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Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020) Ao final, saber: ✓ Definição ✓ Diabetes Mellitus Tipo 1 ✓ Diabetes Mellitus Tipo 2 ✓ Diagnóstico ✓ Conduta terapêutica ✓ Estratificação de risco cardio- vascular ✓ Metas glicêmicas ✓ Rotina complementar mínima ✓ Complicações Definição ➢ É um distúrbio metabólico caracterizado por níveis glicêmicos elevados e persistentes, oriundos pela deficiência na produção de insulina ou em sua atuação, ou em ambos os mecanismos. Fisiopatologia ➢ Homeostase no metabolismo intermediário (catabolismo x anabolismo); ➢ Insulina: anabolismo, ↓glicemia e ↓corpos cetônicos; ➢ Contra insulínicos (glucagon, adrenalina, GH, cortisol): gliconeogênese. ↑Glicemia, ↑corpos cetônicos e catabolismo; Diabetes Mellitus Tipo 1 ➢ Doença auto-imune, poligênica, decorrente da destruição das células β do pâncreas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina. ➢ Predisposição genética, auto-imune: ↪ Infecções virais; ↪ Componentes dietéticos; ↪ Microbiota intestinal ➢ 5 a 10% dos casos de DM; ➢ Surgimento abrupto; ➢ Clínica clássica; ➢ É mais frequentemente detectada em crianças, adolescentes e adultos jovens, atingindo igualmente homens e mulheres; ➢ Idade < 30 anos 10-15 anos); ➢ DM Tipo I A: Destruição das células beta do pâncreas comprovada laboratorialmente pela presença de anticorpos. ➢ DM Tipo I B: Deficiência de insulina de natureza idiopática. ➢ LADA (Late – onset autoimune diabetes of adulthood): Paciente que se torna diabético aos 25 anos, magro, queixa de poliúria, polidpsia. Nunca teve acidose. ↪ DM 1 tardia ou DM 2 precoce? ↪ DM 1 tardio: auto anticorpos positivos; ↪ Destruição das ilhotas pancreáticas ocorre mais lenta e tardiamente. Diabetes Mellitus Tipo 2 ➢ Perda progressiva da secreção da insulina combinada com resistência à insulina. ➢ Corresponde a 95% dos casos de DM; ➢ Etiologia complexa e multifatorial: fatores genéticos e ambientais; ➢ 80% são obesos - androgênica; ➢ Idade > 45 anos; ➢ Anticorpos negativos; ➢ Peptídeo C > 0,9 ng/dl; INTEGRAÇÃO I ➢ Desenvolvimento e perpetuação da hiperglicemia é concomitante com hiperglucagonemia, resistência dos tecidos periféricos à insulina, aumento da produção hepática da glicose, disfunção incretínica (hormônios reguladores da glicose), aumento da lipólise e dos ácidos graxos livres circulantes, aumento da reabsorção renal de glicose e graus variados na deficiência de síntese e secreção de insulina.; ➢ Assintomática ou oligossintomática por longo período; ↪ Menor frequência dos sintomas clássicos da DM: poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento inexplicado → sintomas tardios; ↪ Raramente ocorre cetoacidose diabética na DM2; ➢ Presença de fatores de risco = rastreamento para diagnóstico precoce; ↪ Se negativo, reexaminar a cada 3 anos; ↪ Se confirmado pré-diabético, reexaminar anualmente; ➢ MODY (Onset diabetes of the young): Paciente que se torna diabético entre 10 – 30 anos. ↪ Auto anticorpos negativos; ↪ Oligossintomáticos – graus variáveis de disfunção das células; ↪ Obesos ou magros; ↪ Herança autossômica dominante; ↪ Respondem bem a hipoglicemiantes orais; Diabetes Gestacional ➢ Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio. ↪ Placenta produz hormônio hiperglicemiante e enzimas que degradam a insulina → aumento compensatório na produção de insulina → resistência à insulina → pode evoluir com disfunção das células beta pancreáticas; ↪ Risco para mãe, para o feto e para o neonato; ↪ Transitório ou persistir após o parto; ↪ Importante fator de risco para desenvolvimento de DM2. ➢ Outros tipos de diabetes: monogênicos (MODY), diabetes neonatal, secundário às endocrinopatias, às doenças do pâncreas exócrino, às infecções e aos medicamentos. Diabetes induzido por medicamentos ou substâncias químicas Determinadas toxinas Pentamidina Ácido nicotínico Glicocorticoides Hormônio tireoidiano Diazóxido Antagonistas β adrenérgicos Tiazídicos Interferon α Outros Diagnóstico ➢ Frequentemente assintomática; ➢ Diagnóstico laboratorial; ➢ Fatores relevantes da história clínica: ↪ Duração conhecida do DM e controle glicêmico, sintomas, apresentação inicial e evolução dos sintomas, estado atual; ↪ Dislipidemia, tabagismo, sobrepeso e obesidade, sedentarismo, perda de peso, características do sono, função sexual, dificuldades respiratórias; ↪ Queixas sobre infecções; ↪ IAM ou AVC prévios, intercorrências metabólicas anteriores (cetoacidose, hiper ou hipoglicemia, etc), passado cirúrgico e histórico gestacional; ↪ História familiar de DM, DCV e endocrinopatias; ↪ Perfil psicossocial, hábitos alimentares e atividade física; ↪ Medicações em uso (remédios que alteram a glicemia: tiazídicos, betabloqueadores, corticosteroides, ACO), tratamentos prévios e resultados; ➢ Elementos clínicos que levantam a suspeita: ↪ Sinais e sintomas clássicos: poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso, polifagia; ↪ Sintomas menos específicos: fadiga, fraqueza e letargia, visão turva ou melhora temporária da visão para perto, prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite; ↪ Proteinúria; ↪ Neuropatia diabética (câimbras, parestesias e/ou dor nos membros inferiores, mononeuropatia de nervos cranianos); ↪ Retinopatia diabética; ↪ Catarata; ↪ Doença arterosclerótica (DAC, DAP e AVE); ↪ Infecções de repetição. ➢ Glicemia em jejum: coleta de sangue periférico com jejum de, pelo menos, 8 horas; ➢ Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): coleta de amostra de sangue previamente à ingestão de 75g de glicose dissolvida em água e duas horas após. Pode ser a única alteração em DM inicial, pois indica perda de primeira fase de secreção de insulina; ➢ Hemoglobina glicada (HbA1c): níveis glicêmicos de 3 a 4 meses, sofre menor variabilidade dia a dia e não necessita de jejum. É uma medida indireta de glicemia e pode sofrer influência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremias; ➢ A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames laboratoriais, preferencialmente daquele alterado, na ausência de sintomas inequívocos de DM; ➢ Pacientes com sintomas clássicos (poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento inexplicável) de DM com medida de glicose ao acaso ≥ 200 mg/dL pode confirmar diagnóstico. ➢ Diagnóstico de DMG: ↪ 1º trimestre, idealmente na 1ª consulta: avaliar presença de DM preexistente por meio dos critérios informados acima; ↪ Mulheres sem diagnostico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem receber diagnostico de DMG, em qualquer fase da gestação; ↪ Entre 24 e 28 semanas de gestação: TOTG, com medição anterior, 1 hora após descarga oral de glicose e 2 horas após; ▪ Glicemia 1h após ≥ 180 mg/dL; ▪ Glicemia 2h após ≥ 153 mg/dL. ➢ Laboratório: ↪ Peptídeo C: liberado em conjunto com a insulina – capacidade secretora do pâncreas; ▪ DM 1: indetectável; ▪ DM 2: >0,9ng/dl ↪ Auto anticorpos: contra parede das ilhotas pancreáticas – precedem a hiperglicemia por anos; ▪ Anti-ICA (80%); ▪ Anti-GAD (70%); ▪ Anti-IA-2 (60%). Conduta terapêutica – Tipo 1 ➢ Insulinoterapia + Contagem dos carboidratos + Auto monitorização + Atividade física; ➢ Secreção de insulina fisiológica: Ação Início Pico Duração Rápida (Regular) 30 min – 1 hora 2 – 3 horas 5 – 8 horas Ultra Rápida (Lispro) < 15 min 30 min – 2 horas 3 – 5 horas Intermediária (NPH) 2 - 4 horas 4 – 10 horas 10 – 18 horas Lenta (Glargina) 2 – 4 horas 6 - 8 horas 20 – 24 horas Ultralenta (Degludeca) 21 a 41 min Sem pico > 42 horas ➢ Disponíveis no SUS: ↪ Regular: 30 minutos antes das refeições. (1-3vezes ao dia); ↪ NPH: recomendar dose noturna (às 22 horas); ↪ Concentração de 100 unidades/ml. ➢ Insulinoterapia: ↪ Dose: 0,5 – 1 un/kg/dia; ↪ Fase de lua de mel: fase rápida após o diagnóstico em que o pâncreas ainda tem uma reserva de insulina (0,3 – 0,5 um/kg/dia); ↪ 40% NPH: 2 doses - 2/3 antes do café da manhã e 1/3 antes do jantar; ↪ 60% Regular: 3 doses – 30 min antes das refeições (café da manhã, almoço e jantar). ➢ Hipoglicemia: ↪ Glicemia < 70 mg/dl; ↪ Principal complicação da insulinoterapia; ↪ Fatores precipitantes: ausência de refeições, erro na dose da insulina, ingestão de bebida alcóolica e atividade física excessiva . ➢ Alteração de glicemia x Insulina aplicada: ↪ Glicemia de jejum → NPH vespertina na noite anterior; ↪ Glicemia pré-almoço → regular da manhã; ↪ Glicemia pré-jantar → NPH da manhã ↪ Glicemia ao deitar-se → regular vespertina. ➢ Efeito Somogyi: ↪ Hiperglicemia de rebote devido a sequência: 1. NPH pré-jantar faz seu pico na madrugada, paciente em jejum; 2. Hipoglicemia da madrugada; 3. Estímulo para secreção de glucagon; 4. Hiperglicemia de rebote pela manhã (gliconeogênese). ➢ Fenômeno do alvorecer: ↪ Hiperglicemia matinal devido ao pico fisiológico de GH na madrugada; ↪ Como diferenciar? Glicemia de madrugada 3h. Conduta terapêutica – Tipo 2 ➢ No momento do diagnóstico: ↪ Orientar quanto mudanças no estilo de vida; ↪ Receitar um agente antidiabético oral; ↪ A escolha baseia-se nos seguintes aspectos: ▪ Mecanismos de resistência à insulina (RI); ▪ Falência progressiva de célula beta; ▪ Múltiplos transtornos metabólicos (disglicemia, dislipidemia e inflamação vascular); ▪ Repercussões micro e macrovasculares que acompanham a história do DM2; ↪ Meta para Hb1Ac (SBD): 7% - minimizar, sempre que possível, o risco de hipoglicemia; ↪ Antidiabético oral: reduzem a glicemia, a fim de mantê-la em níveis normais (em jejum <100mg/dL e pós-prandial< 140mg/dL); ➢ Sulfonilureia: ↪ Mecanismo de ação: incrementam a secreção pancreática de insulina; ↪ Desenvolvem uma ação hipoglicemiante mais prolongada durante todo o dia; ↪ Uma a duas tomadas por dia; ↪ Clorpropamida; ↪ Glibenclamida; ↪ Gliclazida; ↪ Glipizida; ↪ Glimepirida; ↪ Queda de 1,5 a 2% na Hb1Ac; ↪ Redução de glicemia de jejum: 60 a 70 mg/dL; ↪ Vantagens: • Experiência extensa com as drogas; • Redução do risco de complicações microvasculares; • Redução relativamente maior da HbA1c; ↪ Desvantagens: • Hipoglicemia; • Ganho ponderal (Clorpropamida favorece o aumento de peso e não protege contra retinopatia); ↪ Contra-indicação: gravidez, insuficiência renal ou hepática; ➢ Metiglinidas: ↪ Mecanismo de ação: incrementam a secreção pancreática de insulina; ↪ Apresentam um tempo de ação menor, cobrindo principalmente o período pós-prandial; ↪ Três tomadas ao dia; ↪ Nateglinida: redução de 1% da HbA1c; ↪ Repaglinida: redução de 1,5 a 2% da HbA1c; ↪ Redução da glicemia de jejum: 20 a 30 mg/dL; ↪ Vantagens: • Redução do espessamento médio intimal carotídeo (repaglinida); • Redução da variabilidade de glicose pós- prandial; • Flexibilidade de dose; ↪ Desvantagens: • Hipoglicemia; • Ganho ponderal discreto; ↪ Contra-indicação: gravidez; ➢ Biguanidas: ↪ Mecanismo de ação: reduz a produção hepática da glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica; ↪ Ação sensibilizadora periférica mais discreta; ↪ Metformina; ↪ É a primeira opção de tratamento quando o paciente não apresenta contraindicação; ↪ Duas a três tomadas por dia; ↪ Reduz a HbA1c em 1,5 a 2%; ↪ Redução da glicemia de jejum: 60 a 70 mg/dL; ↪ Pode promover intolerância intestinal; ↪ Vantagens: • Experiência extensa com a droga; • Redução relativamente maior da HbA1c; • Diminuição de eventos cardiovasculares; • Prevenção de DM2; • Melhora do perfil lipídico; • Diminuição do peso. ↪ Desvantagens: • Desconforto abdominal; • Diarreia e náusea; • A apresentação de liberação prolongada (extended release, XR) → menor incidência de efeitos gastrintestinais; • Uso em longo prazo pode associar-se à deficiência de vitamina B12; • Risco de acidose láctica (raro); ↪ Recomenda-se a dosagem periódica dos níveis de vitamina B12 nos pacientes tratados com essa medicação, principalmente aqueles com anemia ou neuropatia periférica; ↪ Contra-indicação: insificiência renal grave (TFG < 30ml/min), gravidez, insuficiências hepática, cardíaca ou pulmonar e acidose grave; ↪ Insuficiência renal moderada (TFG entre 30 e 45 ml/min): dose reduzida em 50%; ➢ Inibidores da α glicosidase: ↪ Mecanismo de ação: redução da velocidade de absorção intestinal de glicose; ↪ Atuação em fase precoce, ainda no tubo digestivo→ maior efeito na glicemia pós-prandial (e, posteriormente, também na glicemia de jejum); ↪ Acarbose; ↪ Três tomadas por dia, antes de cada refeição; ↪ Redução da glicemia de jejum: 20 a 30 mg/dL; ↪ Redução da HbA1c: 0,5% a 1%; ↪ Vantagens: • Prevenção de DM2; • Redução do espessamento medio-intimal carotídeo; • Melhora do perfil lipídico; • Redução da variabilidade da glicose pós- prandial; • Rara hipoglicemia; • Diminuição dos eventos cardiovasculares; ↪ Desvantagens: • Meteorismo; • Flatulência e diarreia; • Redução discreta da HbA1c; ↪ Contra-indicação: gravidez; ➢ Glitazonas: ↪ Mecanismo de ação: aumento da sensibilidade a insulina em músculo, adipócito e hepatócito (sensibilizadores da insulina); ↪ Melhoram o desempenho da insulina endógena; ↪ Pioglitazona; ↪ Redução da glicemia de jejum: 35 a 65 mg/dL; ↪ Redução da HbA1c: 1 a 1,4%; ↪ Teoricamente teriam o potencial de preservar a célula beta e postergar a deterioração pancreática por não aumentar a secreção de insulina, entretanto ainda não há comprovação em humanos; ↪ Vantagens: • Prevenção de DM2; • Redução do espessamento medio-intimal carotídeo; • Melhora do perfil lipídico; • Redução da gordura hepática; • Rara hipoglicemia; • Redução relativamente maior da HbA1c; • Redução dos triglicérides; ↪ Desvantagens: • Retenção hídrica; • Anemia; • Ganho ponderal; ↪ Contra-indicação: insuficiência cardíaca classes III e IV, insuficiência hepática e gravidez; ➢ Gliptinas (Inibidores da DPP-4): ↪ Mecanismo de ação: aumento do nível do GLP- 1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1), com o aumento da síntese e secreção de insulina, além de redução de glucagon; ↪ Inibição da enzima (DPP-4) que degrada o GLP- 1; ↪ Sitagliptina (1 ou 2x por dia); ↪ Vildagliptina (2x por dia); ↪ Saxagliptina (1x por dia); ↪ Linagliptina (1x por dia); ↪ Alogliptina (1x por dia); ↪ Níveis de GLP-1 ativo aumentam em duas a três vezes; ↪ Redução da glicemia de jejum: 20 mg/dL; ↪ Redução da HbA1c: 0,6 a 0,8%; ↪ Vantagens: • Aumento da massa de células beta em modelos animais; • Segurança e tolerabilidade; • Efeito neutro no peso corporal; • Rara hipoglicemia; ↪ Desvantagens: • Angioedema; • Urticária; • Possibilidade de pancreatite aguda; • Aumento das internações por insuficiência cardíaca (saxagliptina e alogliptina?); ↪ Contra-indicação: hipersensibilidade aos componentes do medicamento; ➢ Mimético e análogo ao GLP-1: ↪ Mecanismo de ação: aumento do nível do GLP- 1, com aumento da síntese e secreção de insulina, além da redução do glucagon; ↪ Provoca retardo do esvaziamento gástrico; ↪ Saciedade; ↪ Exenatida (1 injeção antes do desjejum e outra antes do jantar); ↪ Exenatida de liberação prolongada 2 (1x por semana); ↪ Liraglutida (1 injeção ao dia, sempre no mesmo horário); ↪ Lixisenatida (1 injeção ao dia, sempre no mesmo horário); ↪ Dulaglutida (1 injeção por semana); ↪ Semaglutida (1 vez por semana); ↪ Redução da glicemia de jejum: 30 mg/dL; ↪ Redução da HbA1c: 0,8 – 1,2% (até 1,8%com semaglutida); ↪ Vantagens: • Aumento da massa de células beta em modelos animais; • Redução do peso; • Redução da pressão arterial sistólica; • Redução da variabilidade da glicose pós- prandial; • Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV; ↪ Desvantagens: • Hipoglicemia, principalmente quando associado a secretagogos; • Náusea, vômitos e diarreia; • Aumento da frequência cardíaca; • Possibilidade de pancreatite aguda; • Injetável; ↪ Contra-indicações: hipersensibilidade aos componentes do medicamento; ➢ Inibidores do SGLT-2: ↪ Mecanismo de ação: inibidor do receptor SGLT2; ↪ Prevenção da reabsorção de glicose no túbulo proximal renal; ↪ Promoção de glicosúria; ↪ Dapagliflozina (1x por dia); ↪ Empagliflozina (1x por dia); ↪ Canagliglozina (1x por dia); ↪ Redução da glicemia de jejum: 30 mg/dL; ↪ Redução da HbA1c: 0,5 a 1%; ↪ Vantagens: • Rara hipoglicemia; • Redução do peso; • Redução da pressão arterial; • Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV; • Benefício das três medicações na internação por insuficiência cardíaca; ↪ Desvantagens: • Infecção genital; • Infecção urinária; • Poliúria; • Depleção de volume → hipotensão e confusão mental; • Aumento do LDL-c; • Aumento transitório da creatinina; • Cetoacidose diabética; ↪ Contra-indicação: não deve ser usado em pacientes com disfunção renal moderada a grave (com TFG estimada persistentemente inferior a 45ml/min ou depuração de creatinina persistentemente menor ou igual a 60ml/min); Metas glicêmicas: ➢ Glicemia pré-prandial: <100mg/dl; ➢ Glicemia pós-prandial: <160mg/dl; ➢ HbA1c: <7%. Rotina complementar mínima: ➢ Glicemia de jejum e HbA1c; ▪ Dentro da meta: 2x ao ano; ▪ Fora da meta: a cada 3 meses. ➢ Colesterol total e frações (1x por ano); ➢ Triglicérides (1x por ano); ➢ Creatinina sérica (1x por ano); ➢ Exame de urina tipo 1 e, se necessário, microalbuminúria ou relação albumina/creatinina (1x por ano); ➢ Fundoscopia (1x por ano). Complicações: ➢ Agudas: ↪ Cetoacidose diabética (tipo 1); - polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas, dor abdominal, vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. Pode evoluir para choque distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome da angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças; ↪ Síndrome hiperosmolar não-cetônica (>600 a 800mg/dL) (tipo II) – confusão mental e desidratação; ↪ Hipoglicemia (pacientes que utilizam sulfoniluréias, repaglinida, nateglinida ou insulina) – sintomas neuroglicopênicos: fome, tontura, fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma, convulsão e manifestações de liberação do sistema simpático: sudorese, taquicardia, apreensão, tremor; ➢ Crônicas: ↪ Microvasculares: em geral, surgem após 5 anos após a instalação da doença; ▪ Retinopatia: causa mais importante de cegueira dos 20-74 anos. Complicação microvascular mais comum dos diabéticos. Após 20 anos da doença: DM1 – quase 100%, DM2 – 60 a 80%. Fundoscopia na primeira consulta de DM2 (se normal, repetir a cada 2 anos. Se alterada, anualmente); ▪ Nefropatia: está apenas atrás da nefropatia hipertensiva nas indicações de terapia renal substitutiva. Microalbuminúria > 30mg/g. Creatinina/albumina em amostra isolada. DM 1 – 5 anos após diagnóstico. DM 2 – no momento do diagnóstico. Anualmente. ▪ Neuropatia: dor neuropática, parestesias, polineuropatia distal simétrica – “em botas e luvas”. Pé diabético. ↪ Macrovasculares (doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e vascular periférica);
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