquitetura intrínseca e o ritmo circadiano de sono e vigília (GEIB et al., 2003). 
Arquitetura do sono Para um estado ótimo de vigília, o adulto requer uma média de 7- 8 
horas de sono em um período de 24 horas, com despertares noturnos que representam até 
5% do tempo total na cama. Os ciclos de sono nessa faixa etária caracterizam-se por 
apresentar um padrão no qual o indivíduo passa 30% sonhando, 20% em sono profundo 
e 50% em sono leve (GEIB et al., 2003). 
Os ciclos de sono são observados em traçados eletroencefalográficos, cujas 
características elétricas, comportamentais e funcionais permitem classificar o sono em 
duas fases: 1) NREM: caracterizado por sono de ondas lentas ou sincronizadas. É a fase 
em que se dá o inicio do sono e se observa seu aprofundamento gradativo à medida que 
as ondas cerebrais se tornam progressivamente mais lentas. O sono NREM é dividido em 
quatro estágios, numerados de I a IV. O sono, no adulto, inicia no estágio I (5 % do tempo 
total do período de sono), seguido do II (45%), III e IV (25%). 
Os estágios III e IV são também denominados como sono de ondas lentas contínuas. À 
medida que os estágios se sucedem, o indivíduo torna-se cada vez menos reativo aos 
estímulos sensoriais. O sono NREM é considerado restaurador das funções orgânicas, por 
estar associado à restituição da estrutura protéica neuronal e ao aumento da secreção do 
hormônio de crescimento; 2) Sono REM, ou sono ativo: ocorre a intervalos regulares de 
aproximadamente 90 minutos, após ciclo completo de sono NREM e está associado à 
ocorrência de sonhos. Ocupa de uma a duas horas do total de sono no adulto, o que 
corresponde a 20 a 25% do tempo de sono (GEIB et al., 2003). 
 
De acordo com Kapczinski, Quevedo e Izquierdo (2004) quando o indivíduo é forçado a 
perder uma noite de sono, este fica muito sonolento. O fato de dormir ser tão motivador 
sugere que o sono é uma necessidade vital. O autor aponta que estudos sobre a privação 
do sono realizados em humanos têm obtido evidências convincentes de que ele é 
necessário para manter o funcionamento normal do corpo. 
Ainda segundo os mesmos autores, quando o indivíduo é privado do sono, mesmo que 
durma mais tempo em uma ou duas noites, nunca recuperará o sono que foi perdido, e 
prejudicará a sua capacidade cognitiva. O cérebro necessita do sono para poder funcionar 
no seu máximo de eficiência. 
Problemas nas diversas etapas do sono poderão expressar conseqüências tanto no sono 
quanto na vigília. Dependendo da estrutura e do mecanismo envolvidos na inadequação 
do padrão sono-vigília, diferentes transtornos surgem, sendo assim, os problemas do sono 
tem origem em causas, sintomas e conseqüências diversas. Os transtornos do sono (TS) 
podem ocorrer em qualquer época da vida humana e certas condições especiais mantêm 
relação com determinados períodos etários. Cada grupo etário apresenta entidades 
clínicas específicas, as quais se relacionam com o grau de maturidade biológica, com a 
idade e com o sexo. com Kapczinski, Quevedo e Izquierdo (2004) 
Atualmente, a Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono reconhece 88 
diferentes distúrbios do sono, e cada um deles é descrito com critérios diagnósticos 
específicos (BEZERRA et al., 2003). 
Tipos de transtornos do sono (categorias) 
Dissonias 
Este subtipo dos TS é caracterizado por alterações na quantidade, qualidade ou 
regulação do sono. Os quadros de dissonias mais comuns são: 
Insônia: não é considerada uma doença em si, e sim um sintoma. A quantidade e a 
qualidade do sono são marcadamente insatisfatórias, pois o indivíduo apresenta 
dificuldades na conciliação e na manutenção do sono, prejudicando seu bem-estar no dia 
seguinte, como: 
 fadiga, ardência nos olhos, irritabilidade, ansiedade, baixos níveis de atenção, 
concentração e memória, e sonolência diurna. É importante lembrar que, embora boa 
parte das pessoas apresente algum episódio de insônia ao longo da vida, cerca de 10% 
da população geral sofre do problema de forma crônica, e são esses indivíduos que 
deverão fazer tratamento, inclusive com medicamentos. 
As causas da insônia são variadas; elas podem ser: 
Farmacológicas: drogas como a cafeína,teofilina, efedrina, álcool, corticóides, alguns 
neurolépticos e antidepressivos podem interferir na qualidade do sono do sujeito. 
Médicas: qualquer doença crônica que provoque dor ou desconforto apresenta-se como 
fator potencial para causar insônia no indivíduo. 
Psicológicas: a ansiedade, a depressão e a tensão provocada pelo estresse são as 
condições psicológicas mais associadas à insônia, principalmente em idosos, e nessa 
população ainda se incluem os quadros de demência. 
Ambientais: a falta de um horário fixo para dormir e acordar, a prática de atividades 
estimulantes poucas horas antes de deitar-se, trabalhos noturnos ou ruídos, são alguns 
fatores ambientais que podem levar o indivíduo a um quadro de insônia. 
Hipersonia: caracteriza-se pela sonolência excessiva crônica, necessidade prolongada de 
sono (8 a 12 horas), geralmente com dificuldade ao acordar pela manhã. Normalmente, 
as pessoas com hipersonia apresentam necessidade de tirar cochilos durante o dia (por 
uma hora ou mais), e mesmo assim não se sentem mais dispostas após o despertar. 
Apnéia: as pessoas que sofrem deste problema costumam ter sua respiração interrompida 
brevemente, por várias vezes enquanto dormem. Assim, a manutenção do sono é 
prejudicada devido aos despertares repetidos durante a noite. Geralmente a apnéia está 
associada a roncos, já que nesse distúrbio ocorre o estreitamento da via aérea durante a 
passagem do ar. É mais comum em idosos e está relacionada a muitos casos de hipersonia, 
depressão, cefaléia e dificuldades de memória, e ainda é considerada um fator de risco de 
morte súbita durante o sono. 
Narcolepsia: esse quadro se caracteriza por episódios de sono indesejável com duração 
curta (segundos ou poucos minutos), e que muitas vezes ocorrem em momentos 
inoportunos. Os ataques podem incluir cataplexia (perda súbita do tônus muscular, 
normalmente causada por alguma emoção), paralisia do sono (paralisia total do corpo, 
com exceção da respiração e dos movimentos oculares), e até mesmo alucinações no 
início do sono (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas). 
A narcolepsia é um problema que acarreta importantes conseqüências psicossociais e 
socioeconômicas na vida do indivíduo. 
Parassonias 
Caracterizados por episódios comportamentais anormais que ocorrem durante o sono, os 
quadros mais comuns desse subtipo de TS são: 
Sonambulismo: pessoas sonâmbulas apresentam a primeira terça parte do sono episódios 
repetidos de levantar-se da cama e embora esteja claramente inconsciente, é capaz de 
realizar pequenas tarefas como andar, vestir-se, sentar-se, olhar e falar , embora a fala 
seja desconexa. Dificilmente, o indivíduo se lembra do que ocorreu durante o episódio, e 
não há indícios científicos de que a pessoa possa sofrer algum dano se despertado durante 
o episódio de sonambulismo. 
Terror Noturno: caracteriza-se por um brusco despertar, iniciado com um grito de 
pânico. O indivíduo expressa um medo intenso, apresenta taquicardia, sudorese, 
respiração ofegante pupilas dilatadas. Os episódios duram cerca de 10 minutos; o 
indivíduo não se recorda com detalhes do sonho, e não se lembra do que houve ao 
despertar. 
Pesadelos: é a vivência repetida de sonhos com componentes extremamente assustadores 
que levam o sujeito a despertar. Os pesadelos surgem na segunda metade do período de 
sono, no estágio REM. Normalmente, a pessoa desperta do pesadelo e retorna 
rapidamente ao estado de alerta, porém com intensa ansiedade e medo, o que dificulta a 
conciliação do sono no meio da noite. 
Quanto à prevalência dos TS, estudos norte-americanos indicam que cerca de 1/3 da 
população apresenta algum tipo de TS. Esse alto índice demonstra quão sensível é a 
fisiologia do sono, podendo sofrer alterações até mesmo com as preocupações 
cotidianas. Nessa taxa de prevalência, a insônia é o quadro mais comum. 
Tratamento 
O tratamento dos TS vai depender da causa do problema, e para isso deve ser realizada 
uma investigação minuciosa sobre sua etiologia. O tratamento pode incluir 
medicamentos específicos ou simplesmente uma mudança nos hábitos da pessoa 
resolverá o problema. Abaixo encontra-se algumas dicas para ter uma boa qualidade de 
sono e prevenir alguns problemas: 
 
- Procure dormir entre 7 e 8 horas de sono por noite, em horários regulares; 
- Evite cigarros, café, álcool, ou medicamentos que contenham cafeína antes de dormir; 
- Evite refeições pesadas antes de deitar-se; 
- Praticar exercícios físicos no mínimo no máximo 4 horas antes de dormir; 
- Tomar um banho quente 2 horas antes de ir para a cama; 
- Evitar cochilos durante o dia; 
- Expor-se a luz solar pela manhã e no final da tarde; 
- Manter os pés aquecidos; 
- Levantar-se após 30 minutos sem conseguir dormir e procurar distrair-se com alguma 
atividade relaxante até sentir-se sonolento. 
. Caracteriza a categoria das Parassonias 
Parassonias são transtornos comportamentais que ocorrem durante o início do sono, 
durante o sono ou o despertar. O diagnóstico é clínico. O tratamento pode incluir fármacos 
e psicoterapia. Em vários desses transtornos, a história e o exame físico podem confirmar o 
diagnóstico. 
Sonambulismo 
É o ato de sentar, caminhar ou desempenhar outros comportamentos complexos durante 
o sono, em geral com os olhos abertos, mas sem evidência de reconhecimento. 
Sonambulismo é mais comum durante o final da infância e adolescência e ocorre 
exatamente depois dos estágio N3 (NREM) do sono. A privação anterior de sono e a 
deficiência da higiene de sono aumentam a probabilidade desses episódios e o risco é 
maior para os parentes de 1º grau dos pacientes com o transtorno. Os episódios podem 
ser desencadeados por fatores que causam despertares durante o sono (p. ex., cafeína, 
outros fármacos e substâncias estimulantes, comportamentos que perturbam o sono) ou 
que intensificam o sono N3 (p. ex., a privação de sono prévia, exercício excessivo). 
Os pacientes podem resmungar de forma repetitiva e alguns se machucam em obstáculos 
ou nas escadas. Os pacientes não se lembram do sonho após o despertar ou na manhã 
seguinte e, geralmente, não se lembram do episódio. 
 
O tratamento visa eliminar os gatilhos para esses episódios. Também envolve proteger os 
pacientes contra lesões—p. ex., usando alarmes eletrônicos para despertar os pacientes 
quando levantam da cama, utilização de cama baixa e remoção de objetos pontiagudos e 
obstáculos presentes no quarto. Ocasionalmente, os pacientes são aconselhados a dormir 
em colchões no chão. 
Os benzodiazepínicos na hora de dormir podem ajudar, em particular 0,5 a 2 mg 
de clonazepam, VO, tipicamente ajudam se medidas comportamentais não forem 
totalmente eficazes. 
Terrores (noturnos) durante o sono 
Durante a noite, os pacientes de repente gritam, debatem-se e parecem assustados e 
intensamente ativados. Os episódios podem levar a sonambulismo. É difícil despertar os 
pacientes. Terrores no sono são mais comuns em crianças e ocorrem durante despertares 
da fase N3 do sono NREM; portanto, não representam pesadelos. Em adultos, os terrores 
noturnos muitas estão vezes associados a dificuldades mentais ou alcoolismo. 
Para crianças, tranquilização por parte dos pais é muitas vezes a base do tratamento. Os 
benzodiazepínicos de ação intermediária ou prolongada (p. ex., 1 a 2 mg de clonazepam 2 
a 5 mg de diazepam) administrados na hora de dormir podem ajudar se as atividades 
diárias forem afetadas (p. ex., os trabalhos escolares). Os adultos podem se beneficiar de 
psicoterapia ou tratamento medicamentoso. 
Pesadelos 
Afetam com mais frequência as crianças que os adultos. Ocorrem durante o sono REM, 
em geral quando há febre ou fadiga excessiva, sofrimento mental ou após ingestão de 
álcool. 
O tratamento é direcionado para qualquer sofrimento mental adjacente. 
Transtorno comportamental do sono REM 
Verbalização (às vezes profana) e muitas vezes movimentos violentos(p. ex., oscilação 
dos braços, murros, chutes) durante o sono REM. Esses comportamentos podem 
representar os sonhos expressados por pacientes que, por razões desconhecidas, não têm 
atonia normalmente presente durante o sono REM. Os pacientes estão cientes de que têm 
sonhos vívidos quando despertam após os comportamentos. 
Esse transtorno é mais comum entre os idosos, em particular aqueles com distúrbios 
degenerativos do SNC (p. ex., doença de Parkinson ou de Alzheimer, demência vascular, 
degeneração olivopontocerebelar, atrofia multissistêmica, paralisia supranuclear 
progressiva). Comportamento semelhante pode ocorrer em pacientes com narcolepsia ou 
que tomam inibidores de recaptação da noradrenalina (p. ex., atomoxetina, reboxetina, 
venlafaxina). A causa em geral é desconhecida. Alguns pacientes desenvolvem doença 
de Parkinson anos depois de o distúrbio comportamental do sono REM ser diagnosticado. 
A suspeita diagnóstica pode ser feita com base nos sintomas relatados por pacientes ou 
companheiro de cama. A polissonografia em geral pode confirmar o diagnóstico. Ela pode 
detectar a atividade motora excessiva durante o sono REM; o monitoramento audiovisual 
pode detectar movimentos corporais anormais e vocalizações. O exame neurológico é 
realizado para excluir doenças neurodegenerativas. Se for detectada anormalidade, pode-
se realizar TC ou RMN. 
O tratamento é feito com 0,5 a 2 mg de clonazepam VO na hora de dormir. A maioria dos 
pacientes utiliza o fármaco indefinidamente para prevenir recidivas; o potencial de abuso 
e tolerância é baixo. Os cônjuges devem ser alertados sobre a possibilidade de lesões e 
podem desejar dormir em outra cama até a resolução dos sintomas. Objetos pontiagudos 
devem ser removidos do lado da cama. 
Cãibras noturnas nas pernas relacionadas ao sono 
Músculos da panturrilha ou do pé geralmente ocorrem em pacientes saudáveis de meia-
idade e idosos. 
O diagnóstico baseia-se na história e ausência de sinais físicos ou de incapacidade. 
A prevenção é feita pelo alongamento dos músculos atingidos durante alguns minutos 
antes de dormir. A realização do alongamento logo após a ocorrência da cãibra alivia 
imediatamente os sintomas e é preferível ao tratamento medicamentoso. Várias fármacos 
(p. ex., quinina, suplementos de cálcio e magnésio, difenidramina, benzodiazepínicos, 
mexiletina) têm sido usadas; nenhuma tende a ser eficaz e os efeitos adversos podem ser 
significativos (em particular com quinina e mexiletina). A prevenção do uso de cafeína e 
de outros estimulantes simpáticos pode ajudar.

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