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Dispositivos ortodonticos

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Dispositivos utilizados na Ortodontia Preventiva e Interceptiva
Mantenedores de Espaço 
 Mantenedores de espaço são dispositivos que requerem, majoritariamente, a colocação de bandas ortodônticas ou coroas, colocadas nos dentes adjacentes ao espaço perdido e é unida através de artifícios simples, como a soldagem de arames, que encerram o espaço edêntulo. No entanto, dependendo dos casos, estes dispositivos podem incorporar artifícios mais complexos. (Mendonza, A., 2004; Silva, C., 1988). 
Silva, C. (1988) defende que, a menos que a criança não seja colaborante, a utilização sistemática destes dispositivos não é justificável, pois além de haver a possibilidade de aumentar a incidência de carie e doença periodontal, requerem um conhecimento mais profundo e especializado. 
 Para Odontopediatra e Ortodontista, a uma preocupação com a perda precoce dos dentes decíduos, esta fundamenta se na perda de espaço que pode ocorrer no arco dentário com a inclinação dos dentes adjacentes para o espaço criado. Sendo assim, o sucessor permanente, sem espaço livre, desvia sua trajetória de irrupção, irrompendo por vestibular ou lingual no arco dentário, ou permanece impactado, determinando, assim, uma má-oclusão.
Os mesmos podem ser fixos ou removíveis, os primeiros sendo confeccionados em aço inoxidável e fixado aos dentes e os removíveis são confeccionados. em resina acrílica
GUEDES-PINTO (1990), MOVERS (1991), KORYTNICK NASPITZ, FALTIN (1994), PROFFIT, FIELDS (1995), CORRÊA (1996) classificaram os diferentes tipos de mantenedores de espaço
Fixos: 
a) Banda - alça, 
b) Coroa - alça; 
c) Arco lingual ou palatino; 
d) Guia de erupção do primeiro molar permanente; 
e) Colagem direta;
GALVÃO(1986) classificou os mantenedores em: Fixos: 
a) Funcional
 - Coroa-barra 
- Banda -barra 
- Mantenedor "rompe - forças" 
(b) Não - Funcional.
 - Mantenedor de Mayne
. - Mantenedor de espaço de Gerber.
 - Mantenedor tipo braço-de-alavanca
 - Arco lingual fixo.
Removível 
a) Mantenedor de espaço de acrílico;
Mantenedores de espaço Fixo
 Indicações
Estes tipo de mantenedores de espaço estão indicados em várias situações, como: perda de um único molar na arcada, quando uma coroa está indicada para a reabilitação de um dente que se pretende utilizar como pilar, pacientes alérgicos à resina e pacientes não colaborantes.
São indicados para: 
• crianças com perdas de um ou mais dentes na região anterior e/ou posterior; 
• pacientes não colaboradores. 
1.2 Vantagens e desvantagens 
Como todo aparelho ortodôntico sempre há vantagens e desvantagens, sendo elas: 
(A) Vantagens:
• não depende da colaboração do paciente;
 • fácil construção e higienização
(b) Desvantagens: 
. • não evita a extrusão do dente antagonista; 
• não restabelece a mastigação (região posterior) 
 Banda-alça 
 A banda-alça constitui um aparelho fixo unilateral indicado para a manutenção de espaço na regido posterior. Freqüentemente usado para manter o espaço do primeiro molar decíduo antes da erupção do primeiro molar permanente. Pode ser usado também para manter o espaço do primeiro molar decíduo ou do segundo molar decíduo, mesmo após a erupção do primeiro molar permanente. É ideal para a manutenção isolada do espaço unilateral. Os autores não recomendaram a fixação de um fio rígido ou flexível através do espaço sem dente.
Os requisitos da banda-alça são: 
a) a alça deve ser larga o bastante vestibolingualmente, para permitir a erupção do pré-molar, sem que o aparelho tenha que ser removido;
 b) a alça deve estar bem próxima A crista, sem atingir os tecidos moles; 
c) não deve restringir nenhum movimento fisiológico ou ajuste dos dentes adjacentes, tal como o ajuste lateral dos caninos decíduos que acompanha a erupção dos incisivos permanentes e proporciona espaço anterior para os incisivos.
Entre as vantagens da banda-alça, os autores afirmaram ser este tipo de mantenedor muito eficaz, quando usado corretamente onde indicado. Além de ser de fácil confecção e ajustar-se facilmente As mudanças da dentição. Os autores recomendaram remover as bandas a cada ano para que o dente possa ser examinado e aplicado flúor sobre ele. Porém, não há necessidade de remover ou recimentar anualmente, quando o cimento usado na cimentação for um cimento que libere flúor. Todavia, independente do cimento usado, as bandas devem ser verificadas a cada visita do paciente para, no caso de as bandas 
estarem soltas, essas serem recimentadas.
PINKHAN (1996) indicou o uso da banda-alça em duas circunstâncias: 
a) perda unilateral do primeiro molar decíduo antes ou depois da erupção do primeiro molar permanente; 
b) perda bilateral de um molar decíduo antes da erupção dos incisivos permanentes.
 Coroa-Alça
Definido como mantenedor de uma alça feita com um fio ortodôntico soldada a uma coroa de aço para manter o espaço que foi perdido devido à perda precoce de um molar decíduo. O mantenedor fixo coroa - alça é uma variação do dispositivo banda alça e no qual a alça mantenedora é soldada, não a uma banda, mas a uma coroa cromada. Esta variação apresenta vantagens e desvantagens similares ao da banda alça, mas apenas está indicada nos casos em que a coroa do dente pilar que irá suportar a banda esteja bastante destruída devido a lesões de cáries extensas, com necessidade de uma grande restauração da coroa dentária. Desta forma, além de garantir um bom suporte para a alça, restabelece a função do dente destruído. Quando deixar de existir a necessidade de preservar o espaço, pode cortar-se a alça ficando apenas a coroa como forma de restauração do dente, sendo considerada uma grande vantagem deste dispositivo (Laing et al, 2009; Fields, 2007; Silva et al, 2007; Hubertus et al, 2002; Paixão et al,2003).À semelhança do dispositivo anteriormente referido, a coroa – alça apresenta múltiplas desvantagens, tais como: a necessidade de preparar o dente suporte para receber a coroa de aço inoxidável; o fato da sua remoção para fazer ajustes na alça ser difícil; a possibilidade de inflamação gengival quando a morfologia dentária não apresenta contornos bem definidos; o elevado custo e o risco de caries em pacientes com higiene oral deficiente (Pinkham, J., 1996; Mcdonald, R., 2001; Campbell, 2005; Guedes Pinto, A. C., 2003).
Arco lingual de Nance
Definições mais atuais do arco lingual demonstraram o recente conceito do tipo fixo que ultimamente é o mais empregado. Para GIANCOTTI et al. (1990), o arco lingual é um dispositivo fixo que permite a manutenção do espaço sem necessitar da colaboração do paciente. Segundo GUEDES-PINTO (1990) o arco lingual é um mantenedor de espaço fixo, constituído de um arco passivo que tangencia a face lingual dos dentes inferiores na altura dos terços cervicais, sendo que suas extremidades são soldadas.
MOYERS (1991) descreveu o arco lingual como um arco redondo de 0,032 a 0,040 polegadas (0,8 a 1,0mm) diâmetro,que é adaptado próximo às faces linguais dos dentes e soldado às bandas, geralmente nos primeiros molares permanentes. Considerou o (>4 aparelho mais usado, principalmente durante a dentição mista. 
MOYERS (1991) indicou a utilização do arco lingual frente A. perda de caninos deciduos, a fim de prevenir a inclinação lingual dos incisivos inferiores e conseqüentemente a diminuição do perímetro do arco, assim como, o aumento do "overjet" e "overbite". Para perdas múltiplas de molares decíduos, o arco lingual também é o dispositivo escolhido pelo autor, e classificou o arco lingual em semi-fixo e fixo. 0 arco semi-fixo é adaptado nos encaixes das bandas molares usado como um dispositivo ativo para recuperar espaço, ou passivo, para manter o perímetro do arco. Já o arco lingual fixo soldado as bandas 6, as vezes, chamado de arco de contenção. 0 autor sugeriu modificações para o arco lingual, como:
 a) arco com alça lingual, onde a alça é confeccionada próxima ao ponto de fixação do arco banda, permitindo ajustes no comprimento do arco, reposicionamento e rotação de molares; 
b) arco lingual de Porter, que consiste numa adaptação útil do arco lingual utilizadana correção de contrações suaves da maxila e mordidas cruzadas posteriores. Que tal dispositivo mantém o perímetrodo arco. Nadam dos primeiros molares inferiores.
 Botão Palatino de Nance
Desenvolvido inicialmente por Nance em 1947, é um dispositivo maxilar fixo, individualizado,passivo e não funcional, estando especialmente indicado para perdas múltiplas e bilaterais de molares decíduos superiores ( Laing et al., 2009; Paixão et al., 2003; Kupietzky et al., 2007) É composto por um arame de aço de calibre 0,9 mm, o qual se estende posteriormente até às bandas cimentadas nos primeiros molares permanentes e se insere a nível anterior num botão acrílico em contacto com a zona mais ântero-superior da abóbada palatina. Porém, este deve permanecer afastado 2,0 mm do palato, deixando espaço suficiente para o botão de resina acrílica (Laing et al., 2009; Fields, H.W., 2007).O Botão Palatino de Nance apresenta uma estrutura semelhante ao Arco Transpalatino, diferenciando-se deste por apresentar uma porção central de acrílico colocada no palato. Apresenta, no entanto, maior estabilidade relativamente ao Arco Transpalatino, veste este possuir uma ancoragem adicional no palato (Laing et al., 2009).
Este é um mantenedor de espaço eficaz, que de forma passiva impede a mesialização dos molares, sem contactar ou influenciar na posição dos incisivos superiores. Contudo, apresenta duas desvantagens: o apoio acrílico palatino que dificulta a higienização, promovendo a acumulação de bactérias ou restos alimentares, que por sua vez, poderão originar irritação, inflamação e dor, e a necessidade de se estar perante um palato profundo que permita a sua correta aplicação. 
 Guia de erupção distal
 O guia de erupção distal (distal shoe) é geralmente usado para manter o espaço do primeiro molar permanente. Trata-se de um mantenedor de espaço mais complicado, porque a extremidade do metal é normalmente inserida na linha da gengiva para evitar que o espaço se feche.
 Mantenedores de Espaço Removíveis
Os mantenedores de espaço removíveis são dispositivos econômicos e de fácil construção, formados por uma placa de resina acrílica que recobre a mucosa, tendo também a possibilidade de incluir dentes artificiais e planos de inclinação ou elevação. Independentemente, do tipo de dispositivo utilizado, os principais objetivos e exigências que um mantenedor de espaço deve cumprir são:
 Preservar o espaço, mantendo os diâmetros mesiodistal e cervico-oclusal adequado ao dente perdido;
 Manter a função;
 Não deixar ocorrer giro-versão;
 Não influenciar na erupção do permanente sucessor nem no crescimento e desenvolvimento das arcadas dentárias;
 Prevenir o princípio da maloclusão e hábitos parafuncionais;
 Controlar a erupção do dente permanente sucessor de forma que não sofra desvios,
ficando correctamente posicionado no plano oclusal;
 Corrigir e resistir à função mastigatória;
 Impedir a extrusão do antagonista e a mesialização dos adjacentes;
 Não influenciar na fonética;
 Preservar os tecidos moles adjacentes;
 Ser simples e de higienização fácil, de forma a que a acumulação de placa bacteriana seja reduzida impedindo o aparecimento de cáries e doença periodontal;
 Favorecer a reintegração da criança no meio social, melhorando as suas condições psicológicas;
 Ser económico e estético;
 Ser resistente e permitir reparos.
Indicação 
• crianças com perdas de um ou mais dentes na região anterior e/ou posterior; 
• pacientes colaboradores; 
• prevenção de hábitos bucais deletérios.
 Vantagens 
• aparelho de fácil construção; 
• facilita uma correta higienização; 
• restabelece a dicção, fonação, estética e mastigação;
 • mantém ou restaura a dimensão vertical
Desvantagens
 • depende da colaboração do paciente e dos pais.
Barra Palatina
A barra transpalatina foi desenvolvida em 1972 e desde então, vêm sendo utilizada em diversas situações clínicas, fazendo parte da rotina dos tratamentos ortodônticos. É um recurso fundamental no tratamento ortodôntico devido a sua capacidade de induzir e controlar diversos tipos de movimentos, sem a necessidade de grande colaboração na sua utilização por parte do paciente (RAMOS et al., 2000). Este dispositivo pode ser utilizado tanto passiva quanto ativamente. A aplicação passiva tem por objetivos o controle de ancoragem e/ou evitar efeitos colaterais que possam resultar da mecânica empregada. Pode ainda, servir como mantenedor de espaços em casos de extrações ou perda precoce dos dentes superiores (KANASHIRO, FANTINI, 2002; NOBRE, LOPES, 2006). 
Biomecânica 
Em sua aplicação ativa pode realizar movimentos dentários, tais como: rotação, expansão, contração, distalização, pois é capaz de movimentar os molares nos três planos do espaço, podendo prevenir, interceptar e/ou corrigir o mau posicionamento dos molares superiores (KANASHIRO, FANTINI, 2002; NOBRE, LOPES, 2006). Desta forma, é importante entender seu mecanismo de ação para que se possa usufruir de todas as opções de ativações que este aparelho possibilita, neutralizando os efeitos colaterais indesejados. A direção da alça do dispositivo pode promover diferentes tipos de movimentos, dentre eles, a mesialização ou distalização dos molares, de acordo com a necessidade de tratamento (KANASHIRO,FANTINI, 2002).
A barra transpalatina pode ser utilizada como mantenedor de espaço na região posterior superior para perdas dentárias uni ou bilaterais 
 Vantagens
 • fácil construção e fácil higienização; 
• baixo custo. 
Desvantagens
 • não restabelece a função;
 • incomoda a língua.
Recuperador de espaço com mola 
Os recuperadores de espaço são dispositivos dinâmicos, cuja finalidade é recuperar espaços nos casos em que o diâmetro mesiodistal, destinado ao dente permanente em fase de erupção, foi perdido parcialmente ou totalmente (ALENCAR et al., 2007). 
O aparelho deve seguir alguns princípios básicos, tais como: ser construído de maneira que minimize o movimento recíproco dos dentes de suporte, a menos que este movimento seja desejado; a força deve ser aplicada no ponto de direção correto para evitar rotações, traumas e interferências oclusais; movimentos complexos deveriam ser evitados porque estes não são facilmente tolerados pelos pacientes, especialmente com aparelhos removíveis. 
Principais Recuperadores de Espaço Utilizados
a) Mola simples;
b) Mola de Benac;
c) Mola de secção aberta.
Mola simples: placa de resina acrílica com grampos de retenção Adams, auxiliares e arco vestibular de Hawley como elementos estabilizadores, e como componente ativo, mola simples ou digital confeccionada com fio de aço inoxidável de 0,6 mm de diâmetro.
Indicação: indicado para recuperar espaço nas regiões anterior, posterior, superior e inferior.
Ativação: a ativação é realizada no helicóide e deve ser de, aproximadamente, metade da face incisal do dente correspondente, a cada 15 ou 21 dias, até se obter o espaço desejado.
Mola de Benac: placa de resina acrílica com grampos de retenção Adams, auxiliares e arco vestibular de Hawley como elementos estabilizadores, e como componente ativo, a mola de Benac construída com fio de aço inoxidável de 0,8 ou 0,9 mm de diâmetro.
Indicação: a indicação do aparelho está restrita às regiões posterior superior ou inferior, devido ao diâmetro do fio.
Ativação: a ativação não deve ultrapassar a metade do diâmetro mesiodistal do dente em questão, com controle de 15 a 21 dias até se obter o espaço desejado.
Mola de secção aberta
Componentes: braquetes colados nos dentes adjacentes à perda de espaço, fio ortodôntico de aço inoxidável de 0,5 mm de diâmetro e mola de secção aberta.
Indicação: para as regiões anterior e posterior, pois é um tipo de ancoragem intrabucal, intramaxilar e recíproca.
Ativação: deve ser cortado um pedaço de mola correspondente ao espaço de mesial a mesial dos braquetes mais 4 ou 5 mm aproximadamente.
 Quadrihélix
O quadrihélice é um aparelho de expansão fixo que não depende da colaboração do paciente, permitindo uso contínuo, diminuindo assim o tempo de tratamento quando comparado aos aparelhosremovíveis. Juntamente com o arco utilidade e as mecânicas seccionais, o aparelho quadrihélice tornou se parte integrante da técnica bioprogressiva, pois confere rapidamente uma forma harmoniosa ao arco superior, a qual repercute no arco inferior. O aparelho quadrihélice foi introduzido por Ricketts em 19752 , e é uma modificação do aparelho “W”, de Porter. A grande modificação criada por Ricketts no aparelho de Porter foi a confecção de quatro loops helicoidais, os quais acrescentaram um adicional de fio que varia de 40 a 50mm. Tal modificação teve o propósito de suavizar a magnitude de força e promover, desse modo, uma ação mais contínua (devido ao maior alcance de ativação pelo fato de o fio ser mais longo), bem como uma série de outras modificações, que serão descritas neste artigo. 
O quadrihélice deve ser soldado nas bandas dos primeiros molares superiores (embora alguns clínicos o utilizem encaixado nos tubos palatinos das bandas dos molares superiores), devendo seus braços, que se localizam na região do palato, atingirem os caninos decíduos ou permanentes. Os dois loops helicoidais posteriores devem ser bem adaptados ao palato para não agredirem a língua e tão pouco o músculo palato-faríngeo; além disso, o seu segmento anterior deve ser contornado – não confeccioná-lo reto – assentando sobre a primeira rugosidade do palato; assim como as ativações devem ser feitas no segmento lateral e não no segmento.anterior do aparelho, para não interferir no posicionamento da língua
O aparelho quadrihélice expande menos a maxila que o expansor de Haas, pois tem sido observado que ele produz forças no alcance de 2 a 6 newtons.Esses níveis de força estão bem abaixo daqueles mostrados pelo expansor de parafuso.
Elástico cruzado 
O uso de elásticos em Ortodontia, iniciado no final do século XIX, tem sido incrementado com a melhora de suas propriedades. Muito utilizados como substitutos às ligaduras metálicas, na movimentação dentária para retração de dentes e fechamento de espaços, na correção de relações interarcos e também como auxiliares na utilização de aparelhos extrabucais, os elásticos ortodônticos apresentam-se como importantes instrumentos na obtenção de resultados favoráveis no tratamento ortodôntico.
 Tipos e propriedades:
De acordo com o material de fabricação, existem dois tipos de elásticos ortodônticos: os de borracha e os sintéticos. Os elásticos de borracha ou látex são obtidos a partir da extração vegetal, seguido por um processo de fabricação até a obtenção do produto final. Atualmente,são muito utilizados como auxiliares em aparelhos extrabucais, máscaras faciais, além da aplicação como elásticos intermaxilares para correção da relação ântero-posterior, da linhamédia e da intercuspidação.
 Degradação da força:
Boa parte dos dispositivos ortodônticos utilizados para empregar forças e, conseqüentemente movimentar dentes, não apresenta uma força constante. Com o decorrer do tempo, a magnitude de força inicialmente empregada se reduz e, com isso, a movimentação dentária pode diminuir ou cessar. Os materiais elásticos apresentam esta característica, o que chamamos de degradação da força. Devido a sua relevância clínica, esta característica é bastante pesquisada nos dois tipos de elásticos. 
Influência do meio
As propriedades físicas e a aparência destes materiais também podem ser afetadas, quando expostos aos seguintes fatores: intraorais, ou seja, forças de mastigação e o próprio meio intraoral quanto à absorção de saliva, fluidos e pigmentos alimentares; e ambientais, relacionados à exposição luminosa e variações durante o período de armazenamento e estocagem. Wong relatou que o módulo de elasticidade dos materiais elásticos foi menor após imersão em água, onde a maior queda da força ocorreu durante as primeiras três horas. Da mesma forma, Andreasen e Bishara observaram a absorção de pigmentos da saliva e que a umidade do meio bucal reduziu a força desses materiais. Beattie e Monaghan afirmaram que o tempo de exposição a fatores térmicos e químicos deve ser um importante contribuinte para a redução das propriedades físicas dos elásticos 
Deformação dos elásticos 
A deformação de um material pode ser elástica ou plástica. Denomina-se deformação elástica quando, ao se aplicar uma força, o material tem sua forma alterada, mas retorna à original quando o estímulo é removido. Quando a força aplicada ultrapassa o limite elástico do material, este passa a apresentar uma deformação plástica, ou seja, não retorna a sua forma original, apresentando uma alteração permanente. Quanto à deformação, Wong verificou que os elásticos sintéticos e de borracha apresentaram uma deformação plástica relacionada com o tempo de uso e de estiramento do material, sendo maior nos sintéticos, segundo Andreasen e Bishara.
Propriedades clínicas e biomecânicas 
Elásticos de Classe I
São aplicados a dentes em um mesmo arco dentário e, por isso, são chamados de elásticos intramaxilares. Sua indicação é no fechamento de espaços, retração de dentes, correção de giroversões ou como auxiliares em diferentes mecânicas ortodônticas. A correção de giroversões pode ser feita com a utilização de botões colados na face vestibular e lingual do dente girado, bem como nos dentes vizinhos, associado ao uso de elásticos, formando um binário de forças para essa correção. Outra utilização dos elásticos é como coadjuvante de diferentes mecânicas ortodônticas. Além disso, o tracionamento de dentes inclusos com oauxílio de elásticos associados à placa de acrílico removível ou aparelhos fixos apresenta-se muito favorável e de grande aplicação clínica. 
 Elásticos de classe II
Caracterizam-se por apoiarem-se na região do canino superior a um molar inferior, podendo ser o primeiro ou o segundo. Podem ser fixados em ganchos presos no fio, ou diretamente nos dentes, por meio de ganchos presentes em acessórios como bráquetes e tubos, ou em fios amarrados no bráquete que servirão de locais para fixação dos elásticos. Uma alternativa é a utilização de arcos auxiliares como o sliding-jig, que potencializa o efeito de distalização nos molares. São indicados no tratamento da má oclusão de classe II, com o intuito de exercer uma força distal nos dentes superiores e mesial no arco inferior .
6Elásticos de classe III
Caracterizam-se por serem posicionados da região do canino inferior a um molar superior. A principal indicação é no tratamento da má oclusão de classe III, porém, algumas mecânicas ortodônticas os aplicam nas más oclusões de classe I ou II durante a retração dos dentes anteriores inferiores como um recurso auxiliar de ancoragem no arco inferior, enquanto no arco superior favorecem a movimentação mesial dos dentes posteriores. Esse tipo de elástico também apresenta componentes verticais e horizontais na maxila e na mandíbula. No arco superior, há extrusão e mesialização nos molares, enquanto no arco inferior há força de extrusão no segmento anterior e de movimento distal nos caninos. Devido aos momentos criados por esse sistema de força, no plano oclusal, há um levantamento na região anterior.
Elásticos triangulares de classe II ou III 
Esses tipos de elásticos acrescentam um ponto de fixação em um dos arcos. Nos de classe II, o elástico localiza-se do canino superior, a um molar inferior e outro dente inferior mais anterior (canino ou pré-molar) . Já nos casos de classe III, localizase do canino inferior a um molar superior e outro dente superior de localização mais anterior (canino ou pré-molar) . A sua melhor indicação seria para otimizar a intercuspidação durante as fases de finalização dos casos.
Elásticos para correção da linha média
 Esse tipo de elástico combina o posicionamento de elástico de classe II de um lado (canino superior a um molar inferior) e de classe III no lado oposto (canino inferior a um molar superior) (Fig. 19). Outro recurso é posicionar o elástico obliquamente na região anterior dos arcos dentários7 e, nesse caso, é conhecido como elástico tipo swing (Fig. 20). Sua principal indicação é a correção dos desviosde linhas médias inferior e superior.
Elásticos verticais em “box” e de intercuspidação 
Localizam-se em pontos do arco superior e inferior, agindo com forças de extrusão e contração. Quando utilizados na região anterior, de forma a favorecer a relação vertical entre os dentes antagonistas, são também chamados de elásticos em “box” (Figs. 22 e 23). Vale lembrar que estes dispositivos criam forças que passam longe do centro de resistência dos dentes e, por isso, geram momentos que tendem a inclinar os dentes anteriores para lingual, diminuindo, consequentemente, o perímetro do arco.
 Elásticos “Sanfonados” 
Localizados em pontos eqüidistantes do arco superior e inferior, agindo com forças de contração e extrusão (Fig. 25). Indicados na finalização para melhor intercuspidação dentária na presença de espaços entre dentes vizinhos e seus antagonistas e também em fase pós-cirúrgica de tratamentos orto-cirúrgicos.
Elásticos para correção de mordida cruzada posterior 
Localizados na face lingual dos dentes inferiores e na vestibular dos superiores ou o inverso, de acordo com o tipo de mordida cruzada posterior apresentado (Fig. 26). Permitem a movimentação recíproca dos dentes inferiores e superiores em sentidos opostos vestíbulo-lingualmente, sendo sua ação de extrusão e mudança na inclinação axial dos dentes.
Elásticos auxiliares de aparelhos extrabucais 
Algumas de suas aplicações são como auxiliares de aparelhos extrabucais, máscaras faciais para tração reversa da maxila e mentoneiras, fornecendo a força necessária para a ação destes aparelhos .
Limitações e desvantagens 
Os elásticos ortodônticos apresentam algumas limitações que não impedem a sua aplicação clínica, mas que devem ser conhecidas. Os elásticos sintéticos usados como ligaduras elásticas apresentam problemas de higienização bucal, pois o acúmulo de placa ao redor do bráquete é maior do que com as ligaduras metálicas. Além disso, devido à pigmentação e alteração de cor que os elastômeros sofrem no meio bucal, muitos fabricantes acrescentam cores para mascaramento desse efeito, especialmente pigmentos metálicos. Entretanto, isso reduz a força e a elasticidade do material. Vale ressaltar ainda que a variação de cores dos elásticos comercializados é também um incentivo durante o tratamento, especialmente para pacientes mais jovens. 
 Disjuntor Haas
O tratamento ortopédico com o aparelho disjuntor palatino tipo Haas, para a correção de mordidas cruzadas posteriores com atresias maxilares. A partir da década de 80, variações na estrutura do aparelho possibilitaram o seu emprego em dentições decídua e mist, fazendo com que o emprego do protocolo de disjunção palatina em crianças se popularizasse. A sua característica original que é a de ser um aparelho de ancoragem máxima, com apoio dento-muco suportado, foi mantida, preservando a identidade do aparelho, fator fundamental para o seu resultado ortopédico. Com relação aos elementos de suporte e/ou ancoragem às forças do disjuntor palatino, Hass classificou como:na dentição permanente (primeiros molares e primeiros pré-molares) e na dentição decídua (nos molares permanentes ou nos molares decíduos e caninos decíduos). 
Unidades de Resistência: abóbada palatina, processos alveolares, dentes e fibras periodontais. Apesar de ter seu emprego aprovado consagrado como um meio confiável para se corrigir mordidas cruzadas posteriores na fase da dentição decídua, mista e permanente, a construção do aparelho requer certos cuidados imprescindíveis para que os objetivos sejam alcançados. A disjunção palatina traz benefícios significativos nas más oclusões caracterizadas pela atresia esquelética do arco dentário superior. Desde os tempos de Angell muitos manuais foram criados com o intuito de orientar a instalação de aparelhos construídos em diferentes formatos e com materiais dos mais diversos fabricantes, utilizando, ainda, diferentes protocolos de ativação que objetivam a referida correção. A tecnologia utilizada para melhorar os materiais componentes dos aparelhos ortodônticos é muito importante mas os pequenos detalhes. 
 Detalhes da confecção 
Adaptação das bandas
O primeiro procedimento consiste na seleção e na adaptação das bandas pré-contornadas nos dentes selecionados. Originalmente, como era um dispositivo indicado para dentição permanente, o aparelho disjuntor tipo Haas era ancorado nos primeiros pré-molares e nos primeiros molares superiores. No estágio de dentição mista, os primeiros molares permanentes ou preferencialmente os segundos molares decíduos são os dentes de escolha. Há indícios de pontos de reabsorção externa nas superfícies vestibulares das raízes de dentes de ancoragem, após a disjunção palatina. Entretanto, outros estudos sugerem que existem processos de reparo, que corrigem ou estabilizam este quadro.
Transferência das bandas
Após serem selecionadas e adaptadas, realizar a transferência das bandas para a obtenção do modelo de trabalho. Com um alicate removedor de banda, a banda é retirada do dente e posicionada no alginato, uma a uma. É preciso atenção para não inverter as posições das bandas na moldagem. Um detalhe que auxilia muito a identificação e o seu posicionamento preciso consiste na soldagem de acessórios na face vestibular das bandas . 
Fixação das bandas no molde de alginato
Com as bandas já corretamente posicionadas, deve-se depositar pequenas porções de cera rosa super-aquecida, com o auxílio de uma espátula Lecron, nas superfícies palatinas internas e externas das bandas e em contato com o alginato. Isto aumenta a retenção, evitando que a banda se desloque do alginato durante os movimentos vibratórios no ato de vazar o gesso. 
Detalhes do parafuso
Os parafusos têm capacidades variadas de expansão. No momento da inserção do parafuso no interior do acrílico, a orientação da seta deve estar voltada para distal,u ma vez construído, recortado e polido, o aparelho deve passar por uma avaliação da quantidade de ativações que é capaz de fornecer. Para isso, com a chave de ativação, promove-se a sua abertura total, fazendo a contagem do número de ¼ de volta que aquele parafuso é capaz de oferecer . Nas ativações finais, deve-se ter o cuidado para não espanar o parafuso . Além de revelar a capacidade expansora do aparelho, esse detalhe também possibilita que o profissional possa estipular um protocolo preciso de ativações e programar os intervalos para o retorno do paciente. Os parafusos da Dentaurum apresentam uma trava no final da rosca do parafuso que impede o seu retorno. 
Arredondamento do acrílico
O apoio de acrílico, justaposto à abóbada palatina, pelo contato íntimo comprime a mucosa durante a fase ativa da expansão e deixa no palato a sua impressão. Ao retirar o aparelho essas compressões, via de regra assintomáticas, são identificadas como aprofundamento na mucosa do palato que podem vir acompanhadas de diferentes graus de inflamação .Para alívio preventivo do paciente aconselha-se o arredondamento por desgaste de todas as arestas do apoio de acrílico, eliminando as bordas em ângulo vivo. O arredondamento deve ser feito após o teste do parafuso . 
Chaves com stops
A chave de ativação que acompanha os parafusos expansores vem de fábrica como um fio de aço, de grosso calibre, dobrado para facilitar o manuseio, porém, se for utilizado como é apresentado comercialmente, a chave poderá passar pelo parafuso, atingindo a mucosa do palato, e causar danos severos no momento da ativação. Para se evitar isto, deve-se colocar uma porção de solda na altura média da chave, que irá funcionar como um stop, impedindo que a mucosa palatina seja ferida. 
Ativação/Biomecânica
O protocolo descrito supõe que o profissional tenha bom senso clínico para utilizar aparelhos de ancoragem máxima, que sempre incluam fixação dentária rígida, com apoio dento-muco suportado, o tipo Haas. O protocolo de ativação do parafuso, em pacientes com até 14 anos, é de quatro ativações iniciais (1mm), duas ativações (½ mm) por dia; em pacientes entre 15 e 18 anos, duas ativações iniciais e uma ativação pordia; de 20 a 25 anos, uma ativação inicialmente e uma ativação dia sim, dia não; mais de 25 anos uma ativação inicialmente e uma ativação dia sim, dia não, com cautela, pois em caso de desconforto, o parafuso é ativado duas vezes por semana. O conforto é sempre o ponto de referência na determinação do protocolo.
 Disjuntor Hyrax
O aparelho de Hyrax, dento-suportado, visa facilitar a higienização e deve ser construído com fios rígidos e com parafuso o mais próximo possível do palato, de modo que a força fique próxima ao centro de resistência da maxila. Mais recentemente, Cohen e Silverman , idealizaram um aparelho com cobertura oclusal de acrílico, visando controlar tanto os efeitos de inclinações indesejáveis nos dentes posteriores quanto as alterações esqueléticas no sentido vertical. Para pacientes com mordida aberta e planos divergentes, a disjunção palatina tem sido contra-indicada. Isso levanta um questionamento: até que ponto a expansão interfere na relação vertical do paciente, se o mesmo está em crescimento e em plena condição de adaptação muscular e remodelação óssea.
Muitos estudos provam que, apesar de recidivas, o alargamento da maxila é permanente. Mas, corrigido o problema transversal, o crescimento normal não seria retomado. O aparelho utilizado nesta avaliação foi do tipo Hyrax, o qual não oferece nenhum dispositivo para controle vertical dos dentes posteriores, como o aparelho colado, e menor ancoragem que o aparelho de Haas.
Indicação 
O aparelho de disjunção maxilar Hyrax é indicado principalmente em casos de atresia maxilar (osso da maxila estreito), o que ocasiona mordida cruzada, podendo acarretar diversos problemas de mordida, má posição dentária e problemas de fala e deglutição. Também pode ser indicado para simples falta de espaço para erupção dos dentes permanentes, apinhamento dentário ou recontorno do arco dentário (casos onde a arcada se encontra em forma de “V”)
Ativação
O próprio paciente ativa-o em casa, através de um pequeno dispositivo que fará o aparelho Hyrax expandir. A ativação normalmente dá-se por 2 a 4 semanas, é indolor e deve permanecer por volta de mais 3 meses na boca (tempo necessário para contenção do resultado obtido).  Vale ressaltar que o tratamento é completamente indolor.
Grade Lingual (fixa e removível)
A grade lingual é um tipo de aparelho ortodôntico, podendo ser fixa ou móvel. Diferente do tradicional, ela não exerce força ativa sobre os dentes do paciente. A grade lingual apenas impede que outras forças ajam de forma a entortar os dentes.
Indicações 
-Pacientes que tenha o habito de chupar o dedo ou chupeta 
 -Pacientes que tenham o hábito de falar ou engolir com a língua entre os dentes.
 A mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores, com os dentes posteriores em oclusão. Apesar das diversas opções terapêuticas para a mordida aberta anterior existentes na literatura, ainda não existe um conhecimento com relação às alterações tridimensionais maxilares e mandibulares, provocadas pela aplicação destes métodos na fase de dentadura mista. 
Sendo assim, as grades palatinas fixa e removível são recursos que podem ser utilizado com a finalidade de remoção do hábito, atuando como aparelhos recordatórios na fase de dentadura mista . As avaliações nas radiografias e nos modelos de gesso não permitem a realização de certas medidas com maior riqueza de detalhes, devido a limitações dos recursos as quais passam a ser mais reduzidas com a utilização de modelos digitalizados. 
Para a obtenção de melhores resultados, recomenda-se a intervenção entre o final da dentadura decídua e o início da dentadura mista. Assim observa-se que a idade para intervenção abordada nesta pesquisa está dentro da ideal recomendada, permitindo a instalação de aparelhos fixos ou removíveis com maior compreensão e colaboração dos pacientes, oferecendo assim maior segurança e resultados mais satisfatórios. Indubitavelmente, a melhor forma de se avaliar a morfologia dentoalveolar e as características oclusais dos pacientes seria por meio do exame clínico direto, pois permitiria melhor visualização dos detalhes e melhor entendimento da má oclusão em questão.
Limitações 
 Apresentam limitações para a avaliação de algumas variáveis que envolvem regiões de difícil acesso direto, esse tipo de avaliação se torna inviável para pesquisas retrospectivas. Os modelos de estudo são registros tridimensionais dos arcos dentários e suas relações, obtidos portanto, pelos clínicos, como método adicional de diagnóstico, monitoramento dos efeitos do tratamento, e documentação, sendo utilizados também em pesquisas e no ensino, pois compõem a melhor forma de se avaliar os espaços oclusais em longo prazo.
A grade lingual pode ser fixa ou removível e a eleição do tipo a ser utilizado dependerá do grau de colaboração e da necessidade do paciente.
Vantagens e desvantagens 
Usualmente a grade lingual fixa é mais utilizada, pois além de não depender da colaboração do paciente, fornece resultados mais rápidos e seguros . Entretanto, a grade lingual removível pode ser utilizada em pacientes colaboradores gerando resultados semelhantes. 
Material utilizado
A grade pode ser confeccionada com fio ortodôntico e/ou acrílico, sendo colocada na placa palatina removível, em forma de ferradura . O tamanho da grade depende da má oclusão e da idade do paciente, podendo variar de 6 a 12 milímetros (mm) e a distância da face palatina ou lingual dos incisivos superiores varia de 3 a 4 mm, não devendo encostar-se aos dentes e nem interferir na oclusão.
Máscara Facial (petit)
De acordo com Crepaldi et al., nos anos 60, Jean Delaire iniciou seus estudos sobre o uso da máscara facial, um aparelho extrabucal funcional utilizado para tratamento de má-oclusão de Classe III de Angle (1907), para a protração maxilar.Posteriormente Henri Petit , modificou o conceito básico de Delaire. 
Material
A máscara pré-fabricada de Petit possui uma haste de aço vertical na linha média da face, com duas porções almofadadas, além de uma haste horizontal no centro, onde se prendem os elásticos que realizam a protração maxilar . 
A força também foi alterada, reduzindo, consequentemente, o tempo de tratamento. Este modelo teve maior aceitação dos pacientes por ser mais simples. 
O tratamento com Máscara Facial é geralmente complementado com a (ERM). Esta terapia tem mostrado excelentes resultados estéticos, funcionais e ortopédicos. A Máscara Facial do Tipo PETIT, apóia-se em dois pontos da face: mento e região glabelar, com isso a região molar fica livre, para um possível reposicionamento maxilar anterior. Vale ressaltar que a colaboração do paciente é decisiva no sucesso do tratamento, já que o tempo de uso da máscara, quando numa fase precoce, gira em torno de um ano (VELLINI-FERREIRA, 1999)
 Indicação
Segundo Goh e Kaan (1992), a Máscara Facial é para retrusão de maxila, deformidades craniofaciais associadas à deficiências craniofaciais, combinação entre hipoplasia maxilar e prognatismo mandibular, após cirurgias. É apontada para casos de maxilas retruídas e em casos associados de retrusão maxilar e ligeira protrusão mandibular; em casos de mesialização dos dentes posteriores para fechamento de espaços devido as agenesias ou exodontia como também, para abrir espaços para reabilitação protéticas, particularmente em pacientes fissurados.
Contra Indicação
Silva Filho et al. (1997), contra indicam o uso da terapia com a Máscara Facial, em pacientes que apresentam síndrome da “face longa”. A contra indicação, segundo Ferreira (2002), fica para os indivíduos dolicofaciais, pacientes com maxila normal e mandíbula de tamanho exagerado, e quando o crescimento estiver finalizado.
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