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AULA+TEÓRICA+09+-+Gasometria

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Equilíbrio Ácido-Básico 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E AGRARIAS 
DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA 
Prof. Dra. Gabriela Bonfanti Azzolin 
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
o É um delicado equilíbrio químico entre os ácidos e as 
bases existentes no organismo para a manutenção da 
quantidade ideal de íons hidrogênio nos líquidos 
intracelular e extracelular. 
 
 
o Quando a [ ] dos íons hidrogênio se eleva ou se reduz, 
alteram-se a permeabilidade das membranas e as funções 
enzimáticas celulares; em conseqüência, deterioram-se as 
funções de diversos órgãos e sistemas. 
 
DESEQUILÍBRIO 
o Os pacientes com disfunção de órgãos frequentemente 
apresentam alterações no equilíbrio ácido-base. 
 
o Nos pacientes graves, especialmente os que necessitam 
de terapia intensiva, as alterações são mais manifestas e, 
não raro, assumem a primazia do quadro clínico. 
 
o O diagnóstico e o tratamento dos desvios do equilíbrio 
ácido-base, geralmente, resultam em reversão do quadro 
geral do paciente e garantem a sua sobrevida. 
 
 
ÁCIDOS 
o Substâncias que cedem hidrogênio em uma solução. 
 
o Metabolismo celular produz ácidos - liberados 
continuamente na corrente sanguínea - precisam ser 
neutralizados 
 
o Principal ácido do organismo: 
– ácido carbônico: 
• ácido instável 
• se transforma facilmente em dióxido de carbono e água. 
• O dióxido de carbono é transportado pelo sangue e eliminado 
pelos pulmões, enquanto o excesso da água é eliminada pela 
urina. 
 
o Demais ácidos do organismo são fixos - permanecem em 
estado líquido. 
– os ácidos alimentares, o ácido lático e os ceto-ácidos; 
BASES 
o Substâncias que captam o hidrogênio nas 
soluções 
 
o Principal base do organismo: 
– Bicarbonato 
• produzido à partir do metabolismo celular pela combinação 
do dióxido de carbono com a água. 
 
o Demais bases: 
– Fosfatos 
– numerosas proteínas 
– hemoglobina. 
METABOLISMO 
o Função normal das células do organismo depende de uma 
série de processos bioquímicos e enzimáticos do 
metabolismo celular. 
 
o Vários fatores devem ser mantidos dentro de estreitos 
limites, para preservar a função celular: 
– Osmolaridade 
– Eletrólitos 
– Nutrientes 
– Temperatura 
– Oxigênio e dióxido de carbono 
– Íon hidrogênio 
 
 
 
Íon hidrogênio 
o H+ = é o íon + importante nos sistemas biológicos: quantidade 
de hidrogênio livre existente dentro e fora das células é um dos 
fatores + importantes para o metabolismo celular. 
 
o A [H+] nas células e líquidos biológicos influencia a velocidade 
das reações químicas, a forma e função das enzimas, assim 
como de outras proteínas celulares e a integridade das células. 
 
o A [H+] nas células e líquidos biológicos deve estar em torno de 
40 nmol/L. 
 
o A unidade de medida da concentração dos íons hidrogênio nos 
líquidos do organismo é denominada pH. 
 
 
pH = - log [H+] 
 
o equilíbrio entre a entrada ou produção de íons hidrogênio e 
a livre remoção desses íons do organismo. 
 
o o organismo dispõe de mecanismos para manter a [H+] e, 
conseqüentemente o pH sangüíneo, dentro da normalidade, 
ou seja manter a homeostasia. 
 
o O pH do sangue arterial normal é 7,4 e é equivalente à 
concentração H+ de 40 nmol/L. As condições onde o pH está 
abaixo dos valores de referência é denominada acidose, 
enquanto aqueles com pH acima é chamado alcalose. 
7,4 7,0 7,8 
Faixa de sobrevida 
Acidose Alcalose 
pH normal 
Homeostasia é a constância do meio interno 
 TAMPÕES PLASMÁTICOS 
 -  o efeito de ácidos ou bases adicionados nos líquidos corporais. 
 - atuação imediata. 
 
 SISTEMA PULMONAR SISTEMA RENAL 
-elimina ou retém CO2 - excreção de urina ácida ou básica 
-alterações de ventilação. - atuação em horas a dias. 
-atuação em minutos a horas. 
 Os processos metabólicos normais nas células teciduais 
consomem oxigênio e produzem continuamente CO2 e ácidos 
orgânicos. 
 A manutenção da concentração dos íons H+ é realizada pela 
ação combinada dos sistemas tampões. 
 Os sistemas tampões são substâncias que, em soluções 
aquosas, resistem às variações do pH quando, às mesmas, são 
adicionadas quantidades relativamente pequenas de ácido (H+) ou 
base (OH-). 
SISTEMAS TAMPÕES 
• Bicarbonato/Ácido carbônico: principal sistema tampão. 
Mecanismo compensatório primário que supre 60 a 90% do 
tamponamento. 
 
• Hemoglobina (20-30%): radicais livres da hemoglobina se 
ligam aos íons H+ e os tamponam. 
 
• Proteínas plasmáticas e intracelulares (5%): 95% do 
tampão não bicarbonato no plasma. 
 
• Fosfatos orgânicos e inorgânicos (1%): importantes na 
excreção de ácidos na urina. 
 
HCO3- => As alterações na [ ] de bicarbonato no plasma 
podem desencadear desequilíbrios ácido – básicos por 
distúrbios metabólicos. 
 
 
• Se o HCO3
- estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 
7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica. 
 
• Se o HCO3
- estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH 
< 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica. 
Sistema metabólico 
Sistema pulmonar 
• Respiração: remoção dos CO2 do sangue e suprimento dos 
tecidos com oxigênio. 
 
• CO2 = é o principal produto ácido formado no organismo, através 
da oxidação completa dos lipídeos, carboidratos e proteínas. É 
eliminado pelos pulmões numa velocidade proporcional a % de 
CO2 no gás alveolar e a freqüência da ventilação. 
 
• A ventilação é controlada pelos estímulos da pCO2, pO2 no ar 
alveolar bem como do pH sanguíneo sobre o centro respiratório 
do bulbo e quimioreceptores periféricos das artérias carótidas e 
arco carótido. 
 
• Ação imediata 
e intensa: 
↓pH metabólico: ↑ ventilação (↑eliminação CO2) 
 ↑ pH metabólico: ↓ ventilação (↓ eliminação CO2) 
Interpretação da Gasometria 
• P = pressão parcial exercida pelo gás; 
• S = grau de saturação da Hb; 
• A = gases alveolares; 
• a = gases no sangue arterial; 
• v = gases no sangue venoso; 
 
PaO2 = 
PvO2 = 
PaCO2 = 
PvCO2 = 
SaO2 = 
SvO2 = 
PAO2 = 
Sistema pulmonar 
Oxigenação: Sangue arterial e venoso 
A difusão do O2 dos alvéolos pulmonares para o sangue 
ocorre devido à uma diferença de pressões parciais. A PO2 
do sangue venoso (PvO2) que entra nos capilares 
pulmonares é de aprox 40 mmHg. A PO2 no ar dos alvéolos 
pulmonares é de aprox 104mmHg. À medida que o sangue 
venoso vai passando, vai recebendo O2 e se 
“arterializando”. A PO2 do sangue arterial (PaO2) é de aprox 
104mmHg. 
Normalmente o sangue arterial está saturado 98%. 
A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os 
alvéolos e os capilares pulmonares, e depende diretamente 
da pressão parcial de oxigênio no alvéolo, da capacidade 
de difusão pulmonar desse gás, da existência de Shunt 
anatômicos e da relação ventilação/perfusão pulmonar. 
 
Capitação de O2: difusão do gás 
de uma área de maior pressão 
para menor pressão. 
Sistema pulmonar 
Oxigenação: Sangue arterial e venoso 
 
Ao atravessar os tecidos, o sangue arterial cede seu O2 às 
células para as atividades metabólicas. Ao deixar os 
capilares e dos tecidos para juntar-se às veias, a pressão 
parcial do O2 no sangue (PvO2) é de aprox 35 a 40 mmHg. 
A saturação do sangue venoso oscila em torno de 70 a 75%. 
Quando a PvO2 e/ou a SvO2 estão abaixo daqueles valores, 
significa que a extração de oxigênio pelos tecidos está 
aumentada. 
 
 
 
↑ metabolismo: febre 
↓ fluxo sanguíneo que perfunde os tecidos (estados de choque) 
Pressão parcial de CO2 (PaCO2) 
 
 A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a 
eficácia da ventilação alveolar, sendo praticamente a mesma 
do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás. 
 
• Seus valores normais oscilam entre 35 a 45 mmHg. 
 
• Se a PCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está 
hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está 
em Alcalose Respiratória. 
 
• Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente estáhipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está 
em Acidose Respiratória. 
SISTEMA RENAL 
• Mecanismo: pH da urina varia entre 4,4 a 8,2. 
 
ACIDOSE: aumento da excreção de ácido e conservação de bases; 
ALCALOSE: aumento na excreção de base e conservação de ácidos. 
Reabsorção de bicarbonato: conservar o 
bicarbonato filtrado, diminuindo a sua excreção 
urinária. 
 
Excreção de íon hidrogênio: na forma livre, na 
forma de fosfatos ou amônia (produzida no próprio 
rim) 
pH = 7,4 RIM responsável pela [ ] do HCO3
 
 PULMÃO responsável pela [ ] do CO2 
 
 
ENQUANTO 
 
 
O pulmão mantém O RIM mantém 
a [ ] do CO2 a [ ] do HCO3
- 
 
pH será mantido 
VALORES NORMAIS PARA GASOMETRIA: 
Arterial Venoso 
pH 7,35 – 7,45 0,05 unidade menor 
pO2 80 – 100 mmHg 50% menor 
pCO2 35 – 45 mmHg 6 mmHg maior 
HCO3
- 22 – 26 mEq/L 22 – 26 mEq/L 
BE -2 a + 2 mEq/L -3,9 a + 1,0 mEq/L 
SO2 93,5 – 98,1% 65 – 85% 
Base excess: sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas 
no plasma sanguíneo. É calculada a partir das medidas de pH, 
pCO2 e hemoglobina. 
ALTERAÇÕES PRIMÁRIAS 
 
1. Acidose metabólica 
 
 
2. Alcalose metabólica 
 
 
3. Acidose respiratória 
 
 
4. Alcalose respiratória 
7,45 
7,35 
ALCALEMIA 
ACIDEMIA 
Alcalose 
Acidose 
 [HCO3
-], [H+] 
 [HCO3
-] 
 pCO2 
 pCO2 
ACIDOSE METABÓLICA 
• Causas: 
- Produção anormal de ácidos orgânicos: cetoacidose 
diabética, cetose de jejum, acidose lática. 
 
- Perda de HCO3
- (bases): diarréia grave em adultos ou 
crianças; 
 
- Redução da excreção Renal de H+: incapacidade de 
eliminar amônia (IRA e IRC); 
 
- Adição de ácidos: intoxicações (salicilatos), tratamento 
com cloreto de amônio. 
 
Compensação da 
acidose metabólica 
• A acidose metabólica é o excesso de acidez no sangue 
caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de 
carbonatos. 
 
• Quando o pH sanguíneo cai, a respiração torna-se mais 
profunda e rápida à medida que o organismo tenta livrar o sg 
do excesso de ácido ↓ a quantidade de CO2. 
 
• Finalmente, os rins também tentam compensar excretando 
mais ácido na urina. 
 
• No entanto, ambos os mecanismos podem ser superados 
quando o corpo continua a produzir ácido em demasia, o que 
acarreta uma acidose grave e, em última instância, o coma. 
HIPERVENTILAÇÃO 
Consequências da acidose 
metabólica 
• A acidemia prejudica a função de contração do 
miocárdio que pode resultar em insuficiência cardíaca. 
 
• Metabolismo negativo do cálcio, que pode resultar em 
nefrocalcionose e urolitíase. 
 
Achados laboratoriais: 
- Redução bicarbonato plasmático; 
- Redução do pH sanguíneo; 
- Redução da pCO2 (hiperventilação compensatória) 
ALCALOSE METABÓLICA 
• Causas: 
 
- Excesso de bases: antiácidos orais e bicarbonato de 
sódio. 
 
- Perda de ácido clorídrico: vômitos intensos ou 
prolongados. 
 
- Perda de potássio: diuréticos; 
 
- Retenção renal de Bicarbonato. 
 
Compensação da 
alcalose metabólica 
• Alcalose metabólica é uma condição metabólica na qual o pH do 
sangue está elevado acima da faixa normal. 
 
• Geralmente é resultado de uma concentração ↓ de ion H+, 
levando a [ ] ↑ de bicarbonato. 
 
• Pode ser alternativamente um resultado direto de [ ] ↑ de 
bicarbonato. 
 
• A elevação do pH reduz a respiração e retém o CO2 com aumento 
da pCO2. 
 
• A pCO2 eleva e provoca uma diminuição do pH, que raramente 
chega aos valores normais. Essa resposta compensatória é 
limitada pela queda de oxigenação do paciente. 
HIPOVENTILAÇÃO 
Consequências da alcalose 
metabólica 
• A alcalemia aumenta à ligação do cálcio às proteínas e 
a dimiunição do cálcio ionizado resulta em aumento da 
atividade neuromuscular; 
• Aumento da glicólise; 
• Hipocalemia: aumento da excreção renal de potássio. 
 
Achados laboratoriais: 
- Aumento de bicarbonato plasmático; 
- Aumento do pH sanguíneo; 
- Aumento da pCO2 (hipoventilação compensatória) 
ACIDOSE RESPIRATÓRIA 
• Causas: 
• Incapacidade dos pulmões em eliminar CO2 suficiente devido à 
hipoventilação. 
 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (causa mais comum): bronquite 
crônica, enfisema, asma grave. 
 
• Distúrbios neuromusculares: miastenia grave, poliomielite, tétano, 
paralisia do diafragma, distrofia muscular. 
 
• Apnéia do sono; 
 
• Obesidade intensa (Síndrome de Pickwick). 
 
• Depressão do SNC: narcóticos, BDZ e outros depressores. 
 
• Desordens neurológicas: encefalite e trauma; 
 
• Estados de coma: AVC por hemorragia intracranana. 
COMPENSAÇÃO DA ACIDOSE 
RESPIRATÓRIA 
• Acidose respiratória é uma acidose (↓ anormal do pH 
sanguíneo) devido à ventilação ↓ dos alvéolos pulmonares, 
levando a uma [ ] ↑ de CO2 arterial (PaCO2). 
 
Fase aguda: primeiros 10 minutos. Ocorre uma elevação de 2 a 4 
mmol/L no bicarbonato plasmático. Feito pelas proteínas e 
hemoglobina. Não é muito eficaz. 
 
Fase crônica: O aumento persistente da PaCO2 desencadeia, 
lentamente mas com eficiência, uma compensação renal. Após 
alguns dias os rins começam a eliminar mais H+ e a reter 
bicarbonato. 
Consequências da acidose 
respiratória (hipercapnia) 
• A hipercapnia induz à vasodilatação cerebral e aumento 
do fluxo sanguíneo, que pode elevar a pressão 
intracraniana, produzindo sonolência, torpor, dor de 
cabeça e coma. 
 
Achados laboratoriais: 
- Aumento da pCO2 ( > 47 mm Hg) 
- Redução do pH sanguíneo (pH < 7,35) 
- Níveis normais ou aumentados de bicarbonato 
plasmático (compensação renal – é lenta); 
ALCALOSE RESPIRATÓRIA 
• Causas: 
• Estímulo respiratório elimina mais CO2 devido à estimulação do 
centro respiratório. 
 
• Estímulo direto do centro respiratório: encefalites, meningites, 
hiperventilação. 
 
• Desordens pulmonares 
 
• Desordens cardiovasculares: ICC, hipotensão 
 
• Ansiedade, Histeria; 
 
• Febre alta . 
 
• Hipoxemia (elevadas altitudes): Ar rarefeito: pouco O2 – aumenta a 
frequencia respiratória e elimina mais CO2. 
COMPENSAÇÃO DA ALCALOSE 
RESPIRATÓRIA 
• A alcalose respiratória resulta da respiração alveolar ↑ 
(hiperventilação) levando a uma [ ] plasmática ↓ de CO2. 
Isso leva a [ ] ↓ de ion hidrogênio e Ca2+ sanguíneo 
livremente ionizado. 
 
Fase aguda: primeiros 10 minutos. Ocorre uma queda de 2 a 4 
mmol/L no bicarbonato plasmático. Feito pelas proteínas e 
hemoglobina. Não é muito eficaz. 
 
Fase crônica: o pH é mantido pela retenção de íons H+ pelo rim. Se 
essa condição persistir por 7 ou mais dias, o nível de bicarbonato 
pode cair p suficiente para o pH voltar ao normal, ou seja, ocorrer 
a compensão completa. 
Consequências da alcalose 
respiratória (hipocapnia) 
• A hipocapnia induz à vasoconstrição, com sonolência e 
torpor moderado. 
• Alteração no metabolismo de cálcio, potássio e fosfatos. 
• Aumenta a produção de lactato devido ao estímulo da 
glicólise. 
 
Achados laboratoriais: 
- Redução da pCO2 ( < 36 mm Hg) 
- Aumento do pH sanguíneo (pH > 7,44) 
- Níveis normais ou diminuídos de bicarbonato plasmático 
(compensação renal – é lenta); 
Principais respostas 
compensatórias 
Distúrbio primário Resposta compensatória 
Acidose respiratória pCO2 HCO3 
Alcalose respiratória pCO2 HCO3 
Acidose metabólica HCO3 pCO2 
Alcalose metabólica HCO3 pCO2 
TRANSTORNOS MISTOS 
• Não é raro que um paciente sofra simultaneamente de dois 
ou mais transtornos primário do equilíbrio ácido-base. 
• Ocorre quando o grau de compensação não é adequado ou a 
resposta é maior que a esperada. 
 
Efeitos somatórios: 
- ACIDOSE METABÓLICA + ACIDOSE RESPIRATÓRIA 
- ALCALOSE METABÓLICA + ALCALOSE RESPIRATÓRIA 
 
Efeitos neutralizadores: 
- ACIDOSE METABÓLICA + ALCALOSE RESPIRATÓRICA 
- ALCALOSE RESPIRATÓRIA + ACIDOSE METABÓLICA. 
 
 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL : 
GASOMETRIA 
• Exame clínico que avalia: 
- Gasessanguíneos (pCO2 e pO2) 
- Íons H (pH) 
- Principal tampão do sangue (HCO3
-) 
- Hemoglobina e outros índices. 
 
- Aplicação clínica: cirurgias, UTI, pediatria, 
alimentação parenteral, alterações respiratórias 
e/ou metabólicas. 
GASOMETRIA 
• HEMOGLOBINA: 
VR:13,5 – 17,5 g/dL (homem), 12,0 – 16 g/dL (mulheres) 
Em condições normais, cerca de 97% do oxigênio transportado 
dos pulmões para os tecidos são carregados em combinação 
química com a hemoglobina, no interior das hemáceas 
(Oxiemoglobina). 
SaO2 (%) = proporção com que o oxigênio está ligado à Hb; é 
um indicador de disponibilidade total de O2 para as células do 
organismo. A afinidade do O2 pela Hb se altera conforme o 
pH e temperatura; 
 
3% O2 encontra-se dissolvido na água do plasma e das células; 
PaO2 (mmHg) = reflete a medida de oxigênio dissolvido no 
plasma, não o total de O2 distribuído aos tecidos; 
 
GASOMETRIA 
Disemoglobinas: derivadas da Hb que não podem transportar ou 
liberar oxigênio: Carboxiemoglobina, Metaemoglobina e 
sulfaemoglobina. 
A presença de disemoglobinas altera a SaO2 e a curva de 
dissociação da Hb. 
 
 
 
 
GASOMETRIA 
• Conteúdo de oxigênio (ctO2): 
É a soma do oxigênio ligado à Hb e o oxigênio dissolvido no 
sangue. 
ctO2 homem: 18 – 22 mL/dL 
 Mulheres: 16 – 20 mL/dL 
 
 
Causas de diminuição da ctO2 
- Diminuição da Hb total: anemia e hemodiluição; 
- Diminuição da SO2: disemoglobinas 
 
 
 
GASOMETRIA 
• Lactato 
É um indicador do suprimento inadequado de oxigênio aos 
tecidos; 
Marcador do balanço entre demanda e oferta de oxigênio. 
 
• Anion Gap: diferença entre íons de carga positiva e os de 
carga negativa. 
 
 
VR: 8-16 mmol/L 
Eleva-se na acidose metabólica. 
 
 
 
 
Gasometria 
• Amostra: Sangue arterial, venoso ou capilar. 
 
- Em condições anaeróbias; 
- Heparina como antiocoagulante; 
- Realizar a análise imediatamente (em até 15 
min) ou conservar em gelo para o transporte. 
Escolha do local da coleta 
Sangue arterial x sangue 
venoso 
• Inicialmente os estudos do equilíbrio ácido-base eram 
efetuados no sangue venoso. 
 
• A amostras de sangue venoso são quase tão exatas quanto o 
sangue arterial para a determinação do pH, HCO3 e pCO2, se 
o sangue for colhido de forma adequada da mão ou do braço 
do paciente, em repouso e sem soltar o torniquete. 
• 
• As amostras de sangue arterial substituíram, em grande parte, 
as amostras venosas, uma vez que o sangue venoso fornece 
dados menos precisos em certas condições, como na redução 
da perfusão tecidual devido à ocorrência de choque. 
Transporte e conservação da amostra 
Outros cuidados 
Dicas para interpretar! 
1. Observar pH. 
 
 
2. Observar Pco2 
 
 
3. Observar HCO3
- 
 
 
4. Observar o excesso ou déficit de bases 
pH < 7,35 = ACIDOSE 
pH > 7,45 = ALCALOSE 
< 45mmHg = ACIDOSE RESPIRATÓRIA 
> 35 mmHg = ALCALOSE RESPIRATÓRIA 
< 22 mEq/L = ACIDOSE METABÓLICA 
> 26 mEq/L = ALCALOSEMETABÓLICA 
+/- 2 = normal 
-5/-10 = acidose leve a moderada. >-10 Grave. 
+ 5 = alcaloses leves a moderadas. Raramente superior a + 10. 
Dicas para interpretar! 
5. Observar PaO2 e SO2. 
 
 
 
 
6. Identificar mecanismos de compensação 
 
 
PaO2 > 65 mmHg e SO2 > 90% = oxigenação satisfatória 
SO2 < 80% = hipóxia 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7,12 Acidose 
HCO3 12 mM Acidose 
PCO2 40 mm/Hg normal 
pH 7,40 
HCO3 24 mM 
PCO2 40 mm/Hg 
Valores normais 
Acidose 
metabólica 
pH 7,12 Acidose 
HCO3 12 mM Acidose 
PCO2 25 mm/Hg alcalose 
Acidose 
metabólica 
parcialmente 
compensada 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7,55 Alcalose 
HCO3 15 mM Acidose 
PCO2 30 mm/Hg alcalose 
pH 7,40 
HCO3 24 mM 
PCO2 40 mm/Hg 
Valores normais 
Alcalose 
respiratória 
parcialmente 
compensada 
pH 7,55 Alcalose 
HCO3 34 mM Alcalose 
PCO2 55 mm/Hg Acidose 
Alcalose 
metabólica 
parcialmente 
compensada 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7,10 Acidose 
HCO3 42 mM alcalose 
PCO2 65 mm/Hg acidose 
pH 7,40 
HCO3 24 mM 
PCO2 40 mm/Hg 
Valores normais 
Acidose 
respiratória 
parcialmente 
compensada 
pH 7,10 acidose 
HCO3 10 mM acidose 
PCO2 65 mm/Hg Acidose 
Acidose mista 
(metabólica + 
respiratória) 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 6,94 
HCO3 10 mM 
PCO2 42 mm/Hg 
pH 7,35 - 7,45 
HCO3 20-28 mM 
PCO2 35-45 mm/Hg 
Valores Referência 
pH 7,22 
HCO3 5 mM 
PCO2 12 mm/Hg 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 6,91 
HCO3 10 mM 
PCO2 50 mm/Hg 
pH 7,35 - 7,45 
HCO3 20-28 mM 
PCO2 35-45 mm/Hg 
Valores Referência 
pH 7,51 
HCO3 21 mM 
PCO2 27 mm/Hg 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7,19 
HCO3 21 mM 
PCO2 52 mm/Hg 
pH 7,35 - 7,45 
HCO3 20-28 mM 
PCO2 35-45 mm/Hg 
Valores Referência 
pH 7,31 
HCO3 18 mM 
PCO2 36 mm/Hg 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7, 28 
HCO3 14 mM 
PCO2 32 mm/Hg 
pH 7,35 - 7,45 
HCO3 20-28 mM 
PCO2 35-45 mm/Hg 
Valores Referência 
pH 7, 18 
HCO3 43 mM 
PCO2 117 mm/Hg 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7, 54 
HCO3 16 mM 
PCO2 26 mm/Hg 
pH 7,35 - 7,45 
HCO3 20-28 mM 
PCO2 35-45 mm/Hg 
Valores Referência 
pH 7, 28 
HCO3 15 mM 
PCO2 44 mm/Hg 
Interpretação da gasometria 
arterial 
pH 7, 18 
HCO3 16 mM 
PCO2 52 mm/Hg 
pH 7,35 - 7,45 
HCO3 20-28 mM 
PCO2 35-45 mm/Hg 
Valores Referência 
pH 7, 59 
HCO3 15 mM 
PCO2 21 mm/Hg

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