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UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
 
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
 
 
1 - Métodos Legislativos, 
 
2 - Métodos Químicos, 
 
3 - Métodos Biológicos, 
 
4 - Métodos Culturais ou Ecológicos, 
 
5 - Métodos Genéticos 
 5.1 - Hibridação 
 5.2 - Esterilização 
 5.3 - Resistência de Plantas 
 5.4 - Plantas Transgênicas 
 
6 - Métodos Físicos, 
 
7 - Métodos Mecânicos e 
 
8 - Sistemas Integrados de Controle 
 8.1 - Controle Integrado 
 8.2 - Manejo Integrado de Pragas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
PRAGAS: 
 
 “Qualquer espécie, raça ou biótipo vegetal ou animal ou agente 
patógeno, daninho para as plantas ou produtos vegetais.” 
 
 “São os organismos animais com capacidade de provocar danos 
às explorações agropecuárias e/ou aos seus produtos e à saúde 
ou ao bem estar do ser humano.” 
 
 “Os organismos animais, vertebrados e invertebrados, que 
possuam capacidade de produzir danos, afetando de forma 
significativa os interesses do homem.” 
 
 “Os organismos animais, vertebrados e invertebrados, que 
provocam injúrias nas plantas, com reflexos negativos em suas 
produções econômicas.” 
 
 “Os organismos animais que são capazes de reduzir a quantidade 
ou a qualidade de alimentos, rações, forragens, fibras, flores ou 
madeiras durante a produção, processamento, armazenagem, 
transporte ou uso; que podem transmitir doenças ao homem, aos 
animais domésticos e às plantas cultivadas; que injuriam ou 
perturbam o homem ou seus animais; que estragam plantas 
ornamentais, gramados, essências florestais ou danificam 
propriedades ou objetos de uso pessoal.” 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
FILO CLASSE ORDEM 
 
MOLLUSCA GASTROPODA 
 
ARTHROPODA MALACOSTRACA 
 INSECTA 
 ARACHNIDA 
 DIPLOPODA 
 
CHORDATA AVES 
 MAMMALIA CHIROPTERA 
 LAGOMORPHA 
 RODENTIA 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
 
 
PRAGAS 
 
 
1 - PRAGA QUARENTENÁRIA: 
 
 É uma praga de importância potencial. para a área posta em 
perigo e onde não está presente ou se está, não se encontra 
amplamente distribuída e é oficialmente controlada. 
 
 
2 - PRAGA QUARENTENÁRIA A1: 
 
 É uma praga de importância econômica potencial para a área 
posta em perigo pela mesma e onde ainda não se encontra 
presente. 
 
 
3 - PRAGA QUARENTENÁRIA A2: 
 
 É uma praga de importância econômica potencial para a 
área posta em perigo pela mesma e onde ainda não se 
encontra amplamente distribuída e é oficialmente 
controlada. 
 
 
4 - PRAGA NÃO QUARENTENÁRIA REGULAMENTADA: 
 
 É aquela não quarentenária cuja presença em plantas ou partes 
destas para plantio, influi no seu uso proposto com impactos 
econômicos indesejáveis. 
 
 
5 - PRAGA PRIORITÁRIA: 
 
 É aquela de interesse econômico ou social que não esteja 
enquadrada como praga quarentenária ou não quarentenária 
regulamentada, assim classificada pelo Estado. 
 
 
6 - PRAGA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: 
 
 São aquelas enquadradas como praga quarentenária, praga não 
quarentenária regulamentada ou praga prioritária. 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
 
 
AS DEZ PRAGAS DO EGITO 
 
1ª - As águas transformadas em sangue. (Êx. 7: 19-21) 
 
 
2ª - A infestação das rãs. (Êx. 8: 5-14) 
 
 
3ª - A infestação dos mosquitos. (Êx. 8: 16-19) 
 
 
4ª - A infestação das moscas. (Êx. 8: 23, 24) 
 
 
5ª - A mortandade dos animais. (Êx. 9: 1-6) 
 
 
6ª - As infecções patogênicas. (Êx. 9: 8-11) 
 
 
7ª - A chuva de granizo. (Êx. 9: 22-26) 
 
 
8ª - A infestação dos gafanhotos. (Êx. 10: 12-15) 
 
 
9ª - As trevas. (Êx. 10: 21-23) 
 
 
10ª - A morte dos primogênitos. (Êx. 12: 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
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USO CRIMINOSO DO ALDICARBE COMO RATICIDA 
(CHUMBINHO) 
 
 
 
 
 
 
O DIA - Domingo, 03/11/2002 
 
Seção INFORME DO DIA, p. 4 
 
 
De olho no 
RIO 
 RISCO EM DOSE TRIPLA 
Quando falta luz ou chove, os moradores de Acari são 
obrigados a ficar nas ruas, porque os ratos entram em suas 
casas. A invasão é de meter medo e, a população se vira 
matando os bichos com chumbinho, o que expõe as 
crianças a mais um risco. 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
AVALIAÇÃO PELA PRESENÇA DE SINAIS DE ATIVIDADE DOS 
ROEDORES 
 
 
NÍVEL DE 
INFESTAÇÃO 
BAIXA MÉDIA ALTA 
 
Trilhas Nenhuma visível Algumas Várias e evidentes 
 
Manchas de gordura 
por atrito corporal 
Nenhuma Pouco perceptível Evidências em vários 
locais 
 
Roeduras diversas Nenhuma visível Algumas Visíveis em diversos 
locais 
 
Fezes Algumas Vários locais Numerosas e frescas 
 
Tocas ou ninhos Algumas (1 a 3/300 
m2 de área externa) 
Algumas (4 a 10/300 
m2 de área externa) 
Numerosas (+ de 
10/300 m2 de área 
externa) 
 
Ratos vistos Nenhum Alguns a noite Vários a noite, 
alguns de dia 
 
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO 
 
(A gestação varia de 19 a 24 dias) 
 
 Ratazana 
(Rattus norvegicus) 
Rato preto 
(Rattus rattus) 
Camundongo 
(Mus musculus) 
 
Ninhada por ano 8 a 12 4 a 8 5 a 6 
 
Filhotes por ninhada 7 a 12 7 a 12 3 a 8 
 
Desmame 28o dia 28o dia 25o dia 
 
Maturidae 60 a 90 dias 60 a 75 dias 42 a 45 dias 
 
Tempo médio de 
vida 
24 meses 18 meses 12 meses 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
QUE DOENÇAS O CARAMUJO AFRICANO PROVOCA? 
 
* Angiostrongylus cantonensis – causador da angiostrongilíase meningoencefálica 
humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da 
nuca e distúrbios do sistema nervoso. 
 
* Angiostrongylus costaricensis – causador da angiostrongilíase abdominal, doença 
grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e 
hemorragia abdominal. Tem como sintomas dor abdominal, febre prolongada, 
anorexia e vômitos. 
 
 
A identificação do verme é difícil, pois os ovos do mesmo não aparecem nas fezes dos doentes e 
o próprio verme é desconhecido da maioria dos médicos sanitaristas e proctologistas. 
A simples manipulação dos caramujos vivos pode causar contaminação, pois os vermes podem 
ser encontrados na secreção dos caramujos. 
Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar verduras, frutas e disseminar 
doenças. 
Não abandone ao ar livre as conchas do caramujo gigante africano sem destruí-las, pois as 
mesmas servirão como criadouros naturais para o mosquito transmissor da dengue e da febre 
amarela. 
 
O QUE FAZER QUANDO ENCONTRAR UM CARAMUJO GIGANTE 
AFRICANO? 
Certifique-se que é mesmo o caramujo gigante africano. Em caso de dúvida, procure a 
Secretaria Municipal de Saúde ou a Regional de Saúde. 
Recolha os caramujos manualmente, sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. 
Para matá-los, deve-se queima-los dentro de latas ou tonéis. Depois quebrar as conchas e 
enterrá-las. Também pode-se simplesmente esmaga-los e enterra-los. 
Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
 
Da Receita Agronômica 
 
Art. 64 – Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, 
mediante apresentação de receituário próprio emitido por profissional habilitado. 
 
Art. 65 – A receita de que trata o art. 64 deverá ser expedida em no mínimo duas vias, 
destinando-se a primeira ao usuário e a Segunda ao estabelecimento comercial que a 
manterá à disposição dos órgãos fiscalizadores referidos no art. 71 pelo prazo de dois 
anos,contados da data de sua emissão. 
 
Art. 66 – A receita, específica para cada cultura ou problema, deverá conter, 
necessariamente: 
I – nome do usuário, da propriedade e sua localização; 
II – diagnóstico; 
III – recomendação para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do 
produto; 
IV – recomendação técnica com as seguintes informações: 
a) a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ão) ser utilizado(s) e de 
eventual(ais) produto(s) equivalente(s); 
b) cultura e áreas onde serão aplicados; 
c) doses de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas; 
d) modalidade de aplicação, com anotação de instruções específicas, quando 
necessário, e, obrigatoriamente, nos casos de aplicação aérea; 
e) época de aplicação; 
f) intervalo de segurança; 
g) orientações quanto ao manejo integrado de pragas e de resistência; 
h) precauções de uso; 
i) orientação quanto à obrigatoriedade da utilização de EPI; e 
J) data, nome, CPF e assinatura do profissional que a emitiu, além do seu 
registro no órgão fiscalizador do exercício profissional. 
 
Parágrafo único – Os produtos só poderão ser prescritos com observância das 
recomendações de uso aprovadas em rótulo e bula. 
 
Art. 67 – Os órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente 
poderão dispensar, com base no art. 13 da Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, a 
exigência do receituário para produtos agrotóxicos e afins considerados de baixa 
periculosidade, conforme critérios a serem estabelecidos em regulamento. 
 
Parágrafo único – A dispensa da receita constará do rótulo e da bula do produto, 
podendo neles ser acrescidas eventuais recomendações julgadas necessárias pelos 
órgãos competentes mencionados no caput. 
........................................................................................................................................ 
Decreto no 4.074, de 04 de janeiro de 2002 
 
 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
PROCEDIMENTO SEQUENCIAL DA SEMIOTÉCNICA 
AGRONÔMICA 
 
 
 RAPPORT 
 
1. NÍVEL DE EVOLUÇÃO DO CONSULENTE 
 
2. MANEIRA COMO DEVEMOS PROCEDER 
 
3. LINGUAGEM E ATITUDES COMPATÍVEIS 
 
 QUEIXA E DURAÇÃO ( Q. D.) 
 
1. QUAL O PROBLEMA? (Queixa = Q) 
 
2. DESDE QUANDO EXISTE? (Duração = D) 
 
 ANAMNESE PASSIVA (SIC) 
 
 ANAMNESE ATIVA 
 
 HISTÓRIA PREGRESSA DO PROBLEMA ATUAL (HPPA) 
 
 HISTÓRIA DO PROBLEMA ATUAL (HPA) 
 
 FICHA TÉCNICA 
 
 
PERÍCIA FITOSSANITÁRIA 
 
 
1 - AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO SOLO 
 
2 - COMPORTAMENTO DA PLANTA 
 
 CRESCIMENTO COMPATÍVEL 
 
 DESENVOLVIMENTO NORMAL 
 
 FENOLOGIA 
 
 SINAIS E INJÚRIAS 
 
 BIOCENOSE 
 
 AVALIAÇÃO: 
 
* DISTRIBUIÇÃO 
 
* INTENSIDADE 
 
 NÍVEL DE CONTROLE 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
 
 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
SEMIOTÉCNICA AGRONÔMICA 
 
 COMPREENDE OS RECURSOS, AS TÉCNICAS E TODOS 
OS MEIOS QUE O FITIATRA FAZ USO PARA, 
PERSEGUINDO UMA SEQUÊNCIA METÓDICA DE 
ATITUDES, ANALISAR UMA SITUAÇÃO EM BUSCA DE UM 
DIAGNÓSTICO. 
 
 
EXEMPLOS: 
 
CULTURA: ARROZ 
 
 
SINTOMA: PANÍCULAS RETAS E ESBRANQUIÇADAS 
 
 
CAUSAS PROVÁVEIS: 
 
* BRUSONE (Magnaporthe grisea) 
 
* PERCEVEJO (Tibraca limbativentris) 
 
* BROCA (Diatraea saccharalis) 
 
* QUEDA BRUSCA DA TEMPERATURA DURANTE A 
FLORAÇÃO 
 
 
 
CULTURA: PASTAGENS 
 
 
SINTOMA: QUEIMA 
 
 
CAUSAS PROVÁVEIS: 
 
* CIGARRINHAS (Notozulia entreriana; Deois spp. etc) 
 
* COCHONILHA (Antonina graminis) 
 
* PERCEVEJO (Blissus antillus) 
 
* DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
 
Variações de dosagens dos principais grupos químicos dos inseticidas para o controle de 
Alabama argillacea. 
 
Grupos Dosagem (g i.a./ha) Total de 
Químicos Mínima Máxima Marcas comerciais 
 
Benzoil uréia 7,5 25 13 
Carbamato 64,5 1500 5 
Diacilhidrazina 14,4 30 3 
Organofosforado 150 1750 29 
Organofosforado sistêmico 120 420 18 
Piretróide 2,4 61,44 36 
 
Observação: i.a. = ingrediente ativo. 
 
 
Exemplos de marcas comerciais que apresentam contra marcas indicativas 
(quantidade de ingrediente ativo e tipo de formulação). 
 
Marca Comercial Ingrediente Ativo i.a./L ou kg 
(em g) 
Formulação 
 
BRIGADE 25 EC Bifentrina 25 Concentrado Emulsionável 
COUNTER 50 G Terbufós 50 Granulado 
IMIDAN 500 WP Fosmete 500 Pó Molhável 
MIMIC 240 SC Tebufenozida 240 Suspensão Concentrada 
 
OBSERVAÇÃO: i.a. = ingrediente ativo; L = litro. 
 
 
 
Exemplos de marcas comerciais que não apresentam contra marcas indicativas 
(quantidade de ingrediente ativo e tipo de formulação). 
 
Marca Comercial Ingrediente Ativo i.a./L ou kg 
(em g) 
Formulação 
 
ABAMEX Abamectina 18 Concentrado Emulsionável 
CEFANOL Acefato 750 Pó Solúvel 
STRON Metamidofós 600 Concentrado Solúvel 
TRACER Espinosade 480 Suspensão Concentrada 
 
OBSERVAÇÃO: i.a. = ingrediente ativo; L = litro. 
 
 
Exemplos de marcas comerciais que apresentam algum tipo de contra marcas indicativas 
(quantidade de ingrediente ativo e tipo de formulação). 
 
Marca Comercial Ingrediente Ativo i.a./L ou kg 
(em g) 
Formulação 
 
DISSULFAN EC Endossulfam 350 Concentrado Emulsionável 
PREMIER GR Imidacloprido 700 Granulado 
CORDIAL 100 Piriproxifem 100 Concentrado Emulsionável 
SUMIGRAN 20 Fenitrotiona 20 Pó Seco 
 
OBSERVAÇÃO: i.a. = ingrediente ativo; L = litro. 
 
 
 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
PROBLEMA: 
 
 Os triticultores da região de Santa Maria-RS ficaram preocupados com um surto da lagarta militar que 
ameaçava suas plantações. Contrataram então um Engenheiro Agrônomo para avaliar a situação que estavam 
vivenciando e que os orientassem na melhor maneira de resolver tal problema. Esse técnico vistoriou as propriedades e, 
aplicando a semiotécnica agronômica, optou pela utilização da tecnologia química diante do quadro encontrado. 
Escolheu para ser utilizado, em duas pulverizações com um intervalo de 10 dias entre elas, um inseticida piretróide que 
apresentava o maior limite de resíduos permissíveis (LMR) na cultura e o menor intervalo de segurança (IS) ou 
período de carência, em aplicação foliar. 
 Os resultados observados encontram-se no Quadro a seguir. 
 
 
FAZENDA 
 
PROPRIETÁRIO 
 
ÁREA 
(m2) 
 
% 
DEOFLIAÇÃO 
 
MORRO SECO Victor Squidini 756093 20** 
 
ARROIO Bernardo Carvalho 2543903 25** 
 
PRADO VERDE Elias Lobo 2964305 29** 
 
RAVINA Ralf Maas 1385763 35** 
 
RIBEIRÃO Francis Haime 1897640 17* 
 
SAVANAS Laerte Azevedo 934921 37** 
 
TABEBUIA Jonatas Oliveira 1887500 28* 
 
PINDORAMA José Oliveira 1467568 31** 
 
OBS: * com lagartas; ** sem lagartas. 
 
SOLUÇÃO: 
 
 Considerando-se os modelos de Receituário Agronômicos existentes, a resolução do problema seguirá a 
seguinte roteiro: 
 
01. Cultura: 
. Resposta: TRIGO. 
 
02. Identificação do agente etiológico: 
 . Resposta: “lagarta militar”  Spodoptera frugiperda 
 
 Tal resultado foi obtido examinando-se o APÊNDICE I (página 263). 
 
03. Nível Populacional de Controle (NC) desta espécie na cultura considerada: 
 . Resposta: NC = Mais de 25% de desfolhamento na presença de lagartas. 
 
 Tal resultado foi obtido examinando-se o APÊNDICE II (página 280). 
 
04. Identificação da propriedade que sofrerá a intervenção química: 
Fazenda: TABEBUIA 
Proprietário: JONATAS OLIVEIRA. 
Área da cultura: 1887500 m2 = 188,75 ha. 
Desfolhamento: 28% com presença de lagartas. 
 
4.1. Escolha do ingrediente ativo e da marca comercial a ser utilizada: 
No problema é sugerida a utilização de um inseticida piretróide com o maior LMR. Para obtenção de tais 
dados (inseticida → classe, piretróide → grupoquímico e o LMR → Limite Máximo de Resíduos) é 
necessário examinar-se o APÊNDICE III (página 290), onde serão encontrados os ingrediente ativos 
registrados pelas culturas, com informações relacionadas às suas classes, grupos químicos, LMRs, intervalos 
UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 
Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 
de segurança ou período de carência e classes toxicológicas das formulações existentes no mercado 
nacional. 
 
Em relação ao produto comercial a ser indicado, deverá ser examinado o APÊNDICE IV (página 302) onde 
encontrar-se-á distribuídas em ordem alfabética as pragas, culturas hospedeiras, ingredientes ativos, 
marcas comerciais e respectivas dosagens recomendadas. 
Com os resultados obtidos foi construída a Tabela 11, que possibilita a resolução do problema, conforme 
considerações feitas anteriormente. 
 
TABELA 11 - 
Inseticidas Piretróides registrados para o trigo e para Spodoptera frugiperda, com 
seus respectivos Limites Máximos de Resíduos Permissíveis (LMRs) na cultura, 
Intervalo de Segurança (I.S.) e suas dosagens recomendadas. 
 
Cultura (trigo) / LMR (ppm) /IS (dias) Praga (S. frugiperda) / dosagens (g/ha) 
 
1. Beta-ciflutrina / (0,05) / (20) 01. Alfa-cipermetrina / (5) 
2. Bifentrina / (0,6) / (30) 02. Beta-ciflutrina / (3,75 a 5) 
3. Ciflutrina / (0,01) / (20) 03. Ciflutrina / (7,5 a 15) 
4. Deltametrina / (1,0)1, 2 / (14/30)3 04. Cipermetrina / (10 a 25) 
5. Esfenvalerato / (1,0)1 / (21/15)3 05. Deltametrina / (2 a 8) 2 
6. Gama-cialotrina / (0,1) / (15) 06. Esfenvalerato / (15 a 25) 
7. Lambda-cialotrina / (0,05) / (15) 07. Fempropatrina / (30 a 36) 
8. Permetrina / (0,02) / (18/60)3 08. Gama-cialotrina / (3,75) 
 09. Lambda-cialotrina / (7,5) 
 10. Permetrina / (20 a 50) 
 11. Zeta-cipermetrina / (7,2 a 32) 
 
Observações: 1 ingrediente ativo com o maior LMR; 2 ingrediente ativo a ser utilizado e 3 o primeiro número corresponde ao IS 
resultante de aplicação foliar e o segundo refere-se ao IS resultante de aplicação em produto armazenado. 
 
CONSIDERAÇÕES: 
 Analisando-se a TABELA 11 verifica-se que o maior LMR (Limite Máximo de Resíduos permissíveis) é 
apresentado por dois ingredientes ativos – Deltametrina e Esfenvalerato (1,0 ppm). Porém o primeiro 
apresenta o menor IS (Intervalo de Segurança ou Período de Carência) em aplicação foliar (14 dias) em 
relação ao segundo (21 dias) , conforme enunciado do problema. Assim, o ingrediente ativo a ser escolhido 
é a Deltametrina. 
Reportando-se ao APÊNDICE IV (página 302) verificam-se os seguintes dados para tal ingrediente ativo: 
 
 
 DELTAMETRINA (I/Pi): 2 a 8. 
 
 . DECIS ULTRA 100 EC: 40 a 50
12. 
. DECIS 4 UBV: 130018; 1300 a 200012. 
. DECIS 25 EC: 1006; 20012, 16, 18. 
. DOMINADOR: 40 a 506; 50 a 7512. 
. KESHET 25 EC: 20012. 
 
 Em relação à Spodoptera frugiperda se gastará para o seu controle uma variação de 2 a 8 gramas deste 
ingrediente ativo por hectare, dependendo da cultura (números sobrescritos) e da marca comercial 
considerada. Assim, tem-se: 6 arroz = variação de 2 a 2,5 gramas/hectare; 12 milho = variação de 2,5 a 8 
gramas/hectare; 16 sorgo = 5 gramas/hectare e 18 trigo = 5 a 5,2 gramas/hectare. 
 
 Observa-se que duas marcas comerciais poderiam ser escolhidas – Decis 4 UBV e Decis 25 EC, por 
preencherem os requisitos básicos para uma prescrição técnica: registro para a cultura e para o alvo 
biológico, na mesma. O primeiro produto comercial – Decis 4 UBV, tem a recomendação de dosagem 
correspondendo a 1300 mililitros ou 1,3 litros por hectare e o segundo – Decis 25 EC, 200 mililitros ou 0,2 
litros por hectare. 
Optou-se pela utilização do segundo produto – Decis 25 EC deixando-se para o leitor fazer um treinamento 
de prescrição com o primeiro produto – Decis 4 UBV. 
 
 
 
 
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06. Cálculo da quantidade a ser adquirida: 
 
 Área da cultura: 1887500 m2 = 188,75 ha. 
 
 Opção do Técnico: Duas (2) aplicações com intervalo de 10 dias. 
 
 188,75 ha X 0,2 litro = 37,75 litros de por aplicação. 
 
Como serão feitas 2 (duas) aplicações, a quantidade de produto a ser adquirida será: 
 
 37,75 X 2 = 75,5 litros de Decis 25 EC. 
 
Observação: a legislação proíbe o fracionamento dos agrotóxicos nos pontos de venda. Levando-se em 
consideração este preceito legal, a prescrição poderá indicar a compra de 75,5 litros do produto comercial, pois 
o mesmo é comercializado em frascos de 0,1; 0,25; 0,5; 1; 5; 20; 100 e 200 litros. 
 
 Tais dados foram obtidos examinando-se o APÊNDICE V (página 368) que trata das informações básicas 
sobre as marcas comerciais que serão importantes no preenchimento da receita. Assim, têm-se as seguintes 
informações: 
 
 DECIS 25 EC (deltametrina) 
 BAYER CROPSCIENCE LTDA.1 
 (25)2 (I/Pi)3 (III)4 (I)5 (EC)6 (0,1; 0,25; 1; 5; 20; 100 e 200)7. 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
Fabricante; 
Quantidade de ingrediente ativo em gramas por litro de produto; 
Classe (I = Inseticida) / Grupo químico (Pi = Piretróide); 
Classificação toxicológica (III = Medianamente tóxico); 
Classificação quanto a periculosidade ambiental (I = Muito perigoso); 
Tipo de formulação (EC = Emulsifible Concentrate) e 
Embalagens existentes no comércio em litros. 
 
07. Prescrição: 
 
A culminância da aplicação da semiotécnica fitossanitária será a prescrição técnica feita através da receita 
agronômica. Essa receita é o instrumento que irá identificar o profissional, considerando a orientação que ele dará para 
aplicação dos recursos quimioterápicos a serem utilizados na resolução do problema, em função do diagnóstico. 
Reveste-se de grande importância tal instrumento, pois espelhará a capacitação técnica do profissional, exigindo dele 
responsabilidades que até então infelizmente estava isentado. Assim, como agente atuante no processo de produção 
agrícola o técnico poderá alcançar mais significativamente a proteção do meio ambiente e do próprio homem. 
 
Como poderá ser observado, para se chegar à feitura da receita, o profissional teve que se subsidiar de vários 
elementos que possibilitassem a emissão da mesma, pois a prescrição de um agrotóxico para o controle de uma praga, 
doença ou erva daninha, requer do fitiatra um conhecimento pormenorizado das condições e do local onde tal produto 
será utilizado, pois o impacto da aplicação do mesmo no ambiente considerado poderá provocar efeitos colaterais que, 
em muitos casos, ainda são subestimados. Assim, o profissional responsável, conhecedor das implicações inerentes a tal 
tecnologia, deverá estar bem embasado sobre todos os aspectos que envolverão a sua recomendação técnica. 
Ratificando-se a orientação já prestada, verifica-se que o arsenal químico a disposição do profissional é bem 
significativo, como poderá ser observado nos QUADROS 19, 20, 21, 22 e 23, no que se refere aos praguicidas. Assim, 
deve-se seguir o seguinte roteiro: 
 
 O nome do usuário deverá estar escrito de forma legível e facilmente identificável, bem como seu endereço 
descrito de forma completa, diferentemente do exemplo abaixo, onde somente se assinala o município, o estado e o 
nome da propriedade. 
O nome do usuário deverá estar escrito de forma legível e facilmente identificável, bem como seu endereço descrito de 
forma completa, diferentemente do exemplo abaixo, onde somente se assinala o município, o estado e o nome da 
propriedade. 
 
 
 
 
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 Os dados relacionados à cultura, área de exploração e o diagnóstico do problema escrito de forma concisa e 
correta. 
 
 
 O produto recomendado deverá ser indicado por sua marca comercial, informando ainda, o grupo químico do 
seu ingrediente ativo, a sua concentração, o intervalo de segurança ou período de carência e a classe toxicológica. A 
dosagemdeverá estar bem explicitada e a quantidade a ser adquirida somente será fracionada se o produto indicado 
tiver embalagens que permita tal situação. Quando houver a necessidade de mais de uma aplicação deverá ser 
caracterizado o intervalo entre elas. 
 
 
 Na modalidade de aplicação deverão ser feitas, no mínimo, as seguintes considerações: 
 
 
 
 
 
 
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 Resumindo então teríamos: 
 
1. DADOS DO USUÁRIO: 
 
Nome: 
 
JONATAS OLIVEIRA 
Endereço: .............................................................................. 
Município: Santa Maria, RS 
Propriedade: Fazenda TABEBUIA 
 
 
 2. DADOS TÉCNICOS: 
 
Cultura: 
 
Trigo 
Área: 1887500 m2 = 188,75 ha. 
Diagnóstico: Infestação de “lagarta militar” (Spodoptera frugiperda) 
 
 
3. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS: 
 
Produto comercial: Decis 25 EC 
Quantidade a ser adquirida: 75, 5 litros 
Dosagem a ser utilizada: 0,2 litro/hectare 
Grupo químico: Piretróide 
Concentração: 25 g do ingrediente ativo/litro do produto comercial 
Intervalo de aplicação 10 dias 
Intervalo de Segurança: 14 dias 
Classificação toxicológica: Classe III 
 
 
 
 4. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: 
 
 5. DADOS DO PROFISSIONAL: 
 
Endereço: 
 
 
CPF: 
 
 
CREA: 
 
 
Data: 
 
 
Assinatura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA: 
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O Engenheiro Agrônomo, responsável pela assistência técnica aos cotonicultores da região de 
Campinas-SP, observou que estava ocorrendo uma infestação de pulgões nas fazendas que dava 
assessoria, conforme demonstra o quadro abaixo. Considerando a situação, após aplicação da 
semiotécnica agronômica e, apoiando-se no nível de controle desta praga, prescreveu duas 
pulverizações, com um intervalo de 10 dias, de um praguicida organofosforado que possibilitaria 
obter a menor quantidade de ingrediente ativo por hectare. 
 
 Faça uma Receita Agronômica para compra do produto. 
 
 
FAZENDA 
 
 
PROPRIETÁRIO 
 
ÁREA 
(m2) 
AMOSTRAGEM 
(% de plantas atacadas) 
 
CAMPINENSE Aparecido Gama 1767400 60 
 
PARAIBUNA Obdúlio Vargas 1870967 48 
 
MINEIRÃO Ralf Maas 3749860 53 
 
GUARARAPES Flávio Bastos 2685763 35 
 
ITALIANA Filipo Andretta 1697090 64 
 
CIRCULAR Lívio Azevedo 1534900 27 
 
CÔRREGO Luiz Pereira 1467568 50 
 
LONTRA Henrique Baldarati 2590750 70 
 
PINÁCULO Almir Landau 1798400 59 
 
ANDRADINA Barbieri Nogar 2837900 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGROTÓXICOS 
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São produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, 
destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento e 
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de 
florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de 
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a 
composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las de ação danosa de 
seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos, 
empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de 
crescimento. 
 
Tais substâncias, que no passado eram conhecidas como produtos 
fitossanitários ou defensivos agrícolas, concentram os inseticidas, 
fungicidas, nematicidas, herbicidas etc. 
 
 Podemos definir os praguicidas de várias formas, como a seguir: 
 
 são as substâncias químicas ou biológicas que tenham ação 
letal sobre as pragas ou, 
 
 são as substâncias letais às pragas, cujo emprego seja 
economicamente viável ou, 
 
 são as substâncias químicas ou biológicas que, em 
concentrações adequadas, aplicadas sobre os organismos 
denominados pragas, causam a sua morte. 
 
 
 Como características ideais para tais substâncias, podemos relacionar: 
 
I - Toxicidade elevada para as pragas, em concentrações 
mínimas. 
 
II - Ausência de toxicidade para o homem, para os animais 
domésticos e para os inimigos naturais das pragas. 
 
III - Ausência de toxicidade para as plantas. 
 
IV - Economia no preço e no emprego. 
 
V - Obtenção e aplicação fáceis. 
 
 
AGROTÓXICOS: 
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 INSETICIDAS 
ACARICIDAS 
NEMATICIDAS 
FUNGICIDAS 
HERBICIDAS 
REGULADORES DE CRESCIMENTO 
DESFOLHANTES 
DESSECANTES 
 
 
 
 
AGROTERÁPICOS: 
 1. ATRAENTES 
1.1. ALIMENTAR 
1.2. SEXUAL 
1.3. FÍSICO 
 
 
 2. BIOPRAGUICIDAS 
2.1. ORIGEM VEGETAL 
2.2. ORIGEM MICROBIANA 
2.3. BIOAGENTES 
 
 
 3. OUTROS 
3.1. ORIGEM INORGÂNICA 
3.2. ORIGEM PETROLÍFERA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Embalagens utilizadas no acondicionamento das principais 
formulações de agrotóxicos. 
 
 
FORMULAÇÕES EMBALAGENS 
 
Pó Seco Sacos plásticos ou metalizados + caixa 
de cartolina 
 
Pó Molhável Sacos plásticos ou metalizados + caixa 
de papelão 
 
Pó Solúvel Sacos plásticos ou metalizados + caixa 
de cartolina 
 
Grânulos Caixa de papelão + saco plástico ou 
metalizado 
Papel multifolhado + plástico metalizado 
Baldes de metal + saco plástico 
 
Grânulos Dispersíveis Sacos plásticos – PVA 
 
Concentrado Emulsionável Vidro 
Baldes de metal + resina epoxi 
Plástico – COEX / PET 
 
Concentrado Solúvel Plástico – PEAD 
 
Suspensão Concentrada Plástico – PEAD 
 
Ultra Baixo Volume Plástico – PEAD – COEX 
 
 OBSERVAÇÃO: COEX = polietileno co-extrudado; PEAD = polietileno de alta 
densidade; PET = polietileno tereftalato; PVA = polivinil álcool. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DESENVOLVIMENTO DE UM PRAGUICIDA 
 
 
ETAPAS ATIVIDADES 
 
I. Exploração, na busca de compostos com potencial de ação, através de provas de 
laboratório ou seleção. 
 
II. Caracterização objetiva do funcionamento, da possibilidade de patentear, da 
economia de desenvolvimento, da segurança e da seletividade. 
 
III. Desenvolvimento avançado de procedimentos analíticos, controle de qualidade, 
toxicidade dietética crônica, estudos de metabolismo e registro de patente. 
 
IV. Ensaios de campo extenso em estações experimentais, desenvolvimento de 
planta piloto de produção, análi 
se de mercado, desenvolvimento de rótulo, análise extensa de resíduo, estudos de 
formulações e estudos de reprodução em 3 gerações de vertebrados. 
 
V. Ensaios de campo do tipo comercial, em grande escala, e desenvolvimento de 
planta de produção. 
 
VI. Promoção e vendas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGROTÓXICOS 
 
1. MATÉRIA-PRIMA: 
 Substância, produto ou organismo utilizado na obtenção de um ingrediente ativo, 
ou de um produto que o contenha, por processo químico, físico ou biológico. 
 
2. PRODUTO TÉCNICO: 
 Produto obtido diretamente de matérias-primas por processo químico, físico ou 
biológico, destinado à obtenção de produtos formulados ou de pré-misturas e 
cuja composição contenha teor definido de ingrediente ativo e impurezas, 
podendo conter estabilizantes e produtos relacionados, tais como isômeros. 
 
3. PRODUTO TÉCNICO EQUIVALENTE: 
 Produto que tem o mesmo ingrediente ativo de outro produto técnico já 
registrado, cujo teor, bem como o conteúdo de impurezas presentes, não varie a 
ponto de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico. 
 
4. INGREDIENTE ATIVO OU PRINCÍPIO ATIVO: 
 Agente químico, físico ou biológico que confere eficácia aos agrotóxicos e afins. 
 
5. INGREDIENTE INERTE: 
 Substância ou produto não ativo em relação à eficácia dos agrotóxicose afins, 
usado apenas como veículo, diluente ou para conferir características próprias às 
formulações. 
 
6. PRÉ-MISTURA: 
 Produto obtido a partir de produto técnico, por intermédio de processos 
químicos, físicos ou biológicos, destinado exclusivamente à preparação de 
produtos formulados. 
 
7. PRODUTO FORMULADO: 
 Agrotóxico ou afim obtido a partir de produto técnico ou de pré-mistura, por 
intermédio de processo físico, ou diretamente de matérias-primas por meio de 
processos físicos, químicos ou biológicos. 
 
8. PRODUTO FORMULADO EQUIVALENTE: 
 Produto que, se comparado com outro produto formulado já registrado, possui a 
mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes entre si, a mesma 
composição Qualitativa e cuja variação quantitativa de seus componentes não o 
leve a expressar diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente ao do 
produto em referência. 
 
9. ADJUVANTE: 
 Produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua 
aplicação. 
 
10. ADITIVO: 
 Substância ou produto adicionado a agrotóxicos, componentes e afins, para 
melhorar sua ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar 
o processo de produção. 
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FORMULAÇÕES 
 
FORMULAÇÕES LÍQUIDAS: 
 
 Concentrado Emulsionável (CE ou E) [EC] (Emulsifiable concentrate) 
 Concentrado solúvel (CS) 
 Eletrodinâmica (ED) 
 Emulsão Aquosa (EW) 
 Emulsão Concentrada (EC) 
 Gel Emulsionável (GE) 
 Óleo Emulsionável (OE) 
 Solução Concentrada (SL) 
 Suspensão Concentrada (SC) 
 Suspensão encapsulada (CS) 
 Ultra Baixo Volume (UBV) 
 
FORMULAÇÕES SÓLIDAS: 
 
 Comprimido (CP) 
 Fibras Plásticas (FP) 
 Gerador de gás(GE) 
 Granulado (G ou GR) 
 Grânulos Dispersíveis em Água (GRDA, DF ou WG) 
 Isca (Is) 
 Pasta (Pa) 
 Pastilha (Pt) 
 Pó Molhável (PM ou M) WP 
 Pó Seco (P) DP 
 Pó Solúvel (OS) 
 Sachet (Sa) 
 Tablete (TB) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA DOS AGROTÓXICOS 
 
 
 
 
PARÂMETROS 
 
CLASSE I 
 
CLASSE II 
 
CLASSE III 
 
CLASSE VI 
 
Formulação líquida sólida líquida sólida líquida sólida líquida sólida 
 
LD50 oral 
(mg/kg) 
< 20 < 5 > 20 
< 200 
> 5 
< 50 
> 200 
< 2000 
> 50 
< 500 
> 2000 > 500 
 
LD50 dermal 
(mg/kg) 
< 40 < 10 > 40 
< 400 
> 10 
< 100 
> 400 
< 4000 
> 100 
< 1000 
> 4000 > 1000 
 
LC50 inalatória 
(mg/L/h) 
< 0,2 > 0,2 
< 2 
 
> 2 
< 20 
> 20 
 
Lesões 
Oculares 
Opacidade na 
córnea reversível 
ou não, dentro de 7 
dias, ou irritação 
persistente nas 
mucosas oculares. 
 
Sem opacidade na 
córnea, bem como 
aquelas que 
apresentem 
irritação reversível 
em 7 dias, nas 
mucosas oculares. 
Sem opacidade na 
córnea e aquelas 
que apresentem 
irritação reversível 
em 72 horas. 
Sem opacidade na 
córnea; irritação 
leve na mucosa 
ocular reversível, 
dentro de 24 horas. 
 
Lesões 
Dérmicas 
Ulcerações ou 
corrosão na pele. 
 
Irritação severa. Irritação moderada. 
 
Irritação leve. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL 
DOS AGROTÓXICOS 
 
 
CLASSE DENOMINAÇÃO 
 
I Produto Altamente Perigoso 
 
II Produto Muito Perigoso 
 
III Produto Perigoso 
 
IV Produto Pouco Perigoso 
 
 
Observação: parâmetros usados na avaliação – bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial 
mutagênico, carcinogênico e teratogênico. 
 
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DESCARTE DE EMBALAGENS 
 
Embalagem Procedimentos 
 
Lavável: Realizar a tríplice lavagem* ou lavagem sob pressão** durante a 
preparação da calda para reduzir a contaminação; 
Perfurar o fundo da embalagem para evitar a reutilização e, 
Armazenar temporariamente a embalagem com a tampa em local 
seco e seguro na propriedade para evitar acidentes. 
 
Contaminada: Esvaziar completamente durante o uso para reduzir a 
contaminação; 
Guardar e fechar dentro de um saco plástico transparente 
disponível no revendedor, para facilitar o manuseio, a 
identificação e evitar a contaminação e, 
Armazenar temporariamente o saco plástico com as embalagens 
não laváveis em local seco e seguro na propriedade para evitar 
acidentes. 
 
Não contaminada: Armazenar temporariamente em local seco e Seguro na 
propriedade para evitar a reutilização. 
 
 
 
 
* TRÍPLICE LAVAGEM: 
 
 1 – Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do 
pulverizador; 
 
2 – Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume; 
 
3 – Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos; 
 
4 – Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador; 
 
5 – Repita esta operação por três vezes e, 
 
6 – Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o seu fundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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** LAVAGEM SOB PRESSÃO: 
 
 1 – Este procedimento somente pode ser realizado em pulverizadores com 
acessórios adaptados para esta finalidade; 
 
2 – Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no 
pulverizador; 
 
3 – Acione o mecanismo para liberar o jato de água limpa; 
 
4 – Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem 
por trinta segundos; 
 
5 – A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do 
pulverizador e, 
 
6 – Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o seu fundo. 
 
 
 Os revendedores devem proceder das seguintes formas: 
 
 Disponibilizar na região uma unidade de recebimento de embalagens vazias 
de agrotóxicos; 
 
No ato da venda do agrotóxico, informar aos agricultores e usuários sobre 
os procedimentos de manuseio, lavagem, armazenamento e transporte 
das embalagens e, 
 
Informar aos agricultores e usuários os endereços das unidades de 
recebimento de embalagens que atendam a sua região. 
 
 Os fabricantes devem proceder da seguinte forma: 
 
 Providenciar o recolhimento, a reciclagem ou a destruição das embalagens 
vazias, devolvidas pelos agricultores ou usuários às unidades de 
recebimento. 
 
 
CENTRO ou CENTRAL DE RECOLHIMENTO: 
 Estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais fabricantes e 
registrantes, ou conjuntamente com comerciantes, destinado ao 
recebimento e armazenamento provisório de embalagens vazias de 
agrotóxicos e afins dos estabelecimentos comerciais, dos postos de 
recebimento ou diretamente dos usuários. 
 
 
POSTO DE RECEBIMENTO: 
 Estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais estabelecimentos 
comerciais ou conjuntamente com os fabricantes, destinado a receber e 
armazenar provisoriamente embalagens vazias de agrotóxicos e afins 
devolvidas pelos usuários. 
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	AS DEZ PRAGAS DO EGITO
	USO CRIMINOSO DO ALDICARBE COMO RATICIDA
	PROCEDIMENTO SEQUENCIAL DA SEMIOTÉCNICA AGRONÔMICA
	PERÍCIA FITOSSANITÁRIA

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