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Tribunal de Nuremberg

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DENISE CALHAU RA:2154008 TURMA :03105B02 
TRIBUNAL DE NUREMBERG 
Logo após a Segunda Guerra Mundial, um tribunal se reuniu em Nuremberg, na 
Alemanha, com o objetivo de julgar os crimes cometidos pelos nazistas durante 
a guerra, esse tribunal foi o de Nuremberg, Tribunal Militar Internacional criado 
unicamente para o julgamento de membros do alto escalão nazista, e dentre os 
acusados estavam os oficiais do Partido Nazista e militares de alta patente, bem 
como empresários, advogados e médicos que colaboraram ativamente com o 
projeto nazista. 
A criação desse tribunal se deu através de um acordo firmado entre os 
representantes da ex-URSS, dos EUA, do Reino Unido e da França, em 1945, 
que foram vencedores da 2º Guerra Mundial. 
Esses países tinham em suas mãos grandes comandantes e ideólogos do 
regime nazifascista e pretendiam julgá-los para puni-los pelas barbaridades 
cometidas pelo regime nazista que foram cometidos em Campos de 
Concentração e Campos de Extermínio, com a tentativa de eliminar as 
minorias, os doentes, os judeus, entre outros fatos que geraram material 
necessário para poder julgar e condenar boa parte dos acusados pelo Tribunal 
de Nuremberg. 
No banco dos réus teve aproximadamente 20 homens que foram julgados no 
Tribunal de Nuremberg e os atos deles, banharam o mundo com sangue, sendo 
atos contra à paz e a humanidade, e também, crimes de guerra. Entre os réus, 
Adolf Hitler não estava presente por ter cometido suicídio no dia 30/04/1945. 
O julgamento foi constituído por juízes escolhidos pelos países ``vencedores´´ 
da guerra, sendo representantes de cada um deles. 
 No tribunal, a 1º acusação apresentada foi pelo USA, dizendo que todos os 
acusados participaram como organizadores ou cúmplices em uma conspiração, 
cometendo crimes contra a paz, crimes de guerra e contra a humanidade. Onde 
acreditavam que aqueles que não tinham sangue alemão mereciam morrer, 
podendo ser exterminada qualquer raça diferente. 
A 2º acusação foi apresentada em nome do Reino Unido da Grã Bretanha e da 
Irlanda do Norte, Sir. Harley diz que os acusados cometeram crimes contra a 
paz, de terem participados no planejamento e execução de guerras de agressão, 
violando os tratados internacionais, acordos e declarações. 
Na 3º e na 4º acusação, foi em nome da ex-URSS, nele, o General Rudeco 
acusou todos os réus de terem cometido crimes de guerra na Alemanha e em 
todos os países por ela ocupados, que os conspiradores nazistas cometeram 
crimes contra exércitos inimigos, contra prisioneiros de guerra e contra civis das 
terras ocupadas. Esses nazistas acreditavam na doutrina barbárica da guerra 
total e se consideravam livres dos limites da lei internacional e da ética da guerra 
estabelecida. Os seguidores do nazismo utilizaram políticas severas, onde os 
prisioneiros de guerra ao escapar devem ser baleados sem hesitação, podendo 
morrer por conta do clima e que muitos morriam por serem considerados inúteis, 
podendo morrer de fome ou de exaustão. 
A condenado Rudolph Hess disse que, segundo os cálculos dele, foram 2,5 
milhões de vítimas executadas e exterminadas por gás venoso ou fogo; outras 
500 mil morreram de fome e de doenças; 20 mil prisioneiros de guerra mortos 
trazidos ao campo por transporte das forças armadas, dentre outras mortes 
relacionadas ao extermínio. Os prisioneiros sofriam experimentos médicos 
podendo ficar expostos a temperatura corporal de 28ºC, submetidos a câmara 
de pressão, sofriam experiências com munição envenenada e com as doenças 
contaminadas, e também, submetidos a experimentos com esterilização. 
Valendo ressaltar que as primeiras vítimas do campo de concentração foram os 
não-alemães e depois, foram os povos de todas as outras nações europeias. 
Os nazistas cometeram genocídio, causando a destruição de povos inteiros, 
sendo isso, um resultado direto da crença nazista de que eles tem o direito de 
destruir a oposição ao partido, eles lideraram uma política de escravidão, de 
trabalhos forçados com tratamentos brutais e degradantes com aqueles que para 
eles, não eram dignos de viver, faziam exportação e deportação de populações 
civis e também, possuíam uma campanha de ira e de assassinato. 
Diante dos fatos, o promotor americano, não os inocentou, pois se não fosse por 
eles, não haveria guerra ou massacres e nem crimes. O promotor britânico 
também, não os inocentou e acrescentou que eles, por esses crimes, seriam 
justamente executados sem nenhum julgamento ou investigação. O promotor 
francês também não os inocenta e ainda, ressalta do sangue inocente 
derramado pedindo por retribuição. E por fim, o promotor soviético que também, 
não os inocentou, e deu a pena de morte como sanção pelos atos ilícitos 
cometidos. 
Dos condenados, 3 foram considerados inocentes e o resto, tiveram sanções 
pelos seus atos. A Corte sentenciou 12 condenados à morte por enforcamento,3 
condenados à prisão perpétua, 2 condenados à vinte anos de cadeia, 1 
condenado à quinze anos de cadeia e 1 condenado à dez anos de cadeira. Foi 
declarado também, como organizações criminosas as: S.S, S.D e a Gestapo. 
Os crimes de conspiração são os de participação, podendo ser chefe, cúmplice, 
organizador das execuções para cometer os crimes contra paz, humanidade e 
crimes de guerra. Os crimes contra a paz são aqueles que promovem agressão 
ou violação de tratados. Os crimes de guerra são aqueles que violam regras, leis 
e costumes da guerra, são os assassinatos, os maus tratos de pessoas civis nos 
territórios ocupados ou em prisioneiros de guerra ou de pessoas no mar; se 
caracterizam por destruição de cidades e aldeias sem motivo, a execução de 
reféns e de saquear bens públicos ou privados. Os crimes contra a humanidade 
se caracterizam como assassinato e extermínio, tem haver com o uso do 
trabalho escravo, deportação ou qualquer tipo de ato desumano que possa ser 
cometido contra civis, tem também haver com perseguições políticas, religiosas 
ou étnicas. Todos esses crimes citados acimas, são os crimes que os acusados 
do Tribunal de Nuremberg cometeram, e por essa razão que foram condenados. 
O Tribunal de Nuremberg sofreu diversas críticas e uma delas foi que os juristas 
criticaram o fato de violar os direitos fundamentais com a realização de um 
tribunal ad. Hoc ou de exceção, sem escolha de advogados pelos réus e 
segundo alguns doutrinadores, esse tipo de tribunal não poderia punir com pena 
capital, apenas somente com prisão. Os tribunais de exceção não são vistos com 
bons olhos por serem criados para determinado caso específico e também, 
afrontam os princípios da legalidade, da anterioridade da lei, do juiz natural e o 
da reserva legal, além disso, afronta os direitos de defesa do outro. 
Mesmo o Tribunal de Nuremberg sofrendo muitas críticas, foi criado um outro 
tribunal com características semelhantes, em 19/01/1946, foi criado o Tribunal 
Militar Internacional para o Extremo Oriente, conhecido também como Tribunal 
de Tóquio, com o fito de julgar violações cometidas pelas autoridades japonesas 
na 2º Guerra Mundial. 
Um tribunal internacional, ou uma corte internacional são órgãos de cunho 
jurídico que devem ser compostos por juízes independentes e que servem para 
solucionar conflitos internacionais embasando-se no direito internacional, 
seguindo um processo e um procedimento, as decisões devem ser cumpridas 
por ambas as partes, pois possuem o caráter obrigatório, exercendo seu papel 
sobre as pessoas quando estas cometem algum crime de maior gravidade e de 
alcance internacional.

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