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ORÇAMENTO PÚBLICO-PPA,LDO E LOA RAFAELA AMARAL DE AZEVEDO DA SILVA PROFESSORA: ARIANE CAZADO. 3º PERIODO DE DIREITO. TURNO: NOITE RIO DE JANEIRO,11 DE MAIO DE 2020 RESUMO : Entendemos que o Orçamento Público é o planejamento e execução dos gastos públicos de cada exercício financeiro, que compreende sempre o ano civil, podemos dizer também que é o programa de trabalho do governo, calculando os gastos e investimentos em cima dos recursos ou receitas previstas, os orçamentos são elaborados pelo Poder Executivo e aprovados pelo Poder Legislativo, nos âmbitos municipal, estadual e federal o orçamento público passa por um ciclo composto pela elaboração do projeto de lei orçamentário onde o mesmo é verificado, votado, sancionado e publicado precisa ser elaborado a partir de três etapas que são : o Plano Pluri Anual (PPA), que é realizado no início de cada governo e define as diretrizes e as prioridades da Gestão Governamenta a Lei de Diretrizes Orçamentária ( LDO ) ele que ir á nos mostrar quais são os objetivos e metas prioritárias da administração pública para um ano deverá estar em conformidade pela Lei de Responsabilidade Fiscais e a Lei Orçamentária Anua ( LO A), é o objeto de programação para conseguir a concretização de ações planejadas no PPA, obedecidas a LDO , observamos a existência de dez princípios básicos do orçamento público, que são : Universalidade, Anualidade, Unidade, Especificação, Exclusividade, Orçamento Bruto, Não afetação das Despesas, Equilíbrio e Publicidade, vimos também a existência do Orçamento Participativo, com a finalidade da participação do cidadão, tendo este o poder de forma ativa no processo de elaboração das propostas orçamentárias. As experiências na democratização das informações do orçamento participativo no país têm mostrado que deram certo, co m isso a sociedade tem a possibilidade de fiscalização das contas públicas. 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos abordar o tema sobre orçamento público tendo como finalidade um orçamento bem elaborado, podemos ver que com o desenvolvimento econômico, considerando-se as receitas arrecadas através de tributos vindos da população, há de se ter um controle para equilibrar essas despesas de acordo com a arrecadação, não podendo haver um desequilíbrio onde as despesas são maiores que as receitas, pois isso iria acarretar um déficit público. Com o intuito de manter o orçamento o mais real possível as alterações são feitas a cada gestão, com isso percebemos a importância de organizar e controlar o orçamento público, para que não seja desviado para outros fins e deixe de investir nos objetivos e specíficos no orçamento público. 2 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO Planejamento é importante para qualquer situação do dia a dia, pois o mesmo evita que situações desagradáveis aconteçam. Mesmo que inconsciente, estamos sempre planejando. Quando o dia está nublado, por exemplo, a tendência é saímos de casa com um guarda-chuva, pois a possibilidade de chuva nos faz instintivamente pensar em estarmos prevenidos para tal ocasião. Na nossa vida pessoal, também é necessário um bom planejamento das finanças para que não percamos o controle e nos endividemos mais do que é possível pagar. Mesmo de instintivamente acabamos realizando um planejamento orçamentário quando decidimos quanto é possível gastar em cada mês para que as despesas não excedam as receitas. Por que, então, deveria ser diferente quando se fala no orçamento dos gastos essenciais a toda população, o qua l é administrado pelo poder público. Nesse sentido, a Lei Complementar nº 101/2000 ( Lei de Responsabilidade Fiscal) em seu ar t. 1 º, § 1º, determina a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. Tal planejamento é vital para que possam ser eleitas as prioridades que deverão sanar as carências da população através de ações bem definidas e integradas e, é claro que estejam de acordo com a capacidade financeira do Estado. Para Silva (2009), o processo de elabora ção e discussão dos instrumentos de planejamento governamental deve ser capaz de expressar com maior veracidade a responsabilidade do Governo para co m a sociedade, visto que o orçamento deve indicar com clareza os objetivos perseguidos pela nação da qual o governo é interprete. Para a co ncretização desse planejamento, utiliza-se o sistema de planejamento integrado. Kohama (2009, p. 25) destaca que o sistema de Planejamento Integrado no Brasil também conhecido como Processo de Planejamento-Orçamento, consubstancia-se nos seguintes instrumentos [..] : Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de Orçamentos Anuais. Veremos então cada um deles. 2.1 PLANO PLURIA ANUAL (PPA) A Constituição Federal em seu Art. 165, § 1º, determina que a lei que instituir o plano pluri anual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Dessa forma, o Plano Pluri anual corresponde ao plano do governo elencando suas ações, metas e objetivos para um período de quatro anos e será elaborado no primeiro exercício financeiro do mandato do executivo. Sendo assim, o PPA não corresponde exatamente ao mandato eletivo, mas abrangerá os três últimos anos do mandato mais um ano do mandato subsequente. O projeto do plano pluri anual elaborado pelo Poder Executivo no primeiro ano de governo, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato governamental subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do enceramento do primeiro exercício financeiro (31 de Agosto) e devolvido p ara sanção até o enceramento da sessão legislativa (15 de Dezembro). (ARA ÚJO E ARRUDA,2006). Isso significa que um mandato governamental irá sempre concluir a sanções do mandato anterior. Para Rocha (2004 ) essa é uma forma de garantir a continuidade de ações de um governo para o outro. 2.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ( LDO) Segundo, o ar t. 165, § 2º, da Constituição, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. A lei de Diretrizes Orçamentarias– LDO define apriorização dos gastos públicos, detalhando as metas do PPA para o ano seguinte e instituindo as normas que nortearão a elaboração e execução da LOA. 2.3 LEI DO ORÇAMENTO ANUAL ( LO A) A Lei Orçamentária Anual concretiza o planejado no PPA, obedecendo as metas e prioridades estabelecidas pela LDO, transformando-asem dotações orçamentárias efetivas. O prazo de encaminhamento ao Legislativo é 31 de Agosto. E com base ercícios na LOA que as despesas do exercício são executadas [..]. ( GOMES, 2004, grifei). Segundo, o ar t. 165, § 5º, da Constituição. A lei orça mentária anual compreenderá : I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder púb lico; II - o orça mento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos dizer que o orçamento público é um instrumento de planejamento das ações governamentais onde constam especificadas e detalhadas todas as receitas e despesas que serão executadas em um determinado exercício. Dessa forma, o orça mento passou a ser peça estratégica para o controle financeiro, deixando compatíveis receitas e despesas em volume, dentro de um determinado período de tempo. A implementação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que veio para restringir os gastos públicos indevidos, juntamente com a grande relevância do orça mento público, se fez necessário um orçamento público eficiente e condizente com os princípios orçamentários. O Projeto de Lei Orçamentária deverá seguir os trâmites legais, iniciando pelo poder executivo, que elabora o orçamento baseado nas despesas e receitas do ano exercício anterior, projetando-os para o exercício seguinte, podendo assim visualizar a necessidade de adequação das despesas e receitas realizadas com as esperadas, ou seja, cortar eventuais gastos e redistribuir receitas. REFERÊNCIAS KOHMA, Heilio. Contabildade Pública: Teoria e Prática. 10. ed. São Paulo: Atlas,2009 . ROCHA, Denise. O Orçamento P úblico ao Alcance do Cidadão. São Luís,2004 ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos;ARRUDA, Daniel Gomes. Contabilidade Pública: da Teoria a Prática. São Paulo: Saraiva, 2006 BRASIL. Contituição (1988). Constitui ção da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de Outubro de 1988. BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de Maio de 2000. Estabelce normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.