CARTILHA EQUINOS

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RENATA FARINACIO FABRES
MEDICINA DE EQUINOS: CARTILHA DE CONSULTA RÁPIDA
Ji-Paraná
2020
RENATA FARINACIO FABRES
CARTILHA DE CONSULTA RAPIDA 
Trabalho apresentado como parte integrante da nota da disciplina de Medicina de Equinos curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário São Lucas.
Professor: Me João Luiz Barbosa
Ji-Paraná
2020
Sumário
1.	FLUIDO	4
2	CÓLICA	6
2.1.1	Sinais clínicos	6
2.1.2	Tratamento	6
2.1.3	Prevenção	6
2.2	TIPO DE CÓLICA	7
3. Contenção Química	8
 4.BABESIOSE...........................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	10
	
1. FLUIDO
Para saber qual tipo de fluido usar, devemos observar o grau de desidratação do animal, a causa da desidratação (Diarreia, Hemorragias, Privatização hídrica, Queimaduras). Avaliar TPC, mucosas, tugor cultâneo, fezes (secas), urina (concentrada). E é possível realizar alguns exames, como NG ou HT, PPT. 
	DESIDRATAÇÃO
	FC
	TPC
	VG
	PPT
	CREATININA
	6
	40 - 60
	2
	40
	7
	1,2 - 2
	8
	60 - 80
	3
	45
	7,5
	2 – 3
	10
	81 - 100
	4
	50
	8
	3 – 4
	12
	+ 100
	+ 4
	+ 50
	+ 8
	+ 4
Soluções cristaloides. (Soluções contendo água, eletrólitos e/ou açucares) são as mais empregadas na fluidoterapia, consistem em uma solução à base de água com moléculas às quais a membrana capilar é permeável, capazes de entrar em todos os compartimentos corpóreos.
- Ringer com lactato de sódio: Trata-se de uma solução isotônica, que tem características alcalinizantes, O lactato sofre biotransformação hepática em bicarbonato, sendo essa solução a mais indicada para acidoses metabólicas. Por conter cálcio não é indicada para animais hipercalcêmicos, assim como não é indicada para pacientes com doenças hepáticas. É a que apresenta composição mais próxima à do plasma. Ë a solução empregada na maioria dos pacientes como fonte inicial e emergencial de reposição hidroeletrolítica até que as análises laboratoriais possam direcionar melhor a fluidoterapia.
- Ringer simples: Tem características semelhantes ao ringer lactato, porém não contém o lactato. Utilizado para reposição e contém mais cloreto e mais cálcio que outras soluções, o que faz com que ele seja levemente acidificante (pH 5,5). Em casos de alcaloses metabólicas, seu uso é indicado.
- Solução NaCl a 0,9%: Contém apenas sódio, cloro e água. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com alcalose, insuficiência renal, oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio). As situações clinicas mais comuns que requerem o uso de NaCl 0,9% são as rupturas de bexiga em potros e a desidratação após exercício físico.
- Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9%: Também é chamada de solução glicofisiológica. Possui composição semelhante à solução de NaCl a 0,9%. 
- Solução salina hipertônica: É uma solução hipertônica utilizada para reanimação. É indicada em casos de hemorragia, queimaduras, hipovolemia e choque. Deve-se ter cuidado, pois as soluções hipertônicas levam ao aumento da frequência cardíaca, vasodilatação pulmonar e sistêmica, manutenção do fluxo sanguíneo nos órgãos vitais. Ao administrar este tipo de solução o animal deve ser monitorado com atenção.
Cloreto de sódio 7,5%: Pode ser utilizada em situações emergenciais em pacientes com choque hipovolêmico ou séptico. Esta solução, por ser hipertônica, promove a translocação de fluidos do interstício para o plasma, aumentando assim, o volume circulante, levando a melhora do rendimento cardíaco, pressão arterial, fluxo plasmático renal e diminuição na resistência vascular periférica e pulmonar. 
 Soluções coloides. São substâncias de alto peso molecular, que ao serem administradas, aumentam a pressão coloidosmótica intravascular e com isso, estimulam a passagem de fluido do espaço intra para o extracelular.
Plasma: Tem sua principal indicação em potros e bezerros que não ingerirão de forma adequada o colostro e por isso apresenta falha na transferência de imunidade passiva. Outra indicação refere-se à situação clínica em que a PPT encontra-se abaixo de 4g/dl em razão de perdas contínuas existentes (como nas colites) ou de extensa hemodiluição decorrente de prolongada fluidoterapia com cristaloides. 
2 CÓLICA
2.1.1 Sinais clínicos
Os sinais clínicos variam de acordo com o grau de dor que os animais estão sentindo e evolução clínica do quadro.
· Sinais iniciais: O animal vai estar apático, não procura alimento, fica deitado e olhando para o flanco. Conforme a dor se agrava ele se joga no chão, rola. Pressiona a cabeça contra alguma extremidade firme (parede, tronco) com isso ele apresenta lesões sem pelo na região da cabeça. 
· Sinais severos: Dificuldade de se locomover, movimentos de pedaleio, sudorese, inquietação e sentam-se como cães. 
2.1.2 Tratamento
O tratamento é feito de acordo com a causa da cólica. 
· Sonda: Observar o que vai sair da lavagem estomacal. Faz a infusão de agua e drena por sifonamento, faz esse processo até que a agua que está sendo infundida saia limpa do estomago. Como o estomago do equino tem a capacidade de 10 a 12 litros de liquido, coloca-se de 4 a 6 litros por vez e vai aumentando até a capacidade máxima. 
· Analgesia:
· Flunixina Maglumina (Banamine) 
· 1,1 a 1,5 mg/kg/dia. De 3 a 5 dias
· Xilazina (RUMPUN)
· 0,1 a 1,0 mg/kg
· Dipirona (D500 / ALGIVET)
· 20mg/kg
· Motilidade intestinal 
· Purgante Salino (após a lavagem)
· 400g/L – Mistura com agua e infunde na sonda. 
· Sorbitol ( iv)
· 50 a 100 g/animal adulto 
2.1.3 Prevenção
Uma alimentação regular e sem exageros, além do acesso a agua limpa, mantendo um regime consistente de exercícios, controle de parasitas intestinais e avaliando a eficácia dos órgãos digestivos. 
2.2 TIPO DE CÓLICA
· Cólica de impacto: Ocorre uma obstrução, normalmente no intestino grosso, causado por uma sobrecarga de alimento fibroso, que não é possível digestão. 
· Colite: Algum caso de dor abdominal é devido a inflamação do intestino. 
· Cólica por gases: Ocorre mais frequentemente no intestino grosso, devido ao estreitamento do intestino. 
· Cólica espasmódica: Com o grande excesso de gases no aparelho digestivo, as contrações peristálticas tornam-se exacerbadas, promovendo a cólica. 
· Cólica provocada por parasitas: Ocasionada pelo elevado número de parasita presentes no aparelho digestivo, provocando obstrução. 
· Infarto não estrangulantes: Obstrução vascular sem ocorrência de obstrução luminal. 
· Infarto estrangulantes: Alem da obstrução luminal ocorre lesões estrangulantes nos vasos. 
 
2 
2.1 
	
3. Contenção Química
 
	Fármaco
	Dose
	Indicação
	Acepromazina
	0,05-0,1mg/kg
	tranqüilizante que causa sedação leve;
	Xilazina
	0,5-1,0mg/kg
	sedativo-hipnóticas que causam sedação intensa;
	Romefidina
	0,08-0,16mg/kg
	sedativo-hipnóticas que causam sedação intensa;
	Detomidina
	0,02-0,04mg/kg
	sedativo-hipnóticas que causam sedação intensa;
	Butorfanol
	0,05-0,4mg/kg
	opióide, causa intensa analgesia.
4. BABESIOSE 
A babesiose trata-se de uma enfermidade transmitida por carrapatos, causada pela infecção de hemácias por parasitas protozoários, seja Babesia caballi ou Theileria equi. Também conhecida como piroplasmose ou nutaliose. A doença caracteriza-se em sua forma aguda, pelo surgimento de febre, às vezes de natureza intermitente, anemia, icterícia, hepatomegalia e esplenomegalia. Bilirrubinúria e hemoglobinúria podem estar presentes na fase final da doença. A presença de carrapato no equino ajuda muito no diagnóstico da doença.
Tratamento:
· Imidocarb. Dose de 2,2mg/kg repetindo com 24hr para B. Caballi, e quatro aplicações na dose de 4mg/kg repetindo a cada 72hr para T. Equi. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· FLUIDOTERAPIA EM GRANDES ANIMAIS∗ 
· SITE: https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fluidoterapia_gr_anim.pdf
· FLUIDOTERAPIA EM EQUINOS 
· SITE: file:///C:/Users/Renata/Downloads/artigoFluidoterapia2%20(1).pdf· Cristalóides e Colóides na prática clínica
· SITE: https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/Anexo8-%20Treinamento_Cristal%C3%B3ides%20e%20Col%C3%B3ides.pdf
· Solução concentrada de albumina eqüina na fluidoterapia em eqüinos com desidratação leve a moderada. 
· SITE: https://www.scielo.br/pdf/abmvz/v60n1/a05v60n1.pdf
· Manejo de Equinos: Contenção 
· SITE: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/manejo-de-equinos-contencao/29841