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Prof.: Aurino Florencio de Lima CONTROLE QUÍMICO HISTÓRICO A Segunda Grande Guerra Mundial é a fase divisória entre os dois períodos de utilização da quimioterapia no controle das pragas agrícolas e aquelas de importância médico-sanitária. Assim, antes da descoberta das propriedades inseticidas do DDT (diclorodifenil-tricloroetano) feita por Paul Müller em 1939 tal atividade tinha nos compostos inorgânicos (acetoarsenito de cobre – Verde Paris, arseniato de chumbo, enxofre etc.) e nos extratos vegetais (piretro, nicotina, rotenona etc.) o seu maior uso. Por sua eficiência no controle dos insetos o DDT foi introduzido no mercado em 1942. O grande sucesso que tal produto alcançou nos primórdios de seu uso, seja no controle de pragas agrícolas e, principalmente no controle de dípteros veiculadores de doenças ao homem, fez com que acontecesse um grande desenvolvimento em busca de novas moléculas de organoclorados e posteriormente de organofosforados, carbamatos etc., consolidando as indústrias nessa área empresarial. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Variações de dosagens dos principais grupos químicos dos inseticidas para o controle de Alabama argillacea. Grupos Dosagem (g i.a./ha) Total de Químicos Mínima Máxima Marcas Comerciais Benzoil uréia 7,5 100 22 Carbamato 64,5 86 4 Diacilhidrazina 14,4 30 5 Organofosforado 100 1500 24 Organofosforado sistêmico 240 420 10 Piretróide 2,0 70 40 Observação: g = grama; i.a. = ingrediente ativo; ha = hectare. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ FORMULAÇÕES LÍQUIDAS: Concentrado Emulsionável (EC) [Emulsifiable concentrate] Concentrado solúvel (SL) [Soluble concentrate] Eletrodinâmica (ED) [Electrochargeable liquid] Emulsão de óleo em água (EW) [Emulsion, oil in water] Gel Emulsionável (GL) [Emulsifiable gel] Suspensão Concentrada (SC) [Suspension concentrate] Suspensão concentrada para tratamento de sementes (FS) [Flowable concentrate for seed treatment] Suspensão de encapsulado (CS) [Capsule suspension] Ultra Baixo Volume (UBV ou UL) [Ultra-low volume (ULV) liquid] Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ FORMULAÇÕES SÓLIDAS: Fibras Plásticas (FP) Gerador de gás (GE) [Gas generating product] Granulado (G ou GR) [Granule] Grânulos Dispersíveis em Água (WG) [Water dispersible granules] Isca (GB) [Granular bait] Pasta (PA) [Paste] Pastilha (PT) Pó Dispersível em Água (WS) [Water dispersible powder for slurry treatment] Pó Molhável (WP) [Wettable powder] Pó para tratamento a seco de sementes (DS) [Powder for dry seed treatment] Pó Seco (DP) [Dispersible powder] Pó Solúvel (SP) [Water soluble powder] Tablete (TB) [Tablet] Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Pó Molhável [Wettable powder] (WP) Forma uma suspensão quando diluído em água. Na sua composição entra o veículo sólido (mineral de argila) que absorve o ingrediente ativo na sua superfície; sobre o veículo são adicionados os adjuvantes (agentes molhantes, dispersantes, antiespumantes, estabilizantes etc.) que possibilitam o rápido molhamento e propiciam a formação de uma dispersão razoavelmente estável. Necessita de agitação contínua para que a calda se mantenha homogênea. Pó Solúvel [Water soluble powder] (SP) Forma uma solução quando diluído em água. É pouco comum, pois o ingrediente ativo tem que ser solúvel em água. A calda resultante da diluição sempre se mantém homogênea, sem a necessidade de agitação constante. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Suspensão Concentrada [Suspension concentrate] (SC) Formulação líquida que forma uma suspensão quando diluída em água. Era conhecida como flowable. Concentrado Emulsionável [Emulsifiable concentrate] (EC) A diluição em água resulta numa emulsão, ou seja, glóbulos líquidos da formulação ficam dispersos na fase aquosa, constituindo uma calda de aspecto leitoso. Os ingredientes ativos são dissolvidos em solvente apropriado e adicionados adjuvantes (agentes emulsionantes, estabilizantes, corretivos etc.) para possibilitar a mistura com a água. Emulsão Aquosa [Emulsion, oil in water] (EW) O produto já vem pré-emulsionado e disperso em água, portanto, há uma formulação líquida que tem água como solvente principal e uma pequena quantidade de diluente orgânico. A diluição em água resulta numa emulsão opaca ou leitosa. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Suspensão de encapsulado [Capsule suspension] (CS) Suspensão aquosa em que o ingrediente ativo encontra-se revestido por microcápsulas (polímeros plásticos de vários tipos e tamanhos), formando minúsculas partículas que ficam dispersas homogeneamente na formulação. Pó Seco [Dispersible powder] (DP) Partículas sólidas, finamente moídas, de um material adsorvente (mineral de argila) são impregnadas com o ingrediente ativo. Tais partículas sofrem diluição através de material inerte (talco), para aumentar-lhe o volume e possibilitar sua distribuição através de máquinas polvilhadoras. Granulados [Granule] (G, GB ou GR) Na sua elaboração, as partículas sólidas são impregnadas pelo ingrediente ativo, na forma de pequenos grânulos. São utilizadas como iscas formicidas (GB) [Granular bait], que contém substâncias atrativas às formigas (bagaço de laranja, farinha de mandioca etc.) ou ainda, como inseticidas de solo ou para tratamento de plantas. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Fluxograma do registro de um agrotóxico no Brasil [(1) produto de uso agrícola; (2) desinfestante domissanitário; (3) produto para uso em florestas e/ou produtos florestais; MAPA = Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; SDA = Secretaria de Defesa Agropecuária; MS = Ministério da Saúde; ANVISA = Agência Nacional de Vigilância Sanitária; MMA = Ministério do Meio Ambiente; IBAMA = Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis]. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ ACARICIDAS (A) GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Análogo de pirazol: clorfenapir (I). • Carbamato [metilcarbamato de fenila]: formetanato (I). • Cetoenois: espirodiclofeno; espiromesifeno. • Difenil oxazolina: etoxazol. • Dinitrofenol: dinocape. • Ditiocarbamato [alquilenobis (ditiocarbamato)]: mancozebe (F). • Formamidina [bis (aril) formamidina]: amitraz (I). • Organoclorado: dicofol. • Organoestânicos: ciexatina; óxido de fembutatina. • Pirazol: fempiroximato.• Piretróide: acrinatrina. • Piridinamina [fenilpiridinilamina]: fluazinam (F). • Piridazinona: piridabeno (I). • Quinoxalina: quinometionato. • Sulfito de alquila: propargito. • Tetrazina: clofentezina. • Tiazolidinacarboxamida: hexitiazoxi. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ INSETICIDAS (I) GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Alifático halogenado: brometo de metila (NFH). • Amidino hidrazona: hidrametilnona1. • Antranilamida: clorantraniliprole. • Benzoil uréias: clorfluazurom; diflubenzurom2; flufenoxurom2 (A); hexaflumurom1; lufenurom (A); novalurom; teflubenzurom; triflumurom2. • Carbamatos: [metilcarbamato de benzodioxol]: bendiocarbe1. [metilcarbamato de fenila]: metiocarbe; propoxur1. [metilcarbamato de naftila]: carbaril2. [metilcarbamato de oxima]: alanicarbe; metomil; tiodicarbe. • Carbamatos sistêmicos: [metilcarbamato de benzofuranila]: benfuracarbe; carbofurano; carbosulfano. [metilcarbamato de oxima]: aldicarbe. • Ciclodienoclorado: endossulfam (A). • Diacilhidrazinas: cromafenozida; metoxifenozida; tebufenozida. • Diamida do ácido ftálico: flubendiamida. • Ditiocarbamato [bis (tiocarbamato)]: cartape. • Éter difenílico: etofemproxi2. • Éter piridiloxipropílico: piriproxifem2. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ INSETICIDAS (I) GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Fenilpirazol: etiprole. • Feniltiouréia: diafentiurom (A). • Isotiocianato de metila (precursor): dazomete (NH); metam sódico (HFN). • Neonicotinóides: acetamiprido2, clotianidina; imidacloprido2; tiacloprido; tiametoxam2. • Nicotinóide: flonicamida. • Organoclorado: lindano4. • Organofosforados: azametifós1; bromofós1; cadusafós; clorpirifós2 (A); diazinona2 (A); diclorvós1; etiona (A); etoprofós (N); fenclorfós1; fenitrotiona; fentiona (A); fentoato; fosalona1 (A); fosmete (A); fostiazato (N); foxim1; iodofenfós1; malationa2 (A); metidationa (A); nalede1 (A); parationa metílica (A); piridafentiona (A); pirimifós metílico2 (A); profenofos (A); protiofós; tebupirinfos; temefós1; triazofos (AN); triclorfom2. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ INSETICIDAS (I) GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Organofosforados sistêmicos: acefato2 (A); dimetoato (A); dissulfotom (A); forato (NA); mevinfós (A); terbufós (N). • Oxadiazina: indoxacarbe. • Pirazol: fipronil2. • Piretróides: aletrina1; alfa-cipermetrina2; beta-ciflutrina2; beta-cipermetrina1; bifentrina2 (A); bioaletrina1; bioresmetrina1; cifenotrina1; ciflutrina2; cipermetrina2; d- aletrina1; deltametrina2; d-tetrametrina1; empentrina1; esbiol1; esbiotrim1; esfenvalerato; fempropatrina2 (A); fenotrina1; fenvalerato1; fluvalinato (A); gama-cialotrina; imiprotrim1; lambda-cialotrina2; permetrina2; praletrina1; resmetrina1; sumitrina1; tetrametrina1; transflutrina1; zeta-cipermetrina2. • Sulfonamida fluoroalifática: sulfluramida2. • Sulfonato fluoroalifático: perfluorooctano sulfonato de lítio1. • Terpenóide alifático [éster alifático insaturado]: metopreno2. • Tiadiazinona: buprofezina (A). • Triazinamina: ciromazina2. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ NEMATICIDA (N) GRUPO QUÍMICO: INGREDIENTE ATIVO • Organofosforado sistêmico: fenamifos. MOLUSCICIDAS (M) GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Salicilanilida: niclosamida3. • Tetroxocano: metaldeído. RATICIDAS (R) GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Benzotiopiranona: difetialona1. • Cumarínicos: brodifacum1; bromadiolona1; cumacloro1; cumafeno3; cumatetralil1; difenacuma1; flocumafeno1. • Indandiona: difacinona1. • Triona: clorfacinona1. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ FEROMÔNIOS [Fer] GRUPOS QUÍMICOS: INGREDIENTES ATIVOS • Acetatos insaturados: acetato de (E)-8-dodecenila; acetato de (E, Z)-3,5-dodecadienila; acetato de (E, Z)-3,8-tetradecadienila; acetato de (E, Z, Z,)-3,8,11-tetradecatrienila; acetato de (Z)-7-dodecenila; acetato de (Z)-8-dodecenila; acetato de (Z)-9-dodecenila; acetato de (Z)-9-hexadecenila; acetato de (Z)-11-hexadecenila; acetato de (Z)-9- tetradecenila; acetato de (Z, E)-9,12-tetradecadienila; gossiplure. • Álcoois alifáticos: álcool laurílico; (E)-11-hexadecenol; rincoforol. • Álcoois insaturados: codlelure; (E)-8-dodecenol; (Z)-8-dodecenol. • Aldeídos: 4,8-dimetildecanal; grandlure. • Aldeídos insaturados: (Z)-9-hexadecenal; (Z)-11-hexadecenal. • Amida: N-2`S-metilbutil-2-metilbutilamida • Cetal bicíclico: sordidim. • Cetona alifática: serricornim. • Éster saturado: trimedlure. • Hidrocarboneto: 5, 9-dimetilpentadecano. • Hidrocarboneto insaturado: (Z, Z, Z)-3,6,9-tricosatrieno. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ EFEITO LETAL 1. Tóxicos físicos: 1.1. Matam as pragas por asfixia ou desidratação (óleos). 2. Tóxicos respiratórios: 2.1. Intervêm na respiração celular (piretróides e outros). 3. Tóxicos dos nervos ou neurotóxicos: 3.1. Concentram suas ações no sistema nervoso periférico (organoclorados). 3.2. Os inibidores da colinesterase (organofosforados e carbamatos). 3.3. Os inibidores do neurotransmissor ácido gama amino butírico - GABA (abamectina e fipronil). 3.4. Os causadores de bloqueio irreversível nos receptores nicotínicos pós-sinápticos da acetilcolina (neonicotinóides e nicotinóides). 3.5. O causador de ativação nos receptores nicotínicos pós-sinápticos da acetilcolina e efeito no complexo de receptores do ácido gama amino butírico – GABA (espinosade). 3.6. Os causadores de distúrbios na função dos neurônios, pela interação com o canal de sódio (piretróides e oxadiazina). 3.7. O bloqueador ganglionar (cartape). 4. Tóxicos protoplasmáticos: 4.1. Agem sobre as mitocôndrias, interrompendo a produção de ATP (clorfenapir; sulfluramida). 4.2. Atua como inibidor da respiração mitocondrial (diafentiurom). 5. Tóxicos hormonais (reguladores de crescimentos): 5.1. Inibidores da síntese de quitina (benzoil uréias). 5.2. Os aceleradores de ecdises (diacilhidrazinas). Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ 6. Tóxicos patogênicos: 6.1. Causadores de septicemia e/ou toxemia (Bacillus, Baculovirus, Beauveria e Metarhizium). 7. Tóxicos anticoagulantes: 7.1. Produzem hemorragias internas (cumarínicos). 8. Tóxicos musculares: 8.1. Provocam a perda da coordenação muscular (metaldeído). 8.2. Moduladores de receptores de rianodina (clorantraniprole e flubendiamida). 9. Tóxicos de ação combinada: 9.1. Atuam de diversas formas. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ 1. Dose Diária Aceitável (DDA) ou Ingestão Diária Aceitável (IDA): É a quantidade máxima de uma substância ou compostoquímico que, ingerida diariamente, durante toda a vida, parece não oferecer risco apreciável à saúde, à luz dos conhecimentos atuais. É expressa em miligramas do produto por quilograma de peso corpóreo (mg/kg). 2. Limite Máximo Permissível de Resíduos (LMR) ou Tolerância: É a quantidade de resíduos de uma substância química tolerada no alimento, como decorrência de sua aplicação adequada, numa fase específica, desde a sua produção até o consumo. É expressa em partes (peso) da substância e/ou seus derivados, por um milhão de partes (em peso) do alimento (ppm ou mg/kg). Parâmetros Toxicológicos Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Parâmetros Toxicológicos 3. Intervalo de Segurança ou Período de Carência: a) antes da colheita: intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita; b) pós-colheita: intervalo de tempo entre a última aplicação e a comercialização do produto tratado; c) em pastagens: intervalo de tempo entre a última aplicação e o consumo do pasto; d) em ambientes hídricos: intervalo de tempo entre a última aplicação e o reinício das atividades de irrigação, dessedentação de animais, balneabilidade, consumo de alimentos provenientes do local e captação para abastecimento público; e e) em relação às culturas subseqüentes: intervalo de tempo transcorrido entre a última aplicação e o plantio consecutivo de outra cultura. 4. Intervalo de reentrada: É o intervalo de tempo entre a aplicação de agrotóxicos ou afins e a entrada de pessoas na área tratada sem a necessidade de uso de EPI. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Parâmetros Toxicológicos . Boa prática agrícola no uso de agrotóxicos: É o emprego correto e eficaz de um agrotóxico, considerados os riscos toxicológicos envolvidos em sua aplicação, de modo que os resíduos sejam os menores possíveis e toxicologicamente aceitáveis. 6. Avaliação toxicológica: É o estudo acurado dos dados biológicos, bioquímicos e toxicológicos de uma substância, com o objetivo de conhecer sua atuação em animais de prova e inferir os riscos para a saúde humana. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 1. Dados Toxicológicos Agudos: São informações a respeito do poder letal de uma substância ou composto químico. 1.1. Dose Letal 50% Oral (DL50 oral): É a dose única em mg de substância, por kg de peso de animal, que provoca a morte de 50% dos animais testados em até 14 (quatorze) dias após sua administração por via oral. O animal de eleição universal para esse teste é o rato albino macho, utilizado em número não inferior a 12 (doze), para cada dose pesquisada. 1.2. Dose Letal 50% Dermal (DL50 dermal): É a dose única expressa em mg da substância, por kg de peso animal, que após contato por 24 (vinte quatro) horas com a pele, tanto intacta quanto escoriada, dos animais tratados, provoca a morte em 50% deles em 14 (quatorze) dias após a sua administração. O animal de eleição universal para esse teste é o rato albino macho, utilizado em número não inferior a 12 (doze) para cada dose pesquisada. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 1.3. Concentração Letal 50% Inalatória (CL50 inalatória): É a concentração de uma substância química na atmosfera, capaz de provocar a morte em 50% dos animais, após exposição mínima por 1 (uma) hora. O animal de eleição para esse teste é o rato albino macho ou fêmea, utilizado em número não inferior a 12 (doze) para cada concentração testada. O teste é executado em câmara fechada, de volume conhecido, na qual uma aparelhagem apropriada asperge uniformemente a substância em partículas com diâmetro igual ou inferior a 3 (três) micra. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 2. Dados Toxicológicos Crônicos: São informações a respeito da toxicidade cumulativa de uma substância ou produto químico. 2.1. Dados sobre a Toxicidade a Curto Prazo: São informações toxicológicas obtidas a partir da administração de doses pequenas diárias de uma substância, na dieta de animais, por um período não inferior a 90 (noventa) dias. O animal de eleição para este teste é o rato albino macho e fêmea, utilizado em número não inferior a 18 (dezoito) para cada nível de dose testada e, quando possível, efetua-se o teste com uma espécie não roedora. 2.2. Dados sobre a Toxicidade a Longo Prazo: São informações toxicológicas obtidas a partir da administração de doses pequenas, diárias, de uma substância, na dieta dos animais, por um período equivalente à metade da vida normal do animal em teste. O animal de eleição para este teste é o rato albino macho e fêmea, utilizado em número não inferior a 32 (trinta e dois) por cada nível de dose testada e, quando possível, efetua-se o teste com uma espécie não roedora. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 3. Dados sobre Lesões Oculares: São informações obtidas a partir da instilação de um composto químico, nas mucosas oculares de um animal, sem posterior lavagem dentro de 24 (vinte e quatro) horas e após observação subsequente por 7 (sete) dias. O animal de eleição universal para este teste é o coelho albino, utilizado em número não inferior a 6 (seis) para cada produto ou composto químico testado. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 4. Dados sobre Lesões Dérmicas: São informações toxicológicas obtidas a partir da aplicação de um composto químico, na pele de um animal, em dois sítios, um intacto e outro escoriado, sem que haja rompimento da rede capilar. O animal de eleição universal para este teste é o coelho albino, utilizado em número não inferior a 6 (seis) para cada produto ou composto químico testado. A pele não é lavada dentro de 24 (vinte e quatro) horas e a irritação é registrada em até 72 (setenta e duas) horas após a aplicação. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 5. Dados sobre Sensibilização Dérmica: São informações toxicológicas obtidas a partir da exposição de animais a baixas concentrações de uma substância, tanto por contato dérmico como por injeções intradérmicas, com o objetivo de observar alterações imunológicas. Os animais utilizados são cobaias, machos e fêmeas, em número não inferior a 12 (doze) sendo que, 6 (seis) terão aplicação intradérmica e os outros 6 (seis) aplicação por contato dérmico. Para o teste intradérmico, injeta-se 0,1 ml da solução a 0,1% p/v da substância, 3 (três) vezes por semanas, durante 3 (três) semanas consecutivas, com observação subsequente, por 24 (vinte e quatro)horas, após a última aplicação. Para o teste por contato dérmico, usa-se a mesma metodologia, substituindo-se as injeções intradérmicas por aplicações cutâneas da solução da substância, que ficará em contato com a pele dos animais durante 24 (vinte e quatro) horas, por cada aplicação. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 6. Efeitos Neurotóxicos: São dados obtidos a partir da administração de dose única, próxima à letal, em aves, por via oral, com subsequente observação por 14 (quatorze) dias, onde são pesquisadas alterações de comportamento e alterações no controle motor. Ao fim desse período, os animais são sacrificados e submetidos à análise histopatológica do Sistema Nervoso Central, incluindo o tecido mielínico. As aves utilizadas são galinhas brancas, raça Leghorn, em número não inferior a 12 (doze) para cada dose testada. 7. Dados sobre Propriedades Carcinogênicas: São informações toxicológicas relativas à carcinogênese, obtidas a partir da administração de doses diárias de uma substância, na dieta dos animais, por um período equivalente à metade da vida normal do animal em teste. O animal de eleição para este teste é o rato albino macho e fêmea, utilizado em número não inferior a 32 (trinta e dois) por cada nível de dose testada. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Avaliação Toxicológica 8. Dados sobre Propriedades Teratogênicas: São informações toxicológicas relativas à teratogênese, obtidas a partir da administração de doses diárias de uma substância, na dieta de animais fêmeas grávidas, durante o período de organogênese. O animal de eleição para este teste é o rato albino fêmea, cujo período de organogênese está compreendido entre o sexto e o décimo sexto dia de gravidez, utilizado em número não inferior a 12 (doze) para cada dose testada. 9. Dados sobre Propriedades Mutagênicas: São informações toxicológicas relativas à mutagênese, obtidas a partir da administração de doses diárias de uma substância via intravenosa em animais machos, no período de 5 (cinco) dias pré-acasalamento. O animal de eleição para este teste é o rato albino macho, utilizado em número não inferior a 6 (seis), para cada dose testada. 10. Dados sobre Efeitos Tóxicos à Reprodução: São informações toxicológicas a respeito da reprodutividade dos animais, quando administrados diariamente, por 3 (três) gerações consecutivas, visando observar quota de reprodução, interesse sexual dos animais e fertilidade, com uma substância química. O animal de eleição para este teste é o rato albino, macho e fêmea, utilizado em número não inferior de 12 (doze), 6 (seis) machos e 6 (seis) fêmeas, para cada dose testada. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ • ACRINATRINA 1. Fórmula estrutural / Fórmula molecular / Nome químico: / C26H21F6NO5 / (S)-α -ciano-3fenoxibenzil- (Z)--(1R,3S)-2,2- dimetil-3-[2-(2,2,2-=tri fluoro-1- trifluorometiletoxicarbonil) vinil] ciclopropanecarboxilato. 2. Classe: Acaricida; Grupo químico: Piretróide. 3. Modo de ação: Age por contato e ingestão, atuando no sistema nervoso como modulador de canais de sódio. 4. Praga: ACARI: 1. Brevipalpus phoenicis. 5. Cultura: Aplicação foliar: 1. citros. 6. Marca comercial: 1. RUFAST 50 SC. Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ • ALANICARBE 1. Fórmula estrutural / Fórmula molecular / Nome químico: / C17H25N3O4S2 / Etil (Z) - N-benzil – N - [[metil(1- metiltioetilideneamino - = oxicarbonil) amino]tio]-β -alaninato. 2. Classe: Inseticida; Grupo químico: Carbamato [Metilcarbamato de oxima]. 3. Modo de ação: Age por contato e ingestão, inibindo a colinesterase. 4. Praga: LEPIDOPTERA: 1. Tuta absoluta. 5. Cultura: Aplicação foliar: 1. tomate. 6. Marca comercial: 1. ONIC 300. MECANISMO DE TRANSMISSÃO Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO ORGANOFOSFORADOS Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO ORGANOFOSFORADOS Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO PIRETRÓIDES Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ DOSE DIÁRIA ACEITÁVEL Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Problema: Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ O Engenheiro Agrônomo, responsável pela assistência técnica aos cotonicultores da região de Campinas-SP, observou que estava ocorrendo uma infestação de pulgões nas fazendas que dava assessoria, conforme demonstra o quadro abaixo. Considerando a situação, após aplicação da semiotécnica agronômica e, apoiando- se no nível de controle desta praga, prescreveu duas pulverizações, com um intervalo de 10 dias, de um inseticida-acaricida organofosforado sistêmico que possibilitaria obter a menor quantidade de ingrediente ativo por hectare. Faça uma Receita Agronômica para compra do produto. Quadro Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ FAZENDA PROPRIETÁRIO ÁREA (m2) AMOSTRAGEM (% de plantas atacadas) CAMPO BELO Leo Sena 1767400 60 GRÉCIA Duílio Leivas 1870967 48 PARALELO Renan Bitar 3749860 53 MOGNO Flávio Brito 2685763 35 JURAMENTO Dario Neves 1697090 64 BANDEIRAS Lourenço Esteves 1534900 27 TREVO Lauro Matielo 1467568 70 LIDADOR Júlio Sérvio 2590750 50 Roteiro: Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ 1. Cultura 2. Agente etiológico (nome vulgar nome científico 3. Nível de Controle (NC) 4. Ingredientes Ativos registrados para a cultura 5. Ingredientes ativos registrados para o alvo biológico . Produtos comerciais registrados e Dosagens 6. Marcas comerciais: informações básicas . Embalagens disponíveis no mercado Algodão Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Duas lagartas/planta ou 25% de desfolhamento (90-140 dias). 1. Alabama argillacea: 2. Anthonomus grandis: Dez por cento de plantas atacadas ou 1 adulto/armadilha de feromônio (a partir de 50 dias até o final da cultura). 3. Aphis gossypii: Setenta por cento de plantas atacadas (até 60 dias), amostragem dispensável quando se usa semente tratada ou se aplica sistêmicos granulados no solo. 4. Dysdercus spp.: Vinte por cento de infestação. 5. Eutinobothrus brasiliensis: Seis insetos/planta (até 30 dias), amostragem dispensável quando se usa semente tratada ou se aplica sistêmico no solo. 6. Frankliniella schultzei: Controle preventivo. Algodão: Ingredientes ativos registrados Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ INGREDIENTE ATIVO CL. / G.Q. L.M.R. I.S. CL.T. 01. Abamectina (IA/Av) (0,005) (21) (I, II e III) 02. Acefato (IA/OfS) (0.2) (14/*) (III e IV) 03. Acetamiprido (I/NeS) (1,0) (07/*) (I, II e III) 04. Aldicarbe (IAN/CbS) (0,1) (*) (I) 05. Alfa-cipermetrina (I/Pi) (0,01) (15) (II e III) 06. Bacillus thuringiensis (I/Bi) (S/R) (S/R) (III e IV) 07. Benfuracarbe (I/CbS) (0,1)(07/*) (II e III) 08. Beta-ciflutrina (I/Pi) (0,1) (07) (II) 09. Beta-cipermetrina (I/Pi) (0,05) (07) (II e III) 10. Bifentrina (I/Pi) (0,02) (15) (II, III e IV) 11. Bromofós (I/Of) (0,5) (07) (II) 12. Bromopropilato (A/Be) (0,04) (28) (III) 13. Buprofezina (I/Td) (0,05) (21) (IV) 14. Carbofurano (IN/CbS) (0,1) (45/*) (I e III) 15. Carbosulfano (IAN/CbS) (0,05) (60/*) (II e III) 16. Cartape (IF/Dc) (0,05) (14) (III) 17. Ciflutrina (I/Pi) (0,01) (07) (II e III) 18. Cipermetrina (I/Pi) (0,05) (20) (I, II e III) Alvo Biológico versus Ingredientes ativos e Marcas comerciais e Dosagem Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ • Aphis gossypii Glover, 1877 Hemiptera: Aphididae Culturas: Abóbora1; abobrinha2; algodão3; amendoim4; batata5; crisântemo6; gladíolo7; mamão8; melancia9; melão10; pepino11 e rosa12. 01. ACEFATO (IA/OfS): 562,5; 75/100; 750/100 kg. . ACEFATO FERSOL 750 SP: 1000/100 kg3. . AQUILA: 7503. . CEFANOL: 7503; 100/10012. . ORTHENE 750 BR: 25010; 7503; 100/10012. . ORTHENE 750 BR SEMENTES: 1000/100 kg3. . PLENTY: 7503. Informações básicas Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ 1 ABAMECTINA NORTOX (Abamectina) NORTOX S/A (18) (IA/Av) (III) (III) (EC) (0,25; 1 e 5). 2 ABAMEX (Abamectina) BERNARDO QUÍMICA LTDA. (18) (A/Av) (II) (III) (EC) (0,25; 0,3; 0,4; 0,5; 1 e 5). 4 ACARIT (propargito) MILENIA AGRO CIÊNCIAS S/A. (720) (A/Sa) (I) (II) (EC) (1; 5; 10; 20; 50; 100; 200; 10000; 15000 e 20000). Problemas Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Para o controle da “broca das cucurbitáceas” (Diaphania hyalinata) na cultura do melão, podem ser recomendados os bioinseticidas DIPEL (Bacillus thuringiensis var. kurstaki) ou AGREE (Bacillus thuringiensis var. aizawai). Sabendo-se que o primeiro possui 32 X 109 esporos viáveis (EV)/grama e o segundo, 109 esporos viáveis/grama em suas Ofrmulações, sendo recomendados nas dosagens de 16 X 1012 e 75 X 1010 EV/hectare, respectivamente, quantos quilos dos produtos comerciais serão necessários para serem utilizados em 269864 m2, cultivados com melão? Observação: EV = Esporos Viáveis. Problemas Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Quanto se gastará de ALSYSTIN 250 WP (triflumurom) ou de MIMIC 240 SC (tebufenozida) no controle de uma infestação do “curuquerê do algodão” (Alabama argillacea), sabendo-se que a recomendação técnica para tais produtos é de 15 e 30 gramas de ingrediente ativo por hectare, respectivamente e, a área da cultura é de 1548930 m2? Problema Prof.: Aurino Florencio de Lima Métodos e Controle de Pragas IB-233 / UFRRJ Os produtos KARATE ZEON 50 CS (lambda- cialotrina) e TREBON 300 CE (etofemproxi) são recomendados para o controle da “broca pequena” (Neoleucinodes elegantalis) na cultura do tomate, na dosagem de 2,5 e 18 gramas de ingredientes ativos/100 litros de água, respectivamente. Quanto se gastará desses produtos no controle da referida praga numa área de 655000 m2, sabendo-se que serão aplicados 800 litros de calda/ha? 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