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Instrumentos de planejamento e 
orçamento: Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO)
Apresentação
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma importante ferramenta de administração pública. 
Trata-se de um projeto de lei que estabelece as metas e as prioridades para o exercício financeiro 
seguinte, orienta a elaboração do orçamento, dispõe sobre alterações na legislação 
tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento. Com base na 
LDO, aprovada pelo Legislativo, é elaborada a proposta orçamentária para o ano seguinte.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá entender como funciona a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias, saber mais sobre sua finalidade, seus principais parâmetros e como sua atuação 
interfere na garantia do orçamento público. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Indicar a finalidade da LDO.•
Especificar os principais parâmetros da LDO.•
Mostrar a atuação da LDO na garantia do orçamento público e de suas metas.•
Desafio
Todas as cidades têm problemas, mas a falta de segurança é um que assola muitas pessoas, pois 
grande parte da população vive com medo. Como cidadãos, as pessoas devem participar 
efetivamente de sua comunidade, comparecendo às reuniões de bairro, visando a discutir e 
resolver os problemas de seu entorno.
No dia da votação sobre a LDO, você e outras pessoas do bairro foram discutir, na audiência 
pública, sobre a contratação de mais policiais. Na LDO, foi aprovada a realização de um concurso 
para 1.000 policiais militares. Porém, já chegou o mês de agosto, e, apesar de o concurso já ter sido 
realizado e os concursados já terem sido aprovados, nenhum profissional está nas ruas atendendo 
aos chamados da população. Os moradores pedem sua opinião profissional sobre como proceder 
nesse caso. 
Estando na posição de cidadão, o que é possível fazer para resolver essa situação?
Infográfico
É a LDO que diz quais são as despesas prioritárias que o Governo deve fazer a cada ano, sendo 
a proposta elaborada por técnicos do Poder Executivo e encaminhada ao Poder Legislativo até 15 
de abril, prazo máximo estabelecido na Constituição Federal. Contudo, além da LDO, existem 
outras duas ferramentas: o PPA, Plano Plurianual, que auxilia no planejamento das ações, e a 
LOA, a Lei Orçamentária Anual, que define receitas e despesas.
Neste Infográfico, você vai entender a função de cada uma dessas leis no processo de 
planejamento orçamentário.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/35e3e9e1-e3d1-488b-b7df-d8de7f2b2149/02d49519-1e76-41f9-8b97-7abb747c3a72.png
Conteúdo do livro
Todo os anos, o Poder Executivo precisa enviar uma Lei Orçamentária para aprovação, com base na 
Lei de Diretrizes Orçamentárias, com objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no 
Plano Plurianual. De acordo com o art. 165, § 2º, da Constituição Federal, a LDO compreenderá as 
metas e as prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da LOA, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
No capítulo Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), da 
obra Planejamento e orçamento público, você irá estudar como funciona a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias, aprendendo mais sobre sua finalidade, seus parâmetros e seu uso. 
PLANEJAMENTO 
E ORÇAMENTO 
PÚBLICO 
Vanessa Foletto da Silva
Instrumentos de 
planejamento e 
orçamento: Lei de 
Diretrizes Orçamentárias
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Indicar a finalidade da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
 Especificar os principais parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
 Mostrar a atuação da Lei de Diretrizes Orçamentárias na garantia do
orçamento público e de suas metas.
Introdução
O orçamento público brasileiro é um importante instrumento de pla-
nejamento do que será realizado pela administração pública. A Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma das ferramentas que compõem 
esse orçamento, sendo responsável pela definição das metas e prioridades 
dos programas governamentais.
Neste capítulo, você vai estudar a LDO, verificando a sua finalidade, os 
princípios que norteiam sua elaboração e a sua importância no processo 
de planejamento do orçamento público.
Conceitos e finalidade
O planejamento do orçamento público é indispensável para o atendimento das 
necessidades da sociedade. Essas necessidades vão desde o fornecimento de 
serviços básicos, como a coleta de resíduos, até as melhorias de infraestrutura, 
por exemplo. Saúde, educação, alimentação e lazer, dentre muitos outros 
serviços, são defi nidos por meio das legislações tributárias. Tudo o que a 
Administração Pública pretende gastar deve fazer parte do orçamento público. 
Abraham (2007) define o planejamento como uma importante estrutura 
do orçamento público, que deve prezar pelos princípios da eficiência e da 
moralidade nos gastos, tendo como meta o atendimento ao interesse público. 
Esse planejamento precisa ser um processo contínuo, que englobe ações co-
ordenadas, estabelecendo previamente o que se pretende fazer e o resultado 
esperado.
Um dos instrumentos criados para a execução da política orçamentária 
brasileira é a LDO, que busca fazer a ligação entre os outros dois instrumentos 
orçamentários: o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
Sua missão é unir o planejamento estratégico de médio prazo do PPA com o 
planejamento de curto prazo representado pela LOA. Conforme estabelecido 
na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), a LDO corresponde às metas 
e às prioridades da administração pública federal, englobando as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. A LDO serve para orientar 
a elaboração da LOA e, ainda, trata das alterações na legislação tributária. 
Assim, a LDO é um documento com instruções que visam a direcionar e 
orientar a elaboração do orçamento federal, que precisa estar de acordo com 
as definições constantes no PPA. A Constituição prevê a possibilidade de 
emendas ao projeto de LDO, desde que sejam compatíveis com o PPA. As 
emendas podem ser divididas em:
  emendas supressivas — eliminam parte do projeto original;
  emendas aditivas — acrescentam algo à proposta original;
  emendas aglutinativas — são resultantes da fusão de outras emendas;
  emendas modificativas — alteram o projeto, porém não alteram sua 
substância;
  emendas substitutivas — alteram o conteúdo da proposta formalmente;
  emendas de redação — são destinadas a sanarem problemas de escrita.
O objetivo das emendas é o aperfeiçoamento do orçamento-programa. As 
propostas de emendas devem ser apresentadas à Comissão Permanente da 
Câmara, que aplica as normas que regem o processo legislativo. As emendas 
aprovadas são encaminhadas ao Poder Executivo para sanção. Se rejeitadas, 
são arquivadas. O chefe do Poder Executivo pode vetar, no todo ou em parte, 
o projetado aprovado.
A LDO visa a estabelecer as prioridades na definição do orçamento e os 
limites para as despesas dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciá-
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias2
rio. Essa lei estabelece o montante de recursos que precisa ser economizado 
para o desenvolvimento de projetos futuros e promove o equilíbrio entre as 
receitas e as despesas. Cabe, ainda, à LDO, conforme estabelecido na CF/1988 
(BRASIL, 1988):
  autorizar o aumento de receitas destinadas ao pagamento de servidores 
públicos, regulamentando transferências a entes públicos e privados, 
com o intuito de restringir fraudes;
  determinar formas de concessão de financiamentos pelos bancos 
públicos.
Na visãode Giacomoni (2005), a LDO acaba por representar um auxílio 
na tentativa de tornar o processo orçamentário mais transparente, buscando 
o aumento da participação do Poder Legislativo na ordenação das finanças 
públicas. A LDO busca alinhar as ações governamentais às reais disponibili-
dades de caixa e, ainda, selecionar, dentre os programas incluídos no PPA, os 
que terão prioridade na execução orçamentária subsequente. A Figura 1 traz 
um resumo das responsabilidades de cada ferramenta orçamentária.
Figura 1. O papel da LDO na elaboração do orçamento público.
Fonte: Adaptada de Fausto Júnior (2018).
Políticas públicas e
programas de Governo
PPA
LDO
LOA
Planejar Orientar Executar
3Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias
Os principais parâmetros da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias 
A LDO deve ser elaborada para o período de um exercício fi nanceiro, que 
corresponde ao período de 12 meses. Esse período não coincide com o ano civil, 
começando a vigorar no segundo período legislativo de cada ano e chegando 
ao término do primeiro período legislativo do ano seguinte. 
O projeto de LDO é de competência dos chefes do Poder Executivo. No âmbito federal, 
é de competência do presidente da República; nas esferas estadual e distrital, é de 
competência do governador; no município, fica a cargo do prefeito.
Pagliarussi, Nossa e Lopes (2005) entendem que a LDO se configura 
como um instrumento de planejamento operacional na administração pública, 
definindo as metas e prioridades da administração de acordo com o PPA. 
Além das atribuições definidas na CF para a LDO, a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF, Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000) traz outras 
exigências que precisam estar presentes no projeto. Essas exigências versam 
sobre (BRASIL, 2000):
  a disposição do equilíbrio entre receitas e despesas;
  o estabelecimento de critérios e formas de limitar o empenho;
  o estabelecimento de normas relacionadas ao controle de custos e à 
avaliação dos resultados dos programas executados com recursos dos 
orçamentos;
  o estabelecimento das condições e exigências para transferência de 
recursos entre entidades;
  a apresentação dos anexos de metas e riscos fiscais.
Os destaques entre essas exigências são os Anexos de Riscos Fiscais e de 
Metas Fiscais. O Anexo de Riscos Fiscais consiste em um documento que tem 
por objetivo avaliar eventuais riscos que podem produzir impactos negativos 
nas contas públicas e, a partir dessa avaliação, indicar métodos preventivos e 
providências, que podem ser tomadas para evitar que as situações avaliadas 
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias4
venham a ocorrer. Com as previsões contidas no Anexo de Riscos Fiscais, é 
possível visualizar os números do produto interno bruto, por exemplo, o que 
vai permitir uma melhor destinação dos recursos disponíveis. Já o Anexo de 
Metas Fiscais busca demonstrar as metas fiscais estabelecidas para o exercício 
vigente e para os dois subsequentes relacionadas às receitas, às despesas e ao 
montante da dívida pública. Esse documento ainda busca avaliar se as metas 
do exercício anterior foram cumpridas e faz uma comparação das metas anuais 
com as metas fixadas nos exercícios anteriores.
O descumprimento dos prazos estabelecidos para a LDO implica conse-
quências para os responsáveis. A CF (BRASIL, 1988) estabelece penas como 
a cassação de mandato. Já a LRF, além da cassação do mandato, estabelece 
multas e penas de reclusão. O Congresso Nacional não poderá entrar em 
recesso se não finalizar a aprovação do projeto da LDO, conforme previsto 
na Constituição. Assim, a aprovação precisa ser feita até meados de julho.
A LDO e o orçamento público 
O orçamento público é um planejamento em que o governo fi xa os gastos 
para determinado um período, com base nas receitas estimadas com a arre-
cadação. As fontes das receitas são provenientes de tributos (taxas, impostos 
e demais formas de arrecadação estipuladas pelos poderes das três esferas 
governamentais). Para realizar uma despesa pública, é preciso que ela esteja 
fi xada no orçamento.
Por meio do orçamento público, a sociedade consegue identificar o destino 
dos recursos arrecadados pelo governo. Na elaboração do orçamento público, 
o foco precisa estar voltado para a melhor aplicação dos recursos públicos. 
Conforme estabelecido no art. 29, XII, da CF (BRASIL, 1988), a administração 
pública deve fornecer meios para que a sociedade possa participar no processo 
de elaboração da proposta orçamentária.
5Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias
Leia mais sobre o orçamento participativo e a importância do voto popular nas decisões 
sobre as propostas orçamentárias do país no link a seguir.
https://qrgo.page.link/pLVDh
O Estatuto da Cidade (Lei nº. 10.257, de 10 de julho de 2001) traz a deter-
minação de que a gestão orçamentária participativa é obrigatória nos muni-
cípios, para que a Câmara possa aprovar o PPA, a LDO e a LOA (BRASIL, 
2001). Essa participação compõe o chamado orçamento participativo. Segundo 
Paludo (2012), o orçamento participativo é um importante instrumento para 
a democracia, uma vez que a população tem a oportunidade de acrescentar 
sugestões e manifestar sua opinião sobre determinadas demandas, auxiliando 
na escolha dos serviços prioritários. Esse instrumento ainda estimula a socie-
dade a exercer sua cidadania e a se comprometer com o bem público e promove 
uma aproximação entre políticos e membros da sociedade.
Acesse o link a seguir e confira como a participação popular foi estimulada e facilitada 
durante o processo de elaboração do orçamento para o ano de 2020 no Distrito Federal.
https://qrgo.page.link/ZMpQS
A elaboração da LDO exerce grande importância no orçamento público, 
devido aos seus impactos em diversos fatores econômicos e sociais. O au-
mento do salário mínimo, a mudança na forma de cobrança de tributos, o 
estabelecimento de limites para os orçamentos das esferas governamentais e as 
projeções relacionadas ao regime de previdência social são exemplos de fatores 
que sofrem os impactos das definições estabelecidas na elaboração da LDO.
Para cada exercício financeiro, é elaborada uma LDO. Assim, durante a 
vigência do PPA, são elaboradas quatro LDOs diferentes. Cada LDO precisa 
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias6
ter embasamento no PPA em vigor, devendo definir as metas anuais e, ainda, 
servir de instrumento orientador para a elaboração dos orçamentos anuais. 
O encaminhamento da LDO na esfera federal, conforme estabelecido no art. 
35, §2° da CF (BRASIL, 1988), deve ser feito até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento do primeiro período da sessão legislativa. A Secretaria de Orçamento 
Federal, junto aos ministérios e unidades orçamentárias dos poderes Legislativo 
e Judiciário, é responsável pela elaboração da proposta orçamentária com base 
na proposta utilizada no ano anterior e nas metas do PPA.
Os parlamentares recebem uma versão prévia da Lei, podendo propor 
emendas. Havendo emendas, estas serão apresentadas à Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que elabora um parecer; depois, as 
emendas serão analisadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal 
na forma de regimento comum. Após a aprovação, o projeto é encaminhado 
para sanção do Poder Executivo. O presidente é obrigado a enviar o projeto 
finalizado para o Congresso até o dia 31 de agosto.
Já os estados e municípios, por meio de leis próprias, podem estabelecer 
prazos diferenciados para a elaboração, o encaminhamento e a aprovação de 
suas LDOs. De forma geral, o projeto será enviado pelo governador do estado 
à Assembleia Legislativa até o dia 30 de abril, sendo devolvido até 30 de junho 
de cada exercício. Nos municípios, seguem-se os mesmos passos estabelecidos 
para a União e os estados.Os municípios possuem PPA, LDO e LOA próprias, 
que são construídas e avaliadas por órgãos municipais; a execução das metas 
fica a cargo do prefeito.
A elaboração da LDO, mediante a inclusão da participação popular em sua 
formulação, representa um importante pilar do orçamento público. Ela produz 
reflexos diários na vida da sociedade, por meio dos retornos produzidos pelas 
suas definições e suas obras e pelos serviços realizados.
7Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias
A LDO tem como propósito manter um planejamento em sintonia com a execução. Em 
uma família, por exemplo, há uma ou mais fontes de renda, provenientes de trabalho 
e investimentos. Mensalmente, os membros da família precisam decidir onde será 
empregado o dinheiro. Como há contas a pagar, é preciso definir as despesas prioritárias, 
voltadas a atender às necessidades essenciais, como aluguel, alimentação, luz e água. 
Após pagar as despesas essenciais, os membros da família decidem o que vão fazer 
com o restante da receita. Assim funciona a LDO — são definidas as despesas com 
base nas prioridades estabelecidas.
ABRAHAM, M. O planejamento tributário e o direito privado. São Paulo: Quartier Latin, 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti-
tuicao.htm. Acesso em: 16 out. 2019.
BRASIL. Lei Complementar no. 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças 
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, 5 maio 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/lcp/lcp101.htm. Acesso em: 16 out. 2019.
BRASIL. Lei no. 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Consti-
tuição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, 11 jul. 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 16 out. 2019.
FAUSTO JÚNIOR. Lei de diretrizes orçamentárias de 2019 é aprovada na Câmara Tor-
rense dom sete emendas. A Folha, 2018. Disponível em: https://afolhatorres.com.br/
lei-de-diretrizes-orcamentarias-de-2019-e-aprovada-na-camara-torrense-com-sete-
-emendas. Acesso em: 16 out. 2019.
GIACOMONI, J. Orçamento público.13. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PAGLIARUSSI, M. S.; NOSSA, V.; LOPES, V. A. A influência do plano plurianual nos indica-
dores de execução: um estudo exploratório na prefeitura de Vitória. Revista de Gestão 
USP, v. 12, n. 3, p. 29-45, 2005. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rege/article/
download/36524/39245/. Acesso em: 16 out. 2019.
PALUDO, A. Administração pública: para auditor fiscal da receita federal e auditor fiscal 
do trabalho. Rio de Janeiro: Campus, 2012.
Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias8
Leituras recomendadas
CHALFUN, N. Entendendo a contribuição da política fiscal, do PPA e da LDO para a gestão 
fiscal responsável. Rio de Janeiro: IBAM/BNDES, 2001.
GDF: orçamento 2020 receberá sugestões on-line e presencial. Agência Brasília, 2019. 
Disponível em: https://agenciabrasilia.df.gov.br/2019/04/17/gdf-orcamento-2020-
-recebera-sugestoes-on-line-e-presencial/. Acesso em: 16 out. 2019.
GIACOMONI, J. Orçamento público. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
VALADARES JÚNIOR, E. O orçamento participativo e a importância do voto. Caro 
Gestor, 2016. Disponível em: http://www.carogestor.com.br/artigo/965/o-orcamento-
-participativo-e-a-importancia-do-voto. Acesso em: Acesso em: 16 out. 2019.
9Instrumentos de planejamento e orçamento: Lei de Diretrizes Orçamentárias
 
Dica do professor
O planejamento é muito importante, principalmente na gestão pública, que está muito limitada à 
questão econômica, e é uma ferramenta de gestão que envolve tanto as questões 
econômicas como as sociais, as políticas estratégicas, entre outras. Haverá sempre a necessidade 
de uma visão sistêmica de gestão. A gestão pública fica muito relacionada ao orçamento, que tem 
como previsão as diretrizes do Plano Plurianual e, ainda, a orientação da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias.
Nesta Dica do Professor, você aprenderá mais sobre o planejamento. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f4b4d4b74ac5858c75498125e2baa1ac
Exercícios
1) A Lei de Diretrizes Orçamentárias faz parte do processo orçamentário. Assinale V para as 
frases verdadeiras e F para as falsas. 
 ( ) O prazo da LDO tem duração de um ano. ( ) O PPA é uma 
lei hierarquicamente superior à LDO. ( ) A função da LDO é fazer a ligação 
entre o PPA e as ações.
A) V-V-V.
B) V-F-V.
C) V-F-F.
D) F-V-V.
E) F-V-F.
2) Há um conceito que resume o que acontece nos orçamentos do Brasil: paralelismo. Sobre 
esse conceito, é correto afirmar que: 
A) se refere ao orçamento a partir da LDO.
B) tem como base o orçamento no Plano Plurianual.
C) visa a atender às necessidades da Lei Orçamentária Anual.
D) o que acontece no Governo Federal também ocorre nos Estados e Municípios.
E) A Lei de Responsabilidade Fiscal é responsável pelo paralelismo.
3) De forma geral, são estabelecidos prazos para a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Sobre esses 
prazos, é correto afirmar que:
A) os deputados podem enviar quando bem entenderem a aprovação até dia 31 de dezembro.
B) a LDO é anual e precisa ser enviada ao Congresso até 15 de abril e ser aprovada até 30 de 
junho.
C) a LOA é anual e precisa ser enviada ao Congresso até 15 de abril e ser aprovada até 30 de 
junho.
D) a LDO é quadrienal e precisa ser enviada ao Congresso até 15 de abril e ser aprovada até 30 
de junho.
E) os deputados precisam aprovar o PPA até 31 de dezembro.
4) A LDO estabelece as prioridades e metas da Administração Pública Federal para o exercício 
seguinte. É correto afirmar que faz parte do escopo da LDO definir:
A) as receitas da União com pessoal e encargos sociais.
B) as diretrizes para elaboração e execução do Plano Plurianual da União e suas alterações.
C) as alterações na legislação tributária da União.
D) as receitas em valores da União.
E) o PPA não se vincula à LDO.
5) Existem três leis na Constituição Federal que preveem o orçamento público: PPA, LDO e 
LOA. A LDO é aquela que fixa limites para gastos de pessoal em diversos órgãos, como 
Poderes Legislativo e Judiciário e Ministério Público. Sobre a LDO, é correto afirmar que: 
A) cria objetivos e metas para cada quatro anos.
B) tem como base a Lei Orçamentária Anual.
C) não necessita da participação do público para sua formalização e aprovação.
D) 
apenas o Legislativo é responsável por sua confecção.•
E) visa a demonstrar as metas e prioridades para o exercício financeiro subsequente.
Na prática
A Constituição de 1988 introduziu uma série de mudanças significativas no campo da 
orçamentação pública, como a obrigatoriedade do planejamento de médio prazo (dado o caráter 
imperativo da norma que institui o Plano Plurianual — PPA); o envolvimento do Legislativo na 
fixação de metas e prioridades para a administração pública e na formulação das políticas públicas 
de arrecadação e de alocação de recursos (ante o conteúdo dado à LDO); e o desdobramento da Lei 
Orçamentária Anual (LOA) em três orçamentos distintos (Fiscal, de Investimentos de Estatais e da 
Seguridade Social).
Neste Na Prática, você vai conhecer os prazos de organização do ciclo orçamentário do Estado de 
Minas Gerais. O Executivo tem até o dia 15 de maio para enviar a LDO, e o Legislativo tem até o 
dia 18 de julho para realizar a votação. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/d926b176-320f-480d-abb7-6698b3df858b/b6d0f4dd-f745-4a3f-90c7-f6293a94ee22.pngSaiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Equidade: seus conceitos, significações e implicações para o 
SUS
Existem fontes de recursos para implantar as políticas sociais, mas, no caso da saúde, ainda que não 
tenha sido possível solução duradoura, o art. 55 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias estabeleceu que um mínimo de 30% do orçamento da Seguridade Social, excluído o 
seguro-desemprego, seria destinado ao setor de saúde até a aprovação da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). Para saber mais, acesse:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Teto de gasto como regra permanente
Até o advento, em 2016, do teto de gastos, regra de vigência temporária, as regras fiscais sempre 
tiveram como ênfase principal o curto prazo. A preocupação oficial com resultados fiscais no médio 
e no longo prazos somente se manifestou quando o novo governo convivia com resultados 
primários negativos e enfrentava dificuldades para aprovar reformas econômicas fundamentais. 
Esses fatores levaram à oportuna proposição de regra constitucional indutora de uma inflexão 
progressiva nas despesas públicas.Quer saber mais sobre o teto de gastos? Acesse:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
LDO de 2019 é sancionada com 18 vetos
Você sabia que a LDO 2019 foi sancionada com alguns vetos? Isso ocorre quando o Legislativo, em 
sua apreciação, entende que algumas mudanças devem ocorrer. Entenda um pouco sobre esses 
vetos na LDO 2019. Acesse:
https://www.scielosp.org/pdf/sausoc/2016.v25n1/9-18/pt
http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/77935905/77244-160817-1-PB.pdf?v=323402541
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/08/14/internas_economia,700335/ldo-e-sancionada-com-18-vetos-divulga-ministerio-do-planejamento.shtml

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