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Cola Pedagógica, Seguridade Social

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Cola Pedagógica: Disciplina Seguridade social – Política de Previdência e Assistência Social
A seguridade social no Brasil foi reconhecida como um direito somente a partir de 1988, abarcando um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à SAÚDE (universal), à PREVIDÊNCIA (contributivo, visa garantir a sobrevivência dos contribuintes e seus dependentes em caso de impossibilidade de acesso ao trabalho) e à ASSISTÊNCIA SOCIAL (A quem dela necessitar).
Os direitos da seguridade social, sejam aqueles baseado no modelo alemão bismarckiano, como aquelas influenciados pelo modelo beveridgiano inglês, tem como parâmetro os direitos do trabalho, visto que desde sua origem, essas assumem a função de garantir benefícios derivados do exercício do trabalho para os trabalhadores que perderam, momentânea ou permanentemente, sua capacidade laborativa.
A seguridade social brasileira, instituída com a constituição brasileira de 1988, incorporou princípios desses dois modelos, ao restringir a previdência aos trabalhadores contribuintes, universalizar a saúde e limitar a assistência social a quem dela necessitar.
· Universalidade da cobertura e do atendimento
· Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais
· Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviço
· Caráter democrático e descentralizado da administração, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados
Apesar de ter um caráter inovador e intencionar compor um sistema amplo de proteção social, a seguridade social acabou se caracterizando como um sistema híbrido, que conjuga direitos derivados e dependentes do trabalho (previdência) com direitos de caráter universal (saúde) e direitos seletivos (assistência).
A onda neoliberal que assolou o país a partir da década de 1990 foi determinante para o desenvolvimento de uma política econômica voltada para a rentabilidade econômica em detrimento dos avanços sociais. A crise econômica vivida no país foi conduzida por um Estado que não assumiu compromissos redistributivos e o “conceito retardatário, híbrido, distorcido ou inconcluso da seguridade social brasileira, conforme apontam importantes pesquisadores do tema7, encontrou dificuldades antigas e novas ainda maiores para se consolidar”
A assistência social e a previdência, no âmbito da seguridade social, constituem um campo de proteção que não restringem e nem limitam a lógica de produção e reprodução do capitalismo. No Brasil, sua lógica securitária determinante a aprisiona no rol das políticas, que agem mais na reiteração das desigualdades sociais que na sua redução. E mesmo essa parca conquista vem sofrendo duros golpes, que estão provocando seu desmonte, e não sua ampliação.
Em um contexto de aguda desigualdade sociais, pobreza estrutural e fortes relações informais de trabalho 
Historicamente o sistema de proteção social desde de sua origem até os dias atuais são orientados por dois modelos distintos o bismarckiano e o beveridgiano, o primeiro orientado pela a lógica do seguro social construído na Alemanha, a partir 1883, reconhecendo publicamente que a incapacidade para trabalhar devia ser protegido, as contingencias (idade avançada, enfermidades, desemprego). Passando a ampliar a ideia de cidadania e desvocalizar suas ações, antes direcionadas para pobreza extrema. Em resposta às greves e pressões do trabalhadores. Quanto ao financiamento, os recursos são provenientes, fundamentalmente, da contribuição direta de empregados e empregadores, baseada na folha de salários, revelando sua limitação e seu caráter excludente por abarca apenas aqueles ligado ao mercado de trabalho formal, que tenham contribuindo previamente, deixando de lado grande parcela da população.
Em outro contexto econômico e político, durante a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1942, é formulado na Inglaterra o Plano Beveridge, que apresenta críticas ao modelo bismarckiano vigente até então, e propõe a instituição do Welfare State. No sistema beveridgiano, os direitos têm caráter universal, destinados a todos os cidadãos incondicionalmente ou submetidos a condições de recursos, mas garantindo mínimos sociais a todos em condições de necessidade. O financiamento é proveniente dos impostos fiscais, e a gestão é pública, estatal. Os princípios fundamentais são a unificação institucional e uniformização dos benefícios.
Enquanto os benefícios assegurados pelo modelo bismarckiano se destinam a manter a renda dos trabalhadores em momentos de risco social decorrentes da ausência de trabalho, o modelo beveridgiano tem como principal objetivo a luta contra a pobreza (BEVERIDGE, 1943).
Dois modelos predominantes para os estudiosos: Quando ocorre predomínio da lógica do seguro, é identificado o sistema como sendo de seguros ou bismarckiano. Quando predominam amplos serviços não contributivos, tendem a identificá-lo como sistema beveridgiano ou de seguridade social. 
A seguridade social pode garantir mais, ou menos, acesso a direitos, quanto mais se desvencilhar da lógica do seguro e quanto mais assumir a lógica social. De todo modo, ambas são profundamente dependentes da organização social do trabalho. Nos países em que as duas lógicas convivem no âmbito da seguridade social, elas estabelecem entre si uma relação que venho designando como sendo de atração e rejeição. É a ausência de uma dessas lógicas que leva à necessidade e à instauração da outra lógica.
· Permanente e Gradual Desmonte da Seguridade Social
Praticamente todos os princípios constitucionais estão sendo desconsiderados profundamente: a universalidade dos direitos, a uniformidade e equivalência dos direitos, a diversidade de financiamento no sentido de transferir recursos do capital para o trabalho e a gestão democrática e descentralizada. Todos esses princípios estão sendo gradualmente diluídos em sucessivas contrarreformas ou medidas tidas como de natureza técnica, mas que, na verdade, têm um nítido sentido político de desestruturação da seguridade social. O princípio de seletividade e distributividade é o único que não está sendo derruído, ao contrário, está sendo colocado em prática com bastante rigor. Os caminhos desse desmonte seguem diferentes tendências.
O primeiro caminho do desmonte é o da desconfiguração dos direitos previstos constitucionalmente. Estes não foram nem uniformizados e nem universalizados. Diversas contrarreformas, como a da previdência de 1998, 2002 e 2003, sendo as primeiras no Governo Fernando Henrique Cardoso e outra no Governo Lula, restringiram direitos, reforçaram a lógica do seguro, reduziram valor de benefícios, abriram caminho para a privatização e para a expansão dos planos privados, para os fundos de pensão, ampliaram o tempo de trabalho e contribuição para obter a aposentadoria.
A tendência mais recente na previdência é a proposta de desvinculação dos benefícios previdenciários do salário mínimo, o que permitiria reduzir seus valores progressivamente.
No âmbito da política de saúde, os princípios do SUS, É notória a falta de medicamento, ausência de condições de trabalho, de orçamento e de capacidade de absorção das demandas, o que se evidencia nas longas filas de espera por uma consulta ou internação.
A política de assistência social, por sua vez, não conseguiu superar a histórica focalização em segmentos ditos hoje “vulneráveis” ou nas chamadas “situações de risco”. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) tem se caracterizado como gestão da escassez, decorrente de uma política econômica que prioriza o pagamento dos juros da dívida Os recursos federais repassados aos municípios para realização dos serviços socioassisteneciais são cada vez mais reduzidos.
O segundo caminho do desmonte é a fragilização dos espaços de participação e controle democrático previstos na Constituição, como Conselhos e Conferências. Enquanto instâncias deliberativas e participativas.
Esse quadro revela que a seguridadesocial brasileira, fruto das lutas e conquistas da classe trabalhadora, é espaço de fortes disputas de recurso e de poder, constituindo-se em uma arena de conflitos. A defesa e ampliação dessas conquistas e o posicionamento contrário às reformas neoliberais regressivas são desafios permanentes e condições para consolidação da seguridade social pública e universal.
As políticas sociais brasileiras desenvolveram-se, a partir do início do século passado, por um período de cerca de 80 anos, configurando um tipo de padrão de proteção social só alterado com a Constituição Federal de 1988. O sistema de proteção social brasileiro, até o final da década de 1980, combinou um modelo de seguro social na área previdenciária, incluindo a atenção à saúde, com um modelo assistencial para a população sem vínculos trabalhistas formais. Datam desta época a criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP) em substituição às Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), a Legião Brasileira de Assistência (LBA), o Ministério da Educação e Saúde, o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP).
A Constituição de 1988 avançou em relação às formulações legais anteriores, ao garantir um conjunto de direitos sociais, expressos no capítulo da Ordem Social, inovando ao consagrar o modelo de Seguridade Social como “um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social7” (Título VIII, Capítulo II, Seção I, art. 194). A inclusão da previdência, da saúde e da assistência como partes da seguridade social, introduz a noção de direitos sociais universais como parte da condição de cidadania, sendo que antes eram restritos à população beneficiária da previdência. O novo padrão constitucional da política social caracteriza-se pela universalidade na cobertura, o reconhecimento dos direitos sociais, a afirmação do dever do Estado.
A nova agenda incorporou uma intensa discussão pública em torno da sustentabilidade financeira do sistema em virtude das significativas mudanças no mundo do trabalho, fatores de natureza demográfica, além do crescimento dos questionamentos em relação à generosidade do sistema, à manutenção de privilégios para alguns setores e suas distorções gerenciais. Em toda a América Latina e, em particular, no Brasil vivia-se, neste momento, uma grave crise econômica que exigia uma série de reformas, algumas profundas. É na esteira do discurso reformista, de cunho marcadamente neoliberal, ditado pela orientação ortodoxa na economia nos últimos anos, que se desenvolveram os debates acerca da necessidade de reorganização do modelo de seguridade.
· Continuidade e ruptura
A constituição da Seguridade Social como um campo de práticas políticas evidencia-se na emergência de novos atores políticos. Como os Conselhos. 
Diferentemente do projeto neoliberal, que reduzia o compromisso estatal nas políticas sociais porque pretendia incentivar a ampliação dos mercados nos setores sociais, esta visão desenvolvimentista é ingênua ao supor que o crescimento econômico propiciará a inclusão social de grande parte da população, além daquela que será subsidiada diretamente pelo Estado. É neste contexto, que se coloca de novo a necessidade de fortalecimento da Seguridade Social, como formato de inclusão social não apenas no mercado, como produtor ou consumidor, mas na condição de cidadania.
· Política de Previdência Social 
Breves registros histórico do desenvolvimento do sistema previdenciário no Brasil:
Gênese: No Brasil, inicialmente surgiram Sistemas análogos ao previdenciário surgiram a partir de 1888 beneficiando principalmente setores que eram importantes para o império: os funcionários dos correios, da imprensa nacional, das estradas de ferro, da marinha, da casa da moeda e da alfândega. 
Mas é só em 1923 que o Brasil vê o ponto de partida da história da Previdência social como conhecemos hoje, com a aprovação da Lei Eloy Chaves, que na verdade é o Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923, o País adquiriu um marco jurídico para a atuação do sistema previdenciário, que na época era composto pelas Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAPs. A Lei Eloy Chaves tratava especificamente das CAPs das empresas ferroviárias, pois seus sindicatos eram bem mais organizados e possuíam maior poder de pressão política. O objetivo inicial era o de apoiar esses trabalhadores durante o período de inatividade.
Apesar das políticas e leis anteriores a 1923, esse marco abre o precedente para que o benefício seja estendido para outros setores através de novos sistemas.  No período até 1934, foram estendidos os benefícios à portuários, telegráficos, servidores públicos e mineradores.
ERA VARGAS E CONSTITUIÇÃO DE 1934:
Durante a Era Vargas, ocorrem muitas mudanças no contexto do trabalho brasileiro. Em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que passou a cuidar das questões relacionadas à previdência. O crescimento da população urbana e a ampliação do sindicalismo.
A partir de 1933 – transformação das CAPs em Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) -> extensão dos benefícios a (quase) todas as categorias de trabalhadores urbanos; Das CAPs para os IAPs: desvinculação das empresas/regiões para cobertura nacional da categoria profissional, com custeio tripartite (Estado/trabalhadores/empregadores); Nos IAPs, os trabalhadores eram organizados por categorias profissionais (modelo Bismark – seguro doença). Onde na constituição de 1946, que introduz o termo “Previdência Social” e o tríplice custeio com fomento de criação de leis previdenciárias.
Rapidamente os institutos representantes de categorias com renda superior se tornaram politicamente fortes, pois dispunham de mais recursos financeiros e políticos. Tal fato gerou um problema de distorção entre os diversos institutos, com categorias efetivamente representadas e outras sub-representadas. Dessa forma, era clara a necessidade de um sistema previdenciário único.
A PREVIDÊNCIA NOS ANOS 60 E NA DITADURA MILITAR
A Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS, que unificou a legislação referente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões. Posteriormente, criando o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. O INPS - uniformização dos institutos e dos benefícios; – afastamento dos trabalhadores e centralização do poder dos IAPs no Estado; unificou as ações da previdência para os trabalhadores do setor privado, exceto os trabalhadores rurais e os domésticos. No decorrer da década de 1970, a cobertura previdenciária expandiu-se com a concentração de recursos no governo federal, especialmente devido às seguintes medidas: em 1972, a inclusão dos empregados domésticos; em 1973, a regulamentação da inscrição de autônomos em caráter compulsório; em 1974, a instituição do amparo previdenciário aos maiores de 70 anos de idade e aos inválidos não-segurados (idade alterada posteriormente); em 1976, extensão dos benefícios de previdência e assistência social aos empregadores rurais e seus dependentes.
Na década de 70, inovações importantes aconteceram na legislação previdenciária, disciplinadas por vários diplomas legais, surgindo a necessidade de unificação, que de fato ocorreu com a CLPS (Consolidação das Leis da Previdência Social) em 24/01/1976, por meio do Decreto nº 77.077. No ano seguinte, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS.
Crise financeira do Estado e movimentos de luta pela redemocratização – Dec. 1970: crise econômica internacional e nacional (crise do modelo econômico implementado pela Ditadura); – Alto índice de desemprego -> crise no modelo de saúde previdenciário e na previdência social – No Brasil, grande concentração de renda e iniquidades sociais; – Denúncias sobre fraudes no âmbito do INPS.
Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SIMPAS) era composto polos, IAPAS Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social INAMPS InstitutoNacional de Assistência Médica da Previdência Social INPS Instituto Nacional de Previdência Social LBA Fundação Legião Brasileira de Assistência FUNABEM Fundação Nacional do bem estar do menor CEME Central de Medicamentos DATAPREV Central de dados da Previdência social.
A criação da Constituição de 1988 estabelece um conjunto de ações envolvendo Saúde, Assistência e Previdência Social usando o termo “Seguridade Social”. É nesse momento que se estabelece a previdência como conhecemos hoje, mantendo seu aspecto de arrecadação entre empregadores e empregados, mas delegando ao Estado o papel de organizar e distribuir os recursos de acordo com a legislação.
O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS foi criado em 27 de junho de 1990, durante a gestão do então presidente Fernando Collor de Melo, por meio do Decreto n° 99.350, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social – IAPAS com o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, como autarquia vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS, atual Ministério da Previdência Social – MPS.
Em 1991 – A Lei Orgânica da Previdência Social nº. 8.212 dispôs sobre a organização da Seguridade Social e instituiu seu novo PLANO DE CUSTEIO. A Lei 8.213 instituiu o PLANO DE BENEFÍCIOS da Previdência Social.
· PARA REFLETIR
Se a Previdência social brasileira tem caráter contributivo, o que a aproxima do modelo de “seguro social”, Porque a política de previdência social é considerada uma política de seguridade social? Porque, apesar de ser um sistema contributivo que requer base de cálculo atuarial para garantir sua sustentabilidade, ela não está separada do modelo solidário e distributivo da Seguridade Social já que a contribuição a ela requerida não é, necessariamente, feita sob o salário do trabalhador, como no sistema de capitalização.
Qual o conceito de Previdência Social? (Lei n. 8.212, art. 3 – Lei n. 8.213, art. 1) “A previdência social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente”.
Quais são os princípios e objetivos da Previdência Social? I- Universalidade de participação nos planos previdenciários; II- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; IV- Cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente; V- Irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo; VI- Valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-decontribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; Nota: Apesar da previdência social possuir este princípio, existem benefícios com valor inferior ao mínimo (ex. salário-família e o auxílioacidente), VIII- Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados.
A estrutura geral do Sistema Previdenciário Brasileiro como foco o Regime Geral de Previdência Social: 
· Previdência Social Brasileira: os três regimes existentes
 Regime Geral – RGPS; Regime Próprio – RPPS que possuem um caráter público e obrigatório e por último o Regime Privado Complementar de caráter privado, facultativo e autônomo. “Seguro público, coletivo, compulsório, mediante contribuição, que visa cobrir riscos sociais como incapacidade, idade avançada, encargos de família, morte e reclusão”. Podemos exemplificar os segurados obrigatórios como aqueles indivíduos empregados, trabalhadores avulso, contribuinte individual e de segurados facultativos são aqueles que não recebem remuneração diretamente como as donas de casa, estudantes etc.
Os beneficiários da Previdência Social: 
Segurados – o próprio contribuinte usufrui o benefício. 
Dependentes – pessoas que podem usufruir o benefício. Dividem-se em 3 classes:
Classe I – cônjuge, companheiro, filho menor de 21 anos e não emancipado (inclusive enteado ou tutelado) ou inválido;
Classe II – pais.
Classe III – irmão menor de 21 anos ou inválido.
PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS OU BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Segurados - Aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade, auxílioacidente, auxílio doença, auxílio acidente etc.
Dependentes - Pensão por morte, auxílio reclusão.
Ambos - Reabilitação Profissional Serviço Social Abono Anual (décimo terceiro salário ou gratificação natalina) 
Serviços do INSS
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL - Serviço da Previdência Social que tem o objetivo de oferecer, ao segurados incapacitados para o trabalho (por motivo de doença ou acidente), em caráter obrigatório, os meios de reeducação ou readaptação profissional para o seu retorno ao mercado de trabalho.
 SERVIÇO SOCIAL - Compete ao Serviço Social esclarecer junto ao beneficiário seus direitos e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade. § 1: será dada prioridade aos segurados em beneficio por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
· Política de Assistência Social 
1º: Breve história da política de assistência social no Brasil: da caridade aos direitos.
· Vocês se lembram como e quando a Assistência Social passou a ser reconhecida como política pública de direitos? A CF 88 e a ruptura com uma trajetória da política vinculada à caridade, filantropia e assistencialismo.
· Experiência colonial e a escravidão prolongada deixaram marcas no sistema protetivo.
· A assistência aos pobres foi marcada por: um caráter filantrópico e caritativo, sob a liderança da Igreja e dos chamados “homens bons”, e tinha por atividade principal o recolhimento e a distribuição de esmolas.
Qual o modelo de proteção social construído na história do Brasil? Surge no Brasil nos meados do século XX; Desenvolveram-se a partir da década de 1930 tendo como base o Seguro Social, ou seja, a proteção social contributiva – CAPs; Excluiu os grupos sociais não participantes do mercado formal de trabalho; Processo perpassado pelas lutas sociais por garantia de direitos humanos e sociais no Brasil.
A Assistência Social se configura enquanto uma estratégia frente ao cenário de desigualdade e negação de direitos de uma ampla maioria populacional, gerada pelas contradições do sistema capitalista. Tem sua gênese vinculada a filantropia e a benesse, porém após a constituição de 1988 é reconhecida enquanto direito de responsabilidade estatal e componente da seguridade social.
Trata dos objetivos da Assistência Social:
Art. 203. A ASSISTÊNCIA SOCIAL será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
· A proteção e amparo à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice
· A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e idosos na promoção de sua integração à vida comunitária
· A promoção da integração ao mercado de trabalho
Definiu a Assistência Social como política pública não contributiva de proteção social que compõe o tripé da seguridade social, que visa garantir mínimos sociais para proteção das pessoas que dela necessitar.
Marcos legais e operacionais:
Lei 8.212/91 – Lei Orgânica da Seguridade Social –trata da organização da Seguridade Social e seu custeio; 
 Lei 8.742/93 – Dispõe sobre a organização da Assistência Social – LEI ORGANICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS) - institui e define o perfil da política de assistência social e lhe dá sustentação legal.
 Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social nº145/2004 – Política Nacional de AssistênciaSocial - desenvolve e detalha a política de assistência social de acordo com as definições da LOAS, traçando o seu direcionamento em termos de gestão, serviços, controle, financiamento.
 Norma Operacional Básica – NOB/SUAS/2005 e 2012 
 Lei nº 12.435/2011 – Altera a LOAS e institui o SUAS. - Cria instrumentos de operacionalização da lei e da política; • Intermediando este processo dão elaboradas leis complementares (Portaria, Resoluções, Decretos) que regulamentam ações de gestão, serviços, controle, financiamento da política de assistência social.
Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993/1995)
“A assistência social é direito do cidadão e dever do Estado, é política de seguridade social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativas pública e da sociedade para garantir o atendimento às necessidades básicas” 
A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) demorou cinco anos para ser promulgada (Lei 8.742/93), instituindo o Conselho Nacional de Assistência Social, responsável pela política nacional e pela gestão do fundo nacional de assistência social.
· Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS (2003) – modelo descentralizado
· Política Nacional de Assistência Social – PNAS (2004)
· Sistema Único de Assistência Social – SUAS (2005)
DOIS TIPOS DE PROTEÇÃO:
1. Proteção Social Básica - prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social.
2. Proteção Social Especial - destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, etc
· Centro de Referência a Assistência Social - CRAS
· Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS
· Regulamentação do Cadastro Único - Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007
Aspectos e dimensões estruturantes da Proteção Social prevista na Política de Assistência Social
 A problematização da não aceitação das diferenças enquanto ponto de restrição de direitos e de acesso à cidadania. A desnaturalização das desigualdades, das relações assimétricas* de poder hegemônicas e de dominação e das violações que os afetam. Segmentos populacionais historicamente marcados pelo preconceito, pela discriminação e pela marginalização de suas identidades, escolhas e desejos, passam a ter visibilidade e representatividade – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL.
CF88 e a PNAS: Ruptura com a perspectiva do assistencialismo e busca pela consolidação da Assistência Social como uma política de acesso a direitos, para pensar o Brasil, atualmente, não podemos nos esquecer das marcas da longa história de colonização, escravidão, lutas pela independência, clientelismo, autoritarismo e favor.
Perspectiva assistencialista
Sujeito de ajuda Concebida como ajuda, benesse e favor Responsabilidade da igreja e de “pessoas de bem” Incentivo à criação de instituições de caridade públicas e privadas Ênfase em ações de natureza filantrópica, com apoio estatal por meio de isenções fiscais, Ações planejadas e coordenadas pelas primeiras-damas Decisões em gabinete Incentivo ao trabalho voluntário Determinando ações e tratando as pessoas como tuteladas. Controle das instituições privadas sobre os usuários da assistência
Perspectiva socioassistencial
Sujeito de direitos Concebida como DIREITO SOCIAL Responsabilidade estatal (gestão e financiamento) com participação (controle social) Incentivo à criação de equipamentos estatais (CRAS e CREAS) Ênfase em ações de natureza pública financiamento público (dos entes federados) e comando único em cada esfera de governo, Responsabilidade do Estado, pela formulação e controle das ações políticas Criação e fortalecimento de espaços de participação e de deliberação Garantia de profissionais qualificados para a realização dos serviços com qualidade. Responsabilidade do Estado, pela formulação das políticas e pelo controle das ações Exerce controle social sobre o Estado e a rede socioassistencial.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DO SUAS
UNIVERSALIDADE: Todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela necessitar; GRATUIDADE: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou contrapartida; INTEGRALIDADE DA PROTEÇÃO SOCIAL: oferta das provisões em sua completude, por meio de conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassisteneciais; INTERSETORIALIDADE: Integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas e órgãos setoriais; EQUIDADE: Respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social.
DIRETRIZES ESTRUTURANTES
TERRITORIALIZAÇÃO; RELAÇÃO ESTADO E SOCIEDADE CIVIL; CONTROLE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL; CENTRALIDADE NA FAMÍLIA; PRIMAZIA DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA E COMANDO ÚNICO COFINANCIAMENTO COMPARTILHADO.
O SUAS se materializa através das três funções da política de Assistência Social: vigilância socioassistencial – busca analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidade e riscos sociais. Defesa social e institucional – garantia de plano acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassisteneciais. Proteção social – garantia de vida, redução de danos e à prevenção da incidência de riscos.

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