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Aparelhos Ortodônticos Removíveis Conceituação, componentes e construção

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04 Aula de Ortodontia (05.09) Prof.: Márcio 
Aula transcrita por Danielly Rocha
Aparelhos Ortodônticos Removíveis
Conceituação, componentes e construção
A 1ª coisa que devemos saber é, o que é um aparelho ortodôntico removível e que a partir de agora vamos chama-lo de AOR (Aparelhos Ortodônticos Removíveis).
AOR – Conceituação
Dispositivos destinados a manter o desenvolvimento normal da oclusão ou a interferir no transcurso de uma desarmonia (má oclusão).
Hawley (1902)
Originariamente os AOR foram introduzidos por um autor chamado Hawley, lá no início do século XX (20), ortodontista, terminava seus casos tratados com AOR, esses que muitos já usaram. Inicialmente ele propôs esse aparelho para manter o desenvolvimento normal da oclusão a partir do momento em que ele tratava seu paciente. Com o passar do tempo, alguns ortodontistas e ele próprio foram acrescentando outros componentes aos AOR de modo que que esses componentes novos não só mantinham a oclusão em desenvolvimento, mas interferiam, solucionavam e interceptavam problemas ortodônticos, movimentando e melhorando as posições dos dentes. Inicialmente este aparelho foi feito para contenção das más oclusões e com o passar do tempo foi incorporado alguns outros detalhes para movimentar, corrigir, interceptar as más oclusões. O Hawley é muito famoso e muitos ortodontistas chamam a contenção de Placa de Hawley, justamente porque foi ele quem determinou esse grampo vestibular, que posteriormente vocês já fizeram no laboratório.
Desconexão entre conhecimentos básicos e condução do tratamento
Quais são os problemas mais comuns na clínica de ortodontia? O mais comum é a desconexão entre o conhecimento básico do ortodontista e a posição do tratamento. O principal problema é não relacionar a desconexão entre os conhecimentos básicos como: crescimento facial, o desenvolvimento normal da oclusão, a dinâmica de atuação desses aparelhos... Toda vez que eu tenho que indicar um aparelho, por mais simples que seja, eu tenho que ter o conhecimento básico da ortodontia e onde estão os conhecimentos básicos? Justamente onde vocês estão agora. Então, o conhecimento e a dinâmica são importantes e principalmente individualizar o caso que você vai indicar o aparelho. O que é individualizar? É saber a hora certa de indicar o aparelho, como vai ser o aparelho, como ativar e inativar o aparelho naquele paciente, saber a cooperação dele, porque sem a cooperação do paciente não conseguimos fazer nada, porque é um aparelho REMOVÍVEL. Se o paciente não usa o aparelho, nós ortodontistas não conseguiremos o resultado. Temos ótimos resultados com ótimos pacientes, devido a cooperação.
AOR – Componentes
Três componentes básicos:
Parte retentiva
Parte ativa
Base de suporte
AOR – Componentes:
Parte Retentiva:
Composta por elementos que têm a mesma função de reter ou manter o aparelho na boca.
Deve sobrepor as forças de ativação.
Grampos de retenção, arco vestibular e base acrílica.
São os grampos que fazem o aparelho ter retenção. Toda vez que eu coloco um aparelho removível para movimentar algum dente, essa força exercida no dente, faz com que o aparelho fique sendo expulso da boca, sendo assim, o ortodontista (você) tem que fazer a ativação nesses grampos de retenção para que essa força de retenção seja maior do que a força de ativação do aparelho, de modo que fique mais forte a força de retenção do aparelho nos dentes do que a de movimentação do dente que quero movimentar. Então, toda vez que eu tenho que aumentar a retenção do aparelho, tenho que aumentar a retenção movimentando os grampos de retenção, seja ele, arco vestibular, grampo interproximal, grampo circunferencial...
Parte Ativa:
Elementos que geram força para a movimentação dos dentes.
Molas
Parafusos
Arco vestibular
Exemplo que o professor deu: nesse caso o dente 11 está cruzado com o inferior e podemos usar o aparelho ortodôntico removível. A parte que leva esse dente para frente será a parte ativa. Pergunta: Como o dente vai para frente (vestibular) se o dente inferior está na frente? O próprio aparelho levanta a mordida através dos dentes posteriores. Naturalmente, nós não ficamos com os dentes ocluindo, ficamos sem tocar os dentes devido ao espaço funcional livre. Com isso devemos ter o cuidado para não aumentar demais a mordida posterior ultrapassando o espaço funcional livre do paciente, deixando o paciente desconfortável com o aparelho. O aumento de resina que levanta a mordida posterior deve ser o suficiente para “descruzar” a mordida anterior, assim deve ser feito um ajuste para que todos os dentes toquem por igual no batente. Ajuste feito com papel carbono. Pergunta: Como o arco vestibular pode ser ativo? Ele passa na vestibular dos incisivos, então ele é uma parte tanto retentiva quanto de ativação dos dentes.
Base de suporte:
Construída por resina acrílica (pó/líquido)
Une as partes do AOR e suportam os esforços liberados pela parte ativa.
Aumenta a função retentiva.
Lugar onde a criança escolhe os desenhos a ser feito no aparelho. 
AOR – Construção
Resina acrílica
Parafusos expansores
Fios ortodônticos
Resina Acrílica:
Pó (ácido acrílico) e monômero (metacrilato de metila)
AOR utiliza resina autopolimerizável
Resinas termopolimerizáveis são melhores, menos porosas, mais estáveis na cor, maior resistência, não exala monômeros, porém sua confecção é mais demorada e difícil.
A polimerização da resina autopolimerizável em água sob pressão, diminui a porosidade (25 a 30 libras/pol: - 40° a 50° - 20 a 30 min).
Qual a melhor resina acrílica que existe? A termopolimerizável. Porque ela é menos porosa, dá um polimento melhor, menos cheiro ao aparelho. Precisamos de uma resina assim para a confecção de AOR? Não necessariamente.
Acrescentamos o pó no monômero e assim teremos uma resina que vai se auto polimerizar (Resina Autopolimerizável), com o passar do tempo ela terá as fases: 1) Arenosa 2) Fibrilar 3) Plástica (fase de trabalho) 4) Borrachóide 5) Densa. Essa resina é menos eficaz do que a termopolimerizável, mas a confecção desta é mais complexa, pois precisaremos de uma mufla. Utiliza-se a termopolimerizável em prótese porque a tendência é ficar anos com uma prótese, já um AOR serão meses. Utilizamos a resina autopolimerizável pela facilidade de confecção. Nós ortodontista, após a confecção do aparelho, colocamos ele em uma “panelinha” em água muito quente, em que diminuirá as porosidades dessa resina, minimizando esse problema.
Parafusos Expansores:
Elemento ATIVO disponíveis em diferentes tamanhos.
Cada volta 0,25mm = cada 4 voltas 1mm.
Existem vários tamanhos de parafusos. A cada volta do parafuso se dá 0,25mm. Exemplo: Um caso de um paciente que a mordida cruzada você precise expandir 8mm no palato, você saberá quantas vezes esse parafuso terá que girar para abertura de 8mm.
Fios ortodônticos:
Aço inoxidável – liga CrNi -> menos corrosão
Vários diâmetros (0,7mm – 0,6mm – 0,5mm) e secções (redonda, quadradas e retangular).
Existem vários diâmetros. Geralmente a parte ativa, molas digitais é melhor indicado os fios de menor espessura que são os 0,5mm. Para os grampos de retenção são utilizados os fios 0,7mm. Sempre utilizar fios de secção redonda. Quando vou escolher um fio ortodôntico para construir um aparelho removível devo observar as propriedades desse fio.
Propriedades:
Dureza – Utiliza-se liga de dureza média. Para variar a dureza altera-se o diâmetro ou varia o tamanho da mola.
Flexibilidade – Capacidade de ajustar-se a manipulações de trabalho. Ação de mola que o fio exerce sobre os dentes e varia com a espessura do fio e número de helicoides.
Elasticidade – Capacidade do fio de ser dobrado até o limite antes da deformação permanente.
Brilho – Polimento. Fios polidos são melhores e sofrem menor corrosão e acumulam menos placa.
Fadiga – a repetição da dobre leva o fio a fadiga e consequentemente a quebra.
Três características que devemos saber para escolher o fio a ser utilizado: dureza, flexibilidade e elasticidade,características que estão relacionadas. Fios como 0,9mm são mais duros, menos flexíveis e menos elásticos do que os fio 0,5mm. Ao construir um aparelho nos grampos de retenção vou utilizar fios mais duros, menos flexíveis e menos elásticos. Já a parte ativa, que são as molas digitais, a preferência é por fios mais flexíveis e mais elásticos, portanto fios menos espessos, porque é lá que terá força sobre o dente, portanto a força deve ser LEVE.
Porque nós incorporamos alças e dobras nos fios que são finos? Para aumentar a elasticidade e flexibilidade do fio. Quanto mais dobras eu incorporo é incorporado na alça mais flexível ficará. Como se incorpora mais fio? Fazendo essas alças/helicoides, mais biologicamente ativo. Então, eu quero aumentar flexibilidade e só tenho fio 0,6mm no meu consultório e devo “descruzar” um incisivo. Para aumentar a flexibilidade e elasticidade devo incorporar mais dobras/helicoides. Deixo assim a movimentação mais biológica para movimentação do dente. Isso vale para o aparelho ortodôntico fixo.
Alicates:
139
Trident
Cortes
O aparelho quadrihélice possui 4 helicoides, há 4 voltas para aumentar a flexibilidade do fio, diminuindo a dureza do fio.
Qual é a principal condição para que o ortodontista descruze um dente anterior é ter espaço para esse dente, caso não tenha, “crie” o espaço. Como “criar” espaço? Aparelho expansor, desgaste do dente ou até mesmo extraindo-o.
Caso 1: Tem espaço? Tem. Ele vai passar sem levantar a mordida? Não, levanto a mordida. Ativo a “molinha”. A mordida cruzada aqui, a partir do momento que descruza não voltará mais e assim podemos tirar o aparelho.
Mordida cruzada de somente um dente anterior, há uma forte tendência dessa mordida cruzada ser de origem dentária e não esquelética, o que é bom. 
Caso 2: Mola digital tanto para descruzar o lateral decíduo quanto o canino decíduo. Faço levantamento de mordida, grampo de retenção, base de suporte e parafuso também. Para descruzar os dois dentes da frente. Lembrando, para descruzar um dente, precisamos de espaço. Nesse caso não tenho, extraio os dentes, usa o aparelho e descruzo com AOR (Aparelho Ortodôntico Removível). Isso acontece em meses.
E quando se tem uma tendência de uma mordida cruzada mais funcional ou esquelética? Será que eu posso fazer alguma coisa com o aparelho ortodôntico removível?
Caso 3: Veja a foto frontal, cadê os incisivos superiores? Estão atrás dos inferiores. Essa má oclusão é chamada de mordida cruzada anterior. Voltando: um dente cruzado a origem tem de ser dentária, agora quando temos todos os dentes anteriores a origem tem de ser esquelética. Como definir esse problema? 1° Nesse caso temos todos os dentes anteriores cruzados, provavelmente você pede a telerradiografia (radiografia lateral a cabeça). Nessa telerradiografia você deve medir a posição da maxila, mandíbula para ver se realmente tem origem esquelética. E nessa radiografia você mede o ângulo dos dentes anteriores. Quando olhei este paciente, vi que a origem era esquelética e assim tive que fazer uma coisa mais forte para trazer esses dentes para vestibular. A coisa mais forte foi a expansão rápida da maxila e uma tração reversa, tratamento de classe III. Quando chega a radiografia, eu meço a posição dos incisivos superiores e vejo que esses incisivos superiores estão muito retroinclinados. E assim, a criança fica de topo ao fechar a boca, e que ela faz para que os dentes posteriores encostem (ocluem) um no outro? Ela joga a mandíbula para frente. Assim, se tem uma mordida cruzada funcional, porque o contato prematuro dos incisivos retroinclinados, faz com que a criança jogue a mandíbula para frente para que os dentes posteriores ocluem. Por isso, se chama funcional, para que os dentes posteriores entre em função a criança joga a mandíbula para frente. Entendido a origem dessa má oclusão, a inclinação dos dentes superiores está errada. Como corrijo essa má oclusão? Melhorando a inclinação desses incisivos, ou seja, devo vestibularizar os incisivos. Posso fazer isso com o próprio aparelho ortodôntico removível, pega-se os 4 incisivos com acrílico os “abraçando”, levanto a mordida posterior e com a alça para evitar que o paciente jogue a mandíbula para frente. Assim, melhorando a inclinação desses dentes. O caso iniciou em novembro de 2010 e fevereiro de 2011 o paciente tinha essa inclinação observada na foto. A cefalometria nos ajudou a ver a inclinação dos incisivos neste caso. Começou com 6 anos
e aos 12 anos já estava assim.
 
Caso 4: No 1° período transitório, trocando os dentes, mantivemos o aparelho de contenção. Um certo tempo ela parou de usar e aos 16 anos tínhamos essa oclusão.
Se fosse uma classe III verdadeira, esse aparelho não seria suficiente, outro tipo de tratamento. Nós tratamos caso de origem dentárias e funcionais e assim só AOR bastou, mas se fosse uma mordida cruzada de origem esquelética será outro tipo de tratamento. Como saber se é de origem esquelética ou não? Manipulando o paciente, ou seja, o paciente em MIH (máxima intercuspidação habitual) que logicamente estará com a mordida cruzada e você (Cirurgião-dentista) leva o paciente em RC (relação cêntrica). Caso, você corrija essa mordida cruzada manipulando o paciente para RC, será um bom sinal, mostrando que a origem não é esquelética. Outro ponto é a hereditariedade do paciente, classe III é hereditária. Verificar o histórico da família do paciente. Terceiro ponto a analisar é a cefalometria, ela nos dar os números, você os junta e faz o diagnóstico.

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