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Endocrinologia – Amanda Longo Louzada 1 DIABETES MELITTUS INTRODUÇÃO: Síndrome em que se identificam distúrbios metabólicos (CH, lipídios, PTNS) tendo como característica comum a hiperglicemia devido a deficiência na produção ou ação da insulina Diagnóstico, em geral, com evolução de pelo menos 5 anos de doença (tipo II). O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) decorrentes dos defeitos na secreção e/ou na ação da insulina EPIDEMIOLOGIA: É um problema de saúde pública devido as complicações crônicas Prevalência, atualmente, 12 milhões no Brasil, maior em pacientes de idades mais avançadas. Maior causa de amputação não traumática de MMII, cegueira adquirida em adultos, IRC e tempo de hospitalização. É a terceira maior causa de mortalidade por doença no Brasil, maior quando associada a DCV (presente em 80% de mortes por DCV). É a sexta maior causa de internação hospitalar. O aumento da DM está associado a diversos fatores como: transição epidemiológica, aumento da urbanização, maior frequência do sedentarismo, maior frequência do excesso de peso, crescimento e envelhecimento. CLASSIFICAÇÃO: DIABETES MELLITUS TIPO 1: Deficiência na produção de insulina (destruição das células beta). Tipo 1A: autoimune (maioria), herança genética ligada aos alelos HLA (presença de autoanticorpos). Comum em crianças e adolescentes A apresentação clínica é abrupta, propensão à cetose e cetoacidose, com necessidade de insulinoterapia pela desde o diagnóstico ou após curto período LADA: Diabetes Autoimune Latente do Adulto. Tipo 1B: idiopática, 10%, autoanticorpos não identificados. DIABETES MELLITUS TIPO 2: Resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células beta. É o tipo mais comum, frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento, sendo multifatorial. Tem início insidioso. Além da resistência à insulina e a deficiência parcial de secreção de insulina apresenta alterações na secreção de incretinas. Apresenta, frequentemente, características clínicas relacionadas à resistência à insulina, como acantose nigricans e hipertrigliceridemia DIABETES GESTACIONAL: Início na gestação, pode evoluir para DM2 e maioria associada aos fatores de risco para DM2 OUTROS TIPOS DE DIABETES MELLITUS: Defeitos monogênicos na função das células beta: MODY (Mature Onset of the Young), herança autossômica dominante, neonatal e diabetes mitocondrial. Defeitos genéticos na ação da insulina: síndrome de resistência à insulina tipo A, leprechaunismo, síndrome de Rabson-Mendenhall e diabetes lipoatrófico. Doenças do pâncreas exócrino: pancreatite, trauma ou pancreatectomia, neoplasia pancreática, fibrose cística, hemocromatose e pancreatopatia fibroalculosa. Associado a outras endocrinopatias: acromegalia, síndrome de Cushing, glucanoma, feocromocitoma, somatostatina e aldosteronoma. Secundário a drogas – quimicamente induzido: VACOR (raticida), pentamidina, ácido nicotínico, glicocorticóides, hormônios tireoidianos, diazóxido, agonista beta-adrenérgico, tiazídicos, difenilhidantoina, interferon Y. Secundário a infecções: rubéola congênita e citomegalovírus. Outras síndromes genéticas associadas ao DM: Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Turner, Síndrome de Wolfram, Síndrome de Prader Willi, Ataxia de Friedreich, Coreia de Huntington, Síndrome de Laurence- Moon-Biedl, Distrofia miotônica e Porfiria. FATORES DE RISCO: Tolerância à glicose diminuída, resistência à insulina, uso de medicamentos que aumentam a glicemia (corticoides, diuréticos tiazídicos, alfa e beta bloqueadores). Histórico familiar positivo para DM; HAS, dislipidemia, DG, SOP, DCV; Sedentarismo, tabagismo. Endocrinologia – Amanda Longo Louzada 2 DIABETES MELITTUS QUADRO CLÍNICO: 4 P’s: perda de peso (devido ao hipercatabolismo), poliúria (devido ao fato dos túbulos não conseguirem reabsorver a totalidade da glicose filtrada pelos glomérulos, causando diurese osmótica), polidpsia (devido poliúria) e polifagia Letargia, cansaço, dispneia e mialgia DIABETES MELLITUS TIPO 1: Esteriótipo: magros, tendência maior à cetose ou cetoacidose Início abrupto, sintomas em pouco tempo de evolução. Maior incidência em crianças e adolescentes (adultos – LADA), sendo que a maioria abre o quadro com cetoacidose diabética. DIABETES MELLITUS TIPO 2: Síndrome metabólica, histórico familiar positivo para DM2, início insidioso, polis e perda ponderal, infecções de repetição (ITU, vulvovaginites, micoses) e maioria acima de 40 anos. A modificação do estilo de vida, incluindo redução do peso com dieta saudável e aumento da atividade física, é RECOMENDADA para a prevenção do diabetes tipo 2 para todas as pessoas com pré-diabetes. Medidas de estilo de vida têm grande eficácia na prevenção de DM2 em pacientes com pré-DM. Redução de peso de, pelo menos, 7% do peso inicial, adotando uma dieta saudável com baixa gordura, atividade física QUACRO CLÍNICO DE APRESENTAÇÕES ATÍPICAS DO DM: Em casos de suspeita de DM1 com apresentação clínica atípica, é recomendado a solicitação de autoanticorpos. O resultado positivo confirma o diagnóstico de DM1. DIAGNÓSTICO: Somente quando há apresentação atípica, a avaliação da função secretória das células b pancreáticas com a dosagem de peptídeo C pode auxiliar na classificação correta do DM, pois, geralmente, pacientes com DM1 apresentam perda da capacidade de secreção de insulina. Pacientes que evoluíram para lua de mel, não é recomendado fazer a dosagem. Peptídeo C elevado células betas funcionantes produção e secreção de insulina ok. Peptídeo C só é útil em DM1. BIOMARCADORES: Os biomarcadores podem ser considerados para melhorar a precisão da classificação do DM. Como a dosagem de anticorpos é mais disponível para uso clínico, ao contrário dos testes genéticos, é razoável indicar inicialmente a dosagem de autoanticorpos nos casos em dúvida diagnóstica.Os mais utilizados são anti- GAD e anti- IA2 Nota importante : Logo após o início da insulinoterapia (5 a 7 dias), a maior parte dos pacientes desenvolvem anticorpos contra a insulina exógena, podendo haver interferência no teste do anticorpo anti-insulina, o que limita o uso para a classificação do DM. 1º PADRÃO: Sintomas: polidipsia, poliúria, polifagia e perda ponderal + glicemia casual igual ou maior que 200mg/dL. 2º PADRÃO: Sintomas + glicemia JJ igual ou maior 126mg/dL ou HbA1C igual ou maior 6,5%. Deve ser confirmada em outra coleta 3º PADRÃO: Sintomas: polidipsia, poliúria, polifagia e perda ponderal + teste oral de tolerância à glicose (TOTG) igual ou superior 200mg/dL. Medida da glicemia após 2horas à ingesta de 75g de dextrosol somente para: Pacientes com glicemia alterada (JJ 100 a 125mg/dL); Pacientes com muitos fatores de risco; Pacientes que desenvolveram DMG e posteriormente normalizaram a glicemia PADRÕES DA NORMALIDADE: Glicemias JJ < 100mg/dL. TOTG < 140mg/dL. Hb glicada A1-C menor que 5,7%. DISGLICEMIA OU PRÉ-DIABETES: Glicemias JJ 100 a 140mg/dL. TOTG 140 a 190mg/dL. Hb glicada A1-C 5,7 a 6,4%. Endocrinologia – Amanda Longo Louzada 3 DIABETES MELITTUS DIABETES: Glicemias JJ > 140mg/dL. TOTG > 190mg/dL. Hb glicada A1-C > 6,4%. ASSINTOMÁTICOS: Glicemia em jejum, TOTG (exclusivo para paciente que não tem diagnóstico) e hemoglobina glicada. GJ igual ou maior que 126; TOTG 75g dextrosol após 2h igual ou maior 200; HbA1c igual ou maior que 6,5% DOIS exames alterados. Se somente um estiver alterado, é necessáriorepetir para confirmação. SINTOMÁTICOS: Igual ou maior que 200 já fecha o diagnóstico. Ao acaso. TRATAMENTO DE DIABETES TIPO 1: Insulinoterapia subcutâneo. Seringas, canetas e bombas de infusão INSULINAS PRANDIAIS: Ultrarrápidas: lispro, aspart glulisina – 3 aplicações diárias: início de ação 15 min; pico 1h; duração 2-3h. Rápida – regular – 3 aplicações diárias: início de ação 30 min; pico 2-5h; duração 4-6h INSULINAS BASAIS: Lenta (ou intermediária) – NPH 2 – 3 aplicações/dia: início de ação 1-3h, pico 6-12h; duração 18-25h. Ultralenta – glargina – detemir – degludeca – 1 aplicação/dia: início de ação 4-6h; pico 8-20h; duração 24-28h MÚLTIPLAS APLICAÇÕES: Basal + bolus: 0,5 a 1UI/kg/dia. NPH + rápida ou ultrarrápida. Ultralenta + rápida ou ultrarrápida. TRATAMENTO DE DIABETES TIPO 2: A modificação do estilo de vida, incluindo a redução do peso com dieta saudável e aumento da atividade física, é recomendada para a prevenção do diabetes tipo 2 para todas as pessoas com pré-diabetes Objetivos: controle glicêmico, controle dos fatores de risco (peso, PA, dislipidemia (LDL < 100, HDL > 45, TRIGL < 150), mudanças de hábitos (tabagismo, sedentarismo, perda de peso, hábitos de trabalho e sono) e tratamento intensivo vigoroso. Medicação oral: sensibilizadores periféricos da insulina: Biguanidas (metforminas) e Tiazolidinedionas (glitazonas). BIGUANIDAS (ANTI-HIPERGLICEMIANTE): Diminuem a resistência periférica: inibição da gliconeogênese hepática, melhora da sensibilidade à insulina e reduz lipogênese. Metformina: reduz em 20% a glicemia até 1,5% a Hb glic e reduz peso (dose máxima 2.250mg/dia), maior diminuição das complicações microvasculares, não leva a hipoglicemia Agente de primeira linha devido ao baixo índice de hipoglicemia Reduz a absorção de vitamina B12 por isso deve avaliar anualmente por 4 anos Efeitos colaterais: gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia), reduz a absorção vit B12, acidose lática (raro). Contraindicações (CI): insuficiência renal grave (Clear. de creatinina < 30CI absoluta) entre 30 e 45 – dose ajustada, entre 45 e 60 monitorar de perto o clearance. Insuficiência hepática. Outras indicações: síndrome dos ovários policísticos (SOP), pré-diabetes de alto risco (HFAM/síndrome metabólica), NASSH (doença não alcoólica do fígado). TIAZOLIDINEODIONA (GLITAZONAS): Aumentam captação pelos músculos, aumentam a expressão de receptores periféricas, metabolismo hepático e excreção renal, hepatopatia ativa. Efeitos adversos: ganho de peso (estímulo de lipogênese de gordura sub-cutânea), retenção hídrica (edema, ICC, anemia dilucional). Representantes comerciais: Actos, Aglitil, Piotaz SECRETAGOGOS DA INSULINA: Estimulam a liberação de insula pelo pâncreas. Sulfonilureias: clorpropramida, glibenclamida, glicazida, glipizida e glimepirida. Metiglinidas: repaglinida e nateglinida. Sulfoniureias: Mecanismo de ação: estimulam a despolarização, o fechamento dos canais de potássio. Infusão de cálcio para a célula, liberação de insulina. Endocrinologia – Amanda Longo Louzada 4 DIABETES MELITTUS Ação prolongada que dura até 24 horas. Metabolismo hepático. Excreção hepática. Reação adversa: risco de hipoglicemia. Representantes: Clorpropamida (diabinese), glibenclamida (daonil, glionil), gliclazida (azukon, diamicron), glimepirida (glimepil, amaryl) e glipizida (minidiab) Metilginidas: Tem o tempo de ação menor, por isso, utilizada nos casos com hiperglicemias maiores no pós- prandial. Representantes: nateglinidas (starform, starlix), repaglinidas (pospran, novonorm). INCRETINOMIMÉTICOS: Fisiologicamente 2 hormônios incretínicos (GLP1 e GIP) presentes no intestino são liberados quando ocorre a hiperglicemia provocada pela ingesta de alimentos e, consequentemente, enviam mensagem ao pâncreas para liberar insulina. Baseados no efeito incretina. Chamamos “efeito incretina” quando a glicose ingerida por vira oral aumenta em cerca de 60% o estímulo à secreção de insulina em comparação com a administração venosa de glicose. Mimetizam várias das ações do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) e tem demonstrado reduzir níveis de hemoglobina glicada (A1C) em pacientes com DM2. Inibidores de DPP-4: é a enzima que vai quebrar, vai degradar o GLP-1, aumentando assim os níveis de GLP-1. Vantagens: não promovem ganho de peso, não provocam hipoglicemia. Representantes: Vildagliptina (Galvus), Sitagliptina (Janúvia) e Sacagliptina (Onglyza). Análogos do GLP-1: inibe a secreção de Glucagon, retarda o esvaziamento gástrico, induz a saciedade e reduz o apetite. Representantes: Exenatide (Byeta) e Liraglutide (victoza, saxenda), Semaglutida (Ozempic), Dulaglutida (Trulicity). Efeitos adversos: náuseas. Também usados no tratamento da obesidade. INIBIDORES DO SGLT2: Transportador, presente no rim que faz reabsorção de glicose. Inibem a SGLT-2, aumenta a perda urinária de glicose (diurese osmótica), reduz peso, reduz PA, reduz mortalidade CV, melhora função endotelial, reduz níveis da função endotelial, reduz níveis de HB glicada A1-C. Efeitos adversos: ITU e candidíase vulvovaginal. Representantes: dapaglifozina (forxiga), empaglifozina (jardiance) e canaglifozina (invokamet). INIBIDORES DA ALFA-GLICOSILASE: Acarbose: inibem a alfa-glicosidade, enzima presente na borda em escova dos enterócitos que quebra os polissacarídeos em unidades menores para absorção. Lentificam absorção intestinal de glicose, reduzem a glicemia pós- prandial. Efeitos colaterais: flatulência, desconforto abdominal, meteorismos, diarreia, presença de polissacarídeos no lúmen intestinal que puxa água. CRITÉRIOS DE ESCOLHA PARA O TRATAMENTO: Estado geral e comorbidades (idade, doença renal); Valores de glicemias de jejum e pós- prandiais; Valores da HB glicada A1-C; IMC do paciente; Interações medicamentosas; Reações adversas – tolerabilidade; Contraindicações; Custo. Diagnóstico recente: MEV + Metformina. Manifestação leve (GLIC < 200mg/dL): MEV + sensibilizadpres (glitazonas/metforminas). Manifestações moderadas (GLIC entre 200 e 300mg/dL): MEV + sensibilizadores (glitazonas/metformina) + hipoglicemiantes (sulfaniluréia). Manifestações graves (GLIC > 300mg/dL): MEV + sensibilizadores + hipoglicemiantes + iniciar insulina METAS PARA TRATAMENTO: No sangue, a glicose liga-se de maneira irreversível à hemoglobina em um processo denominado glicação não-enzimática. A taxa de glicação da fração A1c da hemoglobina A (HbA1c) é expressa em porcentagem e se relaciona à média das glicemias diárias, bem como às complicações crônicas do diabetes. Endocrinologia – Amanda Longo Louzada 5 DIABETES MELITTUS A vida média da hemácia dura de 3 a 4 meses. Aproximadamente 50% da taxa de HbA1c corresponde à glicação ÚLTIMO mês que precedeu o exame, sendo 25% no mês anterior e os 25% restantes, relativos ao terceiro e quarto meses anteriores. Níveis de HbA1c próximos à 7% correspondem a glicemias médias diárias de aproximadamente 154 mg/dL, variando de 122 a 184 mg/dl, e tem sido considerados como referência para a meta mais usada no controle do diabetes. A glicemia média diária estimada também pode ser obtida através da média dos dados dos glicosímetros com softwares próprios, sendo estas, mais fidedignas, tanto quanto mais frequentes forem as aferições diárias. Para comparabilidade adequada entre dosagens de HbA1c recomendadas, os laboratórios que definem a faixa de normalidade da HbA1c, valores < 5,7%. Condições que afetam o ciclo de vida das hemácias, como anemias e hemólise, drogas que aumentem a eritropoiese, doença renal crônica,gestação, hemoglobinopatias podem causar discrepâncias entre o valor de HbA1c e a glicemia média estimada. A variabilidade glicêmica, por sua vez, também não é corretamente representada pela HbA1c, pois pacientes com extremos de glicemias podem ter HbA1c semelhantes a de pacientes com glicemias estáveis. Idealmente a determinação da HbA1c deve ser combinada com medidas de glicemia capilar e/ou dados de sensores de monitorização de glicose intersticial (CGM). Sociedade Brasileira de Diabetes: JJ < 100mg/dL, PP < 160 mg/dL, HB GLIC A1-C < 7%, para prevenir complicações micro e macrovasculares Exceção: idoso HB glicada A1-C: 7,8 a 8. Em crianças e adolescentes com DM1, DEVE SER CONSIDERADA uma meta de HbA1c menos rígida (<7,5%) quando houver hipoglicemia assintomática, histórico de hipoglicemia grave, falta de acesso a análogos de insulina ou sistemas avançados de liberação de insulina, impossibilidade de monitorização glicêmica regular ou monitorização contínua de glicose e incapacidade de reportar sintomas de hipoglicemia Impossibilidade de monitorização glicêmica regular ou monitorização contínua de glicose e incapacidade de reportar sintomas de hipoglicemia COMPLICAÇÕES: Hipoglicemia aguda: A hipoglicemia é caracterizada por glicemias abaixo de 70mg/dl, geralmente acompanhada de alguns dos seguintes sintomas: tremor, suor, calafrios, confusão mental, tontura, taquicardia, fome, náusea, sonolência, visão embaçada, dor de cabeça, sensação de formigamento e em casos mais graves convulsões e inconsciência. Atualmente, a hipoglicemia é classificada em três níveis: Nível 1: valores entre 69 – 54 mg/dL Nível 2: valores < 54 mg/dl Nível 3: hipoglicemia severa (independente do valor, gera comprometimento cognitivo grave que requer assistência (uso de glucagon / apoio hospitalar) Tratamento: Consumo de açúcar para aumentar o nível de glicose no sangue. Mudar as doses do medicamento. Alimentar-se de diversas pequenas refeições durante o dia. Tanto o paciente quanto a família devem ser orientados Hiperglicemia aguda: A hiperglicemia sintomática e as complicações da hiperglicemia aguda devem ser evitadas em todos os pacientes, mesmo em pacientes com baixa expectativa de vida ou cuidados paliativos. Cetose/cetoacidose diabética, síndrome hiperglicêmida hiperosmolar: Hiperosmolar Hiperglicêmico (EHH) representam 4 a 9% das internações hospitalares em pacientes com Diabetes Mellitus. No EHH ocorre hiperglicemia com desidratação e aumento da osmolaridade, já na CAD, além da alteração da glicemia temos também alteração do metabolismo lipídico com produção de cetoácidos e consumo de bicarbonato. A CAD é mais comum em crianças e jovens, sendo, muitas vezes, a primeira manifestação do DM tipo 1. Já o EHH, é mais comum em pacientes maiores de 40 anos. A cetoacidose diabética é diagnosticada por meio de exames de sangue que mostram níveis elevados de glicose, cetonas e ácido. O tratamento da cetoacidose diabética envolve a reposição de líquidos por via intravenosa e insulina. Endocrinologia – Amanda Longo Louzada 6 DIABETES MELITTUS Exames de sangue e de urina para determinar os níveis de cetonas e ácido O diagnóstico da cetoacidose diabética se faz por meio de dosagem de cetonas e ácido no sangue e na urina, níveis elevados de glicose no sangue. Os sintomas iniciais da cetoacidose diabética são sede e micção excessivas, perda de peso, náusea, vômito, cansaço e dor abdominal, sobretudo em crianças. A respiração tende a se tornar profunda e rápida enquanto o organismo tenta corrigir a acidez do sangue. O hálito apresenta um aroma frutado semelhante a removedor de polidor de unha por causa do aroma das cetonas que escapam para o ar. Sem tratamento, a cetoacidose diabética pode evoluir para coma e morte (especialmente em crianças). Coma, óbito; Hiperglicemia crônica; Complicação macrovascular; IAM, AVC, doença arterial periférica (claudicação intermitente) Complicação microvascular; Retinopatia diabética, nefropatia diabética e neuropatia diabética Alterações vasculares; As complicações do diabetes são categorizadas como distúrbios microvasculares e macrovasculares, que resultam em retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronariana, doença cérebro bascular e doença arterial periférica. É o que tentamos prevenir. Complicações macrovasculares: IAM (principal causa de morte por DM), AVC, doença arterial periférica (claudicação intermitente). Complicações microvasculares: retinopatia diabética, nefropatia diabética e neuropatia diabética são as complicações mais comuns
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