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Layout Design Editorial, Boas Práticas de Composição e Regras Tipográficas

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Design editorial / 1
Índice de temas
Como fazer?
Inclui dicas práticas 
para designers que 
paginam com InDe-
sign e Illustrator CS.
Design Editorial, 
Boas Práticas 
de Composição 
e Regras 
Tipográficas
P. Heitlinger
tipografos.net
LAYOUT
e-books da tipografos.net. 2011
Design editorial / 2
Índice de temas
Como usar este e-book
Várias funções deste documento 
digital proporcionam um elevado 
grau de interactividade. O Índice 
de Temas permite navegar directa-
mente para a página assinalada. O 
Índice Remissivo, no fim do livro, 
também. Um clique no rectângulo 
«Índice de Temas» leva o leitor de 
volta à página 3.
f+i=fi
1/5-›1/5
Autor e paginação: Paulo Heitlinger. 
Copyright 2011 by Paulo Heitlinger.
Todos os direitos reservados para a língua 
portuguesa e para todas as outras línguas.
O exemplar pessoal não pode ser vendido ou 
oferecido a outras pessoas que o proprietário 
deste exemplar.
Este exemplar pertence a: prova de texto 
para avaliação.
Uma publicação da série de e-books da 
tipografos.net.
Design Editorial
Boas Práticas de 
Composição e 
Regras Tipográficas
LAYOUT
Design editorial / 3
Índice de temas
Temas
1. Os suportes .............................................5
O tamanho de uma publicação ..........................6
O papel ....................................................................9
O Livro, antigo e moderno .................................13
e-books, papel digital .......................................... 18
2. Boas Práticas de Composição ................ 19
Primeiro: limpar o texto, antes de compor.....20
Separar os conteúdos das suas formas de 
representação ................................................ 21
O que é «composiçã0»? ....................................22
Conselho para principiantes: go classic! .........27
Como combinar fontes num documento? .....29
Combine as famílias de um clã de fontes ........31
Escolhendo entre as letras gordas ..................... 32
Escolhendo entre as letras finas ........................ 36
Mantenha a integridade do tipo ...................... 38
3. Hierarquia de conteúdos .......................39
Um exemplo histórico ........................................41
Estabeleça uma hierarquia visual .....................43
Determine variantes tipográficas para a 
hierarquia de conteúdos ..............................45
4. Como usar as letras na composição ...... 46
Não use versais, mas quando as usar, use-as com 
sensibilidade ................................................. 47
Use versaletes, use-os correctamente ...............50
Tipo claro sobre fundo escuro ...........................51
Aplique iniciais correctamente ......................... 52
Diferencie os algarismos! ...................................54
Os algarismos romanos .......................................55
Os algarismos tabelares ...................................... 56
Sinais de pontuação: como usá-los ................... 57
Para realçar, o itálico. Evite o negrito ......... 60
Evite os sublinhados no texto corrido ............. 61
Ligaturas, swash e outro estilos ........................62
Elevados e rebaixados, fracções e ordinais ..... 64
Caractéres alternativos .......................................65
4. Os parágrafos, na composição ...............66
Como dividir e assinalar parágrafos ............... 67
Justificação correctamente usada .....................68
Partição manual de um parágrafo curto ........ 69
Mantenha o espaço entre as letras fixo ........... 70
Variar o espaço entre as letras (tracking) ........ 71
Ajustes de kerning ............................................... 73
Espaço entre as palavras .....................................74
Partição de palavras, hifenização ..................... 75
Hífen, meia-risca, travessão - – —; espaços 
brancos ...........................................................76
Aumente a entrelinha para melhorar a 
legibilidade do texto corrido (30/30 pt) .. 77
Entrelinha: uma questão de fontes ..................79
Larguras típicas da coluna de texto ................. 81
Evite viúvas e órfãos ............................................ 82
Orientação da coluna.......................................... 82
Forma da coluna .................................................. 82
5. Grelhas, pautas, grids, Rastersysteme ...83
Grelha de incunábulos ibéricos ........................88
Grelha de livro, Renascença italiana................89
Grelha de livro, século xvi ............................... 90
Livro científico, século xviii ............................ 93
Grelha de livro, século xviii ........................... 94
Grelha de livro, século xviii ............................96
Grelha de periódicos, séculos xviii e xix ... 102
Grelha de periódico, século xix .....................104
Livros de bolso, século xx ............................... 105
Livros do século xx ..........................................107
Como desenhar uma grelha ............................109
Definir uma publicação ................................... 114
Preparar uma grelha adequada ....................... 114
Manchas gráficas: exemplos .............................121
Olimpíadas de Aicher ......................................124
6. Layouts e grelhas para revistas ........... 125
Vogue, anos 30.....................................................125
die neue linie, anos 40 .................................... 126
Die neue Gesellschaft, anos 60 ...................... 128
Design editorial / 4
Índice de temas
Herb Lubalin, anos 70 ..................................... 129
Milton Glaser, uma lenda viva ......................... 135
twen, anos 60 ......................................................137
Neville Brody, spreads ......................................148
K, anos 80 ............................................................152
egoísta, anos 90 .................................................. 155
Zeit Magazin, 1970–2011 ................................158
Wired, o futuro? ................................................ 162
Design de Revistas, por partes ........................164
Bibliografia do Design Editorial .................... 172
7. Infografia ........................................... 173
Pictogramas ........................................................184
Vignelli’s Unigrid .............................................. 198
8. Grelhas na Arquitectura ...................... 203
9. Impressão em papel ............................ 210
PDF/X ..................................................................211
Gestão de cor .......................................................213
10. Bibliografia ....................................... 216
Livros sobre Tipografia, publicados em 
português ..................................................... 216
11. Índice Remissivo ............................... 221
O autor ................................................................ 225
Um layout de 1887. 
Revista tipográfica 
Typo, editada na Nova 
Zelândia. Typo. A 
Monthly Newspaper and 
Literary Review. Devoted 
to the advancement of 
the Typographic Art 
and the Interests Of The 
Printing, Publishing, 
Bookselling, Stationery, 
And Kindred Trades. 
Napier, New Zealand: 
Printed and Published 
By R. Coupland Harding 
London: John Haddon 
… Co., 3-4 Bouverie-St., 
Fleet-St. 
Design editorial / 5
Índice de temas
1. Os suportes
Design editorial / 6
Índice de temas
V
ai paginar um livro? Uma brochura de imagem 
corporativa ou de marketing de produto? Uma 
revista? Um jornal? Um manual para acompa-
nhar um produto? Um mostruário? Um livro de 
devoção religiosa? Um catálogo grosso com 500 pági-
nas? Uma folha única? Uma história de banda dese-
nhada? Um newsletter para ser lido on screen, no for-
mato PDF? Escolha as proporções e formatoda página 
que melhor esteja adequado ao conteúdo do texto e do 
modo de publicação (print ou online).
Poupe papel!
Cada tipo de publicação implica um formato diferente, 
para públicos-alvo diferentes, em situações diferentes, o 
que deve ser tido em conta. Mas também se deve ter em 
conta, por razões ecológicas óbvias, que não devemos 
desperdiçar papel, aproveitando o formato do papel de 
impressão escolhido da maneira mais racional possível. 
Portanto, antes de paginar uma publicação, decida com 
que formato de papel será impressa.
Basicamente, e falando de um modo geral, dentro 
do formato escolhido, todos os textos serão tratados 
de modo igual – a não ser que esteja a fazer algo total-
mente experimental.
S
egundo Jan Tschichold, o formato de um livro 
(mas também o de todos os outros tipos de publi-
cação, claro) deve ser determinado essencial-
mente pela sua função. Em muitos casos, rela-
ciona-se com o tamanho médio das mãos de um 
adulto. Logicamente, o formato dos livros para crian-
ças deve ser outro: não menor, mas maior, para a criança 
o ler como gosta – de preferência, aberto no chão
Existem várias categorias de livros, com os seus 
respectivos formatos:
aqueles livros aparatosos que brilham pelo luxo a) 
visual (coffee table books);
os livros que serão colocados sobre uma mesa de b) 
trabalho, para estudo;
livros para leitura, o leitor sentado numa cadeira ou c) 
num banco, em viagem;
livros de bolso;d) 
mini-books;e) 
dicionários e obras de consulta;f) 
todos os outros formatos especiais, panorâmicos, g) 
por exemplo.
O tamanho de uma publicação não define automatica-
mente o tamanho de todas as páginas contidas nessa 
publicação. Basta haver páginas desdobráveis no inte-
rior, para alterar o esquema de um formato de página 
único.
O factor subjectivo
Note que o tamanho real de uma página não é igual 
ao tamanho subjectivo, o formato percepcionado pelo 
leitor. Numa publicação com muitas imagens (numa 
revista, por exemplo) basta pôr a maioria das ima-
gens grandes a corte, para o leitor ter a percepção que a 
página seja maior do que realmente o é. 
Quando o leitor não vê os limites de uma imagem den-
tro dos limites físicos de uma revista, tende a completá-
la mentalmente, adicionado na sua fantasia aquilo que 
não vê.
As aparências também iludem quando se opta por 
uma margem branca generosa, ficando todos os ele-
mentos ilustrativos contidos na mancha de texto. Neste 
estilo de paginação, a publicação pode parecer mais 
pequena do que realmente é.
O tamanho de uma publicação
Design editorial / 7
Índice de temas
Design editorial / 8
Índice de temas
Design editorial / 9
Índice de temas
O 
papel (paper, inglês; Papier, alemão) é uma maté-
ria for ma da de celulose, misturada com outras 
com po nentes, para fabricar folhas que servem de 
supor te à escrita ou à impressão. Um parâmetro 
deter minante da qualidade do papel é a sua gra ma gem. 
A classificação do papel também obedece à sua aparên-
cia, à opacidade, à coloração, ao índice de reflexão, à 
resistência ao rasgo e à tração e ao índice de absorção 
da tinta. 
Gramagem (gramatura). A espessura é dada em •	
função do peso em gramas de uma folha de papel 
com um metro quadrado. Assim se fala em papel de 
75 g, significando que as folhas deste papel possuem 
o peso de 75 gramas numa área de um metro 
quadrado. Ainda é comum a denominação por 
quilograma / resma, mas é imprecisa e vem caindo 
em desuso.
Grossura (corpo)•	
Opacidade (transparência)•	
Brilho (•	 glossy ou mate)
Grau de colagem•	
Revestimento•	
Lisura e textura•	
Alcalinidade (pH superficial)•	
Alvura e cor•	
Direcção das fibras•	
Formato de fábrica•	
Flexibilidade, resis tência mecâ nica, etc. •	
Os papéis são conhecidos pelas denominações 
comerciais, como, por exemplo:
acetinado (papel alisado por calandra numa ou nas •	
duas faces); 
couché ou gessado (com camada de produtos •	
minerais numa ou em ambas faces para torná-lo mais 
branco e mais apropriado para impressão de 
ilustração colorida), etc.
P
ara imprimir livros, revistas e jornais, é quase sem-
pre usado papel de cor branca; para a im pressão 
de outros docu men tos são fabricados papéis em 
todas as cores e tonalidades. Na fabricação artesa-
nal de papel, a pasta de papel é obtida de restos de tex-
teis e/ou fibras vegetais (celulose), alisadas e branquea-
das, em suspensão aquosa. Esta pasta é escorrida sobre 
uma forma e seca para se obter uma folha de papel. 
O papel
Design editorial / 10
Índice de temas
Drying of of Paper 
in Traditional 
Papermaking / 
Scottish Archive 
of Print and 
Publishing 
History Records
O 
papel teve a sua origem na China, sendo várias 
as matérias-primas utilizadas no seu fabrico — o 
bambu, o linho e a palha. No século II, a China 
começou a produzir papel para escrita com fibras 
de cânhamo ou de casca de árvore. Segundo os regis-
tros da História do Período Posterior da Dinastia Han, do 
século V, o marquês TSai Lun (?-125) dos Han do Este 
(25–220 n.E.) produziu papel a partir de 105 n.E. com 
casca de árvore, extremidades de cânhamo, farrapos de 
algodão e redes de pesca rasgadas. O uso do papel vul-
garizou-se a partir de então.
O 
papel foi introduzido na Europa no século xii. 
O segredo da sua fabricação na China foi obtido 
pelos Árabes e levado para a Espanha, onde se 
localizou a primeira fábrica europeia. Em mea-
dos do século xiii o papel começou a ser fabricado na 
Itália, tendo-se em seguida a invenção expandido por 
todo o continente. A fabricação do papel artesanal era 
feita à base de trapos e fibras vegetais, sendo produ-
zido folha por folha, técnica usada ainda hoje quando 
se deseja papéis de altíssima qualidade. 
O moínho de papel de Leiria
O 
Museu do Moinho de Papel recorda como antes 
funcionou para produzir a matéria-prima para 
fabricar papel. Em 1411, João I permitiu, por Carta 
Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomide, homem 
da Corte, que «em dois assentamentos velhos que 
em outro tempo foram moinhos que estão no termo e 
na ribeira da nossa vila de Leiria … junto à ponte dos 
caniços… instalasse…engenhos de fazer ferro, serrar 
madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que 
se façam com o artifício da água… contando que não 
sejam moinhos de pão…»
N
aquele que foi o mais antigo e primeiro moinho 
de papel de Portugal, datado de 1411, e o primeiro 
equipamento industrial que Leiria teve, vai ser 
ainda possível comprar farinha moída “à antiga” 
e adquirir recordações realizadas a partir de pasta de 
papel feita in loco. E os visitantes vão poder acompa-
nhar todo o processo, do cultivo de plantas para produ-
ção de papel junto ao rio Lis ao produto final. 
O 
Museu do Papel situado em Paços de Brandão 
é propriedade da Câmara Municipal de Santa 
Maria da Feira. Pela temática e colecções que 
inclui, abarca toda a região papeleira das Terras 
de Santa Maria, onde a indústria do papel tem sido um 
vector fundamental da economia, desde 1708, ano de 
fundação da Real Fábrica de Nossa Senhora da Lapa, 
ainda em actividade. 
Design editorial / 11
Índice de temas
Marca de água, visivel no canto 
superior direito. 
A
ssumindo-se como um museu manufactureiro, é 
um projecto vivo, onde os visitantes poderão par-
ticipar nos processos de fabrico. 
Região papeleira Terras 
de Santa Maria
A 
Real Fábrica de Nossa Senhora da Lapa, São 
Paio de Oleiros, hoje conhecida como Engenho 
Velho foi a primeira fábrica de papel do conce-
lho de Santa Maria da Feira, tendo sido fundada, 
em 1708, pelo genovês José Maria Ottone, ou Ottom, de 
sociedade com Vicente Pedrossen, capitalista da cidade 
do Porto. Conhecedor da arte de fabricar papel, José 
Maria Ottone chegara a Portugal em finais do século 
XVII, tendo conseguido de Pedro II um alvará real,que lhe conferia a concessão de todo o fabrico de papel 
desde o Minho até ao Douro. Graças a este privilégio, 
ou graças a ele, estabeleceu-se na cidade de Braga, fun-
dando uma manufactura papeleira, em 1706. 
A
pesar da sua curta estadia na fábrica da Lapa - 
por volta de 1713, já fabricava papel num pequeno 
engenho na Lousã, tendo em 1716 fundado a, 
ainda hoje importante, Fábrica de Papel da 
Lousã -, o tempo fora bastante para que esta indústria 
ganhasse raízes e se difundisse rapidamente por todo 
o concelho e pela maioria dos concelhos vizinhos que 
integram as antigas Terras de Santa Maria, com desta-
que para os concelhos de Oliveira de Azeméis e de Cas-
telo de Paiva. 
Fabricação industrial
N
o século xviii o francês Louis Robert tinha 
criado a máquina de processo contínuo para 
fabricar papel, fornecendo-o em longas tiras, 
enroladas em bobinas. Esta máquina foi aper-
feiçoada pelos irmãos Henrique e Sealy Fourdrinier, 
que a introduziram na Inglaterra por volta de 1804. 
Até hoje este tipo de equipamento é conhecido como 
máquina Fourdrinier. O alemão Keller encontrou um 
processo industrial de transformar a madeira em pasta 
de celulose, premissa para que se fabricasse o papel 
como hoje se faz.
A 
qualidade do papel industrial depen de, entre 
outros factores, da percentagem de celulose 
integrada, assim como de outras com po nentes, 
como o plás tico, por exemplo. Os principais 
tipos de papel são para escrita, impressão e embala-
gem. Distinguem-se pelos processos de elaboração, 
pelas matérias-primas usadas e a inclusão de substân-
cias, como branqueadores, por exemplo.
O papel para impressão é apresentado em dife-
rentes qualidades, formatos e gramagens. O uso de 
cada tipo é determinado pelo processo de impressão 
a ser empregue e as características do impresso a ser 
produzido. 
A madeira continua a ser uma matéria-prima 
essencial. Para produzir uma tonelada de papel são 
necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande 
quantidade de água (mais do que qualquer outra acti-
vidade industrial), e muita energia (está em quinto 
lugar na lista dos processos industriais que mais ener-
gia consomem). O uso de produtos químicos alta-
Design editorial / 12
Índice de temas
mente tóxicos na separação e no branqueamento da 
celulose também representa um sério risco para a saúde 
humana e para o meio ambiente – comprometendo 
a qualidade da água, do solo e dos alimentos. Para se 
transformar madeira em polpa, é necessário separar a 
lignina, a celulose e a hemicelulose que constituem a 
madeira. Para isso servem vários processos mecânicos e 
químicos. Os mecânicos trituram a madeira, separando 
apenas a hemicelulose, e assim produzindo uma polpa 
de menor qualidade, de fibras curtas e amarelado. 
O principal processo químico é o Kraft, que age 
sobre a madeira em cavacos com hidróxido de sódio 
e hidrossulfeto de sódio, que dissolve a lignina, liber-
tando a celulose como polpa de papel de melhor quali-
dade. O principal inconveniente deste processo é que o 
licor escuro também conhecido como licor negro que é 
produzido pela dissolução da lignina da madeira. 
E
ste licor deve ser tratado adequadamente devido 
a seu grande poder poluente, já que contém com-
postos de enxofre tóxicos e mal-cheirosos e grande 
carga orgânica. O reaproveitamento desta lignina 
é diverso, podendo o licor ser concentrado por evapo-
ração e usado até mesmo como combustível para pro-
dução de vapor na própria fábrica. O branqueamento 
da polpa de papel subsequente também é poluente, 
pois costumava ser feito com cloro, gerando compostos 
orgânicos clorados tóxicos e cancerígenos. 
A
ctualmente o branqueamento é feito por pro-
cessos sem cloro elementar conhecido como 
ECF (elemental chlorine free, usam dióxido de 
cloro) ou totalmente livres de cloro conhecido 
como TCF (total chlorine free, usam peróxidos, ozó-
nio, etc.). Estudos apon-
tam que o efluente que sai de 
ambos os processos quando 
tratado não possui diferença 
significativa quanto ao teor 
tóxico, sendo ambos de baixo 
impacto ambiental. Aplica-
ções industriais têm apon-
tado para uma redução na 
emissão de óxidos de nitro-
génio (dióxido de nitrogê-
nio e monóxido de nitrogé-
nio) na mudança do processo 
TCF para o processo ECF. 
Essas duas evidências têm 
obrigado o sector a reavaliar 
processo é efectivamente 
menos poluente, rompendo 
com paradigma no sector que 
postulava como dogma que o 
processo totalmente livre de 
cloro (TCF) era o mais adequado ambientalmente.
Em sequência deste texto introdutório, algumas 
definições:
vincagem. [Imp] (Falz, alemão) Sulcos feitos mecani ca­
mente no papel, para que possa ser dobrado com faci­
lidade. A vincagem é necessária quando o papel é rígi­
do, ou quando a dobra é feita contra a direcção da fibra 
do papel.
marca de água. (water mark, inglês; Wasserzeichen, ale­
mão). Marca de origem incluída no molde em que o 
→ papel é fabricado, reconhecível quando observada à 
contraluz. Permite identificar o fabricante e por vezes 
datar o fabrico do papel. Um símbolo ou logótipo. Tam­
bém é designada por filigrana. Hoje, a marca de água 
serve para autenticar selos de correio e/ou notas de ban­
co e outros documentos. Segure uma nota contra a luz e 
verá marcas de água em tons contrastantes, que variam 
do claro ao escuro.
Design editorial / 13
Índice de temas
Terminologia da produção e edição de livros e 
periódicos, da sua encadernação e comercialização.
anterosto. A folha de um livro que vem logo depois 
da capa. A primeira página de uma publi ca ção, que 
mostra apenas o título da obra. Ante cede a página 
do rosto (=fron tispício) e é colo cada logo a seguir 
às guardas. Também cha mada ante-portada, falso-
rosto, bastard title ou half title page. Rosto.
ante-título. Elemento por vezes usado em perió di cos, 
precedendo o título principal.
anverso. Branco ou frente da folha que se imprime com 
a primeira chapa.
Beatos. Designação dada às cópias do comentário ao 
Apocalipse feito por Beato de Liébana (são conhecidos 
34 manuscritos); o original era já dotado de imagens, 
mas elas foram ganhando maior relevo nas sucessivas 
cópias, destacando-se por uma iluminura exuberante 
que lhe dá particular significado no conjunto da icono-
grafia hispânica nos séculos x-xii.
badana. Extensão das capas ou sobrecapas de um livro, 
que se dobram para o interior.
bisagra. Parte flexível entre as duas capas laterais e a 
lombada da capa do livro.
brochura. Encadernação simples, os cader nos são cosi-
dos ou colados na lombada de uma capa mole.
caderno. Conjunto de folhas ordenadas, dobradas e 
cosidas (ou coladas), cujo conjunto constitui o miolo 
do livro. Grupo de páginas, cujo número deriva da 
dobragem do formato de impressão. Um caderno pode 
conter 4, 8, 16, 32 ou mesmo 64 páginas – depen dendo 
do formato da publicação e do tamanho da folha de 
papel impressa. O caderno foi a estrutura-base dos 
códices; formado por um conjunto de folhas associadas 
entre si por um fio de costura que passa numa mesma 
direcção.
capa. Parte que envolve os cadernos do livro ou bro-
chura, já ordenados e constituindo o seu miolo. Fabri-
cada em papel forte, ou cartão ou cartão reforçado por 
couro. Em livros antigos, a capa é formada com tábuas 
de madeira.
capa dura. (hardcover, inglês). Edição mais cara, muitas 
vezes a primeira edição de uma obra, envolta com uma 
capa dura, não flexível.
capa mole. (softcover ou paperback, inglês). Edição com 
capa em papel ou cartolina flexível, por vezes plas-
tificada; edição mais eco nó mica.
capítulo. Num livro organizado em múltiplas partes, 
é uso estas estarem agrupadas em capí tu los. Normal-
mente, um capítulo começa numa página ímpar.
cinta. Tira de papel envolvendo a capa do livro, para de 
promoção adicional. Elemento supérfluo.códice (codex, latim). Um livro formado por um grupo 
de cadernos de folhas escritas em pergaminho ou 
papel. Este tipo de orga ni zação dos textos impôs-se no 
século I n.e. 
Ao con trá rio do rolo (volumen) em uso até essa época, 
rolo que exigia uma leitura contínua, o códice (ou 
codex) permite aceder directamente aos capí tu los, 
folheando as páginas (estrutura de texto e hierarquia 
de conteúdos dos livros modernos). (O rolo de texto é 
ainda usado, p. ex., na prática religiosa judaica – o rolo 
da Torah).
Por extensão, o termo codex é usado para colec-
ções de leis, como o Codex Theodosianus, por exemplo.
cólofon, colofão. (colophon, inglês; Kolophon, ale mão) 
Hoje: ficha técnica. Inscrição que con tém o título, 
autor, edi tor, impressor, local e data de impressão, 
nú mero ISBN, etc. Pode estar no fim ou início do livro. 
Nos incu ná bulos, o colofão aparecia na última página 
da obra impressa. A grafia «colofon» também é usada.
corpo de um livro é o texto, com exclusão dos elemen-
tos de navegação e acessórios: índi ces, prefácio, apên-
dices, etc.
dorso. Lombada de um livro com capa em material 
nobre, onde por vezes se grava o título (a cor, ou em 
ouro).
e-book, Electronic book. Livro em formato digital (por 
exemplo, em PDF) que pode ser visua li zado no monitor 
e/ou impresso na im pressora doméstica do comprador.
edição. Impressão, publicação e comercialização de 
uma obra. Saída para o mercado livreiro.
edição actualizada. Edição que sofreu alterações, para 
actualizar os conteúdos.
edição ampliada. Edição com acréscimo de con teúdos 
(por exemplo de imagens).
edição de bibliófilo. Edição em tiragem reduzida, 
impressa em papel de qualidade superior, com cuida-
O Livro, antigo e moderno
Design editorial / 14
Índice de temas
dos e acabamentos especiais, por exem plo capa em 
couro, gravada, etc.
edição de bolso. (pocket book, inglês; Taschenbuch, ale-
mão). Livro de formato pequeno, com capa mole, ven-
dido a preço acessível.
edição bilingue. Edição em língua original, mais uma 
tra dução. Muitas vezes, o texto em língua origi nal é 
impresso nas páginas ímpares, e a sua tradução nas 
páginas pares.
edição crítica. Reprodução do texto do autógrafo 
(quando existente) ou do texto criticamente definido 
como sendo o mais próximo do original (quando este 
não existe), depois de submetido às operações de recen-
são, colação, definição do estema com base na interpre-
tação das variantes (estemática), definição do testemu-
nho base, elaboração de critérios de transcrição e de 
correcção. 
edição crítico-genética. Edição que combina os objecti-
vos e os métodos da edição crítica e da edição genética: 
reproduz o texto que o seu responsável considera como 
contendo a última vontade do autor, registando todas as 
intervenções do editor e, no caso de textos já publica-
dos e que originaram tradição, elaborando um aparato 
de variantes da tradição; por outro lado, faz a recensão 
de todos os manuscritos relacionados com o texto, clas-
sificando-os, organizando-os e descrevendo-os, regis-
tando em aparato genético as sucessivas alterações 
autorais, lugar a lugar e testemunho a testemunho, utili-
zando para isso um dispositivo técnico que permite ao 
leitor reconstituir a génese do texto.
edição diplomática. Reprodução tipográfica rigorosa 
da lição de um testemunho, conservando todas as suas 
características (erros, lacunas, ortografia, abreviaturas, 
etc.). Está a cair em desuso porque a reprodução foto-
gráfica tem tomado o seu lugar.
edição fac-similada. Reprodução obtida por litogra-
fia, fotografia, fototipia, etc., de um texto manuscrito, 
impresso ou esculpido, cujo testemunho se revela 
muito importante, do ponto de vista estético e filoló-
gico, e é de difícil acesso. Começou a ser feita através de 
meios litográficos, já no início do século xix.
Um elemento especialmente 
largo é a capa de um livro. Este 
exemplo mostra uma capa típica 
com cinco partes: badana, contra-
capa, lombada, capa, badana. 
Para saber o significado destas 
designações, consulte o glossário, 
nestas páginas. Poesias de Larry 
Eigner, numa edição de Stanford, 
que integra 4 volumes de grande 
formato, com um total de 1800 
páginas.
Design editorial / 15
Índice de temas
edição genética. Edição impressa, que na 
ordem cronológica do processo de escrita, 
apresenta o conjunto dos documentos gené-
ticos conservados de uma obra, anotados 
de modo a perceber-se o processo da sua 
escrita.
edição ne varietur. Edição que é suposto con-
ter, na íntegra, a lição autoral, obtida a partir 
do original ou na sequência de uma edição 
crítica.
edição original: editio princeps.
edição paleográfica: edição diplomática.
edição paradiplomática. Edição diplomá-
tica na qual o editor intervém apenas no 
que diz respeito ao desenvolvimento das 
abreviaturas.
edição sinóptica. Edição que reproduz, lado 
a lado, as lições de pelo menos dois diferen-
tes testemunhos, com o objectivo expresso 
de as comparar.
edição poliglota. Texto apresentado em 
várias traduções. 
edição online. Publicação de documentos 
(notícias, manuais, livros, blogs) em web-
sites da Inter net, em formato HTML.
entrada. 
Páginas iniciais de um livro, que pre-•	
cedem o texto. Pertencem à entrada: 
o ante-rosto, o rosto, a ficha técnica, a 
página dedicatória, etc.
Claro ao alto das páginas, no começo •	
dos capítulos.
Incunábulo impresso em Portugal, pelo impressor 
de origem morávia Valentim Fernandes.
errata, corrigenda. Pequeno impresso, página 
extra ou qualquer aposto num livro, identificando 
os erros da impressão.
explicit. Palavras ou fórmula que encerram ou 
anunciam o encerramento de um texto, de um 
capitúlo, etc.
fac-símile. Reprodução no formato e no aspecto 
gráfico da edição original, manuscrita ou 
impressa. Técnica usada para reproduzir livros 
valiosos antigos.
fac-símile digital. Reprodução de um documento 
na forma e aspecto da impressão original, obtido 
por scan. Técnica usada para reproduzir livros e 
documentos antigos.
ficha técnica colofão.
fólio. ( foglio, latim). O formato de livro alcan-
çado por uma folha de papel dobrada uma só vez, 
é designado fólio. É o maior formato da tipogra-
fia histórica. Um livro in folio é feito de folhas 
dobra das uma vez, originando cada folha 4 pági-
nas. A mesma folha, dobrada duas vezes, pro duz 
o formato in quarto; folha dobrada três vezes, ori-
gina o formato in octavo. São comuns as seguintes 
abreviações:
2º – folio, 4º – quarto, 8º – octavo
frente. O lado onde uma página ou livro começa. 
A página 1 é sempre frente e aparece sempre do 
lado ímpar, lado oposto ao reverso.
frontispício. Página no começo do livro, que leva 
o título principal. O f. segue ao ante-rosto e nele 
figura o título da obra, nome do autor, editor e 
outros dados, acompanhados ou não com uma 
Design editorial / 16
Índice de temas
ilustração. A forma elaborada, deco rada 
e ilustrada, foi muito usada nos séculos 
xvii e xviii. Hoje usa-se a designação 
de rosto para esta página identificatória, 
com eventuais elementos figu rativos/
decorativos.
frontispício divisório. Frontispício 
interno, que separa as partes principais 
de uma obra. Por exemplo, de um dicio-
nário bilingue.
guarda. Aba exterior que se dobra para 
dentro de um livro, de forma a proteger 
a capa. 
impresso. Testemunho obtido por meios 
tipográficos, tanto em folha solta como 
num caderno ou num livro.
incipit. Início de um texto. Nos códices 
medievais a página de título de uma capi-
túlo ou de um livro era designada incipit, 
onde se concentrava a decoração e a orna-
mentação, com grandes iniciais e grupos 
de letras ou palavras que utilizavam capi-
tulares geralmente realizadas a cor. 
Os incipit diferem com a geografia 
e as escolas em que os manuscritos eram 
produzidos. Na época merovíngia são 
constantesos frontispícios decorados a 
anteceder ou a fazer um enquadramento 
do incipit. Na Itália aparecem no século 
xv páginas de título em manuscritos 
humanistas que vão das formas mais sin-
gelas até apresentações monumentais.
Índice de conteúdos. Índice de matérias 
e temas; índice geral. Existe em livros e 
revistas, assim como em brochuras com 
várias páginas. Lista dos assuntos de que 
trata uma obra, ordenada em capítulos, 
sub capí tulos, etc., com referência às pági-
nas. Anti ga mente, este índice aparecia 
no fim do livro. Em publicações moder-
nas, aparece no início da publicação, logo 
depois da entrada.
Índice remissivo. Lista de nomes, sítios, 
conceitos, que aparecem numa obra, e 
que remete às pági nas onde ocorrem. 
Aparece no fim de uma publicação. Este 
índice é a forma tradi cio nal do hyper-
link impresso, que aumenta substan-
cialmente a usabilidade de um livro.
inédito. Qualquer texto ainda não publi-
cado; aplica-se correntemente a textos 
não publicados em vida do autor. Opõe-
se a texto édito.
ISBN. International Standard Book Num-
ber. Sistema identificador único, usado 
para livros. Outro sistema semelhante 
é o Inter na tio nal Standard Serial Num-
ber (ISSN), para publi cações periódi-
cas (por exemplo, revistas). Para obter 
um número ISBN português (gratuito), 
basta dirigir-se à APEL. www.apel.pt.
livro. Publicação com um mínimo de 50 
páginas de miolo e res pecti va/s capa/s. 
Os elementos que compõem um livro 
impresso são os seguin tes: mancha, 
cabeça, pé, lombo, mar-
gem, cinta, sobre capa, 
capa, guardas, ante-
rosto, rosto, cólo fon, 
badanas e miolo.
lombada. Parte de um 
livro ou brochura, 
oposta ao corte da 
frente, onde se unem 
(cosendo ou colando) 
os cadernos com a capa.
mão. A vigésima parte 
de uma resma de folhas, 
ou seja: 25 folhas. 
miolo. Conjunto de 
folhas que constituem o 
inte rior de um livro ou de um impresso.
notas. Elementos acrescentados ao texto 
pelo editor, ou pelo autor numa fase pos-
terior à escrita ou à primeira edição, e 
que esclarecem sentidos, tiram dúvidas, 
indicam fontes, contextualizam em ter-
mos histórico-culturais, etc.
opúsculo. Impresso contendo um 
máximo de 48 páginas. Também: bro-
chura ou folheto.
orelha. Badana.
página. Cada uma das faces (recto e 
verso) duma folha ou fólio.
palimpsesto. Pergaminho raspado, 
ou lavado, e re es crito. Esta «recicla-
gem» servia para eco no mizar os cus-
tos do pergaminho. Frequen te men te o 
texto ras pado era mais importante do 
que o segundo texto escrito sobre o ori-
ginal. Suporte onde foi escrito texto 
sobre um outro, eliminado por raspa-
gem ou por qualquer outro processo de 
apagamento.
página par. Página com número par, por-
tanto à esquerda da lombada.
página ímpar. Página com número ímpar, 
sempre à direita da lombada.
Prototipografia. Período inicial da tipo-
grafia, pro du ção de incu nábulos.
prancha. Ilustração não inserida na 
sequência nu mé rica das páginas de 
texto. 
Justificando uma composição manual.
Design editorial / 17
Índice de temas
princeps. A primeira impressão de uma obra.
resma. Conjunto de 500 folhas de papel, equi va lente a 
20 mãos.
rolo (volumen). O rolo exigia uma leitura contínua, o 
códice (ou codex) permite aceder directamente aos 
capí tu los, folheando as páginas (estrutura de texto 
e hierarquia de conteúdos dos livros modernos). O 
rolo de texto é ainda usado, p. ex., na prática religiosa 
judaica – o rolo da Torah. Famosos são os Rolos do Mar 
Morto, descobertos em 1947 por beduínos árabes; che-
garam às mãos dos estudiosos em 1948. As descober-
tas foram feitas nas cavernas nos penhascos do Nor-
deste do Mar Morto, próximo da localidade conhe-
cida pelo nome Qumran. 
rosto, frontispício. Página de uma obra onde figura 
o título, o autor, editor, local e data de publi cação. O 
rosto, ou folha de rosto, é a folha do livro ou do caderno 
solto que apresenta, no recto, pelo menos o título e o 
nome do autor do texto. Também se designa por fron-
tispício, ou portada. ante-rosto.
sobrecapa. Cobertura de papel ou de material flexível, 
que envolve a capa de um livro, para sua protecção e/
ou decoração.
subtítulo. Frase que complementa o título. 
título. Nome da obra impressa. Palavra, palavras ou 
frase que identificam uma publicação, obra ou partes 
dessa mesma obra.
tiragem. Número de exemplares de uma edição 
impressos de uma só vez. ¶
Um livro sobre como fazer livros modernos. 
A obra «die neue typographie», de Jan 
Tschischold fez furos na década de 1920-1930. 
O tipógrafo alemão explica em detalhe como 
se deve conceber um livro funcional.
Design editorial / 18
Índice de temas
e-books, papel 
digital
O 
formato mais próprio e eficiente para e-books 
é o PDF. Com esta tecnoliga podem ser pro-
duzidos livros com este que está a ler, bas-
tando para isso o seu PC/Mac ter um Acrobat 
Reader.
Entre os mobile readers para documentos digi-
tais, começou a impor-se o tablet iPad da Apple. 
Importante é que também é possível escrever e dese-
nhar com este leitor portátil. Deste modo, podem ser 
comentados textos e desenhos, assim como podem 
ser editados documentos. 
A Amazon lançou no mercado o Kindle, um 
E-book Reader portátil, para rivalizar com a Sony, 
que comercializa o Sony Reader. O Amazon Kin-
dle não é apenas um reader, pois também possibilita 
comprar jornais, revistas e livros online; tudo isto 
vem associado à força de mercado da Amazon. 
A Amazon, mais uma vez, quis revolucionar o 
mundo do livro; Jeff Bezos, que construiu um des-
comunal império a vender livros na Internet, acre-
dita que as páginas de papel têm os dias contados, 
e que o futuro pertencerá ao livro digital. Com um 
custo aliciante, o Kindle permite armazenar até 
200 livros e escolher entre uma variedade de 90 mil 
títulos da loja online, além de assinaturas dos prin-
cipais jornais e revistas dos EUA e mais de 300 blo-
gues. O Kindle tem ligação sem fios à rede da Ama-
zon, o que permite fazer download de conteúdos em 
qualquer lugar, além de permitir ao leitor consultar 
os seus emails. Para a Amazon, foi importante que o 
objecto se tornasse quase invisível – dai o seu horri-
pilante design – e que facilitasse a leitura. O ecrã de 
alta resolução funciona com papel electrónico (tec-
nologia E-ink) que tenta imitar a facilidade de lei-
tura oferecida pelo papel impresso e usa um con-
traste entre o preto e branco mais indicado para a lei-
tura do que aquele de um monitor de PC. Para com-
prar livros basta ligar à Kindle Store e fazer as com-
pras que quiser, onde quiser. 
Design editorial / 19
Índice de temas
2. Boas Práticas de Composição
Composição com caractéres 
metálicos, para uma oficina 
tipográfica histórica. 
Museu Plantin-Moretus, 
Antuérpia.
Design editorial / 20
Índice de temas
Nunca se deve tomar o texto recebido do autor 
como inalterável, por muito tratado e decorado 
que venha, cheio de formatações, estilos de letra 
e sugestões de alinhamentos...
U
m texto vindo de um autor, ou do seu revisor, 
chega ao paginador em ficheiro de texto, quase 
sempre em MS Word, e, eventualmente, também 
impresso sobre papel. O autor raramente sabe o 
que é «composição» e processamento gráfico do texto 
– e, infelizmente, também sabe pouco sobre os outros 
elementos: imagens, tabelas, infografias, ilustra ções, 
etc. Os paginadores é que (supostamente) sabem des-
tes assuntos; ora vejamos como os dois se entendem.
Do ponto de vista do paginador, o texto ideal deve 
ser entregue o mais limpo possível, usando apenas uma 
fonte e um único tamanho de letra. Mas como o autor 
não conhece as vantagens da separação do conteúdo e 
da forma (veja as páginas seguintes), a sua tendência é 
sempre de introduzir formatações no seu texto. Uma 
tarefa completamente desnecessária, que só faz per-
der tempo.Pois a primeira tarefa de preparação de um 
texto é a anulação de todas essas formatações.
Contudo, a hierarquia de conteúdos definida pelo 
autor tem que ser facilmente entendida pelo paginador. 
E não pode ser perdida quando o paginador anular as 
lindas formatações que o autor fez. Por isso, todos os 
Primeiro: limpar o texto, antes de compor
M
uitos autores adoram colocar linhas brancas 
entre parágrafos. Estas linhas devem ser eli-
mi na das, antes de se começar a paginação. E já 
que se abre o texto original com uma programa 
de edição de texto, vamos logo tratar de limpar o texto, 
eliminando os restos deixados pelo autor, por exem-
plo: dois espaços brancos, em vez de um só. Ou espa-
ços brancos antes da pontuação. Com find and replace 
transformam-se todos os espaços brancos duplos em 
espaços brancos simples.
Um autor escreve quase sempre em folhas DIN 
A4 e normalmente imprime na sua impressora caseira 
folha por folha, pelo que não vê qualquer relação entre 
uma página da esquerda e direita. Já o paginador terá 
que pensar que está a trabalhar para o público que vai 
comprar e ler a publicação que está a paginar. Terá 
que pensar que trabalha em abertos de página, por 
exemplo.
Estes são alguns pormenores técnicos essenciais. 
Mas não esqueçamos que o paginador, antes de come-
çar o seu trabalho de composição, deve primeiro pres-
tar grande atenção ao texto em si, saber do que trata, 
em que «tom de voz» foi escrito, se tem imagens e ilus-
trações ou não, etc.
títulos, subtítulos, legendas de imagem (e demais ele-
mentos textuais) devem vir convenientemente assi-
nalados, por exemplos com comentários elucidativos, 
entre aspas simples:
<titulo>, <resumo>, <texto corrido>, 
<legenda imagem 1>, <caixa de texto>, etc. 
Nenhum título (ou qualquer outro elemento), 
deve vir escrito em maiúsculas, para evitar qualquer 
confusão. 
U
m autor que trabalhe regularmente para um jor-
nal ou uma revista sabe muito bem que elemen-
tos de formatação são usados por essa publica-
ção. Portanto, para poupar qualquer surpresa 
desagradável quando sair o texto impresso, deve ter o 
cuidado de assinalar todos os elementos que integram 
a hierarquia de conteúdos praticada pela publicação em 
questão.
O autor deve assinalar os parágrafos com uma 
entrada da primeira linha do parágrafo ou com um 
tabulador (mas – por favor! – nunca com os irritantes 
espaços brancos dados com a barra de espaços). 
Os textos nunca – nunca! – devem ser partidos 
linha a linha, porque, uma vez paginados, vão quebrar 
de linha em sítios diferentes. 
	1. Os suportes
	O tamanho de uma publicação
	O papel
	O Livro, antigo e moderno
	e-books, papel digital
	2. Boas Práticas de Composição
	Primeiro: limpar o texto, antes de compor
	Separar os conteúdos das suas formas de representação
	O que é «composiçã0»?
	Conselho para principiantes: go classic!
	Como combinar fontes num documento?
	Combine as famílias de um clã de fontes
	Escolhendo entre as letras gordas
	Escolhendo entre as letras finas
	Mantenha a integridade do tipo 
	3. Hierarquia de conteúdos
	Um exemplo histórico
	Estabeleça uma hierarquia visual
	Determine variantes tipográficas para a hierarquia de conteúdos
	4. Como usar as letras na composição
	Não use versais, mas quando as usar, use-as com sensibilidade
	Use versaletes, use-os correctamente
	Tipo claro sobre fundo escuro
	Aplique iniciais correctamente
	Diferencie os algarismos!
	Os algarismos romanos
	Os algarismos tabelares
	Sinais de pontuação: como usá-los
	Para realçar, o itálico. Evite o negrito
	Evite os sublinhados no texto corrido
	Ligaturas, swash e outro estilos
	Elevados e rebaixados, fracções e ordinais
	Caractéres alternativos
	4. Os parágrafos, na composição
	Como dividir e assinalar parágrafos
	Justificação correctamente usada
	Partição manual de um parágrafo curto
	Mantenha o espaço entre as letras fixo
	Variar o espaço entre as letras (tracking)
	Ajustes de kerning
	Espaço entre as palavras
	Partição de palavras, hifenização
	Hífen, meia-risca, travessão - – —; espaços brancos
	Aumente a entrelinha para melhorar a legibilidade do texto corrido (30/30 pt)
	Entrelinha: uma questão de fontes
	Larguras típicas da coluna de texto
	Evite viúvas e órfãos
	Orientação da coluna
	Forma da coluna
	5. Grelhas, pautas, grids, Rastersysteme
	Grelha de incunábulos ibéricos
	Grelha de livro, Renascença italiana
	Grelha de livro, século xvi
	Livro científico, século xviii
	Grelha de livro, século xviii
	Grelha de livro, século xviii
	Grelha de periódicos, séculos xviii e xix
	Grelha de periódico, século xix
	Livros de bolso, século xx
	Livros do século xx
	Como desenhar uma grelha
	Definir uma publicação
	Preparar uma grelha adequada
	Manchas gráficas: exemplos
	Olimpíadas de Aicher
	6. Layouts e grelhas para revistas
	Vogue, anos 30
	die neue linie, anos 40
	Die neue Gesellschaft, anos 60
	Herb Lubalin, anos 70
	Milton Glaser, uma lenda viva
	twen, anos 60
	Neville Brody, spreads
	K, anos 80
	egoísta, anos 90
	Zeit Magazin, 1970–2011
	Wired, o futuro?
	Design de Revistas, por partes
	Bibliografia do Design Editorial
	7. Infografia
	Pictogramas
	Vignelli’s Unigrid
	8. Grelhas na Arquitectura
	9. Impressão em papel
	PDF/X
	Gestão de cor
	10. Bibliografia
	Livros sobre Tipografia, publicados em português
	11. Índice Remissivo
	O autor

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