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Hematopoiese e Funções do Sangue

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Prévia do material em texto

O verbo grego poiéo significa criar, produzir, fazer, e primitivamente 
tanto se aplicava à criação intelectual como ao trabalho artesanal. 
Poiesis expressa a ação de criar, produzir, fazer; e poietes, o 
agente da ação, ou seja, o autor, criador ou artesão. 
Hematopoiese (do gr. haîma, atos, sangue + poiesis) quer dizer, 
portanto, formação do sangue, e é termo bem antigo no vocabulário 
médico greco-latino. Riolan o empregou em 1650 na seguinte 
passagem, escrita em latim como era de praxe na época: 
"Heparsitprimarium viscus haematopoeticum, liensecundarius", ou 
seja, "o fígado é a principal víscera onde o sangue é formado, vindo 
a seguir o baço".[3] Pensava-se, então, que o fígado e o baço eram 
os principais órgãos hematopoiéticos. 
A descoberta da função hematopoiética da medula óssea foi feita 
independentemente por Giulio Bizzozero, na Itália, e Ernst 
Neumann, na Alemanha. Ambos publicaram sua descoberta no ano 
de l868.[4] 
A MEDULA ÓSSEA 
 "É no interior dos ossos, na Medula Óssea, onde estão as células 
progenitoras das células sangüíneas. Ali também tem origem as 
alteração que vão ser responsáveis por inúmeras doenças." 5 A 
medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole 
localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo 
produz praticamente todas as células do sangue; glóbulos 
vermelhos (hemácias); glóbulos brancos e plaquetas. Estes 
componentes dos sangue são renovados continuamente e a medula 
óssea é quem se encarrega desta renovação. 
Trata-se portanto de um tecido de grande atividade evidenciada 
pelo grande número de multiplicações celulares. Estima-se que em 
um adulto médio, com aproximadamente 5 litros de sangue, existam 
em cada centímetro cúbico de sangue, cerca de 4,5 milhões de 
glóbulos vermelhos, 6 mil glóbulos brancos e 300 mil plaquetas. 
Isso significa um total aproximado de 22,5 bilhões de glóbulos 
vermelhos, 30 milhões de glóbulos brancos e 1,5 bilhão de 
plaquetas. 
As células sangüíneas tem vida curta: os glóbulos vermelhos tem 
uma vida média de 120 dias, os glóbulos brancos vivem em média 1 
semana, as plaquetas 9 dias. Há portanto permanentemente células 
morrendo, sendo destruídas ou eliminadas e substituídas por novas 
células normais 
O SANGUE E SEUS CONSTITUINTES "O sangue executa tantas 
funções que, sem ele, de nada valeria a complexa organização do 
corpo humano." Nos animais ditos superiores, existem dois 
principais sistemas de coordenação: o nervoso, que controla e 
comanda todo o organismo, e o sistema endócrino, que engloba 
todas as glândulas internas que fabricam substâncias (hormônios) 
necessários ao corpo, coordenando seu funcionamento. O sistema 
nervoso funciona de forma independente, porque através de suas 
ramificações alcança todos os tecidos do corpo. Já o sistema 
endócrino precisa do sangue para liberar, transportar e distribuir 
seus hormônios por todo o organismo. O sangue funciona portanto 
como um eficiente sistema de transporte de centenas de 
substâncias que são essenciais ao funcionamento do organismo 
humano. É através da circulação sangüínea que as inúmeras 
células do organismo, em todos os tecidos, recebem sua 
alimentação, representada por componentes de proteínas, açúcar, 
gordura, água e sais minerais. Também é o sangue que, retornando 
dos tecidos, conduz o gás carbônico e os resíduos das células do 
corpo, eliminando-as através da respiração, do suor, da urina e das 
fezes. Além disso, praticamente todo o sistema de defesa do 
organismo contra doenças e os ataques de germes patogênicos 
está concentrado no sangue. O controle da temperatura do corpo, o 
equilíbrio da distribuição de água e o processo de absorção celular 
também estão diretamente ligados ao sangue. 
 
 
 
 
Destruição das hemácias pelo baço: Porção globina (grupo protéico 
– formado por aminoácidos): digerido e reaproveitado. Porção heme 
(grupo prostético – formado por átomos de ferro): a hemoglobina 
liberada das células que se fragmentam é fagocitada e digerida 
quase imediatamente, liberando ferro na corrente sangüínea, para 
ser conduzido para a medula óssea (para a produção de novas 
células vermelhas) e para o fígado (produção do pigmento biliar 
bilirrubina). 
A redução de glóbulos vermelhos no sangue (eritropenia) ou a 
queda na concentração de hemoglobina chama-se anemia, 
caracterizada por cansaço e deficiência respiratória. 
A anemia pode ter diversas causas: 
Anemias carenciais: surgem por deficiência de determinados 
nutrientes na dieta, como ferro, vitamina B12 e ácido fólico. A 
anemia provocada pela falta de ferro é chamada ferropriva; pela 
falta de vitamina B12 é a anemia perniciosa. 
Anemias espoliativas: são resultado da perda de sangue causada 
por algumas doenças, 
Anemias hereditárias: são de base genética. Na talassemia ou 
“anemia do Mediterrâneo”, há desequilíbrio na produção de cadeias 
beta da hemoglobina, causando a produção deficiente de moléculas 
normais. 
 A anemia falciforme resulta da substituição de um único 
aminoácido na cadeia beta (ácido glutâmico por valina) da 
hemoglobina. Submetidas a baixas concentrações de oxigênio, as 
hemácias adquirem o aspecto de uma foice e são destruídas. 
Anemias aplásticas: são originadas de doenças que comprometem 
a medula óssea vermelha, acarretando diminuição na produção de 
glóbulos vermelhos e demais células do sangue. Ex: leucemia. 
 
Leucócitos (glóbulos brancos): são células especializadas na 
defesa do organismo, combatendo vírus, bactérias e outros agentes 
invasores que penetram no corpo Denomina-se leucocitose o 
fenômeno em que o número de leucócitos sobe acima de 
10.000/mm³ de sangue e leucopenia quando desce abaixo de 
2.000/mm³ de sangue. Na leucemia (câncer de leucócitos) 
encontramos mais de 100 mil leucócitos/mm³ de sangue. A 
leucocitose geralmente ocorre devido a uma infecção, enquanto a 
leucopenia predispõe o organismo a infecções. 
Classificação dos leucócitos Granulócitos (apresentam 
grânulos no citoplasma) 
 
 
Caracteristica Geral: Núcleo geralmente 
trilobulado. 
Função: Fagocitar elementos estranhos ao 
organismo 
Número aproximado em mm³ : 4.800 
Caracteristica Geral: Núcleo bilobulado 
Função: Fagocitar apenas determinados 
elementos. Em doenças alérgicas ou 
provocadas por parasitas intestinais há 
aumento do número dessas células 
Número aproximado em mm³ : 240 
 
Agranulócitos (não apresentam grânulos no citoplasma) 
 
 
 
 
 
Caracteristica Geral: Grânulos 
citoplasmáticos muito grandes, chegando a 
mascarar o núcleo. 
Função: Liberar heparina 
(anticoagulante) e histamina (substância 
vasodilatadora liberada em processos 
alérgicos). 
Número aproximado em mm³ : 80 
Caracteristica Geral: Núcleo muito condensado, 
ocupando quase toda a célula 13 
Função: Linfócitos T auxiliares ou células de 
“memória imunológica” orientam os linfócitos B na 
produção de anticorpos; linfócitos T supressores 
determinam o momento de parar a produção dos 
anticorpos; linfócitos T citotóxicos que produzem 
substâncias que mudam a permeabilidade das células 
invasoras (bactérias) ou de células cancerosas, 
provocando sua morte. Linfócitos B, que formarão os 
plasmócitos do tecido conjuntivo, são os responsáveis 
pela produção de anticorpos específicos no combate 
imunológico aos antígenos invasores. 
Número aproximado em mm3 : 2.400 
Caracteristica Geral: Núcleo em forma de rim ou 
ferradura 
Função: Fagocitar bactérias, vírus e fungos 
 Número aproximado em mm3 : 480 
 
Os monócitos do sangue podem atravessar por diapedese 
(movimento das células da defesa para fora dos vasos sangüíneos) 
os vasos sangüíneos e alojar-se em outros tecidos, dando origem a 
diferentes tipos celulares, que têm em comum a grande capacidade 
de fagocitose: nos tecidos conjuntivos de propriedades gerais dão 
origem aos macrófagos; no fígado, às células de Kupffer; no tecidonervoso, às células micróglias. A Hemocitopoese (Hematopoese) é 
o processo de formação, maturação e liberação na corrente 
sanguínea das células do sangue. O tecido conjuntivo 
hemocitopoético, ou tecido reticular, é produtor das duas linhagens 
de glóbulos: leucócitos e hemácias. Esse tecido aparece no baço, 
no timo e nos nódulos linfáticos, recebendo o nome de tecido 
linfóide. No interior da medula óssea vermelha, esse tecido é 
chamado mielóide, ocupando os espaços entre lâminas ósseas que 
formam o osso esponjoso. 
As células sanguíneas formam-se originalmente, das chamadas 
células-tronco totipotentes que, em ativa proliferação, podem 
produzir as duas diferentes linhagens celulares, a linfóide e a 
mielóide, conforme estejam nos tecidos reticulares do baço ou da 
medula óssea. As células linfóides vão originar os linfócitos e os 
plasmócitos, enquanto as mielóides produzirão hemácias, os outros 
leucócitos e até as plaquetas. 
Plaquetas ou trombócitos: são minúsculos discos redondos ou 
ovais, de cerca de 2 mm de diâmetro que participam do processo 
de coagulação sangüínea. Representam fragmentos de 
megacariócitos, que são células brancas extremamente grandes 
formadas na medula óssea. Os megacariócitos desintegram-se, 
formando plaquetas, enquanto ainda estão na medula óssea, 
liberando depois as plaquetas no sangue. 14 A concentração 
normal de plaquetas no sangue situa-se em torno de 200.000 a 
400.000 por mililitro de sangue. 
Na trombocitopenia ocorre redução do número de plaquetas 
circulantes, o que predispõe o paciente a um grande número de 
minúsculos pontos hemorrágicos na pele e nos tecidos profundos, 
uma vez que o método de tamponamento plaquetário para 
interromper pequenas hemorragias vasculares se torna deficiente. A 
trombocitopenia pode ser determinada geneticamente, porém a 
maioria dos casos resulta de intoxicação por toxinas ou 
medicamentos. 
Na trombocitose ocorre aumento do número de plaquetas 
circulantes, podendo levar à formação de trombos (coágulos), 
predispondo o indivíduo à trombose, que é a solidificação do 
sangue dentro do coração ou dos vasos. Geralmente é determinada 
geneticamente.

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