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UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS 1 - Métodos Legislativos, 2 - Métodos Químicos, 3 - Métodos Biológicos, 4 - Métodos Culturais ou Ecológicos, 5 - Métodos Genéticos 5.1 - Hibridação 5.2 - Esterilização 5.3 - Resistência de Plantas 5.4 - Plantas Transgênicas 6 - Métodos Físicos, 7 - Métodos Mecânicos e 8 - Sistemas Integrados de Controle 8.1 - Controle Integrado 8.2 - Manejo Integrado de Pragas. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA PRAGAS: “Qualquer espécie, raça ou biótipo vegetal ou animal ou agente patógeno, daninho para as plantas ou produtos vegetais.” “São os organismos animais com capacidade de provocar danos às explorações agropecuárias e/ou aos seus produtos e à saúde ou ao bem estar do ser humano.” “Os organismos animais, vertebrados e invertebrados, que possuam capacidade de produzir danos, afetando de forma significativa os interesses do homem.” “Os organismos animais, vertebrados e invertebrados, que provocam injúrias nas plantas, com reflexos negativos em suas produções econômicas.” “Os organismos animais que são capazes de reduzir a quantidade ou a qualidade de alimentos, rações, forragens, fibras, flores ou madeiras durante a produção, processamento, armazenagem, transporte ou uso; que podem transmitir doenças ao homem, aos animais domésticos e às plantas cultivadas; que injuriam ou perturbam o homem ou seus animais; que estragam plantas ornamentais, gramados, essências florestais ou danificam propriedades ou objetos de uso pessoal.” CLASSIFICAÇÃO: FILO CLASSE ORDEM MOLLUSCA GASTROPODA ARTHROPODA MALACOSTRACA INSECTA ARACHNIDA DIPLOPODA CHORDATA AVES MAMMALIA CHIROPTERA LAGOMORPHA RODENTIA UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA PRAGAS 1 - PRAGA QUARENTENÁRIA: É uma praga de importância potencial. para a área posta em perigo e onde não está presente ou se está, não se encontra amplamente distribuída e é oficialmente controlada. 2 - PRAGA QUARENTENÁRIA A1: É uma praga de importância econômica potencial para a área posta em perigo pela mesma e onde ainda não se encontra presente. 3 - PRAGA QUARENTENÁRIA A2: É uma praga de importância econômica potencial para a área posta em perigo pela mesma e onde ainda não se encontra amplamente distribuída e é oficialmente controlada. 4 - PRAGA NÃO QUARENTENÁRIA REGULAMENTADA: É aquela não quarentenária cuja presença em plantas ou partes destas para plantio, influi no seu uso proposto com impactos econômicos indesejáveis. 5 - PRAGA PRIORITÁRIA: É aquela de interesse econômico ou social que não esteja enquadrada como praga quarentenária ou não quarentenária regulamentada, assim classificada pelo Estado. 6 - PRAGA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: São aquelas enquadradas como praga quarentenária, praga não quarentenária regulamentada ou praga prioritária. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA AS DEZ PRAGAS DO EGITO 1ª - As águas transformadas em sangue. (Êx. 7: 19-21) 2ª - A infestação das rãs. (Êx. 8: 5-14) 3ª - A infestação dos mosquitos. (Êx. 8: 16-19) 4ª - A infestação das moscas. (Êx. 8: 23, 24) 5ª - A mortandade dos animais. (Êx. 9: 1-6) 6ª - As infecções patogênicas. (Êx. 9: 8-11) 7ª - A chuva de granizo. (Êx. 9: 22-26) 8ª - A infestação dos gafanhotos. (Êx. 10: 12-15) 9ª - As trevas. (Êx. 10: 21-23) 10ª - A morte dos primogênitos. (Êx. 12: 29) UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA USO CRIMINOSO DO ALDICARBE COMO RATICIDA (CHUMBINHO) O DIA - Domingo, 03/11/2002 Seção INFORME DO DIA, p. 4 De olho no RIO RISCO EM DOSE TRIPLA Quando falta luz ou chove, os moradores de Acari são obrigados a ficar nas ruas, porque os ratos entram em suas casas. A invasão é de meter medo e, a população se vira matando os bichos com chumbinho, o que expõe as crianças a mais um risco. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA AVALIAÇÃO PELA PRESENÇA DE SINAIS DE ATIVIDADE DOS ROEDORES NÍVEL DE INFESTAÇÃO BAIXA MÉDIA ALTA Trilhas Nenhuma visível Algumas Várias e evidentes Manchas de gordura por atrito corporal Nenhuma Pouco perceptível Evidências em vários locais Roeduras diversas Nenhuma visível Algumas Visíveis em diversos locais Fezes Algumas Vários locais Numerosas e frescas Tocas ou ninhos Algumas (1 a 3/300 m2 de área externa) Algumas (4 a 10/300 m2 de área externa) Numerosas (+ de 10/300 m2 de área externa) Ratos vistos Nenhum Alguns a noite Vários a noite, alguns de dia REPRODUÇÃO (A gestação varia de 19 a 24 dias) Ratazana (Rattus norvegicus) Rato preto (Rattus rattus) Camundongo (Mus musculus) Ninhada por ano 8 a 12 4 a 8 5 a 6 Filhotes por ninhada 7 a 12 7 a 12 3 a 8 Desmame 28o dia 28o dia 25o dia Maturidae 60 a 90 dias 60 a 75 dias 42 a 45 dias Tempo médio de vida 24 meses 18 meses 12 meses UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA QUE DOENÇAS O CARAMUJO AFRICANO PROVOCA? * Angiostrongylus cantonensis – causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso. * Angiostrongylus costaricensis – causador da angiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Tem como sintomas dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos. A identificação do verme é difícil, pois os ovos do mesmo não aparecem nas fezes dos doentes e o próprio verme é desconhecido da maioria dos médicos sanitaristas e proctologistas. A simples manipulação dos caramujos vivos pode causar contaminação, pois os vermes podem ser encontrados na secreção dos caramujos. Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar verduras, frutas e disseminar doenças. Não abandone ao ar livre as conchas do caramujo gigante africano sem destruí-las, pois as mesmas servirão como criadouros naturais para o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela. O QUE FAZER QUANDO ENCONTRAR UM CARAMUJO GIGANTE AFRICANO? Certifique-se que é mesmo o caramujo gigante africano. Em caso de dúvida, procure a Secretaria Municipal de Saúde ou a Regional de Saúde. Recolha os caramujos manualmente, sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. Para matá-los, deve-se queima-los dentro de latas ou tonéis. Depois quebrar as conchas e enterrá-las. Também pode-se simplesmente esmaga-los e enterra-los. Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA Da Receita Agronômica Art. 64 – Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário próprio emitido por profissional habilitado. Art. 65 – A receita de que trata o art. 64 deverá ser expedida em no mínimo duas vias, destinando-se a primeira ao usuário e a Segunda ao estabelecimento comercial que a manterá à disposição dos órgãos fiscalizadores referidos no art. 71 pelo prazo de dois anos,contados da data de sua emissão. Art. 66 – A receita, específica para cada cultura ou problema, deverá conter, necessariamente: I – nome do usuário, da propriedade e sua localização; II – diagnóstico; III – recomendação para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do produto; IV – recomendação técnica com as seguintes informações: a) a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ão) ser utilizado(s) e de eventual(ais) produto(s) equivalente(s); b) cultura e áreas onde serão aplicados; c) doses de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas; d) modalidade de aplicação, com anotação de instruções específicas, quando necessário, e, obrigatoriamente, nos casos de aplicação aérea; e) época de aplicação; f) intervalo de segurança; g) orientações quanto ao manejo integrado de pragas e de resistência; h) precauções de uso; i) orientação quanto à obrigatoriedade da utilização de EPI; e J) data, nome, CPF e assinatura do profissional que a emitiu, além do seu registro no órgão fiscalizador do exercício profissional. Parágrafo único – Os produtos só poderão ser prescritos com observância das recomendações de uso aprovadas em rótulo e bula. Art. 67 – Os órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente poderão dispensar, com base no art. 13 da Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, a exigência do receituário para produtos agrotóxicos e afins considerados de baixa periculosidade, conforme critérios a serem estabelecidos em regulamento. Parágrafo único – A dispensa da receita constará do rótulo e da bula do produto, podendo neles ser acrescidas eventuais recomendações julgadas necessárias pelos órgãos competentes mencionados no caput. ........................................................................................................................................ Decreto no 4.074, de 04 de janeiro de 2002 UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA PROCEDIMENTO SEQUENCIAL DA SEMIOTÉCNICA AGRONÔMICA RAPPORT 1. NÍVEL DE EVOLUÇÃO DO CONSULENTE 2. MANEIRA COMO DEVEMOS PROCEDER 3. LINGUAGEM E ATITUDES COMPATÍVEIS QUEIXA E DURAÇÃO ( Q. D.) 1. QUAL O PROBLEMA? (Queixa = Q) 2. DESDE QUANDO EXISTE? (Duração = D) ANAMNESE PASSIVA (SIC) ANAMNESE ATIVA HISTÓRIA PREGRESSA DO PROBLEMA ATUAL (HPPA) HISTÓRIA DO PROBLEMA ATUAL (HPA) FICHA TÉCNICA PERÍCIA FITOSSANITÁRIA 1 - AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO SOLO 2 - COMPORTAMENTO DA PLANTA CRESCIMENTO COMPATÍVEL DESENVOLVIMENTO NORMAL FENOLOGIA SINAIS E INJÚRIAS BIOCENOSE AVALIAÇÃO: * DISTRIBUIÇÃO * INTENSIDADE NÍVEL DE CONTROLE UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA SEMIOTÉCNICA AGRONÔMICA COMPREENDE OS RECURSOS, AS TÉCNICAS E TODOS OS MEIOS QUE O FITIATRA FAZ USO PARA, PERSEGUINDO UMA SEQUÊNCIA METÓDICA DE ATITUDES, ANALISAR UMA SITUAÇÃO EM BUSCA DE UM DIAGNÓSTICO. EXEMPLOS: CULTURA: ARROZ SINTOMA: PANÍCULAS RETAS E ESBRANQUIÇADAS CAUSAS PROVÁVEIS: * BRUSONE (Magnaporthe grisea) * PERCEVEJO (Tibraca limbativentris) * BROCA (Diatraea saccharalis) * QUEDA BRUSCA DA TEMPERATURA DURANTE A FLORAÇÃO CULTURA: PASTAGENS SINTOMA: QUEIMA CAUSAS PROVÁVEIS: * CIGARRINHAS (Notozulia entreriana; Deois spp. etc) * COCHONILHA (Antonina graminis) * PERCEVEJO (Blissus antillus) * DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA Variações de dosagens dos principais grupos químicos dos inseticidas para o controle de Alabama argillacea. Grupos Dosagem (g i.a./ha) Total de Químicos Mínima Máxima Marcas comerciais Benzoil uréia 7,5 25 13 Carbamato 64,5 1500 5 Diacilhidrazina 14,4 30 3 Organofosforado 150 1750 29 Organofosforado sistêmico 120 420 18 Piretróide 2,4 61,44 36 Observação: i.a. = ingrediente ativo. Exemplos de marcas comerciais que apresentam contra marcas indicativas (quantidade de ingrediente ativo e tipo de formulação). Marca Comercial Ingrediente Ativo i.a./L ou kg (em g) Formulação BRIGADE 25 EC Bifentrina 25 Concentrado Emulsionável COUNTER 50 G Terbufós 50 Granulado IMIDAN 500 WP Fosmete 500 Pó Molhável MIMIC 240 SC Tebufenozida 240 Suspensão Concentrada OBSERVAÇÃO: i.a. = ingrediente ativo; L = litro. Exemplos de marcas comerciais que não apresentam contra marcas indicativas (quantidade de ingrediente ativo e tipo de formulação). Marca Comercial Ingrediente Ativo i.a./L ou kg (em g) Formulação ABAMEX Abamectina 18 Concentrado Emulsionável CEFANOL Acefato 750 Pó Solúvel STRON Metamidofós 600 Concentrado Solúvel TRACER Espinosade 480 Suspensão Concentrada OBSERVAÇÃO: i.a. = ingrediente ativo; L = litro. Exemplos de marcas comerciais que apresentam algum tipo de contra marcas indicativas (quantidade de ingrediente ativo e tipo de formulação). Marca Comercial Ingrediente Ativo i.a./L ou kg (em g) Formulação DISSULFAN EC Endossulfam 350 Concentrado Emulsionável PREMIER GR Imidacloprido 700 Granulado CORDIAL 100 Piriproxifem 100 Concentrado Emulsionável SUMIGRAN 20 Fenitrotiona 20 Pó Seco OBSERVAÇÃO: i.a. = ingrediente ativo; L = litro. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA PROBLEMA: Os triticultores da região de Santa Maria-RS ficaram preocupados com um surto da lagarta militar que ameaçava suas plantações. Contrataram então um Engenheiro Agrônomo para avaliar a situação que estavam vivenciando e que os orientassem na melhor maneira de resolver tal problema. Esse técnico vistoriou as propriedades e, aplicando a semiotécnica agronômica, optou pela utilização da tecnologia química diante do quadro encontrado. Escolheu para ser utilizado, em duas pulverizações com um intervalo de 10 dias entre elas, um inseticida piretróide que apresentava o maior limite de resíduos permissíveis (LMR) na cultura e o menor intervalo de segurança (IS) ou período de carência, em aplicação foliar. Os resultados observados encontram-se no Quadro a seguir. FAZENDA PROPRIETÁRIO ÁREA (m2) % DEOFLIAÇÃO MORRO SECO Victor Squidini 756093 20** ARROIO Bernardo Carvalho 2543903 25** PRADO VERDE Elias Lobo 2964305 29** RAVINA Ralf Maas 1385763 35** RIBEIRÃO Francis Haime 1897640 17* SAVANAS Laerte Azevedo 934921 37** TABEBUIA Jonatas Oliveira 1887500 28* PINDORAMA José Oliveira 1467568 31** OBS: * com lagartas; ** sem lagartas. SOLUÇÃO: Considerando-se os modelos de Receituário Agronômicos existentes, a resolução do problema seguirá a seguinte roteiro: 01. Cultura: . Resposta: TRIGO. 02. Identificação do agente etiológico: . Resposta: “lagarta militar” Spodoptera frugiperda Tal resultado foi obtido examinando-se o APÊNDICE I (página 263). 03. Nível Populacional de Controle (NC) desta espécie na cultura considerada: . Resposta: NC = Mais de 25% de desfolhamento na presença de lagartas. Tal resultado foi obtido examinando-se o APÊNDICE II (página 280). 04. Identificação da propriedade que sofrerá a intervenção química: Fazenda: TABEBUIA Proprietário: JONATAS OLIVEIRA. Área da cultura: 1887500 m2 = 188,75 ha. Desfolhamento: 28% com presença de lagartas. 4.1. Escolha do ingrediente ativo e da marca comercial a ser utilizada: No problema é sugerida a utilização de um inseticida piretróide com o maior LMR. Para obtenção de tais dados (inseticida → classe, piretróide → grupoquímico e o LMR → Limite Máximo de Resíduos) é necessário examinar-se o APÊNDICE III (página 290), onde serão encontrados os ingrediente ativos registrados pelas culturas, com informações relacionadas às suas classes, grupos químicos, LMRs, intervalos UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA de segurança ou período de carência e classes toxicológicas das formulações existentes no mercado nacional. Em relação ao produto comercial a ser indicado, deverá ser examinado o APÊNDICE IV (página 302) onde encontrar-se-á distribuídas em ordem alfabética as pragas, culturas hospedeiras, ingredientes ativos, marcas comerciais e respectivas dosagens recomendadas. Com os resultados obtidos foi construída a Tabela 11, que possibilita a resolução do problema, conforme considerações feitas anteriormente. TABELA 11 - Inseticidas Piretróides registrados para o trigo e para Spodoptera frugiperda, com seus respectivos Limites Máximos de Resíduos Permissíveis (LMRs) na cultura, Intervalo de Segurança (I.S.) e suas dosagens recomendadas. Cultura (trigo) / LMR (ppm) /IS (dias) Praga (S. frugiperda) / dosagens (g/ha) 1. Beta-ciflutrina / (0,05) / (20) 01. Alfa-cipermetrina / (5) 2. Bifentrina / (0,6) / (30) 02. Beta-ciflutrina / (3,75 a 5) 3. Ciflutrina / (0,01) / (20) 03. Ciflutrina / (7,5 a 15) 4. Deltametrina / (1,0)1, 2 / (14/30)3 04. Cipermetrina / (10 a 25) 5. Esfenvalerato / (1,0)1 / (21/15)3 05. Deltametrina / (2 a 8) 2 6. Gama-cialotrina / (0,1) / (15) 06. Esfenvalerato / (15 a 25) 7. Lambda-cialotrina / (0,05) / (15) 07. Fempropatrina / (30 a 36) 8. Permetrina / (0,02) / (18/60)3 08. Gama-cialotrina / (3,75) 09. Lambda-cialotrina / (7,5) 10. Permetrina / (20 a 50) 11. Zeta-cipermetrina / (7,2 a 32) Observações: 1 ingrediente ativo com o maior LMR; 2 ingrediente ativo a ser utilizado e 3 o primeiro número corresponde ao IS resultante de aplicação foliar e o segundo refere-se ao IS resultante de aplicação em produto armazenado. CONSIDERAÇÕES: Analisando-se a TABELA 11 verifica-se que o maior LMR (Limite Máximo de Resíduos permissíveis) é apresentado por dois ingredientes ativos – Deltametrina e Esfenvalerato (1,0 ppm). Porém o primeiro apresenta o menor IS (Intervalo de Segurança ou Período de Carência) em aplicação foliar (14 dias) em relação ao segundo (21 dias) , conforme enunciado do problema. Assim, o ingrediente ativo a ser escolhido é a Deltametrina. Reportando-se ao APÊNDICE IV (página 302) verificam-se os seguintes dados para tal ingrediente ativo: DELTAMETRINA (I/Pi): 2 a 8. . DECIS ULTRA 100 EC: 40 a 50 12. . DECIS 4 UBV: 130018; 1300 a 200012. . DECIS 25 EC: 1006; 20012, 16, 18. . DOMINADOR: 40 a 506; 50 a 7512. . KESHET 25 EC: 20012. Em relação à Spodoptera frugiperda se gastará para o seu controle uma variação de 2 a 8 gramas deste ingrediente ativo por hectare, dependendo da cultura (números sobrescritos) e da marca comercial considerada. Assim, tem-se: 6 arroz = variação de 2 a 2,5 gramas/hectare; 12 milho = variação de 2,5 a 8 gramas/hectare; 16 sorgo = 5 gramas/hectare e 18 trigo = 5 a 5,2 gramas/hectare. Observa-se que duas marcas comerciais poderiam ser escolhidas – Decis 4 UBV e Decis 25 EC, por preencherem os requisitos básicos para uma prescrição técnica: registro para a cultura e para o alvo biológico, na mesma. O primeiro produto comercial – Decis 4 UBV, tem a recomendação de dosagem correspondendo a 1300 mililitros ou 1,3 litros por hectare e o segundo – Decis 25 EC, 200 mililitros ou 0,2 litros por hectare. Optou-se pela utilização do segundo produto – Decis 25 EC deixando-se para o leitor fazer um treinamento de prescrição com o primeiro produto – Decis 4 UBV. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA 06. Cálculo da quantidade a ser adquirida: Área da cultura: 1887500 m2 = 188,75 ha. Opção do Técnico: Duas (2) aplicações com intervalo de 10 dias. 188,75 ha X 0,2 litro = 37,75 litros de por aplicação. Como serão feitas 2 (duas) aplicações, a quantidade de produto a ser adquirida será: 37,75 X 2 = 75,5 litros de Decis 25 EC. Observação: a legislação proíbe o fracionamento dos agrotóxicos nos pontos de venda. Levando-se em consideração este preceito legal, a prescrição poderá indicar a compra de 75,5 litros do produto comercial, pois o mesmo é comercializado em frascos de 0,1; 0,25; 0,5; 1; 5; 20; 100 e 200 litros. Tais dados foram obtidos examinando-se o APÊNDICE V (página 368) que trata das informações básicas sobre as marcas comerciais que serão importantes no preenchimento da receita. Assim, têm-se as seguintes informações: DECIS 25 EC (deltametrina) BAYER CROPSCIENCE LTDA.1 (25)2 (I/Pi)3 (III)4 (I)5 (EC)6 (0,1; 0,25; 1; 5; 20; 100 e 200)7. 1 2 3 4 5 6 7 Fabricante; Quantidade de ingrediente ativo em gramas por litro de produto; Classe (I = Inseticida) / Grupo químico (Pi = Piretróide); Classificação toxicológica (III = Medianamente tóxico); Classificação quanto a periculosidade ambiental (I = Muito perigoso); Tipo de formulação (EC = Emulsifible Concentrate) e Embalagens existentes no comércio em litros. 07. Prescrição: A culminância da aplicação da semiotécnica fitossanitária será a prescrição técnica feita através da receita agronômica. Essa receita é o instrumento que irá identificar o profissional, considerando a orientação que ele dará para aplicação dos recursos quimioterápicos a serem utilizados na resolução do problema, em função do diagnóstico. Reveste-se de grande importância tal instrumento, pois espelhará a capacitação técnica do profissional, exigindo dele responsabilidades que até então infelizmente estava isentado. Assim, como agente atuante no processo de produção agrícola o técnico poderá alcançar mais significativamente a proteção do meio ambiente e do próprio homem. Como poderá ser observado, para se chegar à feitura da receita, o profissional teve que se subsidiar de vários elementos que possibilitassem a emissão da mesma, pois a prescrição de um agrotóxico para o controle de uma praga, doença ou erva daninha, requer do fitiatra um conhecimento pormenorizado das condições e do local onde tal produto será utilizado, pois o impacto da aplicação do mesmo no ambiente considerado poderá provocar efeitos colaterais que, em muitos casos, ainda são subestimados. Assim, o profissional responsável, conhecedor das implicações inerentes a tal tecnologia, deverá estar bem embasado sobre todos os aspectos que envolverão a sua recomendação técnica. Ratificando-se a orientação já prestada, verifica-se que o arsenal químico a disposição do profissional é bem significativo, como poderá ser observado nos QUADROS 19, 20, 21, 22 e 23, no que se refere aos praguicidas. Assim, deve-se seguir o seguinte roteiro: O nome do usuário deverá estar escrito de forma legível e facilmente identificável, bem como seu endereço descrito de forma completa, diferentemente do exemplo abaixo, onde somente se assinala o município, o estado e o nome da propriedade. O nome do usuário deverá estar escrito de forma legível e facilmente identificável, bem como seu endereço descrito de forma completa, diferentemente do exemplo abaixo, onde somente se assinala o município, o estado e o nome da propriedade. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA Os dados relacionados à cultura, área de exploração e o diagnóstico do problema escrito de forma concisa e correta. O produto recomendado deverá ser indicado por sua marca comercial, informando ainda, o grupo químico do seu ingrediente ativo, a sua concentração, o intervalo de segurança ou período de carência e a classe toxicológica. A dosagemdeverá estar bem explicitada e a quantidade a ser adquirida somente será fracionada se o produto indicado tiver embalagens que permita tal situação. Quando houver a necessidade de mais de uma aplicação deverá ser caracterizado o intervalo entre elas. Na modalidade de aplicação deverão ser feitas, no mínimo, as seguintes considerações: UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA Resumindo então teríamos: 1. DADOS DO USUÁRIO: Nome: JONATAS OLIVEIRA Endereço: .............................................................................. Município: Santa Maria, RS Propriedade: Fazenda TABEBUIA 2. DADOS TÉCNICOS: Cultura: Trigo Área: 1887500 m2 = 188,75 ha. Diagnóstico: Infestação de “lagarta militar” (Spodoptera frugiperda) 3. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS: Produto comercial: Decis 25 EC Quantidade a ser adquirida: 75, 5 litros Dosagem a ser utilizada: 0,2 litro/hectare Grupo químico: Piretróide Concentração: 25 g do ingrediente ativo/litro do produto comercial Intervalo de aplicação 10 dias Intervalo de Segurança: 14 dias Classificação toxicológica: Classe III 4. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: 5. DADOS DO PROFISSIONAL: Endereço: CPF: CREA: Data: Assinatura: PROBLEMA: UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA O Engenheiro Agrônomo, responsável pela assistência técnica aos cotonicultores da região de Campinas-SP, observou que estava ocorrendo uma infestação de pulgões nas fazendas que dava assessoria, conforme demonstra o quadro abaixo. Considerando a situação, após aplicação da semiotécnica agronômica e, apoiando-se no nível de controle desta praga, prescreveu duas pulverizações, com um intervalo de 10 dias, de um praguicida organofosforado que possibilitaria obter a menor quantidade de ingrediente ativo por hectare. Faça uma Receita Agronômica para compra do produto. FAZENDA PROPRIETÁRIO ÁREA (m2) AMOSTRAGEM (% de plantas atacadas) CAMPINENSE Aparecido Gama 1767400 60 PARAIBUNA Obdúlio Vargas 1870967 48 MINEIRÃO Ralf Maas 3749860 53 GUARARAPES Flávio Bastos 2685763 35 ITALIANA Filipo Andretta 1697090 64 CIRCULAR Lívio Azevedo 1534900 27 CÔRREGO Luiz Pereira 1467568 50 LONTRA Henrique Baldarati 2590750 70 PINÁCULO Almir Landau 1798400 59 ANDRADINA Barbieri Nogar 2837900 39 AGROTÓXICOS UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA São produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las de ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Tais substâncias, que no passado eram conhecidas como produtos fitossanitários ou defensivos agrícolas, concentram os inseticidas, fungicidas, nematicidas, herbicidas etc. Podemos definir os praguicidas de várias formas, como a seguir: são as substâncias químicas ou biológicas que tenham ação letal sobre as pragas ou, são as substâncias letais às pragas, cujo emprego seja economicamente viável ou, são as substâncias químicas ou biológicas que, em concentrações adequadas, aplicadas sobre os organismos denominados pragas, causam a sua morte. Como características ideais para tais substâncias, podemos relacionar: I - Toxicidade elevada para as pragas, em concentrações mínimas. II - Ausência de toxicidade para o homem, para os animais domésticos e para os inimigos naturais das pragas. III - Ausência de toxicidade para as plantas. IV - Economia no preço e no emprego. V - Obtenção e aplicação fáceis. AGROTÓXICOS: UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA INSETICIDAS ACARICIDAS NEMATICIDAS FUNGICIDAS HERBICIDAS REGULADORES DE CRESCIMENTO DESFOLHANTES DESSECANTES AGROTERÁPICOS: 1. ATRAENTES 1.1. ALIMENTAR 1.2. SEXUAL 1.3. FÍSICO 2. BIOPRAGUICIDAS 2.1. ORIGEM VEGETAL 2.2. ORIGEM MICROBIANA 2.3. BIOAGENTES 3. OUTROS 3.1. ORIGEM INORGÂNICA 3.2. ORIGEM PETROLÍFERA UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA Embalagens utilizadas no acondicionamento das principais formulações de agrotóxicos. FORMULAÇÕES EMBALAGENS Pó Seco Sacos plásticos ou metalizados + caixa de cartolina Pó Molhável Sacos plásticos ou metalizados + caixa de papelão Pó Solúvel Sacos plásticos ou metalizados + caixa de cartolina Grânulos Caixa de papelão + saco plástico ou metalizado Papel multifolhado + plástico metalizado Baldes de metal + saco plástico Grânulos Dispersíveis Sacos plásticos – PVA Concentrado Emulsionável Vidro Baldes de metal + resina epoxi Plástico – COEX / PET Concentrado Solúvel Plástico – PEAD Suspensão Concentrada Plástico – PEAD Ultra Baixo Volume Plástico – PEAD – COEX OBSERVAÇÃO: COEX = polietileno co-extrudado; PEAD = polietileno de alta densidade; PET = polietileno tereftalato; PVA = polivinil álcool. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA DESENVOLVIMENTO DE UM PRAGUICIDA ETAPAS ATIVIDADES I. Exploração, na busca de compostos com potencial de ação, através de provas de laboratório ou seleção. II. Caracterização objetiva do funcionamento, da possibilidade de patentear, da economia de desenvolvimento, da segurança e da seletividade. III. Desenvolvimento avançado de procedimentos analíticos, controle de qualidade, toxicidade dietética crônica, estudos de metabolismo e registro de patente. IV. Ensaios de campo extenso em estações experimentais, desenvolvimento de planta piloto de produção, análi se de mercado, desenvolvimento de rótulo, análise extensa de resíduo, estudos de formulações e estudos de reprodução em 3 gerações de vertebrados. V. Ensaios de campo do tipo comercial, em grande escala, e desenvolvimento de planta de produção. VI. Promoção e vendas. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA AGROTÓXICOS 1. MATÉRIA-PRIMA: Substância, produto ou organismo utilizado na obtenção de um ingrediente ativo, ou de um produto que o contenha, por processo químico, físico ou biológico. 2. PRODUTO TÉCNICO: Produto obtido diretamente de matérias-primas por processo químico, físico ou biológico, destinado à obtenção de produtos formulados ou de pré-misturas e cuja composição contenha teor definido de ingrediente ativo e impurezas, podendo conter estabilizantes e produtos relacionados, tais como isômeros. 3. PRODUTO TÉCNICO EQUIVALENTE: Produto que tem o mesmo ingrediente ativo de outro produto técnico já registrado, cujo teor, bem como o conteúdo de impurezas presentes, não varie a ponto de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico. 4. INGREDIENTE ATIVO OU PRINCÍPIO ATIVO: Agente químico, físico ou biológico que confere eficácia aos agrotóxicos e afins. 5. INGREDIENTE INERTE: Substância ou produto não ativo em relação à eficácia dos agrotóxicose afins, usado apenas como veículo, diluente ou para conferir características próprias às formulações. 6. PRÉ-MISTURA: Produto obtido a partir de produto técnico, por intermédio de processos químicos, físicos ou biológicos, destinado exclusivamente à preparação de produtos formulados. 7. PRODUTO FORMULADO: Agrotóxico ou afim obtido a partir de produto técnico ou de pré-mistura, por intermédio de processo físico, ou diretamente de matérias-primas por meio de processos físicos, químicos ou biológicos. 8. PRODUTO FORMULADO EQUIVALENTE: Produto que, se comparado com outro produto formulado já registrado, possui a mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes entre si, a mesma composição Qualitativa e cuja variação quantitativa de seus componentes não o leve a expressar diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente ao do produto em referência. 9. ADJUVANTE: Produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua aplicação. 10. ADITIVO: Substância ou produto adicionado a agrotóxicos, componentes e afins, para melhorar sua ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o processo de produção. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA FORMULAÇÕES FORMULAÇÕES LÍQUIDAS: Concentrado Emulsionável (CE ou E) [EC] (Emulsifiable concentrate) Concentrado solúvel (CS) Eletrodinâmica (ED) Emulsão Aquosa (EW) Emulsão Concentrada (EC) Gel Emulsionável (GE) Óleo Emulsionável (OE) Solução Concentrada (SL) Suspensão Concentrada (SC) Suspensão encapsulada (CS) Ultra Baixo Volume (UBV) FORMULAÇÕES SÓLIDAS: Comprimido (CP) Fibras Plásticas (FP) Gerador de gás(GE) Granulado (G ou GR) Grânulos Dispersíveis em Água (GRDA, DF ou WG) Isca (Is) Pasta (Pa) Pastilha (Pt) Pó Molhável (PM ou M) WP Pó Seco (P) DP Pó Solúvel (OS) Sachet (Sa) Tablete (TB) UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA DOS AGROTÓXICOS PARÂMETROS CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE VI Formulação líquida sólida líquida sólida líquida sólida líquida sólida LD50 oral (mg/kg) < 20 < 5 > 20 < 200 > 5 < 50 > 200 < 2000 > 50 < 500 > 2000 > 500 LD50 dermal (mg/kg) < 40 < 10 > 40 < 400 > 10 < 100 > 400 < 4000 > 100 < 1000 > 4000 > 1000 LC50 inalatória (mg/L/h) < 0,2 > 0,2 < 2 > 2 < 20 > 20 Lesões Oculares Opacidade na córnea reversível ou não, dentro de 7 dias, ou irritação persistente nas mucosas oculares. Sem opacidade na córnea, bem como aquelas que apresentem irritação reversível em 7 dias, nas mucosas oculares. Sem opacidade na córnea e aquelas que apresentem irritação reversível em 72 horas. Sem opacidade na córnea; irritação leve na mucosa ocular reversível, dentro de 24 horas. Lesões Dérmicas Ulcerações ou corrosão na pele. Irritação severa. Irritação moderada. Irritação leve. CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL DOS AGROTÓXICOS CLASSE DENOMINAÇÃO I Produto Altamente Perigoso II Produto Muito Perigoso III Produto Perigoso IV Produto Pouco Perigoso Observação: parâmetros usados na avaliação – bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, carcinogênico e teratogênico. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA DESCARTE DE EMBALAGENS Embalagem Procedimentos Lavável: Realizar a tríplice lavagem* ou lavagem sob pressão** durante a preparação da calda para reduzir a contaminação; Perfurar o fundo da embalagem para evitar a reutilização e, Armazenar temporariamente a embalagem com a tampa em local seco e seguro na propriedade para evitar acidentes. Contaminada: Esvaziar completamente durante o uso para reduzir a contaminação; Guardar e fechar dentro de um saco plástico transparente disponível no revendedor, para facilitar o manuseio, a identificação e evitar a contaminação e, Armazenar temporariamente o saco plástico com as embalagens não laváveis em local seco e seguro na propriedade para evitar acidentes. Não contaminada: Armazenar temporariamente em local seco e Seguro na propriedade para evitar a reutilização. * TRÍPLICE LAVAGEM: 1 – Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador; 2 – Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume; 3 – Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos; 4 – Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador; 5 – Repita esta operação por três vezes e, 6 – Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o seu fundo. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA ** LAVAGEM SOB PRESSÃO: 1 – Este procedimento somente pode ser realizado em pulverizadores com acessórios adaptados para esta finalidade; 2 – Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador; 3 – Acione o mecanismo para liberar o jato de água limpa; 4 – Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por trinta segundos; 5 – A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do pulverizador e, 6 – Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o seu fundo. Os revendedores devem proceder das seguintes formas: Disponibilizar na região uma unidade de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos; No ato da venda do agrotóxico, informar aos agricultores e usuários sobre os procedimentos de manuseio, lavagem, armazenamento e transporte das embalagens e, Informar aos agricultores e usuários os endereços das unidades de recebimento de embalagens que atendam a sua região. Os fabricantes devem proceder da seguinte forma: Providenciar o recolhimento, a reciclagem ou a destruição das embalagens vazias, devolvidas pelos agricultores ou usuários às unidades de recebimento. CENTRO ou CENTRAL DE RECOLHIMENTO: Estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais fabricantes e registrantes, ou conjuntamente com comerciantes, destinado ao recebimento e armazenamento provisório de embalagens vazias de agrotóxicos e afins dos estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento ou diretamente dos usuários. POSTO DE RECEBIMENTO: Estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais estabelecimentos comerciais ou conjuntamente com os fabricantes, destinado a receber e armazenar provisoriamente embalagens vazias de agrotóxicos e afins devolvidas pelos usuários. UFRRJ / IB / DENF / IB-233 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Prof. AURINO FLORENCIO DE LIMA AS DEZ PRAGAS DO EGITO USO CRIMINOSO DO ALDICARBE COMO RATICIDA PROCEDIMENTO SEQUENCIAL DA SEMIOTÉCNICA AGRONÔMICA PERÍCIA FITOSSANITÁRIA
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