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Resenha do livro Bauhaus_ Novarquitetura_ Walter Gropius

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Universidade São Judas Tadeu - Santo Amaro 
Curso: Arquitetura e Urbanismo 
Professora: Carolina Heldt 
 
 
 
 
 
RESENHA DO LIVRO:​ Gropius, Walter. Bauhaus - Nova Arquitetura. São Paulo, 
Perspectiva 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno:​ Tabatha Mariana B. Silva 
Matrícula:​ 820146540 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 25 de Março de 2020 
 
 
 
 
 
O livro ‘’Bauhaus: Novarquitetura/ Walter Gropius’’, pertence a 1ª reimpressão 
da 6ª edição de 2001, da coleção Debates, 47, dirigida por J. Guinsburg, Editora 
Perspectiva de São Paulo e tendo como autor seu próprio fundador, Walter Gropius. 
 
O contexto do livro aqui apresentado, aborda a criação e o funcionamento da Escola 
de Arquitetura e artes, BAUHAUS. Onde Gropius, antes de tudo, divide vivências e 
opiniões e descreve os métodos de ensino de maneira peculiar de como enxergava 
a arte e a arquitetura. Da mesma maneira aborda o surgimento do ‘’novo’’ e a 
integração das pessoas com essas mudanças. 
 
O livro apresenta o passo a passo de como, o próprio Gropius desenvolveu e 
aplicou novas técnicas de ensino para a formação de designers, arquitetos e 
urbanistas na Bauhaus, no século XX. Gropius baseia suas idéias na necessidade 
de renovação na área de preparação desses profissionais, pois as metodologias e 
escolas existentes não formavam seus alunos para encontrarem soluções criativas 
para as questões e problemas da época. 
 
Bauhaus foi a primeira escola de designer no mundo e disseminou o que hoje 
parece natural: a combinação de beleza e funcionalidade. 
 
“ O cérebro humano é como um chapéu de chuva, funciona melhor quando aberto”, 
(Walter Gropius). 
 
A Bauhaus foi uma escola de arte que revolucionou, de forma vanguardista, a 
arquitetura e o design, visando o desenvolvimento de projetos que incorporassem as 
necessidades da época. Em meio a explosão industrial, guerra e crises econômicas, 
Walter Gropius, criou um novo conceito acadêmico para a formação desses 
profissionais, integrando-os à sociedade. Este novo conceito foi responsável por 
mudanças na estética moderna e que até hoje influenciam escolas de design e 
arquitetura de todo o mundo. 
 
 
Ele evidencia que estes profissionais deveriam ter uma instrução mais prática, 
realista e tecnológica, ao invés de uma formação subjetiva e totalmente teórica como 
era aplicado até então. Deixando claro que os alunos deveriam receber uma 
formação baseada no conhecimento e aperfeiçoamento de novas técnicas, 
inserindo-os no cotidiano prático das atividades de um arquiteto, a fim de 
proporcionar conhecimento e experiências suficientes para que estes fossem 
capazes de desenvolver, por si só, propostas criativas na busca de soluções para as 
questões a serem solucionadas em suas áreas de atuação. 
 
Gropius enumera várias propostas de como deve atuar os professores e a instituição 
na formação acadêmica destes novos designers e arquitetos, direcionando cada 
etapa do curso de formação e como cada área e disciplina deveriam ser dispostas 
no decorrer do curso, para que ao final, fosse formado um arquiteto completo. A 
busca incessante de Gropius por preparar arquitetos com embasamento teórico e 
criativo, capazes de gerar transformações significativas em suas áreas, foi o que 
direcionou a base de ensino da Bauhaus. 
 
“Devemos dar mais oportunidades à juventude para que faça experiência 
pessoal durante o tempo de sua formação; pois somente quando deixamos 
que descubra sozinha os fatos, o conhecimento poderá converter-se em 
sabedoria’’. (Walter Gropius). 
 
Ele percorre por todos os assuntos da arquitetura. Tudo é detalhado, como a nova 
arquitetura, e a maneira com que os materiais são utilizados. Dando importância ao 
planejamento, as tendências na construção com o máximo de economia na 
utilização do solo, das técnicas construtivas e dos materiais. Tendo atenção a 
diferentes formas de materiais, como vidro, madeira, metal e outros. Por fim ressalta 
a importância do trabalho em grupo, e trata da arquitetura e design como um serviço 
para a humanidade. 
 
 
A Bauhaus tinha como princípio não somente propor uma nova estética, mas 
também de promover uma mudança social com a modernidade e inteligência de 
projetos e recursos. A Escola era norteada por três princípios: 
 
2. Direcionamento da nova arquitetura para os trabalhadores; 
2. Rejeição a todos os objetos e adereços burgueses; 
3. Retorno aos princípios básicos da arquitetura ocidental, definindo uma 
forma clássica de moradia racional. 
 
A Bauhaus estabeleceu uma interligação com todo o tipo de arte, até as 
consideradas ‘’inferiores’’, como cerâmica, tecelagem e marcenaria e preconizava o 
uso de desenhos autênticos e textura inovadoras. O uso de novos materiais 
pré-fabricados e móveis em aço, sempre funcionais foi uma marca da Bauhaus, que 
marcava seus projetos com simplificação de volumes, geometrização de formas e 
predomínio de linhas retas. 
 
A Bauhaus com todas essas inovações na arquitetura e design, bem como no ensino 
de novos arquitetos, fundou a ‘’era funcionalista’’, propondo durante 14 anos uma 
nova cultura ao homem e seu ambiente e partilhava com a República Alemã um 
desejo de renovação. Antes do fechamento da escola por Adolf Hitler em 1933 a 
Escola Passou por diferentes diretores e três fases que foram marcadas por 
diferentes características e propostas. 
 
A primeira fase da Bauhaus ocorreu de 1919 a 1923, logo após sua criação na 
época de Weimar. Nesta época, seu pai espiritual Gropius escreve em seu manifesto 
de fundação, estabelecendo que a meta de toda atividade plástica é a construção e 
a decoração e estas são as tarefas mais nobres das artes. A Escola foi um 
catalisador de atitudes inteiramente novas em relação à existência. 
 
A segunda fase da Bauhaus ocorreu de 1923 a 1928 e , em 1926, a escola se 
estabelece em Dessau. A escola leva ao apogeu a valorização das necessidades 
humanas e estabelece o funcionalismo, a estética clean e funcional. A escola foi 
 
coordenada por Hannes Meyer que, apesar de arquiteto, valorizou o conforto e 
evidenciou o design industrial na Bauhaus. O construtivismo do húngaro Lazlo 
Maholy - Nagy também dominou a Escola nesta fase, contribuindo para que a arte e 
a tecnologia convivessem harmonicamente sem traumas. 
 
A terceira fase da Bauhaus ocorreu de 1928 a 1933 e foi marcada por modificações 
de Meyer fez no currículo da Escola, acrescentando aulas de psicologia, economia, 
sociologia e biologia. As antigas características da Escola desapareceram e esta 
passou a ser mais científica e politizada. Muitos artistas importantes deixaram a 
Bauhaus nessa época dentre eles Schlemmer, Klee, Mohogy-Nagy. Meyer acabou 
deixando a Bauhaus em 1930 por pressões políticas, deixando a escola aos 
cuidados de Mies Van der Rohe. Assim, se segue uma fase marcada pela tentativa 
do arquiteto Mies de salvar a Bauhaus do extremismo e, recuperar seu projeto 
inicial, conciliando forma, função e espiritualidade, através de uma rigorosa 
preocupação com a arquitetura. A Bauhaus era, nesta época, uma Escola superiorde arquitetura e design. Em 1932 a Bauhaus foi obrigada a mudar para Berlim, por 
motivos políticos novamente, continuando seus trabalhos em uma condição adversa. 
 
Em 1933 a Escola sofria graves pressões políticas do governo e acabou sendo 
fechada por Hitler, porém no decorrer das décadas seguintes, a Escola tornou-se o 
aspecto central da atividade configurativa, tornando-se uma ‘’Escola da Vida’’ devido 
a sua filosofia construtiva em comum, que era pregada em seus métodos. 
 
Walter Gropius nasceu em 18 de maio de 1883, em Berlim, Alemanha, originário de 
uma tradicional família de Braunschweig. Estudou arquitetura no politécnico em 
Munique e em Berlim - Charlottenburg, não finalizando o curso. 
 
Com o auxílio de Karl- Ernsf, Gropius conseguiu um lugar como assistente no atelier 
de Peter Behrens, famoso arquiteto e designer de Berlim. Neste momento, Gropius 
aprendeu a funcionalidade das ferramentas de um arquiteto, as bases de marketing 
e uma maneira de entender o contexto no qual se inseria todo o processo de criação 
e construção. 
 
 
Em 1910 abriu seu próprio atelier, e buscou apoio em colaboradores como: Adolf 
Meyer, Carl Fieger e Ernsf Neufert. Sendo que Adolf Meyer teve grande importância 
no desenvolvimento deste novo projeto de Gropius, devido ao fato de não ter 
habilidade com desenhos, dependia do apoio de seus colaboradores. 
 
Walter Gropius e o seu então sócio, Adolf Meyer, foram responsáveis pela criação e 
construção do projeto dos edifícios da Fábrica Fagus em Alfed, em 1911. Com 
enormes estruturas em vidro, sem apoios, reduziram ao máximo uso de tijolos. 
Gropius desenvolveu uma nova forma de criação e construção para edifícios fabris, 
que até hoje é considerado um dos principais modelos do modernismo arquitetônico. 
Gropius acreditava que o projeto de um edifício e a sua funcionalidade, precisavam 
ser direcionados para um nível artístico tecnológico. 
 
Em 1918, com o fim da guerra, tornou-se membro fundador do Conselho de 
Trabalho para a arte, em Berlim. 
 
Foi nomeado diretor, em 1919, da academia de Belas-Artes e da escola de artes e 
Ofícios de Weimar. Que originaram, de suas junções a Staatliches Bauhaus de 
Weimar. Gropius foi responsável pela direção da Bauhaus até 1928, quando teve 
que se afastar da instituição por questões políticas. 
 
Walter Gropius passa a lecionar na Universidade de Harvard, nos EUA a partir de 
1937, e no ano seguinte torna-se diretor do departamento de arquitetura da mesma. 
 
Morreu em Boston em 1969, e foi sepultado em Brandemburgo, na Alemanha. 
 
A obra de Gropius volta-se inteiramente para a arquitetura, mas com uma essência 
multidisciplinar, que evoca as funções pedagógicas e didáticas, além de sociológicas 
e econômicas de maneira mais clara e expressiva para o seu contexto histórico. 
 
 
Este legado deve ser levado em consideração na formação e preparo de arquitetos e 
urbanistas também nos dias de hoje. A busca de novas metodologias de ensino, 
novos materiais, novas tecnologias construtivas e novas visões criativas são 
imprescindíveis para o desenvolvimento de soluções para as problemáticas 
construtivas atuais. Pois se, naquela época, a industrialização, o crescimento 
tecnológico, as guerras e crises econômicas direcionaram a busca de uma nova 
maneira de enxergar a formação destes profissionais e suas responsabilidade junto 
à sociedade; nos dias atuais também enfrentamos diversas mudanças no nosso 
meio que requerem o desenvolvimento de metodologias apropriadas para a 
formação de arquitetos e urbanistas, na busca por formas criativas de atenderem às 
necessidades na organização e interação das diversas funções humanas no meio 
que ela está inserida. 
 
A Bauhaus nasceu, mudou muito, foi fechada, reabriu e continua ditando tendências 
e propondo um design que não envelheceu. Propôs mudanças em conceitos sociais 
através da arquitetura, arte e funcionalismo de suas obras, que motivaram um século 
a pensar sobre o conceito de comunidade e espaço.

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