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Prof. :Engº Civil Me. Wadson Mayckel Carvalho 1 A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO • Impactos do uso do solo sobre o transporte – A densidade residencial tem se mostrado um fator inversamente correlacionado com o comprimento das viagens. A visão teórica de que a distância das residências aos centros de trabalho é um fator determinante do comprimento médio das viagens. Demanda de transporte público Densidade de residências Densidade de empregos Rápido acesso às paradas e estações de transporte público A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO • Impactos do Transporte sobre o uso do solo - a acessibilidade dada pelo transporte é considerada como uma variável importante para diferentes tipos de uso do solo, pois é um fator essencial para localização de lojas de varejo, escritórios e residências. • Locais com alta acessibilidade tendem a ter um desenvolvimento mais rápido que outras áreas. A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO • Impactos do Transporte sobre o uso do solo - a acessibilidade dada pelo transporte é considerada como uma variável importante para diferentes tipos de uso do solo, pois é um fator essencial para localização de lojas de varejo, escritórios e residências. • Locais com alta acessibilidade tendem a ter um desenvolvimento mais rápido que outras áreas. A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO INDICADORES RELACIONADOS COM AS ESTRATÉGIAS A SEREM IMPLANTADAS A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO • Estas estratégias devem dar suporte, principalmente, a planos de uso do solo visando a nova necessidade de moradias próximas as áreas centrais ou ao longo de corredores bem servidos de transporte público e a integração do espaço de vizinhança através de facilidades para pedestres e ciclistas assim como a implantação de comércio que satisfaçam no mínimo as necessidades básicas da vizinhança. A RELAÇÃO TRANSPORTE E USO DO SOLO PLANO DIRETOR • Obrigatório para Cidades: • com mais de vinte mil habitantes; • integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; • onde o Poder público Municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4º do art. 182 da Constituição Federal; • pertencentes a áreas de especial interesse turístico; PLANO DIRETOR • No caso de cidades com mais de 500 mil habitantes deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o Plano Diretor ou nele inserido. • A Lei que instituir o Plano Diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. Avaliação da Infraestrutura Urbana, Viária e da Mobilidade referente ao Plano de Mobilidade Urbana de São Luís – MA • Processo de urbanização: A cidade de São Luís foi marcada por uma expansão que seguiu diferentes direções e originou ocupações homogêneas desconexas, produzindo assim uma “Cidade Dispersa”, como definida por WALL (2011). Uma cidade caracterizada pela descontinuidade e desconcentração do espaço construído, que passou a multiplicar distâncias. • Na época de sua fundação (1612), a cidade foi implantada em uma região estratégica da ilha – região alta à beira mar, com acesso direto ao cais, entre a foz dos rios Anil e Bacanga – onde hoje é localizado o Centro Histórico. A partir de 1640, esta região central obedeceu a um traçado ortogonal, cujas artérias seguem a orientação dos pontos cardeais (AGUIAR, 1998). Avaliação da Infraestrutura Urbana, Viária e da Mobilidade referente ao Plano de Mobilidade Urbana de São Luís – MA Segundo MARQUES (2013), essa direção gerou o primeiro vetor de expansão urbana da cidade (V1), mais precisamente, do Centro ao bairro do Anil e, por isso, foi denominado vetor Centro/Anil. Este vetor seguiu o caminho da Avenida Getúlio Vargas, passando pelos bairros do Monte Castelo e João Paulo. Avaliação da Infraestrutura Urbana, Viária e da Mobilidade referente ao Plano de Mobilidade Urbana de São Luís – MA Segundo WALL (2011), o zoneamento definido pelo Plano Diretor 1974 determinou que os loteamentos e os conjuntos residenciais fossem distribuídos em faixas distintas segundo valores diferenciados. “Os loteamentos residenciais mais valiosos ficavam nas áreas próximas à orla marítima (A1), do Olho d’Água à Ponta da Areia, passando pelo Calhau. Para os segmentos de renda média, polos de habitação na faixa de terra interna próxima ao Rio Anil (A2). Para os setores populares, as áreas periféricas, próximas do distrito industrial (A3)”. Avaliação da Infraestrutura Urbana, Viária e da Mobilidade referente ao Plano de Mobilidade Urbana de São Luís – MA Os núcleos habitacionais populares começaram a ser instalados com incentivo do BNH (Banco Nacional da Habitação) de forma desconectada. Os conjuntos habitacionais COHAMA, IPASE, COHASERMA, COHAPAM, COHAJOLI, COHAFUMA, Parque Amazonas, Parque Timbira, BASA e Residencial Renascença foram os primeiros a ser implantados, porém de forma dispersa dentro da cidade, gerando vazios urbanos entre eles. Em 1985 foi inaugurado o Anel Viário que circunda a região central da cidade, com cerca de 8km de extensão. Avaliação da Infraestrutura Urbana, Viária e da Mobilidade referente ao Plano de Mobilidade Urbana de São Luís – MA • De acordo com MARQUES (2013), o eixo São Francisco/São Cristóvão (que parte do centro pela ponte José Sarney e segue pela Av. Mal. Castelo Branco, Av. Cel. Colares Moreira, Av. Jerônimo de Albuquerque, até a Av. Guajajaras) representa o segundo vetor (V2) de expansão urbana da cidade. Esta afirmativa é enfatizada por quando cita que a Av. Jerônimo de Albuquerque formou um eixo de expansão para onde foi levado o desenvolvimento urbano da cidade, surgindo em suas margens vários estabelecimentos comercias e vários bairros residenciais, por exemplo, o bairro do Vinhais. Avaliação da Infraestrutura Urbana, Viária e da Mobilidade referente ao Plano de Mobilidade Urbana de São Luís – MA Atualmente, a continuação da Avenida dos Holandeses (Rodovia MA-203) tem passado por uma obra de duplicação de faixas no sentido do município de Raposa, passando pelo bairro do Araçagy. Este processo de ampliação se justifica pela expansão recente da cidade para este eixo mais a Norte do município (próximo da praia e áreas nobres da cidade). Esta situação indica que este seja o terceiro vetor (V3) de expansão urbana que parte da direção Centro/Araçagy. As áreas residenciais são importantes polos de produção de viagens, mas funcionam como polos de atração, dependendo da condição socioeconômica da região ou da quantidade de equipamentos urbanos em suas proximidades. OBSERVAÇÕES DIFERENÇA ENTRE GLEBA, LOTE, DESMEMBRAMENTO E LOTEAMENTO • Com bem ensina Scavone Junior: “Gleba é a porção de terra que não tenha sido submetida a parcelamento sob a égide da Lei n° 6.766/79, o que equivale dizer que estaremos diante de uma gleba se a porção de terra jamais foi loteada ou desmembrada sob a vigência da nova Lei.” • Logo, Gleba é a terra crua, sem qualquer regulamentação e adequação às leis brasileiras e regionais. • Quando a Gleba é servida de infraestrutura básica, adaptando as leis brasileiras e regionais, atendendo a todos os requisitos e conformidades exigidas pelo plano diretor do município em questão, este passa a ser chamado de Lote. Referências GALHARDO, João Baptista. O Registro do Parcelamento DO Solo Para Fins Urbanos. Porto Alegre: IRIB, 2004, página 32 e 33. SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antonio. Loteamento fechado e loteamento irregular. Disponível em: . Acesso em 03 junho 2015. OBSERVAÇÕES DIFERENÇA ENTRE GLEBA, LOTE, DESMEMBRAMENTO E LOTEAMENTO • No mesmo sentido, leciona João Baptista Galhardo: • “Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situa (art. 2º, § 4º, da Lei 6.766/79).” • Desta forma, fica clara a diferença entre Gleba e Lote, sendo este último, nada mais que o primeiro devidamente regulamentado e adequado às leis do Plano Diretor da região onde ele se encontra.Referências GALHARDO, João Baptista. O Registro do Parcelamento DO Solo Para Fins Urbanos. Porto Alegre: IRIB, 2004, página 32 e 33. SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antonio. Loteamento fechado e loteamento irregular. Disponível em: . Acesso em 03 junho 2015. OBSERVAÇÕES DIFERENÇA ENTRE GLEBA, LOTE, DESMEMBRAMENTO E LOTEAMENTO • Loteamento, por sua vez, é muito bem conceituado pela Lei nº 6.766, a qual, em seu artigo 2º, §1º anota: • “Art. 2º, §1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.” “Art. 2º, §1º - Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.” Referências GALHARDO, João Baptista. O Registro do Parcelamento DO Solo Para Fins Urbanos. Porto Alegre: IRIB, 2004, página 32 e 33. SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antonio. Loteamento fechado e loteamento irregular. Disponível em: . Acesso em 03 junho 2015. OBSERVAÇÕES DIFERENÇA ENTRE GLEBA, LOTE, DESMEMBRAMENTO E LOTEAMENTO Assim, Loteamento e desmembramento são espécies de parcelamento de um lote. A diferença principal deles é que enquanto o Loteamento tem a incumbência de criar um sistema viário para região, o Desmembramento aproveita o sistema viário já existente. Referências GALHARDO, João Baptista. O Registro do Parcelamento DO Solo Para Fins Urbanos. Porto Alegre: IRIB, 2004, página 32 e 33. SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antonio. Loteamento fechado e loteamento irregular. Disponível em: . Acesso em 03 junho 2015. • A área central atrai diariamente um grande volume de tráfego de veículos e pedestres . Em um estudo recentemente realizado para a elaboração do “Plano de Mobilidade da Área Central de São Luís”, foi detectado que praticamente metade das viagens que vão para o centro, não tem como destino final o próprio centro, sendo estas viagens apenas de passagem pela zona central (AGUIAR, 2013). O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Os núcleos Importante destacar também que, nos últimos anos, a cidade tem preenchido seus vazios urbanos com a produção de condomínios fechados (verticais ou horizontais). Este processo vem gerando impactos na própria estrutura viária dos bairros, onde algumas vias, inicialmente utilizadas por ocupações unifamiliares (em regiões de baixíssimas densidades), foram sobrecarregadas com o aumento da densidade advinda do novo perfil de ocupação. PRINCIPAIS POLOS DE ATRAÇÃO DE VIAGENS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS Em complemento, o ministério do trabalho fornece em seu site banco de dados referente ao cadastro de empresas1. Esta fonte destaca que: “O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. FROTA Além dos indicadores acima destaca-se a evolução da frota nos últimos anos conforme ilustrado na tabela a seguir para a área de estudo. Os dados foram extraídos do site do IBGE3 e mostram a evolução nos últimos anos.
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