Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANÁLISE DE OPERAÇÕES CURSOS DE GRADUAÇÃO- EAD Análise de Operações – Prof. Ms. Silvio Nunes dos Santos Meu nome é Silvio Nunes dos Santos. Sou mestre em Engenharia Mecânica com ênfase na produção pela Universidade de Taubaté (Unitau), especialista em Engenharia de Produção pela Universidade São Judas e em Didática do Ensino Superior pelo Centro Universitário Claretiano. Possuo MBA Executivo em Gestão e Estratégias Universitárias pela Fundação Hermínio Ometo (Uniararas – 2009). Como professor, desde 2000 atuo no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) – Rio Claro, no curso Técnico em Gestão de Processos Industriais, antigo curso de formação de supervisores de primeira linha. Também leciono nos cursos de Administração, Tecnologia em Logística, Ciências Contábeis e Engenharia das Faculdades Integradas Claretianas. Entre 2006 e 2009, lecionei e coordenei o curso de Tecnologia em Gestão da Qualidade da Fundação Hermínio Ometo. Possuo significativa vivência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Planejamento, Programação e Controle da Produção e Ferramentas Avançadas da Qualidade, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Qualidade, Produtividade, Troca Rápida de Ferramentas, Controle Estatístico do Processo (CEP), Delineamento de Experimentos (DOE), Sistemas de Produção e Ferramentas CAD. Fui examinador do Prêmio Nacional da Qualidade nos anos de 2009 e 2010. E-mail: silvionu@gmail.com Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação ANÁLISE DE OPERAÇÕES Silvio Nunes dos Santos Batatais Claretiano 2014 Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação © Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP) Versão: dez./2014 658.542 S238a Santos, Silvio Nunes dos Análise de operações / Silvio Nunes dos Santos – Batatais, SP : Claretiano, 2014. 244 p. ISBN: 978‐85‐8377‐268‐2 1. Análise. 2. Operações. 3. Administração. 4. Produção. 5. Planejamento. 6. Mercado. 7. Pesquisa operacional. 8. Produto. 9. Localização industrial. 10. Arranjo físico. I. Análise de operações. CDD 658. 542 Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cátia Aparecida Ribeiro Dandara Louise Vieira Matavelli Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Martins Lidiane Maria Magalini Luciana A. Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Patrícia Alves Veronez Montera Raquel Baptista Meneses Frata Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Simone Rodrigues de Oliveira Bibliotecária Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Revisão Cecília Beatriz Alves Teixeira Eduardo Henrique Marinheiro Felipe Aleixo Filipi Andrade de Deus Silveira Juliana Biggi Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz Rafael Antonio Morotti Rodrigo Ferreira Daverni Sônia Galindo Melo Talita Cristina Bartolomeu Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa Eduardo de Oliveira Azevedo Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami de Souza Wagner Segato dos Santos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. Claretiano - Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br SUMÁRIO CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9 2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ......................................................................... 12 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 56 4 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 57 UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DE OPERAÇÕES 1 OBJETIVO .......................................................................................................... 61 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 61 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 61 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 62 5 ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES .......................................... 63 6 BREVE HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO DE OPERAÇÕES ........................... 67 7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 80 8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 81 9 E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 81 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 81 UNIDADE 2 – PLANEJAMENTO USANDO PERT-CPM 1 OBJETIVO .......................................................................................................... 83 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 83 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 83 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 84 5 GERENCIAMENTO DE PROJETOS E REDES PERT NO MS PROJECT ............... 92 6 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 96 7 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 97 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 97 UNIDADE 3 – NOÇÕES SOBRE MERCADO 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 99 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 99 3 ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE ................................................. 99 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 100 5 DEFINIÇÃO DE MERCADO ................................................................................ 100 6 DESDOBRAMENTO DA FUNÇÃO QUALIDADE ................................................ 103 7 COMPETITIVIDADE ........................................................................................... 114 8 PLANEJAMENTO E RESULTADOS ..................................................................... 118 9 PONTO DE EQUILÍBRIO .................................................................................... 120 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 124 11 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 124 12 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 124 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 125 UNIDADE 4 – TOMADA DE DECISÃO USANDO PESQUISA OPERACIONAL 1 OBJETIVO ..........................................................................................................127 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 127 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 127 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 128 5 PROGRAMAÇÃO LINEAR ................................................................................. 130 6 QUESTÃO AUTOAVALIATIVA ............................................................................ 150 7 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 150 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 151 UNIDADE 5 – O PRODUTO 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 153 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 153 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 154 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 154 5 PROJETO DO PRODUTO ................................................................................... 154 6 PLANEJAMENTO DO PROCESSO ...................................................................... 160 7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 169 8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 169 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 169 UNIDADE 6 – LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL 1 OBJETIVO .......................................................................................................... 171 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 171 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 171 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 172 5 FATORES QUE INFLUEM NA LOCALIZAÇÃO .................................................... 172 6 LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA INDUSTRIAL ...................................................... 174 7 LOCALIZAÇÃO DE DEPÓSITOS PARA ARMAZENAGEM .................................. 181 8 LOCALIZAÇÃO DE PONTOS DE VENDA ............................................................ 185 9 PLANEJAMENTO DE SHOPPING CENTER ........................................................ 188 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 191 11 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 191 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 191 UNIDADE 7 – ARRANJO FÍSICO 1 OBJETIVO .......................................................................................................... 193 2 CONTEÚDOS .................................................................................................... 193 3 ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE ................................................ 193 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 194 5 O ARRANJO FÍSICO ........................................................................................... 194 6 NOVOS TIPOS DE ARRANJO FÍSICO ................................................................ 201 7 PROJETOS DE ARRANJO FÍSICO ....................................................................... 205 8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 212 9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 212 10 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 213 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 213 UNIDADE 8 – PRODUTIVIDADE E MRP 1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 215 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 215 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 216 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 216 5 TEMPO PADRÃO ............................................................................................... 217 6 CONCEITOS REFERENTES À PRODUÇÃO ........................................................ 223 7 CARGA DE MÃO DE OBRA E CARGA DE MÁQUINA ....................................... 227 8 BALANCEAMENTO DE LINHA .......................................................................... 228 9 MATERIAL REQUIREMENTS PLANNING (MRP) – PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAL ........................................................................ 232 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 243 11 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 243 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 244 Claretiano - Centro Universitário CRC Caderno de Referência de Conteúdo Conteúdo ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Definição de gestão da produção e de operações. Histórico sobre gestão da pro- dução e operações. Áreas de decisão na organização e na manufatura. Seleção de localização de plantas fabris. Tomada de decisão usando Pesquisa Opera- cional. Arranjo físico e otimização. Produtividade e métodos de planejamento, programação e controle da produção usando o MRP. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1. INTRODUÇÃO Olá! Seja bem-vindo! Vamos dar início ao estudo de Análi- se de Operações. Esperamos que este estudo contribua para sua formação e que, ao final da oitava unidade, você se sinta apto a conduzir com destreza a gestão operacional de uma fábrica ou de um ponto de venda. A administração da produção e operações representa a elite de uma instalação fabril, uma vez que todos os produtos desejados pelos clientes necessitam de operações bem planejadas. Portanto, © Análise de Operações10 é necessário planejar a qualidade, a produção, a distribuição e o descarte dos insumos e do próprio produto com cadeias logísticas reversas. Entre as decisões tomadas nesse setor, grande parte do volu- me investido em esforços, recursos e materiais traduz-se em rique- za para a empresa, em sobrevivência no mercado competidor e em qualidade de vida para o capital humano – que dá suporte aos sistemas produtivos. Essa temática será analisada detalhadamente em nossos estudos. A Unidade 1 trará definições importantes sobre a adminis- tração da produção e de operações. O conceito de processo é ex- plicado sob diversas ópticas e mostra a empresa como um grande encadeamento de processos, visão que é disseminada pela reco- nhecida Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas. Com o entendimento do que é processo, classificam-se os sistemas de produção usando o diagrama volume X variedade, tanto para os sistemas fabris como para os de serviços. Posterior- mente, essa classificação será pretexto para a apresentação das formas de arranjo físico e planejamento, programação e controle desses sistemas. Partindo da classificação volume X variedade, a Unidade 2 apresentará os fundamentos e os cálculos para gerenciamento de projetos por meio do PERT, com suas formas de planejamen- to, programaçãoe controle de sistemas produtivos. A proposta é familiarizar o aluno com a técnica PERT CPM e, ao final, mostrar como criar um plano de projeto usando o Microsoft Project. A Unidade 3 discutirá o que se entende por "a voz do mer- cado", uma vez que o cliente é o ator principal do cenário fabril. O assunto converge para a ferramenta de qualidade denominada Quality Function Deployment (QFD) e a metodologia benchmarking, que envolve o conceito de competitividade e as estratégias necessá- rias para ser competitivo, terminando com uma abordagem sobre o conceito de ponto de equilíbrio. 11 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo A Unidade 4 utilizará a Pesquisa Operacional para ensinar o que é tomada de decisão e o que são variáveis de decisão. Apre- sentará dois métodos de solução de problemas de pesquisa ope- racional: programação linear e método simplex, temas pouco abordados nos cursos e livros de administração de produção e de operações. A noção de produto, desenvolvimento, de ciclo de vida de um projeto de produto, o conhecimento sobre como se realiza o planejamento dos processos e a documentação pertinente à con- fecção de produtos e serviços serão os assuntos tratados na Uni- dade 5. A Unidade 6 apresentará a conceituação da localização de empresas, depósitos, armazéns, lojas e shopping centers por meio de fórmulas ou modelos matemáticos. Serão discutidos funda- mentos teóricos, técnicas de localização, além da solução de exer- cícios e apresentação de diversas equações. Já a Unidade 7 abordará o arranjo físico, uma vez que a defi- nição de layout eficaz é uma tática para a redução de custos e para a satisfação dos operadores, assegurando a produtividade. Serão apresentados os tipos de arranjos físicos mais utilizados pelas in- dústrias, as configurações e os aspectos relevantes e as compara- ções com empresas reais na área de manufatura e de serviços e conceitos relativos ao dimensionamento de áreas. A Unidade 8 tratará de um assunto de suma importância para a administração da produção e operações: a produtividade industrial e o uso do Material Requirements Planning (MRP) para programação de fábrica. A abordagem inicial traz os conceitos de cronoanálise com a apresentação de tabelas de esforço X habilida- de, de ritmo e eficiência, fator de fadiga e monotonia, mostrando, em seguida, conceitos sobre produtividade e eficiência com as res- pectivas equações. Propomos ainda traduzir ao longo deste estudo uma gama de experiências e técnicas em teorias didáticas e lúdicas, usando © Análise de Operações12 uma vasta literatura e as vivências do autor em uma abordagem simples para este assunto de grande interesse nas empresas. Esperamos que aproveitem ao máximo os conteúdos, as di- cas e as interatividades apresentadas neste estudo. Estamos cer- tos de que, seguindo todos os passos indicados no material, seus conhecimentos se ampliarão e, consequentemente, sua emprega- bilidade também. Bom estudo! 2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO Abordagem Geral Prof. Ms. Silvio Nunes dos Santos Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será es- tudado. Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No entan- to, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento bási- co necessário a partir do qual você possa construir um referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência cogniti- va, ética e responsabilidade social. Este material trata de um dos assuntos mais importantes para a sociedade atual: a administração da produção e de opera- ções. Na Unidade 1, serão apresentados alguns fundamentos des- ta área. Unidade 1 Moreira (2002, p. 3) define a administração da produção e operações como "o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada de decisões na função de produção (empresas industriais) ou operações (empresas de serviços)". 13 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Observemos na Figura 1 um modo simplificado de entender o processo de administração de operações na Figura 1: Fonte: adaptado de Moreira, (2002, p. 3). Figura 1 Visão sistêmica da administração de operações. Na Figura 1, podemos notar a visão sistêmica da administração de operações, onde essa administração é estabelecida pelo processo de transformação, cujo propósito está ligado aos seus recursos de entrada (inputs) convertidos em saídas (outputs) ou produtos. Também é necessário entender que existem algumas diferenças entre produtos e serviços. Tais diferenças podem ser verificadas no Quadro 1. Quadro 1 Diferenças entre empresas. CARACTERÍSTICA EMPRESAS DE MANUFATURA EMPRESAS DE SERVIÇOS Produto Físico Intangível Estoques Possível existência Impossível Padronização dos insumos Exequível Difícil Influência da mão de obra Média/pequena Grande Padronização do produto Exequível Difícil Avaliação do produto Durante produção Após produção Consumo do produto Após produção Durante produção Fonte: adaptado de Moreira (1993, p. 3). © Análise de Operações14 Historicamente, a administração de produção e operações (APO) se desenvolveu com a evolução das plantas fabris. Veja na Figura 2 o cronograma sobre esse momento histórico: Fonte: Gaither; Frazier (2002, p. 7). Figura 2 Evolução da administração da produção e operações (APO). Seguindo esse raciocínio histórico, vamos relembrar, a partir da Tabela 1, alguns estudiosos que colaboraram para a difusão da administração científica. Acompanhe: Tabela 1 Principais contribuintes da administração científica. CONTRIBUINTE PERÍODO CONTRIBUIÇÕES Frederick W. Taylor 1856–1915 Princípios de Administração Científica, estudo do tempo, métodos, padrões, planejamento e controle. Frank B. Gilbreth 1868–1934 Estudo dos movimentos, métodos, contratos de construção e consultoria. Lillian M. Gilbreth 1878–1973 Estudos de fadiga, ergonomia, seleção e treinamento de empregados. Henry L. Gantt 1861–1919 Gráficos de Gantt, sistemas de pagamento por incentivo, abordagem humanística do trabalho e treinamento. 15 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Harrington Emerson 1885–1931 Princípios da eficiência, economia de milhões de dólares em ferrovias, métodos de controle. Fonte: adaptado de Gaither; Frazier (2002, p. 9). Levando em consideração as contribuições dos principais colaboradores da Administração Científica, presentes na Tabela 1, podemos perceber que estes buscavam a melhoria da produtivi- dade, essência da administração científica. A partir do avanço de seus estudos administrativos e com a melhoria da produtividade, os administradores começaram a con- siderar a organização como um todo, e, assim, puderam obter uma ideia geral da classificação dos sistemas e dos modos adequados de geri-los com eficácia. Para tanto, Slack (2002) e Lustosa (2008) ilustram algumas classificações dos sistemas de produção, de ser- viço e de planejamento presentes nas figuras seguintes. Observe. A Figura 3 mostra uma das classificações existentes. Esta for- ma de classificação denomina-se diagrama volume versus varie- dade. Fonte: adaptado de Slack (2002, p. 124). Figura 3 Classificação dos sistemas de produção. © Análise de Operações16 Na Figura 4, poderemos notar que há uma classificação semelhante para os sistemas de serviços. Fonte: adaptado de Slack (2002, p.38). Figura 4 Classificação dos sistemas de serviços. Contudo, o que a classificação dos sistemas de produção implica? Nos sistemas de planejamento, planejar e organizar são a es- sência da administração. A Figura 5 combina os sistemas de produ- ção com seus respectivos sistemas de planejamento. Acompanhe: 17 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Fonte: adaptado de LUSTOSA etal. (2008, p. 22). Figura 5 Classificação dos sistemas versus sistemas de planejamento. Visualizando o gráfico presente na Figura 5, percebemos a combinação dos sistemas de produção com os sistemas de pla- nejamento. Por exemplo: o sistema de produção por projetos, no qual preponderam as atividades, emprega como técnica de plane- jamento o método Program Evaluation and Review Tecnique (PER- T-CPM), tema que será abordado na Unidade 2. Unidade 2 Na Unidade 2, você irá estudar o planejamento de projetos usando o PERT. Trata-se de um sistema de produção por projetos que irá produzir uma saída ou um produto, geralmente denominado pro- jeto. Suas características preponderantes e mais visíveis são o tempo de execução e o caráter de singularidade. Essas características fazem com que o projeto se diferencie, por exemplo, da produção na qual se obtém uma série de produtos semelhantes. Mesmo que se esteja falando em um conjunto habitacional – que, em uma gleba qualquer de terra sejam construídas mil unidades de casas populares –, o produto do projeto é o conjunto dessas casas como um todo e não a casa em si. No entanto, nessa técnica de plane- jamento (PERT), dependendo do que se queira "focalizar", o conjunto © Análise de Operações18 de aviões ou de máquinas, por exemplo, pode ser entendido como um projeto ou como uma produção de pequeno lote. É o caso dos aviões fabricados pela Embraer para a Azul. Foram cem aviões modelo 190. O conjunto pode ser visualizado como projeto e é planejado como tal. Um projeto pode se basear em uma lista de atividades com um plano de ações, onde estão definidas também a duração, a re- lação de atividades sucessoras e uma matriz de responsabilidades associada. Com esses elementos combinados, cria-se o diagrama de rede do projeto, que é talvez a ferramenta mais importante para a análise no planejamento. É do diagrama de redes que se extraem informações sobre o caminho crítico (PRADO, 2004). A Fi- gura 6 mostra um diagrama de rede. Figura 6 Exemplo de diagrama de rede. Unidade 3 A Unidade 3 analisa o tema mercado. Cobra (1992, s/p.), afirma: “mercado é o segmento de pessoas, empresas ou área geográfica no qual estão os consumidores e prospectos de uma empresa ou marca”. Esta unidade também trata dos conceitos da metodologia QFD – Desdobramento da Função Qualidade, uma técnica que parte dos requisitos dos clientes para a criação das especificações 19 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo de engenharia, definindo os parâmetros da qualidade para o pro- duto e comparando competidores para os mesmos produtos ou serviços. Apresenta-se ainda uma importante noção do que seja com- petitividade. Segundo Marques (1995), competir é lutar contra um opositor, na maioria das vezes com a finalidade de vencer. Desse modo, para uma empresa ou organização, competitividade repre- senta ter condições de "lidar no mercado" contra um ou mais for- necedores de um produto ou serviço. Marques (1995) afirma que, para haver essa competitivida- de, a empresa procura manter a permanência em um "intervalo de competição" que se forma entre o nível de aceitação do consumi- dor e o nível de aceitação do próprio competidor. Nos dois níveis, as dimensões de qualidade e o preço devem ser os melhores; a empresa deve constituir uma estratégia de ação para operar em mercados locais, regionais ou globais. Quanto mais extenso é o raio de sua atuação, maiores deverão ser sua competência compe- titiva e suas vantagens competitivas. A unidade termina tratando do tema ponto de equilíbrio, um indicador de desempenho utilizado para verificar se a opera- ção está gerando riqueza. Ele é representado por uma relação en- tre o custo fixo mais o lucro pela margem de contribuição. Unidade 4 A Unidade 4 expõe um dos assuntos mais importantes do li- vro: a tomada de decisão baseada em análises obtidas na Pesquisa Operacional, para a qual se apresentam dois métodos de solução de problemas: o método gráfico e o método simplex. Segundo Colin (2007), a Pesquisa Operacional (PO) teve ori- gem na Inglaterra, durante o esforço de guerra, com a tentativa de alocar com eficácia recursos insuficientes. Os problemas operacio- nais ocorridos durante a guerra eram parecidos com os encontra- dos nas empresas no pós-guerra e serviram para entusiasmar seus © Análise de Operações20 administradores a investir nesse conhecimento. E foi sobretudo pelo impacto financeiro positivo obtido com sua utilização que a PO obteve maior aceitação em decisões gerenciais. A Pesquisa Operacional está presente em diversas técnicas. Entre outras, podemos elencar: 1) Programações: Linear e Não Linear. 2) Programação Inteira. 3) Programação Dinâmica. 4) Programação Hierárquica. 5) Teoria das Filas. 6) Teoria dos Grafos. 7) Simulação. Contudo, vamos nos ater a cálculos empregando Programa- ção Linear com os métodos gráfico e simplex. Em um problema de Programação Linear (PL) todas as equa- ções, como, por exemplo, (f(x1, x2, x3) = A), bem como as inequa- ções (f(x1, x2, x3) > A), são lineares. Nesses problemas, os tomado- res de decisão procuram maximizar ou minimizar uma quantidade explicitada. Por exemplo, maximizar lucro ou minimizar custos. Para que você não fique com dúvidas, vamos a um problema típico de Programação Linear. Uma empresa manufatura dois produtos: A e B. Para produ- zir A, ela usa 5 kg de MDF e 4 kg de latão; para produzir B, usa 4 kg de MDF e 6 kg de latão. A quantidade total de latão no estoque da empresa é 50 kg e de MDF é 60 kg. Sabendo que se ganha R$ 300,00 para cada produto A produzido e R$ 400 para cada produto B, quais são as quantidades ideais a serem produzidas de forma que se maximize o lucro? 300 1 400 2z x x= + 21 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Tabela 2 Organização dos valores A B QT total de Material MDF 5 4 50 Latão 4 6 60 As inequações de restrição ficam da seguinte forma: 5 1 4 2 50x x+ ≤ 4 1 6 2 60x x+ ≤ Em resumo, encontramos os valores referentes a x1 e x2 com base na restrição de MDF que são, respectivamente, 10 e 12,5. Fazendo as mesmas suposições para a outra restrição, teremos x1 = 20 e x2 = 10. A Figura 7 mostra a solução final do problema exem- plificado. Figura 7 Solução encontrada. Unidade 5 A Unidade 5 discorre sobre o produto. O sucesso do produto está diretamente relacionado à sua capacidade de satisfazer as ex- pectativas dos clientes (CAMPOS, 2004). © Análise de Operações22 Portanto, o projeto do produto trabalha dois temas: o pri- meiro é o desenvolvimento de novos produtos, que segue uma sequência de ações que visam estruturar uma forma de obter os produtos; o segundo é referente à melhoria de produtos, uma vez que, devido ao ciclo de vida, eles precisam ser revitalizados para que possam gerar lucros às companhias que os fabricam. Os esfor- ços descritos são traduzidos em especificações para que um siste- ma produtivo com base em uma folha de processos possa manu- faturar o produto. No processo de desenvolvimento de novos produtos, há uma metodologia que divide o processo criativo em etapas. Essa metodologia é apresentada a seguir: 1) Geração da ideia: nessa fase, uma ideia inicial é lançada, seja com base na tecnologia disponível, seja em estudos e pesquisas de mer- cado. São considerados os aspectos internos da empresa, as suas áreas de competência, os seus recursos humanos e materiais, as suas tecnologias específicas, as disponibilidades de recursos finan- ceiros etc. No que tange aos aspectos externos, são considerados os nichos de mercado, as tendências de desenvolvimento da tecno- logia e a concorrência. 2) Especificações funcionais: determinam-se os objetivos do produto, isto é, qual será a função, as suas características básicas, como será a fabricação, a fonte de suprimento de matérias-primas e os de- mais insumos, a que mercado específico deverá atender, o quanto deverá custar, as vantagense as desvantagens em relação aos seus concorrentes etc. 3) Seleção do produto: define-se um produto que atenda aos dois re- quisitos anteriores. Nessa fase, pode-se iniciar a aplicação do des- dobramento da função qualidade. 4) Projeto preliminar: é o momento de utilizar os conhecimentos de todos os departamentos da empresa, como também de eventuais futuros fornecedores, numa espécie de parceria. É uma fase de engenharia simultânea, na qual é feita uma análise minuciosa da manufaturabilidade do produto, incorporando-se ao seu projeto as alterações decorrentes. 5) Construção do protótipo: nessa fase pode-se construir um modelo reduzido para ser previamente testado. Em seguida, constrói-se um protótipo para ser testado. 23 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 6) Testes: o protótipo é submetido a testes nas mais variadas condi- ções, fazendo-se análise da sua robustez, do grau de aceitação pelo mercado, do seu impacto junto aos concorrentes etc. 7) Projeto final: detalha-se o produto, com as suas folhas de proces- sos, lista de materiais, especificações técnicas, fluxogramas de pro- cessos etc. 8) Introdução: coloca-se o produto no mercado, começando a primei- ra fase do seu ciclo de vida. 9) Avaliação: periodicamente, faz-se uma avaliação do desempenho do produto, então, são introduzidas as alterações necessárias ou, tendo o produto já passado pela fase de maturidade, estando em declínio, é retirado do mercado (MARTINS; LAUGENI, 1998, p. 75). Unidade 6 A Unidade 6 analisa a localização industrial. Localizar sig- nifica determinar onde será a base de operações em que serão fabricados os produtos ou prestados os serviços, e onde se fará a administração do empreendimento. Essa unidade apresenta os métodos mais comuns para se localizar uma planta fabril, lojas, armazéns e uma noção sobre a localização de pontos comerciais. Dentre os métodos mais utilizados na localização de ope- rações, está o ponto de equilíbrio, que, segundo Moreira (2008), consiste em confrontar diversas localidades em função dos custos totais de operação, que resultam da soma entre os custos fixos e os custos variáveis. Acompanhe os exemplos a seguir e entenda como é encon- trado o ponto de equilibro: Exemplo 1 Uma empresa, ao estudar a localização de uma nova planta, reduziu sua busca a três localidades (A, B e C) e verificou os seguin- tes dados sobre custos fixos e variáveis: © Análise de Operações24 Quadro 1 LOCAL CUSTO FIXO annual CUSTO VAR. UNIT. QUANTAnual CUSTO TOTAL A R$ 120,00 R$ 64,00 20 pçs. R$ 1400,00 B R$ 300,00 R$ 25,00 20 pçs. R$ 800,00 C R$ 400,00 R$ 15,00 20 pçs. R$ 700,00 A Figura 8 representa o custo total de cada localização. Para completar o raciocínio do método do ponto de equilíbrio, vamos calcular a intersecção entre os pontos A e B e entre B e C. A equa- ção das retas A, B e C do gráfico são: A = 120 + 64. Q B = 300 + 25. Q C = 400 + 15. Q Para acharmos as intersecções, devemos igualar as equações, A com B e B com C, que será demonstrado a seguir: A com B: 120 + 64. Q = 300 + 25. Q 39Q = 180 Q = 4,6 B com C: 300 + 25. Q = 400 + 15. Q 10Q = 100 Q = 10 Figura 8 Gráfico da solução proposta pelo autor. Pela interpretação do gráfico, para uma produção de até 5 unidades (4,6), a melhor localização é A. Para uma produção entre 4 e 10 unidades, a melhor localização é B, e para uma produção acima de 10 unidades, a melhor é C. 25 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Unidade 7 A Unidade 7 discorre sobre arranjo físico. Arranjo físico é a maneira como estão distribuídos os recursos na planta fabril e tem por objetivo a relação entre três fatores: (1) material (2) mão de obra e (3) equipamento. A alteração na disposição, na localização na planta fabril ou no escritório ou de qualquer um desses fatores pode tornar inadequado o arranjo físico existente. Assim, o setor responsável pelo arranjo físico deve possuir um sistema de infor- mação adequado. Segundo Olivério (1985), qualquer projeto de arranjo físico deve considerar os seguintes fatores: 1) Integração. 2) Mínima distância. 3) Obediência ao fluxo das operações. 4) Racionalização de espaço. 5) Satisfação e segurança. 6) Flexibilidade. Além desses fatores, você também deve levar em considera- ção os tipos de arranjos físicos, tais como: posicional ou por posi- ção fixa, linear ou por produto, funcional ou por processo, celular ou por grupo. Para tanto, acompanhe, mais detalhadamente, cada um desses tipos de arranjos. Arranjo posicional ou por posição fixa (Project shop) Nesse tipo de arranjo físico, o material permanece estático, centralizado, enquanto os recursos se movimentam ao redor. Nos dias atuais, sua aplicabilidade está limitada, principalmente, aos casos nos quais o material ou o componente principal é difícil de ser movimentado. Por isso é mais fácil transportar equipamentos, homens e componentes até o material estacionário. Essa é uma ocorrência típica, por exemplo, da montagem de grandes máquinas, de navios, de prédios, de © Análise de Operações26 barragens, de aeronaves etc. Na Figura 9, você poderá notar a demonstração desse tipo de layout. Observe: Fonte: adaptado de Toledo Jr., 1991, s/p. Figura 9 Arranjo posicional ou por posição fixa. Arranjo linear ou por produto (Flow shop) O arranjo físico em linha ou por produto tem um acondi- cionamento fixo orientado para o produto. Os postos de trabalho (máquinas, bancadas) são dispostos na mesma sequência de ope- rações nas quais o produto é criado. Nesse tipo de arranjo, é cor- riqueiro haver uma máquina de cada qualidade, exceto quando são indispensáveis máquinas duplicadas para balancear a linha de produção. Quando o volume se torna muito grande, especialmente na linha de montagem, este tipo de layout é chamado de produção em massa. Essa é a solução ideal quando se tem apenas um pro- duto ou produtos similares fabricados em grande quantidade e o processo é relativamente simples. É importante ressaltar que o tempo disponibilizado em cada estação é sincronizado, as linhas são combinadas para operar velozmente, independentemente das necessidades do sistema, que não é flexível. Acompanhe, a seguir, a disposição do arranjo linear. 27 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Fonte: adaptado de Toledo Jr, 1991, s/p. Figura 10 Arranjo Linear ou por produto. Referindo-se a serviços, pode-se pensar em uma loja de ser- viços ou empresa de serviços de massa, como uma cafeteria, tal qual a mostrada na Figura 11. Fonte: CORRÊA; CORRÊA, 2006, p. 413. Figura 11 Arranjos físicos por produto ou em linha em serviços. Arranjo funcional ou por processo (Job shop) Nesse tipo de arranjo, máquinas e ferramentas são agrupa- das conforme o tipo geral de processo de manufatura. Por exem- plo, são agrupados em um setor os tornos, as prensas em outro, as injetoras de plástico em outro e assim por diante. Geralmente, esse tipo de arranjo é aceito quando existem muitos produtos e © Análise de Operações28 pequena demanda. Por exemplo, na fabricação de tecidos e rou- pas, no trabalho de tipografia e em oficinas de manutenção. Devido a fato de arranjos físicos funcionais necessitarem de uma vasta variedade de processos de manufatura, são necessários equipamentos de fabricação de uso similar. Além do mais, é pre- ciso que os trabalhadores tenham um alto nível técnico para cum- prir os diversos tipos de afazeres. Esse tipo de arranjo tem a seu favor a capacidade de fazer um grande número de produtos, pois cada peça que requer sua própria sequência de operações, que pode ser direcionada conforme os respectivos setores na ordem apropriada. Os roteiros operacionais são usados para controlar o movimento de materiais. Para um melhor entendimento do arran- jo físico funcional, observe a Figura 12. Fonte: adaptado de Toledo Jr; 1991. Figura 12 Arranjo físico funcional. Ainda como exemplificaçãodo arranjo físico funcional, pen- semos em serviços, tomando como exemplo um supermercado no qual os clientes percorrem as várias seções à procura de produtos, como ilustra a Figura 13. 29 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Fonte: CORRÊA; CORRÊA, 2006, p. 408. Figura 13 Arranjo físico funcional em serviços. Arranjo celular ou de grupo É composto de células de produção e montagem interligadas por um sistema de controle de material de "puxar". Operações e processo são agrupados nas células conforme a sequência de pro- dução, que é imprescindível para realizar um grupo de produtos. Em geral, todas as máquinas na célula são de ciclo unificado e au- tomatizado. Normalmente, a célula inclui todos os processos ne- cessários para completar uma peça ou sub-montagem. Os pontos cruciais desse modelo de arranjo são: 1) Máquinas são organizadas na sequência do processo e normalmente seguem o formato de “U”. 2) Dentro da célula, pode ser elaborada uma peça por vez. 3) Os operários recebem capacitação a fim de se tornarem multidisciplinares. 4) O período do ciclo para o sistema determina a taxa de produção para a célula. Acompanhe, na Figura 14, a demonstração do arranjo celular. © Análise de Operações30 Fonte: adaptado de Martins, 1999, p. s/p . Figura 14 Arranjo celular ou de grupo. No que se refere aos serviços, pode-se pensar em um shopping center, onde os clientes percorrem as diversas lojas dentro da "grande loja", como é mostrado na Figura 15. Fonte: Slack et al., 1999, p. 166. Figura 15 Piso térreo de loja de departamento mostrando "loja-dentro-da-loja" ou célula de artigos esportivos. Novos tipos de arranjos físicos Atuais tendências industriais conduziram ao desenvolvi- mento de novos tipos de arranjos físicos, visto que as configura- ções clássicas, segundo estudiosos como Benjaafar, Heragu e Irani (2002), não admitem a flexibilidade precisa para ambientes com multiprodutos e com regimes turbulentos. 31 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Regimes turbulentos de produção são aqueles que possuem: Alta variação na demanda; Alta variação nos tamanhos de lotes de produção; Alta variação nos tempos de processamento; Alta variação nos tempos de preparação; Demanda estocástica (parcialmente ou totalmente); Freqüentes mudanças no conjunto de produtos; Seqüências de produção variáveis; Forte competição (RHEAULT, DROLET e ABDULNOUR, 1995, p. 221). Arranjo físico fractal A matemática define como fractal o objeto cuja estrutura repete-se em cada detalhe quando a resolução aumenta, como ilustra a Figura 16. Fonte: adaptado de Quaresma, Oliveira e Faria (2000). Figura 16 Geometria fractal. Venkatadri, Rardin e Montreuil (1997) definem o arranjo físi- co fractal como uma extensão do arranjo celular, pois, ao implan- tá-lo, o chão de fábrica é dividido em grupos menores chamados células fractais. Cada célula fractal é vista como uma minifábrica dentro da fábrica e deve ser capaz de produzir todos os produtos que entram no sistema fabril, ou ao menos a maioria deles. © Análise de Operações32 A Figura 17 mostra alguns exemplos de células fractais. Fonte: Montreuil, Venkatadri e Rardin, 1999, p. s/p. Figura 17 Células Fractais. Arranjo físico modular Irani e Huang (2000) foram os percussores do arranjo físico modular, cuja ideia básica é usar os arranjos físicos funcional, por produto e celular como blocos de construção. Esse arranjo tem início quando o fluxo de material é repartido em uma rede de módulos e cada módulo, que corresponde a um grupo de má- quinas conectadas por um fluxo de material bem definido, re- presenta parte da instalação. Para que você tenha uma noção do arranjo físico feito por módulo, acompanhe a ilustração da Figura 18, na qual os autores definiram seis tipos de módulo, tais como: flowline, flowline ramificado, celular, centro de usinagem, funcio- nal e fluxo padronizado. 33 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Fonte: Irani; Huang, 2000, p. 260. Figura 18 Tipos de módulos do arranjo físico modular. Arranjo físico distribuído Montreuil et al (1993) apresentam detalhadamente um tra- balho sobre esse tipo de arranjo físico. Esses autores comparam arranjos físicos funcionais e distribuídos em três configurações: 40 estações com 10 tipos de processo, 150 estações com 30 tipos de processo e 1296 estações com 125 tipos de processo. Neste mate- rial didático, não será apresentada a simulação realizada por tais autores. Todavia, esse arranjo físico é ilustrado na Figura 19. Fonte: adaptado de Benjaafar, Heragu eIrani (2002), p. s/p. Figura 19 Arranjo físico com graus variados de distribuição. © Análise de Operações34 Unidade 8 A Unidade 8 trata de produtividade e MRP – Material Requirements Planning. Uma empresa pode ser vista como um grande sistema, no qual os subsistemas menores interagem para se atingir um objetivo comum, que é a geração de resultados. Veja o processo descrito na Figura 20. Fonte: adaptado de CORRÊA; CORRÊA, 2005, p. s/p. Figura 20 A empresa como processo. Ao observarmos a área de processamento, poderemos veri- ficar a existência de vários subsistemas interdependentes e intera- tivos, tais como os processos de apoio, os processos gerenciais, os processos finalísticos, e, de forma auxiliar, os sistemas de informa- ção e controle. A racionalização industrial é um dos conhecimentos mais importantes para a análise de operações e, consequentemente, para o futuro administrador. Uma série de conceitos dá suporte ao planejamento fabril. O controle efetivo, no entanto, só pode ser realizado se a empresa possuir padrões. Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2001), o MRP é emprega- do para converter a previsão de demanda de um elemento de de- 35 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo manda independente em uma programação de necessidades das partes componentes do elemento. O MRP também pode ser con- siderado um sistema de controle de estoques de itens de demanda dependente. É um sistema proativo que evita a manutenção de estoques, exceto os eventuais. Já o MRP 2 é um sistema integrado de planejamento e pro- gramação da produção, fundamentado no emprego de computa- dores. Esses softwares têm sua estrutura em formato modular. De modo simplificado, veja na Figura 21 a diferença entre o MRP 1 e o MRP 2. ÀS PRODUÇÃO DECISÕES Fonte: adaptado de Slack,1997, p. s/p. Figura 21 Sistemas MRP 1 e MRP 2. Glossário de Conceitos O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi- da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de co- nhecimento dos temas tratados em Análise de Operações. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos: 1) Ação Corretiva: “ação que elimina permanentemente, e pela raiz, a causa de um determinado problema” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 2) Ação Preventiva: “ação implementada para eliminar as causas de uma possível não-conformidade ou outra si- tuação indesejável, a fim de prevenir a sua ocorrência” (apud VANTINE, 2012). © Análise de Operações36 3) Acompanhamento – Follow Up: “monitoramento da evolução de um projeto, para se verificar se as opera- ções, compra de materiais e fabricação, são executadas dentro do planejado” (apud GURGEL, 2012). 4) Acuidade: “capacidade de discriminar os mínimos deta- lhes de uma embalagem” (apud GURGEL, 2012). 5) Administração: conjunto de princípios, normas e fun- ções que têm por fim ordenar os fatores de produção de uma entidade e controlar a sua produtividade e eficiên- cia, para se obter determinado resultado (adaptado de PORTAL MEC, 2012). 6) Administração da qualidade de um projeto: “processo incluído no projeto e necessário para garantir que o pro- jeto atenda as necessidades do cliente. Este processo in- clui o planejamento da qualidade, garantia da qualidadee controle da qualidade” (apud TECNOLOGÍSTICA, 2012). 7) Administração por objetivos: “processo participativo de fixação de objetivos, que são comunicados aos cola- bores, que por sua vez, estabelecem seus próprios ob- jetivos, interativos com os objetivos mais gerais” (apud TECNOLOGÍSTICA, 2012). 8) Análise de mercado: “procura sistemática de informa- ções, registros de dados e análise dos dados acerca das ocorrências mercadológicas dos produtos e serviços, in- cluindo tamanho, localização, natureza e características dos mercados, análise de vendas, pesquisa das atitudes dos consumidores, suas reações e suas preferências” (apud GURGEL, 2012). 9) Assemble – To – Order: ambiente industrial, no qual o produto ou o serviço pode ser montado a partir de um pedido do cliente, considerando que os componentes- chave serão providenciados antecipadamente (adapta- do do PORTAL DO MARKETING, 2012). 10) B2B: comercio eletrônico entre empresas. 11) Backlog: “carteira de pedidos dos clientes, ainda não atendida” (apud SLIDESHARE, 2012). 12) Backorder: “demanda de itens, que não pode ser atendi- da por falta de estoque desses itens”( apud EBAH, 2012). 37 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 13) Batch: “sistema produtivo que determina uma quantidade adequada a ser processada em um determinado período básico, muitas vezes necessária para a finalização de determinada quantidade de produtos acabados” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 14) Benchmark: “padrão para medidas ou avaliações. Me- lhor marca alcançada no mercado. Ponto de referência para observação” (apud GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILI- ZADOS NA LOGÍSTICA, 2012) . 15) Benchmarking: “a maioria das metodologias existentes se limitam a comparar a empresa com os líderes do se- tor. O enfoque do Benchmarking compara o produto/ processos da empresa com os líderes mundiais, inde- pendente do setor de atuação. O objetivo é buscar o “melhor” absoluto e colocá-lo como referência do ob- jetivo de um plano detalhado que permita, num tempo predeterminado eliminar a diferença em relação aos lí- deres” (apud VANTINE, 2012). 16) Budget: “plano que demonstra uma estimativa das re- ceitas, despesas e custos relacionados com uma ativida- de planejada. Fornece a base para o controle da ope- ração” (apud GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS NA LOGÍSTICA, 2012). 17) C.E.P: “aplicação de métodos estatísticos para o moni- toramento do processo, como por exemplo, os gráficos de controle para determinar se um processo está sob flutuação estatisticamente estável” (apud EBAH, 2012). 18) Capacidade: “conjunto de aptidões, habilitações e com- petências para resolver ou suplantar problemas de de- terminada característica ou nível de dificuldade” (apud BRANDÃO & ASSOCIADOS, 2012). 19) Cibernética: “estudo do processo de controle em sis- temas mecânicos, elétricos, biológicos, administrativos e de informação” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODU- ÇÃO, 2012). 20) Ciclo de Deming: “ciclo de interação constante entre pesquisa, projeto, produção e vendas, para se chegar a © Análise de Operações38 uma melhor qualidade para o usuário” (apud VANTINE, 2012). 21) Ciclo de produção: “tempo entre o término de duas uni- dades de uma determinada produção” (apud VANTINE, 2012). 22) Ciclo de vida: “a sequência pela qual o produto, o ma- quinário e o equipamento passam da concepção ao es- gotamento do seu valor residual” (apud GRISTEC, 2012). 23) Ciclo de vida – análise: “técnica de projeção quantitativa baseada em modelos históricos de outros produtos, que passaram pela introdução, crescimento, maturidade, sa- turação e declínio, similares a nova família em desenvol- vimento” (apud GRISTEC, 2012). 24) Ciclo de vida de um produto: “refere-se aos estágios consecutivos e inter-relacionados de um sistema produ- to, desde a aquisição das matérias-primas ou geração de recursos naturais até a sua disposição” (apud GET-ENGE- NHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 25) Ciclo PDCA - (Padronizar, Fazer, Verificar, Agir): “adap- tação do ciclo Deming, que afirma que todas as ações administrativas melhoram através da aplicação cuida- dosa da sequência: planejar, fazer, verificar, agir” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 26) Comakership/Partnership: “é a estratégia dirigida ao en- volvimento solidário dos fornecedores no complexo em- presarial do cliente. Realiza-se através do “just in time” e “free pass” podendo alcançar inclusive uma integração estratégica” (apud GRISTEC, 2012). 27) Conceito do mercado: “definição concisa do conjunto de necessidades dos usuários de um segmento de mercado e suas características, como o perfil das pessoas que for- mam parte deste segmento de mercado” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 28) Controle de processo: “conjunto de atividades a partir das quais se assegura que um dado processo gere os resultados de acordo com o objetivo” (apud GRISTEC, 2012). 29) DFM: Design For Manufacturability. 39 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 30) DRP: Distribution Requirements Planning. 31) Decisão: “parte do controle que consiste na seleção das alternativas de correções e determinação de providen- cias correspondentes” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 32) EAN - European Article Numbering - Associação Internacional de Numeração de Artigos: “união dos representantes de 12 países europeus (Inicialmente: European Article Numbering), sistema de codificação que foi projetada para ser compatível com o sistema UPC em uso nos Estados Unidos” (apud VANTINE, 2012). 33) Economia de escala: “economia representada pela re- dução do custo unitário de um produto, ocasionado pela distribuição dos custos fixos da fábrica, por uma maior quantidade de produtos fabricados” (apud GET-ENGE- NHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 34) ECR – Efficient Consumer Response: “processos desen- volvidos para se proporcionar uma rápida resposta as exigências do mercado, para o desenvolvimento de lan- çamento de produtos, no atendimento de pedidos, na produção por encomenda, na recuperação de falhas, na adaptação às mudanças do mercado, ou seja uma admi- nistração flexível” (apud GRISTEC, 2012). 35) EDI (Electronic Data Interchange): “troca contínua de informações, através da rede de informação, entre for- necedores e clientes para obter vantagens: eliminação de pedidos escritos, transação em tempo real, fatura- mento automático, eliminação de documentos e siste- ma de planejamento/programação integrado e comum” (apud VANTINE, 2012). 36) Eficiência: “porcentagem da saída real de um sistema de produção, em relação a saída esperada ou padrão não sendo portanto uma relação de saída e entrada de um sistema” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 37) Eficiência global: “obtém-se esta avaliação multiplica- do-se a disponibilidade do equipamento, pela eficiên- cia e pelo porcentual de produtos bons. As ineficiências dizem respeito a: paradas, set up, tempo não utilizado, © Análise de Operações40 baixa velocidade da operação, retrabalho, sucata, início da produção” (apud GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZA- DOS NA LOGÍSTICA, 2012). 38) Fábrica focada: “instalação dedicada a uma família espe- cífica de produtos, com tecnologia própria e definições específicas de volume e marketing” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 39) Fábrica as escuras: “produção totalmente automatiza- da, sem operários ou iluminação” (apud GET-ENGENHA- RIA DE PRODUÇÃO, 2012). 40) Fabricação para estoque: “sistema de administração onde se produz antes de se ter um pedido do cliente, que poderá ser produtos padrões ou montados sob or- dem quando envolvem acessórios pré-estocados” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 41) Fabricação sob pedido: “sistema no qual o produto ou o serviço somente deverá ser providenciado depois do recebimento de um pedido do cliente” (apud VANTINE, 2012). 42) Falha: “uma falha de projeto é o modo no qual um siste- ma, subsistema ou peça deixa de cumprir sua utilidade ou funçãopretendida. Uma falha de processo é a ma- neira na qual um processo deixa de cumprir sua utilida- de proposta” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 43) Família de itens: “grupo de semi-acabados ou compo- nentes, com semelhanças de projeto e processo que possam ser programados e monitorados comercialmen- te em conjunto” (apud BRUNOKRUG, 2012). 44) FIFO: First In, First Out. 45) FMS: Flexible Manufacturing System. 46) Garantia da qualidade: “ações planejadas e sistemáticas necessárias para prover confiança adequada de que um produto ou serviço atenda aos requisitos definidos para a qualidade” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 47) Gargalo: “uma facilidade, função, departamento, ou re- curso cuja capacidade é menor do que a necessidade da demanda” (apud VANTINE, 2012). 41 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 48) Gerenciamento de produto: “atividade executiva que acompanha um produto, ou uma família de produtos nos aspectos mercadológicos, econômicos, de manufa- tura, e exercendo atividades corretoras das disfunções” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 49) Gestão da operação: “atividade para fornecer um ser- viço ou produto ao cliente, a um preço aceitável e pro- duzidos de maneira eficiente e a um custo baixo” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 50) Gestão da operação: “é a administração de um sistema que fornece mercadorias e serviços, envolvendo tam- bém o projeto, planejamento e controle deste sistema” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 51) Gestão de qualidade total: “modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade, baseado na parti- cipação de todos os seus membros, visando o sucesso a longo prazo através da satisfação do cliente e dos bene- fícios para os membros da organização e para a socieda- de”(apud FLEXO NEWS, 2012). 52) Heurística: forma de resolver problemas, a partir de re- gras determinadas pela experiência ou intuição, em vez de técnicas de otimização. 53) Horizonte de planejamento: “prazo limite para o qual se consideram válidos as premissas e alternativas para identificar os cenários futuros em que se insere a empre- sa para efeito de planejamento” (apud GET-ENGENHA- RIA DE PRODUÇÃO, 2012). 54) Housekeeping: “rotina necessária de tarefas que capa- citam a operação de um sistema incluindo organização, arrumação e limpeza” (apud VANTINE, 2012). 55) IDO - Índice de Desempenho Operacional: “verifica a constância do nível de produção ao longo do tempo” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 56) Improdutividade repetitiva: “as improdutividades re- petitivas são deslocamentos, tarefas como carga e des- carga, e tempo perdido que não acrescentam valor ao produto. Muitas vezes poderão aparentar ser de valores não significativos. Mas por serem repetitivos e perma- © Análise de Operações42 nentes, no final de um certo período poderão acumular custos incorridos num montante expressivo que poderá significar a diferença entre um bom resultado, e um de- sempenho medíocre, ou mesmo, negativo” (apud GUR- GEL, 2012). 57) Incoterms: “linguagem de 13 termos utilizada no Merca- do exterior” (apud GRISTEC, 2012). 58) Indicadores de desempenho: “medições de característi- ca do produtos ou do processos, para monitoramento da conveniência de ações gerencias” (apud GET-ENGENHA- RIA DE PRODUÇÃO, 2012). 59) Inovação: “a inovação é a capacidade do marketing e da engenharia de desenvolver e transformar em realidade industrial e comercial, todas as ideias desenvolvidas pela criatividade da mente humana, para atender as neces- sidades dos usuários” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 60) Inovação tecnológica: “processo pelo qual uma idéia ou invenção é transposta para a economia, ou seja: um novo produto ou serviço é posto em disponibilidade para o consumo ou uso” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 61) Inspeção: “atividade de medição, exame ou prova de uma ou mais características do produto ou serviço em relação a algum requisito” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 62) JIT: just in time quando aplicado no controle dos inven- tários. “Trata-se da técnica onde a quantidade de ma- teriais exatamente necessários, são remetidos para a próxima conexão da cadeia de suprimentos” (apud GET -ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 63) Job 1: “primeiro trabalho, prioritário. Montagem inicial em série de um novo produto” (apud VANTINE, 2012). 64) Just In Time: abordagem organizacional baseada em: “produzir os produtos acabados no instante em que eles devam ser entregues, produzir os semi-elaborados e subcomponentes no instante da utilização/montagem, 43 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo abastecer-se de matéria prima no instante de sua utiliza- ção” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 65) Kanbam: “cartão anexado a peças especificas na produ- ção, significando a entrega de determinada quantidade de peças a serem utilizadas na produção. Posteriormen- te a utilização, o mesmo cartão é enviado de volta às origens como um comando para entrega de novo lote de peças” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 66) Kanban: “um do sistema de produção Just–in–Time, que utiliza contentores ou lotes de materiais padronizados com um uma etiqueta anexada e os centros de trabalho comandam, com uma etiqueta ou cartão, a necessidade de materiais de um centro anterior no processo ou mes- mo de um fornecedor, estabelecendo-se o sistema de puxar a produção a partir do mercado” (apud GET-EN- GENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 67) Lead Time: “é o tempo necessário para o produto com- pletar toda a transformação (da matéria prima ao pro- duto acabado, através das diferentes fases). É utilizado para medir a eficiência do processo produtivo. Tempo decorrido entre a constatação de uma necessidade da emissão de uma ordem e o recebimento dos produtos necessitados e que compreende tempos como: tempo de preparação, tempo de fila, tempo de processamento, tempo de movimentação e transporte e tempo de re- cebimento e inspeção” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 68) Lean Production: “filosofia de produção que enfatiza a minimização do montante de todos os recursos, incluin- do tempo, utilizado nas várias atividades da empresa, eliminando-se as atividades que não geram valor no desenvolvimento, produção, cadeia de abastecimento e serviço ao cliente” (apud VANTINE, 2012). 69) Logística: “A arte e a ciência para abastecer, produzir e distribuir material e produtos no lugar adequado, nas quantidades corretas e nas datas necessárias” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). © Análise de Operações44 70) Logística de abastecimento: “atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empre- sa, descarregamento no recebimento, e armazenamen- to das matérias-primas e componentes. Estruturação da modulação de abastecimento, embalamento de mate- riais, administração do retorno das embalagens e deci- sões sobre acordos com fornecedores, para mudanças no sistema de abastecimento da empresa” (apud GUR- GEL; FRANCISCHINI, 2002, P.232). 71) Logística de distribuição: “administração do centro de distribuição, localização de unidades de movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separa- ção de pedidos, controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centros de distribuição e coor- denação dos roteiros de transporte urbano” (apud GUR- GEL; FRANCISCHINI, 2002, P. 232). 72) Logística industrial: “conjunto de atividades visando ra- cionalizar as atividades industriais pela administração dos fluxos de materiais e produtos” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 73) Manufaturabilidade: “avaliação do desenvolvimento do produto ou do processo nas suas capacidades de ser produzido facilmente, de maneira consistente e com alta qualidade facilmente obtida” (apud VANTINE, 2012). 74) Material: “Toda substancia ou artefato na forma em que e apresentado para o manuseio, transporte ou armaze- nagem” (apud PANITZ, 2012).75) Método: “caminho para se chegar a um fim. Programa que regula uma série de operações que se devem reali- zar para se chegar a um resultado determinado devem realizar para se chegar a um resultado determinado” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 76) MRP - Material Requeriment Planning: “sistema de pro- cessamento de dados para o controle das existências, cadastro de produtos, programação da produção dos produtos carga de máquinas, e controle das necessida- des líquidas de matérias-primas”( apud GRISTEC, 2012). 45 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 77) MRP II - “Manufacturing Resource Planning”: “plane- jamento que determina os recursos de pessoal e equi- pamentos necessários para atingir os objetivos previs- tos no MRP” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 78) Não - conformidade: “deficiência de ação, característi- ca ou documento, exigido por projeto ou norma técnica, que torna a qualidade de um serviço ou produto inacei- tável, exigindo disposição, ação corretiva e/ou preventi- va” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 79) Nível de serviço: “medida porcentual do atendimento da demanda através da existência de estoques de pro- dutos acabados que atendam integralmente os pedi- dos dos clientes, ou pela produção corrente em tempo de atender as solicitações dos clientes nas datas e nas quantidades necessárias” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 80) Normalização: atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, disposições desti- nadas à utilização comum e repetitiva com vista à ob- tenção do grau ótimo de ordem, em um dado contexto. (adaptado de ABNT, 2012). 81) Obsolescência: “perda de valor ocasionada por novos desenvolvimentos que coloca os equipamentos antigos em desvantagens competitivas” (apud GET-ENGENHA- RIA DE PRODUÇÃO, 2012). 82) OEE - Overall Equipament Effectiveness: “é a medida de disponibilidade, eficiência e qualidade de um equipa- mento/processo. Mede a utilização do Processo” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 83) Operação: “conjunto de ações relacionadas, capaz de efetuar alguma transformação em elementos forneci- dos, ou de dar lugar à criação de alguma coisa subdivi- são de uma atividade” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 84) Ordem de fabricação: “autorização para um determina- do departamento para fabricar um determinado item ou componente” (apud VANTINE, 2012). © Análise de Operações46 85) Ordem de produção: “conjunto de documentos e tabe- las que determina a produção de partes específica do produto em quantidades determinadas” (apud VANTI- NE, 2012). 86) Organização: “companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte destas, pública ou privada, so- ciedade anônima, limitada ou com outra forma estatuá- ria que tem funções e estrutura administrativa próprias” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 87) PERT - Project Evaluation and Review Technique 88) PERT/CPM - Program Evaluation and Review Technique/ Critical Path Method 89) Padrões: “conjunto de planos de ação, normas, diretri- zes e procedimentos, que permitem que todos os em- pregados executem as suas tarefas com sucesso” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 90) Padronização: “norma que se destina a restringir a va- riedade pelo estabelecimento de um conjunto metódico e preciso de condições a serem satisfeitas, com objetivo de uniformizar as características geométricas ou físicas de elementos de construção, produtos semi-acabados ou acabados, desenhos ou projetos” (apud GET-ENGE- NHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 91) Paradigma: modelo, padrão, estalão. 92) Pareto: “constatação desenvolvida por Vilfredo Pareto, a respeito de que uma pequena quantidade de itens representam a maior parte de um valor ou quantidade, podendo ser utilizado para definir que 80% dos efeitos resulta de 20% de possíveis causas” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 93) PDCA (Plan-Do-Check-Act): “é conhecido também como ciclo de Deming. É a metodologia básica para a análise e solução de problemas para garantir à empresa a manu- tenção e o melhoramento. “PLAN” : planejar, programar, “DO” : fazer, realizar “CHECK”: controlar, verificar, “ACT” : agir, padronizar”( apud VANTINE, 2012). 94) Pesquisa operacional: “desenvolvimento e aplicação de técnicas quantitativas na solução de problemas, envol- 47 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo vendo a identificação, formulação, solução, validação, implementação e controle da tomada de decisões a res- peito de problemas” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 95) Planejamento: “é o processo de decidir o que, e como fazer, antes que a ação seja necessária” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 96) Planejamento agregado: “planejamento que inclui as vendas, a produção, recursos nos estoques, clientes, fa- mília de produtos e operação da força de vendas e da logística” (apud VANTINE, 2012). 97) Planejamento da capacidade: “atividade que utiliza as fichas de processo de cada produto para levantar em cada nível, as necessidades de recursos de conformação e montagem” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 98) Plano estratégico: “plano que produz efeitos duradou- ros e irreversíveis, considerando sempre períodos lon- gos, alcance amplo, e que formula os objetivos e selecio- na os meios” (apud CIA CONSULTORES, 2012). 99) Poka - Yoke: “técnica a prova de erros, onde o setup ou a manufatura é desenvolvida para se prevenir um erro, que possa resultar em um defeito no produto, resultan- do na paralisação da produção automaticamente, caso o erro ocorra” (apud CENTRAL DE LOGÍSTICA, 2012). 100) Poka-yoke ou zero defeito: “dispositivos simples e bara- tos para prevenir erros ou detectá-lo em seguida a sua ocorrência” (apud VANTINE, 2012). 101) PPM - Parts Per Million: peças por Milhão: unidade quantificadora (1/1.000.000). 102) QFD – Quality Function Deployment: “método para ga- rantir que os requisitos do cliente são identificados, são incorporados no desenvolvimento do produto e do pro- cesso e da operação” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 103) Qualidade: “atendimento pelo produto dos requisitos do mercado, com perfeito desempenho, com confiabi- lidade, durabilidade, adequação ao uso, estética e con- formidade com os padrões e que lhe confere a capacida- © Análise de Operações48 de de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 104) Qualidade assegurada: “conjunto de atividades plane- jadas e sistemáticas para garantir que um produto ou serviço satisfaça determinadas características de quali- dade” (apud VANTINE, 2012). 105) Qualidade percebida: “qualidade percebida é definida como a percepção do usuário da qualidade total, ou su- perioridade de um produto com respeito aos seus pro- pósitos em relação às alternativas existentes” (apud GE- T-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 106) R&M - Reliability & Maintainability: “confiabilidade e Manutenabilidade, técnica utilizada para melhorar o de- sempenho do equipamento durante a fase de desenvol- vimento do projeto” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 107) Racionalização: “atividade de engenharia passiva com intuito de redução de uso de matérias-primas, tempo de máquina e utilização de mão-de-obra, com a consequen- te redução do custo industrial” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 108) Reprodutilidade: “variação da média das medições fei- tas por diferentes operadores, usando o mesmo instru- mento, medindo as mesmas peças, com o mesmo méto- do” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 109) Responsabilidade: indicação de quem deve executar al- guma atividade, pelo responsável pelo sistema da Qua- lidade. 110) Restrições: “um elemento ou fator que impede que um sistema atinja uma performance maior em direção aos seus objetivos, podendo ser restrição física, matérias -primas, política ou de procedimentos” (apud GET-EN- GENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 111) Retrabalho: “ação implementada sobreum produto não-conforme, de modo que ele atenda aos requisitos especificados” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 49 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 112) Revisão do produto: “assegura que: a seleção dos ma- teriais foi adequada, o produto exerce corretamente as suas funções, o custo projetado é baixo e adequado para um excelente nível de serviço pós venda projetado” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 113) Revisão gerencial: “ação conjunta da Gerencia e da Equi- pe para se rever o progresso em direção aos objetivos” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 114) Rotação no trabalho: “prática para que o empregado periodicamente,mude as responsabilidades por certos trabalhos, para alargar as sua perspectivas e visão geral da organização, estimular suas motivações e treiná-lo multifuncionalmente” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 115) Rotina: “o conjunto de normas: o modo pela qual a ope- ração deverá ser executada” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 116) Sala/área limpa: “um determinado espaço no qual a concentração de partículas aerotransportadas é con- trolada dentro de limites específicos” (apud TORREIRA, 2012). 117) Sala limpa operacional: “sala limpa completa e realizan- do o seu trabalho normal” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 118) Satisfação do cliente: “resultado da entrega de um pro- duto ou serviço que tenha atendido os requisitos do cliente” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 119) Segmentação de mercado: “estratégia de tratamento do mercado pela desagregação em submercados, segmen- tos utilizando-se características demográficas, psicográ- ficas, estilo de vida, geografia e benefícios esperados” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 120) Sistema: “é a combinação de vários componentes ou peças de equipamentos integradas para desempenhar uma função específica. Um conjunto de procedimentos relacionados que provêem o plano de ação para realizar os objetivos da organização” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). © Análise de Operações50 121) Sistema logístico: “coordenação e planejamento dos as- pectos físicos da movimentação ligada à operação, para administrar os fluxos de matérias primas, componentes e produtos acabados, para se minimizar o custo total para um determinado nível de serviço desejado” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 122) SKU: Stockkeeping unit. 123) Supply Chaim: “rede de organizações envolvidas nos diferentes processos e atividades anteriores que produ- zem valor, sob a forma de produtos e serviços nas mãos do consumidor final” (apud GET-ENGENHARIA DE PRO- DUÇÃO, 2012). 124) Tempo de atravessamento: “tempo decorrido a partir do momento em que uma matéria-prima chega na em- presa e o momento em que esta matéria-prima chega no armazém incorporada em um produto acabado” (apud VANTINE, 2012). 125) Tempo de Set-Up: “tempo de preparação - é o tempo transcorrido entre a produção da última peça/quilo/ metro bom de um produto A e a produção da primeira peça/quilo/metro bom de um produto B quando em um determinado equipamento efetua-se a troca do produto A pelo produto B” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 126) Tomada de decisão: “processo que é utilizado para se selecionar a melhor alternativa para as ações corretivas” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 127) TQC - Controle total da qualidade: “esforço totalmente integrado para a melhoria do desempenho em todos os níveis, para a elevação da satisfação do cliente” (apud VANTINE, 2012). 128) Utilidade: “reconhecimento pelo usuário de que as fun- ções exercidas pelo produto, atende a alguma das suas necessidades” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 129) Utilização de equipamento: “compara as horas que a máquina está produzindo, com o tempo disponível, po- dendo ou não incluir o tempo de setup” (apud PORTAL DO MARKETING, 2012). 51 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 130) Valor de mercado: “é o preço pelo qual um vendedor propenso venderia e um comprador propenso compra- ria um bem ou uma coisa, nenhum deles estando sob pressão anormal” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODU- ÇÃO, 2012). 131) Vantagem competitiva: “é qualquer elemento que ga- rante ou pode garantir o sucesso de uma empresa no mercado, ou seja, que implique uma vantagem sobre a concorrência num determinado mercado. As vantagens competitivas estão relacionadas às 4 alternativas estra- tégicas fundamentais: custo, serviço, qualidade, inova- ção” (apud VANTINE, 2012). 132) Variação de processo: “variação de Processo é represen- tada por uma curva de distribuição normal que mostra a variação esperada ou medida da característica durante uma operação de fabricação ou montagem” (apud GET -ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 133) Viabilidade: “é uma determinação de que o processo, projeto, procedimento ou plano possa ser efetuado sa- tisfatoriamente em um prazo requerido” (apud GET-EN- GENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 134) Vida útil: “tempo especificado em que o produto man- tém o pleno exercício de suas funções, desde que o plano de manutenção seja cumprido. Após a vida útil, o produto estará programado para ser descartado, con- forme regras projetadas” (apud GET-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 135) WIP: Work in Process. 136) Work Breakdown Struture: “elementos do projeto, for- mando grupos orientados para realizações que estrutura e define o escopo total do projeto. A medida que des- cemos no nível da estrutura, eleva-se a o detalhamento das definições dos componentes do projeto” (apud GET -ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2012). 137) WWW: World Wide Web. © Análise de Operações52 Esquema dos Conceitos-chave Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im- portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es- quema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você mes- mo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas pró- prias percepções. É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações entre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais com- plexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na or- denação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque- mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen- to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendizagem. Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es- colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es- tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos de ancoragem. Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape- nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci- so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con- siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei- tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 53 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog- nitivas, outros serão também relembrados. Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da construção do próprio conhecimento, por meio
Compartilhar