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Tecnica de avaliação psicologica

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1 
 
  
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PSICOLOGIA 
Técnica de Avaliação Psicológica 
 
Andressa de Oliveira Coelho 
201701181983 
Bianca Almeida Anastácio 
201409140075 
 Elisângela Rosa 
 20180416811 
 Josiane Lins dos Santos 
 201408386402 
Thalita de Oliveira lopes 
201504456815 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
Abril , 2019 
RESUMO 
O presente artigo tem como objetivo, apresentar a importância das técnicas de 
avaliação psicológica e seus vários campos de estudo, tendo como objetivo 
secundário discorrer os instrumentos utilizados em cada área de atuação, bem como 
o cuidado que o profissional da área deve ter quanto a escolha da técnica correta e 
principalmente na interpretação dos resultados. Acredita-se que utilizando de forma 
adequada os dados obtidos nas técnicas de avaliação psicológica, a ferramenta será 
de grande importância na contribuição seja para o enfrentamento das dificuldades 
quanto para a consolidação do respeito para com o indivíduo. 
Palavras-chave:​ Técnica de avaliação psicológica, profissional da área, individuo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04 
2 
METODOLOGIA......................................................................................................05 
3 JUSTIFICATIVA......................................................................................................05 
4 PROBLEMA............................................................................................................05 
5 
OBJETIVO...............................................................................................................05 
5.1 Objetivo Geral.....................................................................................................05 
5.2 Objetivo 
Específico.............................................................................................05 
6 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................06 
6.1 Contexto histórico..............................................................................................06 
6.2 O psicólogo e a aplicação dos 
testes................................................................07 
6.3 Avaliação psicológica........................................................................................08 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................13 
8 REFERÊNCIAS.......................................................................................................22 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Avaliação Psicológica é um processo técnico-científico de coleta de dados, 
realizado com pessoa ou grupos, que tem por objetivo o estudo e interpretação de 
informações a respeito dos fenômenos psicológicos resultantes da relação do 
indivíduo com a sociedade, utilizando, para tanto, de métodos, técnicas e 
instrumentos psicológicos (​Resolução CFP 07/2003​). Trata-se de um procedimento 
que integra informações provenientes de diversas fontes, como testes, técnicas, 
entrevistas, observações e análise de documentos. Por meio da Avaliação 
Psicológica, é possível investigar diferentes características psicológicas como 
emoção, afeto, cognição, inteligência, motivação, personalidade, atenção, memória, 
percepção, entre outros. 
A Avaliação Psicológica é uma das áreas mais antigas e mais importantes da 
Psicologia. É, por lei, uma prática exclusiva do psicólogo, subsidiando seu trabalho 
nos mais diversos campos de atuação, dentre eles, a saúde, a educação, o trabalho 
entre outros (​CFP, 2011​). 
“Aceitar diferenças individuais, mantendo relações de igualdade, ou melhor, de não 
dominação, em uma sociedade onde as diferenças são valorizadas 
em termos de competição, torna-se algo extremamente difícil”. (Lane, 
1987, p. 72). 
Atualmente, se tem falado sobre os testes psicológicos mais utilizados pelos 
psicólogos e sobre o uso adequado dessas ferramentas. 
A formação adequada na área, de acordo com Anastasi e Urbina (2000), 
exige um período relativamente longo de treinamento intensivo e experiência 
supervisionada para o uso adequado de testes. O treinamento evita inadequações e 
defasagens na atuação do psicólogo (Cunha et at, 2000). 
De acordo com as informações supracitadas, a técnica de avaliação 
psicológica são as ferramentas utilizadas para agregar todas as informações obtidas 
através de uma análise psicológica, seja ela individual ou em grupo. A utilização da 
técnica correta, permitirá que o psicólogo mantenha uma visão crítica, evitando a má 
interpretação dos dados, identificando assim o que é patológico ou não, passando, 
portanto, a ter a correta compreensão acerca do indivíduo avaliado. 
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf
http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/publicacoes/publicacoesDocumentos/anodaavaliacaopsicologica_prop8.pdf
6 
 
Este trabalho pretende apresentar o papel e a importância das técnicas de 
avaliação psicológica em vários campos de estudos, mediante a cada área atuação 
valorizando as explicações da qualidade dos instrumentos apropriadas no 
conhecimento transmitido pelos participantes na avaliação psicológica onde deveria 
recorrer aos modelos psicológicos. 
 
2 METODOLOGIA 
 
Para atingir os objetivos desse trabalho, foi utilizado uma pesquisa de 
natureza bibliográfica. Analisando o contexto histórico e informações de resultados 
de testes utilizados por psicólogos em suas avaliações. 
 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
A motivação sobre o tema surgiu pelo aumento da procura pelos testes 
psicológicos, seja pelas empresas, clínicas, no judiciário, escolas e demais setores 
da economia que identificaram uma necessidade de avaliar o perfil do indivíduo. 
O presente trabalho tem como proposta, demonstrar a importância das 
técnicas de avaliação psicológica em seus vários campos de estudo. 
 
 
4 PROBLEMA 
 
Qual a melhor forma de se utilizar as técnicas de avaliação psicológica? 
 
 
5 OBJETIVOS 
5.1 Objetivo Geral 
 
7 
 
Apresentar a importância das técnicas de avaliação psicológica utilizadas para 
cada campo de atuação, bem como os instrumentos utilizados para a obtenção dos 
resultados. 
 
 
5.2 Objetivo Específico 
 
Para o atingimento do objetivo geral, entende-se como necessário, seguir os 
seguintes objetivos específicos: 
✔ Discorrer sobre a importância das técnicas de avaliação psicológica; 
✔ Apresentar os instrumentos utilizados em cada técnica, conforme a área de 
atuação. 
 
 
6 REFERENCIAL TEÓRICO 
6.1. Contexto histórico 
 
A palavra teste originou-se do termo em latim testis e do inglês test; 
Os primeiros registros foram no início do século XX. 
Há registros de procedimentos de avaliação desde o período Neolítico, 
datando 12.000 a.C. 
Em 200 a.C, a China já o realizava em concursos públicos; 
Estudos na Alemanha e na França no início do século XIX; 
A avaliação psicológica, desde os primórdios da psicologia, já no século XIX 
com a proposta de Fechner (1860) de métodos para avaliar a intensidade das 
sensações, ocupou uma posição central na afirmação da psicologia como ciência. 
Mas foi principalmentenos primeiros decénios do século XX, até à década de 30, 
que se constata o sucesso da avaliação psicológica, principalmente da avaliação da 
inteligência na sociedade norte americana, nomeadamente na seleção de 
candidatos para a Primeira Grande Guerra Mundial. A par da inteligência e da 
8 
 
personalidade muitos outros conceitos ou construtos foram avaliados com outros 
instrumentos, muitos dos quais não tinham conversão numa pontuação (score), 
como seja o caso dos testes projetivos de personalidade, de estrutura cognitiva de 
inspiração Piagetiana ou do raciocínio moral. 
 
 
 
6.2 O psicólogo e a aplicação dos testes 
 
Jacquemin (1995) anunciou a importância de se criar, em âmbito nacional, 
uma programação mínima básica para os psicólogos aplicarem os testes. O 
conteúdo da programação levaria em conta determinados instrumentos tomando 
como referência critérios como economia, facilidade de aplicação, validade e 
fundamentação teórica. 
Em 1997, formou-se, em Brasília, uma Câmara Interinstitucional dos 
Instrumentos de Avaliação Psicológica com dois objetivos: 
✔ Visar detectar as principais variáveis correlatas aos problemas dos 
instrumentos de avaliação psicológica, no que se refere à criação, à 
aplicação, à comercialização... à sua aplicação como um todo; 
✔ Construir uma política nacional comum para os instrumentos 
psicológicos (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1997). A 
comissão estabeleceu uma formação mínima para profissionais que 
atuam na área de avaliação. 
O estudo desenvolvido por Alves, Alchieri e Marques (2002), a respeito do 
panorama geral do ensino das técnicas de exame psicológico no Brasil, revelou que 
alguns dos cursos distribuídos “ensinam” avaliação psicológica por meio de uma 
única disciplina. 
A avaliação psicológica é um processo, geralmente complexo, que tem por 
objetivo produzir hipóteses, ou diagnósticos, sobre uma pessoa ou um grupo. 
Sendo uma de suas áreas mais antigas (Anastasi & Urbina, 2000; Primi, 
2010). Testagens em larga escala começaram a ser usadas na China, há mais de 
9 
 
2.200 anos, durante a dinastia Han (206 a.C.), quando se iniciou um sistema imperial 
de seleção (Bowman, 1989), mas foi efetivamente no fim do século XIX, na França, 
que a testagem psicológica moderna começou. No Brasil, a história da avaliação 
psicológica se confunde com a própria história da psicologia. Desde o início do 
século XX, tínhamos laboratórios desenvolvendo pesquisas nessas áreas. O 
primeiro laboratório foi fundado em 1907 e, em 1924, Medeiros Costa publicou o 
primeiro livro sobre testes psicológicos no país (Gomes, 2009; Hutz & Bandeira 
2003). O livro de Medeiros Costa está disponível no Museu Virtual da Psicologia do 
Programa de Pós-graduação (PPG) em Psicologia da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul (UFRGS). 
Conforme os autores acima, o profissional de psicologia precisa estar em 
constante desenvolvimento, pois assim, escolherá a técnica correta conforme o 
campo de atuação, obtendo assim um melhor aproveitamento e assertividade quanto 
ao resultado. 
 
 
6.3 Avaliação psicológica 
 
A avaliação psicológica é um processo dinâmico e constitui-se em fonte de 
informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a 
finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, 
dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer 
necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, 
de acordo com a demanda e os fins para os quais a avaliação se destina. 
 
Áreas de Inserção 
✔ Organizacional 
✔ Educação 
✔ Esporte 
✔ Clinica 
✔ Hospital 
✔ Jurídica 
10 
 
 
Psicologia Organizacional 
 
Áreas de atuação: 
✔ Recrutamento 
✔ Seleção de Pessoal 
✔ Treinamento 
✔ Diagnóstico Organizacional 
 
A Psicologia Organizacional é uma área da psicologia que pode prestar 
consultoria e/ou assessoria, que tem como foco as organizações e os seus Recursos 
Humanos e na dinâmica das relações interpessoais de trabalho nas instituições, 
empresas, grupos, entidades etc. 
A Psicologia pode atuar na adequação do ser humano ao seu ambiente de 
trabalho, buscando melhorias nas relações estabelecidas com os demais e na 
satisfação e realização pessoal e profissional, ao que hoje chamamos de qualidade 
de vida no trabalho. Um desafio importante é o de compreender e integrar os 
múltiplos aspectos que constituem a vida das pessoas, dos grupos e das 
organizações, em um mundo em constante transformação e mudanças. 
 
 
Psicologia da Educação 
11 
 
 
Áreas de Atuação: 
✔ Preventiva; 
✔ Terapêutica. 
 
Campo de atuação: 
✔ Escolas; 
✔ Clinica; 
✔ Hospitais; 
✔ Empresa. 
 
De acordo com Antunes (2007 apud BARBOSA 2012 p. 163 – 173) a 
Psicologia Educacional pode ser descrita como uma subárea da psicologia que é 
considerada uma área de conhecimento a qual entendemos como corpus 
sistemático e organizado de saberes científicos, produzidos de acordo com 
procedimentos definidos, referentes à determinados fenômenos ou conjunto de 
fenômenos constituintes da realidade, fundamentado em questões ontológicas, 
epistemológicas, metodológicas e éticas determinadas. É importante considerarmos 
as diversas concepções, abordagens e teorias que constituem esta área de 
conhecimento. 
Assim podemos afirmar que a ​Psicologia da Educação ou Psicologia 
Educacional é uma subárea de conhecimento, que tem como vocação a produção 
de saberes relativos aos fenômenos psicológicos constituinte do processo educativo. 
https://www.portaleducacao.com.br/cursos/psicologia-2/curso-livre/psicologia/psicologia-da-educacao/2846
https://www.portaleducacao.com.br/cursos/psicologia-2/curso-livre/psicologia/psicologia-da-educacao/2846
12 
 
 
 
Psicologia do Esporte 
 
Campo de Atuação: 
✔ Campo do ensino; 
✔ Campo da pesquisa; 
✔ Campo da intervenção. 
 
Avaliação psicológica 
✔ Psicodiagnóstico Esportivo; 
✔ Avaliação Individual; 
✔ Avaliação Coletiva. 
 
No Brasil a Psicologia do Esporte tem sido considerada como um ramo 
emergente da Psicologia, tanto em congressos científicos da Psicologia como em 
seus cursos de graduação. Ao se considerar a história do desenvolvimento dessa 
especialidade nota-se que seu surgimento é semelhante ao desenvolvimento da 
Psicologia Geral. Neste sentido, para compreender sua evolução faz-se necessário 
entender o seu conceito, o seu percurso histórico e seu estado científico atual. 
Quanto ao conceito, de acordo com Feltz (1992) esta especialidade é 
identificada como uma subdisciplina da Psicologia, enquanto outros a veem como 
uma subdisciplina das Ciências do Esporte (Gill, 1986). Na concepção de Singer 
13 
 
(1993), a Psicologia do Esporte integra a investigação, a consultoria clínica, a 
educação e atividades práticas programadas associadas à compreensão, à 
explicação e à influência de comportamentos de indivíduos e de grupos que estejam 
envolvidos em esporte de alta competição, esporte recreativo, exercício físico e 
outras atividades. 
 
 
Psicologia Hospitalar 
 
 
Campo de Atuação: 
✔ Atendimento psicoterapêutico; 
✔ Grupos de psicoprofilaxia; 
✔ Atendimentos em ambulatório e unidade de terapiaintensiva; 
✔ Pronto atendimento; enfermarias em geral; 
✔ Psicomotricidade no contexto hospitalar; 
✔ Avaliação diagnóstica; 
✔ Psicodiagnóstico; consultoria e Inter consultoria​. 
 
Mais que uma atuação determinada por uma localização, a "Psicologia 
hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em 
torno do adoecimento" – aquele que se "dá quando o sujeito humano, carregado de 
14 
 
subjetividade, esbarra em um "real", de natureza patológica, denominado 
"doença”...” (Simonetti, 2004, p. 15). 
É importante apontar o objeto da psicologia hospitalar e estabelecer que está 
relacionado aos aspectos psicológicos, e não às causas psicológicas. 
Assim, fica estabelecido que "a psicologia hospitalar não trata apenas das 
doenças com causas psíquicas, classicamente denominadas "psicossomáticas", 
mas sim dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença", uma vez que é 
factível que "toda doença se encontra repleta de subjetividade, e por isso pode se 
beneficiar do trabalho da psicologia hospitalar" (Simonetti, 2004, p. 15). 
 
 
Psicologia Jurídica 
 
Campo de Atuação: 
✔ Direito da Família; 
✔ Direito da Criança e do Adolescente; 
✔ Direito Civil; 
✔ Direito Penal e; 
✔ Direito do Trabalho. 
 
A psicologia jurídica no Brasil iniciou-se na década de 60, inicialmente na área 
criminal, tendo como foco de estudo os adultos criminosos e adolescentes infratores, 
em 1970 foi implantado o Núcleo de atendimento a Família, em Porto Alegre, onde 
15 
 
os profissionais ajudavam casais e famílias a resolverem conflitos, na área civil 
iniciou-se em 1990, através do juizado da infância e juventude. 
 
Teste Psicológico 
 
Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de 
características psicológicas, constituindo- se um método ou uma técnica de 
uso privativo do psicólogo, em decorrência do que dispõe o § 1° do art. 13 da 
lei no 4.119/62. (Resolução CFP 002/2003) 
 
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é quem avalia a qualidade técnico-científica 
dos testes, estabelece diretrizes para uso e classificam os testes como válidos ou 
inválidos para aplicação. Por meio do Site SATEPSI, os profissionais podem verificar 
a relação de testes que podem ser usados (classificados como testes psicológicos 
favoráveis) e os que não podem ser usados(classificados como desfavoráveis ou 
não avaliados)​. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
TESTE PALOGRÁFICO (PROJETIVO) 
A CORREÇÃO DO TESTE PALOGRÁFICO VISA 
 
● Produtividade (quantos palos?); 
● Ritmo (cálculo NOR); 
● Gráfico de Rendimento; 
● Distância entre os palos; 
● Inclinação dos palos; 
● Tamanho dos palos; 
● Distância entre linhas; 
● Direção das linhas ou Alinhamento (régua); 
● Margem Esquerda; 
● Margem Direita; 
● Margem superior; 
● Analisar com rigor ( Pressão e qualidade do trabalho, tremor, ganchos, 
organização ou ordem, etc); 
 
Tem o objetivo de avaliar: 
 
● Produtividade; 
● Ritmo de trabalho; 
● Iniciativa; 
● Agressividade; 
● Organização; 
● Relacionamentos; 
● Uso de álcool ou outras substâncias; 
● Aspectos emocionais; 
● Transtornos psicológicos. 
 
 
 
 
17 
 
 
TESTE PSICOMÉTRICO : TEST CLEAVER 
Este teste é um dos mais empregados na área dos exames psicométricos. Nele, 
certas capacidades são medidas como a constância, a força de vontade e a 
capacidade de ​adaptar​-se a diferentes ambientes. Ao mesmo tempo, o teste Cleaver 
permite oferecer uma avaliação global sobre a personalidade de um candidato. 
 
● Consiste em uma série de perguntas na qual o examinado deve dar uma 
resposta espontânea e honesta. 
 
OBJETIVO DO TESTE CLEAVER 
 
Os dados obtidos com este teste, procuram avaliar o ​comportamento​ do candidato 
em situações correntes, seu nível de motivação e da capacidade de resposta em 
momentos de pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AOS FUTUROS PSICÓLOGOS 
 
Vimos que é muito importante a realização de uma adequada avaliação psicológica! 
Mas também é importante ressaltar, que o conhecimento do psicólogo é fundamental 
para conduzir tal prática, pois cabe a esse profissional a escolhas de métodos e 
técnicas mais adequadas para conduzir todo o processo, que deverá ser pautado 
sempre em padrões éticos de conduta. 
Portanto, a análise e compreensão das técnicas de avaliação psicológica 
estão cada vez mais desenvolvidas e com maior qualidade de seus resultados. 
Quando bem utilizada, contribui não apenas para melhorar a vida de uma pessoa, 
mas principalmente para melhoria de uma sociedade como um todo. 
 
 
https://conceitos.com/adaptar/
https://conceitos.com/comportamento/
18 
 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nota-se a importância de se realizar uma adequada avaliação psicológica, 
mas também é importante ressaltar que o conhecimento do psicólogo é fundamental 
para conduzir tal prática, pois cabe a esse profissional a escolhas de métodos e 
técnicas mais adequadas para conduzir todo o processo, que deverá ser pautado 
sempre em padrões éticos de conduta. Em síntese, a análise e compreensão das 
técnicas de avaliação psicológica estão cada vez mais desenvolvidas e com maior 
qualidade de seus resultados. Quando bem utilizada contribui não apenas para 
melhorar a vida de uma pessoa, mas principalmente para melhoria de uma 
sociedade como um todo. 
Segue abaixo alguns exemplos de casos clínicos 
 
Caso 01: ​Psicoterapia Breve de Paciente Oncológico 
Trata-se de relato de caso clínico de paciente atendido em serviço de 
psico-oncologia de um centro oncológico numa cidade do interior do Estado de São 
Paulo. O paciente foi atendido em Psicoterapia Breve com utilização de recursos 
terapêuticos auxiliares como técnicas de relaxamento e visualização e intervenções 
verbais visando clarificações cognitivas e afetivas e redução de sintomas 
decorrentes do tratamento médico. 
Relato do Caso, o paciente 
O paciente procurou o tratamento psicológico no serviço de psico-oncologia 
por encaminhamento médico. Tinha história anterior de atendimento pelo mesmo 
serviço há cerca de cinco anos, com outras queixas. Trata-se de paciente do sexo 
masculino, com câncer inicial de mama (há cerca de dez anos), atualmente com 
metástases em várias regiões do corpo. Tinha pouco mais de 50 anos, era casado e 
tinha filhos, revelou ser pessoa bastante religiosa atuante, e possuía uma 
microempresa. 
 
19 
 
Queixas apresentadas pelo paciente. 
A queixa inicial apresentada pelo paciente foi a de impotência sexual que 
surgiu após tratamento oncológico, gerando ansiedade, preocupação e angústia. Ele 
procurou o atendimento, por orientação do médico responsável pelo seu caso, e 
chegou à consulta dizendo que a sua preocupação era em relação ao ato sexual, 
que não conseguia mais efetivar. Na entrevista, relatou uma história de vida 
permeada por vários eventos estressantes, incluindo muitas e significativas perdas 
por morte e doenças graves familiares. 
 
Síntese do Processo Terapêutico. 
O trabalho terapêutico foi focalizado no “luto” vivido pelo paciente, relacionado 
aos sentimentos de perda e impotência, às dificuldades de aceitação e adaptação 
aos limites físicos decorrentes do tratamento oncológico, ao abandono de atividades 
de rotina possíveis, ao medo de “perder a esposa” e de morrer (luto antecipatório), 
bem como ao conjunto de “dores” físicas e psíquicas que vivia no momento e que se 
aglutinavam na queixa de impotência sexual. Foram realizadas intervenções verbais 
de clarificação, orientação sexuale apoio, além da utilização de técnicas de 
relaxamento e visualização para auxiliar no controle da dor e facilitar a expressão de 
sentimentos que eram difíceis para o paciente. Os sentimentos de impotência foram 
associados às suas dificuldades concretas e aos temores de dependência e morte 
que o afligiam, sem poder compartilhá-los. O paciente realizava o relaxamento e as 
visualizações para auxiliar no controle da dor também em casa. 
 
Evolução do paciente durante e ao término do processo psicoterápico 
As intervenções realizadas ao longo das treze sessões foram permitindo ao 
paciente, compreender melhor suas angústias, associar seus temores ao conjunto 
de circunstâncias concretas que vivia no momento e a enfrentar seus temores e 
dificuldades sexuais das quais se queixava, procurando outras formas de 
relacionamento, compartilhando suas dificuldades na relação conjugal e aliviando 
seu sofrimento. Na avaliação do processo de psicoterapia breve, o paciente relatou 
ter obtido importantes ganhos terapêuticos, conseguindo encontrar alternativas para 
as questões sexuais apresentadas, além de voltar a desempenhar atividades de 
20 
 
rotina abandonadas. Referiu diminuição da ansiedade e angústia relacionadas às 
dificuldades que motivaram sua busca pelo tratamento, bem como ter compreendido 
que grande parte de sua angustia relacionava-se aos pensamentos de morte e ao 
temor de deixar a família em condições econômicas insatisfatórias. As técnicas de 
relaxamento e visualização auxiliaram muito na redução das dores físicas e 
ajudaram a acalmar o paciente em momentos de muita ansiedade e angustia, 
passando a fazer parte de sua rotina diária. Relatou também a ocorrência de 
melhoras nas relações conjugais, familiares e em sua qualidade de vida, com a 
ajuda da psicoterapia. 
Foi possível identificar e acompanhar os progressos do paciente no enfrentamento 
de suas limitações e no modo de lidar com os temores de morte e de suas 
consequências à família. A diminuição da ansiedade e angústia foi essencial para a 
minimização de seu sofrimento total e incremento em sua qualidade de vida. O apoio 
familiar e a fé religiosa foram grandes aliados do tratamento, facilitando que, em 
tempo breve, o paciente pudesse obter os ganhos terapêuticos avaliados. 
 
Discussão e considerações finais 
Durante o processo terapêutico, foram estimulados seus recursos saudáveis 
de personalidade e os recursos pessoais e sociais de enfrentamento, facilitando a 
participação ativa e a colaboração terapêutica do paciente. 
O foco terapêutico, definido por suas queixas e pela análise compreensiva e 
ampliadas do conjunto de suas reais necessidades psicológicas no momento atual 
de vida, foi também parcialmente delimitado por sua condição de doente com câncer 
em estadio avançado da doença. Desta forma, as intervenções realizadas 
destinaram-se fundamentalmente a clarificar as demandas; retificar ou ratificar as 
percepções do paciente sobre suas vivências atuais; a informar e estimular o 
paciente para a realização de algumas mudanças e adaptações necessárias em sua 
vida prática; a auxiliar na redução dos sintomas físicos e psíquicos e a dar apoio 
psicológico. 
 
Caso 02: ​Relato do Caso: Transtorno de Borderline e Psicoterapia Dinâmica 
 
21 
 
Impressões Iniciais 
Na primeira sessão, Batista chegou com uma hora de atraso. Entrou na sala 
da psicoterapia, aguardando a orientação do psicoterapeuta sobre onde deveria 
sentar-se. Inicialmente, perguntou pela estagiária que o havia atendido na triagem, 
preocupando-se com a possibilidade de ter que passar, ainda, para outro terapeuta. 
É normal que o paciente faça um vínculo já com o primeiro profissional que o atende. 
Logo depois, Batista disse que não estava à vontade e que nunca havia feito terapia. 
Motivo da consulta e sintomas apresentados 
Batista apresentava as seguintes queixas: sentia-se deprimido, caótico e um 
“vazio”; auto agredia-se, chegando a machucar-se; mudava de estado de ânimo sem 
razão aparente; indecisão; falhas de memória e atenção; dificuldade em lidar com as 
perdas; buscava uma razão para tudo isso. Gostaria de não ser tão distraído e “sem 
memória”, pois tudo isto prejudicava-o em sua vida. Comparou seu funcionamento 
cognitivo com o de um computador, que, quando tem muita memória ocupada, 
funciona lentamente ao se apertar o “enter”. Disse que, talvez, isto pudesse ter algo 
a ver com alguma memória antiga, algum trauma, etc. 
As suas fantasias de cura pareciam estar ligadas as expectativas imediatistas 
de melhora de seus sintomas: gostaria de se submeter a uma hipnose ou queria ter 
uma serra para abrir sua cabeça e ver o que o incomodava tanto. 
Ideações paranoides foram detectadas logo na primeira entrevista, nos 
momentos em que o paciente relatava ter a impressão de que havia pessoas 
escutando-o atrás da porta ou olhando pela janela. O terapeuta surpreendeu-se com 
os sintomas e o sofrimento do paciente, ficando preocupado o resto do dia. Recorreu 
então à sua supervisora, bem como à sua terapeuta, que funcionava como um 
continente para as angústias. 
Hipóteses de trabalho 
 
1 Hipótese Diagnóstica: Transtorno de Personalidade Borderline. Os critérios para 
esta patologia estão de acordo com a quarta edição do Manual Diagnóstico e 
Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV, 1994/1995) 
 
2. Hipóteses Psicodinâmicas: a) dificuldade em elaborar o luto pela perda da mãe; b) 
bloqueio da afetividade; c) dificuldade para verbalizar experiências e desejos 
sexuais. 
3. Foco: Trabalhar o luto pela perda da mãe e o consequente bloqueio das emoções 
4. Atendimentos propostos inicialmente: 25; prorrogação:10; total: 35. 
 
Evolução do paciente durante o processo 
O primeiro objetivo psicoterapêutico foi, basicamente, conscientizar Batista 
sobre a sua necessidade de atendimento e os benefícios que ele poderia ter com a 
psicoterapia. Após este objetivo ter sido alcançado, o processo transcorreu melhor e, 
a cada sessão, o paciente mostrou-se mais envolvido com o tratamento. 
As expectativas imediatistas de cura do paciente foram trabalhadas, e as 
intervenções do psicoterapeuta pautavam-se na clarificação de que a psicoterapia 
22 
 
não é como um tratamento médico tradicional. É um processo, que se constrói com 
o decorrer do tempo, no qual se reelaboram aspectos da vivência pessoal, e para 
atingir tal objetivo ela exige esforço, paciência e empenho do paciente. 
 
Término do processo 
A visão de Batista sobre a terapia foi se modificando com o decorrer das 
sessões. Eis o que ele verbalizou no final: 
É bom fazer terapia, pois nessas horas eu me sinto melhor. Agora, eu sei mais quem 
eu sou. Eu me apoiei em alguma coisa...e isso me dá alívio; eu estou contente por 
ter passado um tempo e agora eu vir para cá, sem ficar achando que não vale a 
pena. Antes, eu entendia bem menos o que estava fazendo aqui. Você vai se 
descobrindo. 
 Para avaliação do término da PDB, foi aplicado o Questionário de Avaliação 
Subjetiva - QAS (Azevedo, 1988) e procurou-se complementar os dados com a 
análise dos comentários e das vivências do paciente. 
 
Conclusões 
Comofoi possível observar neste relato, o atendimento ao paciente borderline 
é desafiante. Coloca em xeque a capacidade técnica, teórica e de tolerância do 
terapeuta, bem como o próprio sistema de atendimento em saúde mental. A análise 
deste caso veio corroborar a hipótese de que é possível atender pacientes com 
transtorno de personalidade borderline dentro da PDB. No caso relatado foram 
alcançados vários objetivos, dentre os quais destacam-se: 
1) a conscientização do paciente no tocante a sua patologia e necessidade de 
tratamento; 
2) elaboração da perda de sua mãe; 
3) compreensão de alguns aspectos significativos de sua história de vida. 
A peculiaridade desta modalidade de atendimento parece estar relacionada 
ao estabelecimento de objetivos terapêuticos condizentes com as reais 
possibilidades e limites de cada paciente. 
 
Caso 03: ​Angústia infantil: um estudo de caso clínico 
 
A criança, para a psicanálise, sente tristeza, raiva, solidão, desejos 
destrutivos, vivencia conitos e é portadora de sexualidade. Isto quer dizer que a 
criança é um sujeito desejante, que demanda amor e não somente objetos que 
satisfaçam suas necessidades. No entanto, a constituição da criança começa 
mesmo antes de ela nascer, ou seja, ela já é investida pelos pais, cuidadores e pela 
família. É marcada pelo desejo inconsciente dos pais (que possuem marcas de seus 
respectivos pais), já representando algo para um e para o outro. Assim, em função 
23 
 
da história singular de cada um de seus pais, ela já possui um lugar simbólico 
demarcado na trama familiar (Priszkulnik, 2004). 
Contudo, é preciso discriminar em que fase do desenvolvimento psíquico se 
encontra a criança. Algumas manifestações sintomáticas podem surgir na criança 
em uma fase em que o aparelho psíquico pode não ter se constituído para que haja 
inscrição das representações. Com isso, essas manifestações se apresentam de 
forma transitória. Não podem ser consideradas como sintomas ou uma constituição 
patológica, mas sim como uma tentativa da criança de se organizar psiquicamente 
(Zimmermann, 1997; Zornig, 2008). 
Sendo assim, este artigo tem como objetivo discutir os processos psíquicos 
associados às manifestações de angústia e do sintoma na infância, a partir do 
estudo de caso de um menino de oito anos que manifestava intensa angústia. 
Indaga-se como esta criança poderia responder com o seu sintoma ao que há de 
sintomático na estrutura familiar. Da mesma forma, visa compreender qual a 
representação da gura materna e paterna bem como o lugar que a criança ocupa 
na trama familiar. 
 
Método 
O método adotado nesta pesquisa é o clínico-qualitativo que, segundo Turato 
(2005), compreende mais profundamente sentimentos, ideias e comportamentos de 
pacientes e também de seus familiares. Além disto, o pesquisador está incluído 
como instrumento de pesquisa, usando de seus sentidos para abranger o objeto em 
estudo. O método clínico-qualitativo é voltado em especíco para os settings das 
vivências em saúde, buscando interpretar os signicados, trazidos pelos sujeitos, 
dos múltiplos fenômenos de seus problemas. Este método aborda as relações, as 
estruturas sociais e os atos quanto à sua transformação e construção signicativa. 
Em relação a esta pesquisa, o aspecto clínico-qualitativo se insere na 
perspectiva da pesquisa em psicanálise. Conforme Iribarry (2003), a pesquisa em 
psicanálise trabalha tanto com a impossibilidade de prever o inconsciente, quanto 
com a singularidade e o estilo particular do analista (pesquisador) que se coloca 
para um outro, não incluindo a generalização. O pesquisador está em um processo 
de descoberta e revelação e até de renovação de seu campo. 
24 
 
Participante, procedimentos, instrumentos 
A presente pesquisa foi constituída pelo estudo de caso de uma criança de 
oito anos, do sexo masculino, denominado Nicolau. Ele foi encaminhado para 
atendimento na clínica-escola de uma Universidade da região metropolitana do sul 
do País. O caso foi delimitado com base nos motivos de encaminhamento, que se 
constituíram por manifestações de angústia, medos e situações associadas a 
comportamentos fóbicos. 
Primeiramente, realizou-se uma busca nos prontuários da lista de espera da 
clínica- escola. Após a identicação de crianças cujas queixas se restringiam às 
situações de medos e manifestação de angústia, foram realizados os contatos com 
os responsáveis para vericar o interesse no atendimento e a conrmação do 
sintoma. Neste primeiro contato, foi explicitado o objetivo do trabalho, e solicitada a 
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi aprovado 
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, CEP 
10/154, respeitando todas as normas da Resolução 196/96 do Ministério da Saúde. 
A criança que participou do estudo de caso tinha a possibilidade de ser 
encaminhada para seguimento do atendimento psicológico, caso necessitasse. Com 
a concordância, foram combinados os atendimentos. Inicialmente, fez-se uma 
entrevista para coletar os dados da história da criança, do sintoma e outros dados. 
As demais crianças foram encaminhadas para atendimento na Clínica. 
Teste das Fábulas 
O Teste das Fábulas, aplicado como instrumento para análise do caso, foi 
validado por Louisa Duss (cujos primeiros estudos foram feitos em 1940) e traduzido 
para o Brasil pelas autoras Jurema Alcides Cunha e Maria Lúcia Tiellet Nunes em 
1993. Pode ser utilizado na clínica para avaliação psicodinâmica com crianças, 
adolescentes e adultos. A técnica deste teste é projetiva aperceptiva (interpretação 
subjetiva da percepção), facilitando a projeção e a manifestação do material 
inconsciente. Neste teste, o sujeito faz uso da projeção, sendo possível avaliar as 
áreas da personalidade. É um instrumento qualitativo, com referencial teórico 
freudiano (Cunha & Nunes, 1993). 
Os testes projetivos, que têm como nalidade uma avaliação psicodinâmica 
da personalidade, são muito usados pelos psicólogos, com a expectativa de revelar 
25 
 
a personalidade inconsciente de seus pacientes. Com isso, as motivações pessoais, 
os conitos, as experiências de vida do paciente surgem através da projeção. Sem 
dúvida, os testes projetivos possuem um importante valor na prática clínica e nos 
contextos de avaliação psicológica, e novos estudos que se utilizem destes são 
sempre bem-vindos (Werlang, Fensterseifer & Lima, 2006). Assim, nesta pesquisa, 
foi utilizado o Teste das Fábulas como um dispositivo clínico, o que não deixa de ser 
um ato de autorização e um diferencial para a mesma. 
 
Resultados e Discussão 
Organizamos o caso clínico de Nicolau com base na história de vida do 
menino, nas sessões clínicas e na interpretação do Teste das Fábulas (Cunha & 
Nunes, 1993). Assim, apresentamos a síntese da história e das sessões, seguidas 
da análise do Teste. Por último, realizamos a discussão clínica e integração do caso. 
 
Síntese das sessões 
Nas primeiras sessões com Nicolau, ca evidente a impossibilidade do 
menino de se desgrudar das guras cuidadoras,principalmente da avó. Nos 
atendimentos que se seguem, a avó de Nicolau marca sua presença, pedindo para 
conversar em particular. Ao dizer se tratar de algo urgente, combinamos ocupar 
alguns minutos da sessão de Nicolau, mas que marcaríamos uma entrevista 
separada. Catharina relata que Nicolau não sabe ler nem escrever e que a 
professora o passou de ano por pena. O diretor pediu um exame neurológico, pois 
Nicolau demonstra, além dessas diculdades na escola, desatenção e sonolência 
em aula. 
 
Resultados do Teste das Fábulas 
A partir do levantamento dos resultados do Teste Projetivo das Fábulas, o que 
podemos observar é que Nicolau está em uma situação em que seu estado 
emocional manifesta-se de forma depressiva e triste se sobressaindo também à 
manifestação de medo. Não possam ser bem expressadas em relação aos pais, que 
ilustram as histórias. No entanto, nas respostas de Nicolau, ca evidente um 
empobrecimento simbólico, pois ele responde sem conseguir deslizar muito entre 
26 
 
seus signicantes, mantendo-se colado a um discurso que pouco deixa escapar. 
Mas neste pouco que deixa escapar, abre-se o caminho para uma possível 
intervenção nessa rede familiar que se mostra entrelaçada as fantasias que se 
manifestam sob forma de angústia em Nicolau. 
 
Considerações nais 
A análise do caso clínico permitiu identicar que as manifestações de angústia 
estavam associadas às questões da conguração familiar que colocavam Nicolau 
em uma posição de dependência da função materna (exercida pela avó) e, portanto, 
o sintoma indicava o esforço de romper com esta posição. Assim, a representação 
da função materna ligava-se a um lugar de alienação patológica, que colocava 
Nicolau em uma posição de não desejo e de não existência. O gradual envolvimento 
da função paterna permitiu a consolidação da posição edípica e a diminuição da 
sintomatologia clínica. Supomos, através dos atendimentos e do Teste Projetivo das 
Fábulas, que a representação que Nicolau tinha de sua gura materna (avó) era de 
uma gura sufocante que o colocava a mercê de suas demandas e seus desejos, 
cando alienado no lugar de objeto. A representação parental de Nicolau era de 
guras que abandonam, e do pai em especíco, como ausente, para o qual o 
menino fazia suplência como um elemento terceiro. 
Entretanto, podemos observar a complexidade da clínica infantil que engloba 
toda uma rede familiar na qual a criança encontra-se inserida, alertando-nos para a 
necessidade de um atento olhar clínico e singular diante dessas questões. 
Apontamos as limitações desse estudo, por ser um estudo de caso único, mas 
ressaltamos a importância de cada caso ser um caso de escuta singular da criança 
na clínica psicanalítica inserida em sua trama familiar, indicando as funções 
parentais como fundamentais na constituição psíquica do sujeito. A diculdade da 
clínica psicanalítica com crianças descortina a grande implicação do psicoterapeuta 
no tratamento, pois a criança, diferentemente do adulto, não se expressa (somente) 
pela fala livre. O terapeuta deve ter a implicação de escutar a criança e também 
estar aberto às demandas e fantasias parentais, sendo de grande importância para a 
condução do tratamento de orientação psicanalítica infantil e na implicação do 
sintoma. 
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