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LINHAS E TRILHOS ANATÔMICOS Profª Drª Dominique Babini TRILHOS ANATÔMICOS • Para serem ativos, os meridianos miofasciais devem seguir uma direção e profundidade coerentes, através de ligações fasciais. • Princípios: 1. Direção compatível 2. Profundidade 3. Faixas são presas em inserções ósseas 4. Faixas juntam-se e divergem em conexões TRILHOS ANATÔMICOS • Direção compatível sem interrupção: - Para procurar um trilho anatômico, procuramos faixas feitas de unidades de tecido conjuntivo. - Algumas ligações miofasciais são tracionadas em linha reta apenas em uma determinada posição ou por atividades específicas. TRILHOS ANATÔMICOS • Ex: peitoral menor e coracobraquial estão claramente ligados fascialmente no processo coracóide. TRILHOS ANATÔMICOS • Profundidade: - As linhas anatômicas estão organizadas de acordo com a profundidade do tecido conjuntivo. TRILHOS ANATÔMICOS • Fáscias são presas em inserções ósseas: - A maioria das estações tem mais comunicação com a próxima ligação miofascial nas fibras superficiais, e não nas mais profundas. TRILHOS ANATÔMICOS • Fáscias juntam-se e divergem em conexão: - Os planos fasciais frequentemente se entrelaçam, unindo-se uns aos outros e separando uns dos outros (conexões). LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Considerações gerais: - Conecta e protege toda a superfície posterior do corpo, como uma carapaça debaixo dos pés até o topo da cabeça em duas partes: dos pés aos joelhos e dos joelhos até a crista supraorbital. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Considerações gerais: - É uma linha cardeal que medeia principalmente a postura e o movimento no plano sagital, seja para limitar o movimento para frente ou quando funciona mal exagera ou mantém excessivo movimento para trás. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Padrões comuns de compensação postural: - Limitação da dorsiflexão - Hiperextensão de joelho - Isquiostibiais encurtados - Deslocamento anterior da pelve - Flexão torácica - Hiperextensão cervical - Desconexão do movimento olho-coluna LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Função postural: - Suportar o corpo na posição de pé, totalmente estendido, para prevenir a tendência de se curvar em posição de flexão, exemplificado pela posição fetal. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Função de movimento: - Proporcionar extensão e hiperextensão. - No desenvolvimento humano, os músculos levantam a cabeça do bebê da flexão embriológica. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Do pé ao calcanhar: - A primeira faixa está ao longo da superfície inferior do pé. - Inclui a fáscia plantar, os tendões e músculos flexores curtos dos artelhos. - Traciona a parte inferior do pé e forma uma corda ajustável aos arcos longitudinais dos pés que ajuda a aproximar as duas pontas. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR 1. Flexão anterior do tronco 2. Com um pé de cada vez 3. Comparar mãos e tronco 4. Liberação fascial com bola de tênis 5. Refazer o teste LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Do calcanhar ao joelho: - Se seguirmos o periósteo ao redor do calcâneo encontraremos o início do próximo longo trecho da faixa que começa no tendão do calcâneo. - A faixa fica mais ampla e sobe pelo sóleo e gastrocnêmio. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Avaliação do aspecto lateral do pé: Liberação da fáscia plantar Liberação do compartimento posterior da perna Mobilização do calcanhar LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Do joelho ao quadril: - Continuamos de maneira ascendente à continuidade miofascial fornecida pelos isquiostibiais. - Os duplos semimembranoso e semitendinoso mediais são complementados com um único tendão lateral, o bíceps femoral. Liberação miofascial dos isquiostibiais LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Do quadril ao sacro: - O ligamento sacrotuberal surge da parte de trás da tuberosidade isquiática, como uma continuação dos isquiostibiais. - Devido à borda medial do glúteo máximo ser presa sobre o tecido que desejamos acessar, encontre o tecido a partir do lado medial da linha ligamentar da parte inferior lateral do sacro. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Liberação miofascial do glúteo máximo: Deslizamento descendente ou ascendente LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Do sacro ao occipital: - Os eretores da coluna surgem das camadas de fáscia sacral contínuos com o ligamento sacrotuberal e alcança a coluna do sacro ao occipital, com os expressos do longuíssimo e do complexo iliocostal sobrejacente aos locais mais profundos e mais curtos dos espinhais, semiespinhais e multífidos. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Liberação miofascial dos eretores da coluna: LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Suboccipitais: - As camadas mais profundas dos músculos são cruciais para a abertura do LSP como um todo. - O número elevado de receptores de estiramento nesses tecidos e sua ligação essencial do movimento dos olhos à coordenação do resto da musculatura posterior asseguram seu papel central. LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Liberação miofascial suboccipital: LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR • Do occipital à crista supraorbital: - Da crista occipital a LSP continua para cima e sobre o occipital até que estas camadas adentram a gálea aponeurótica ou fáscia epicraniana e repousa na crista supraorbitária. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Considerações gerais: - Liga toda a superfície anterior do corpo a partir de cima dos pés até o lado do crânio. - A LSA juntamente com a LSP medeia o movimento no plano sagital. - Quando funciona mal, atua criando um movimento para frente ou restringindo o movimento para trás. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Considerações gerais: - Surgem muitos problemas quando os músculos do abdome começam a agir puxando as costelas em direção ao osso púbico, em vez de trazer o osso púbico em direção às costelas. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Padrões comuns de compensação postural: - Limitação de flexão plantar do tornozelo - Inclinação pélvica posterior - Restrição das costelas à respiração - Postura da cabeça para frente LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Compartimento crural anterior: - O tibial anterior é geralmente o músculo mais forte do compartimento anterior, mas o compartimento como um todo produz dorsiflexão e resiste à flexão plantar. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Liberação miofascial do tibial anterior: LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Coxa: - Inclui a patela e o quadríceps. 1. Solicita que o paciente empurre o calcanhar contra a maca e flexione o joelho. 2. Observar o quadril. 3. Liberação miofascial do quadríceps. 4. Mobilização patelar. 5. Massagem no tendão do iliopsoas. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • O abdome: - Inclui os elementos musculares do reto abdominal e as camadas fasciais que circundam o reto a partir dos oblíquos e transversos. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • O abdome: LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Tórax: - A partir da 5ª costela, podemos continuar na mesma direção através da fáscia do esterno. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Pescoço: - A partir do esterno encontramos a miofáscia do ECOM, levando lateralmente e posteriormente do processo mastóide do osso temporal. LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR • Liberação miofascial do ECOM LINHA LATERAL • Considerações gerais: - Suporta cada lado do corpo dos pontos medial e lateral dos pés ao redor da face externa do tornozelo, subindo pelas faces laterais da perna e coxa até o crânio na região dos ouvidos. LINHA LATERAL • Padrões comuns de compensação postural: - Pronação ou supinação do tornozelo - Geno varo ou valgo - Inclinação lateral do tronco - Restrição do ombro devido a participação excessiva na estabilização da cabeça LINHA LATERAL • Função postural: - A LL funciona posturalmente para equilibrar a região frontal e dorsal e bilateralmente para equilibrar os lados direito e esquerdo. LINHA LATERAL • Função de movimentação: - Participa na criação de uma inclinação lateral no corpo. - Realiza flexão lateraldo tronco, abdução do quadril e eversão do pé. LINHA LATERAL • Fibulares: - A profundidade do tendão fibular longo na superfície inferior do pé e a brevidade do fibular curto fazem com que seja impossível fazer qualquer coisa útil com a LL abaixo do maléolo. - Começamos com o compartimento crural lateral. DD – liberação fibular LINHA LATERAL • Coxa: - O trato iliotibial começa sua jornada no côndilo tibial lateral até o quadril, e deste para o trocânter maior do fêmur. - Daí continua com o tensor da fáscia lata e fibras superiores do glúteo máximo e médio. LINHA LATERAL • Liberação miofascial do TIT e TFL: LINHA LATERAL • Crista ilíaca e cintura: - O bordo superior da crista ilíaca fornece fixação para o latíssimo do dorso e para as três camadas de músculos abdominais. DL – EIAS para cima e para trás LINHA LATERAL • Caixa torácica: - A face lateral da caixa torácica apresenta uma configuração cruzada com um padrão miofascial semelhante. - Os intercostais externos cursam para trás e para cima e os intercostais internos cursam para frente e para cima. LINHA LATERAL • Ombro: - A LL e os braços estão relacionados: os braços pendem lateralmente ao corpo, cobrindo as faces laterais das costelas e a miofáscia da LL. - O elevador da escápula que conecta os processos transversos das vértebras cervicais com o ápice da escápula. Liberação dos pontos de gatilho LINHA ESPIRAL • Considerações gerais: - Dá a volta no corpo em uma hélice dupla, juntando cada lado do crânio, passando pela parte superior do dorso até o ombro do lado oposto. - Em seguida, pelas costelas, cruzando na frente do corpo na altura da cicatriz umbilical e unindo-se ao quadril. LINHA ESPIRAL • Considerações gerais: - Desce ao longo da parte ântero-lateral da coxa e da perna até o arco longitudinal medial, passando sob o pé e sobe da perna até os isquiostibiais, passando dentro da fáscia do eretor até o crânio. LINHA ESPIRAL • Função postural: - Enrolar o corpo em uma espiral dupla que ajuda a manter o equilíbrio em diferentes planos. LINHA ESPIRAL • Função em movimentação: - Criar e mediar rotações do corpo e movimentos em espiral e nas contrações excêntricas e isométricas, dar suporte ao tronco e as pernas a fim de evitar que se dobrem em colapso rotacional. LINHA ESPIRAL • Músculo rombo-serrátil: - Apresenta frequentemente desequilíbrios de um lado ao outro. Um padrão comum ocorre quando os rombóides estão presos estendidos com o serrátil encurtado. - Este padrão aparece nas pessoas com tendência a hipercifose torácica. LINHA ESPIRAL • Liberação miofascial do serrátil: 1. Deslizamento profundo sobre as fibras do serrátil 2. Inspiração profunda com extensão do tronco contra resistência LINHA ESPIRAL • Complexo oblíquo interno e externo: - A partir dos pontos de ligações inferiores do serrátil, apresenta forte continuidade fascial com o oblíquo externo. - Fundem-se na aponeurose abdominal até a linha alba, onde se misturam com as fibras do oblíquo interno do lado oposto. LINHA ESPIRAL • Liberação miofascial dos oblíquos: 1. Estabilizar o ombro 2. Deslizamento profundo sob as fibras dos oblíquos cruzando a linha média do abdome LINHA ESPIRAL • EIAS: - A partir da EIAS conectamos as fibras do oblíquo interno ao TFL que se funde com a margem anterior do TIT e passa sob o côndilo lateral da tíbia. LINHA ESPIRAL • Perna: - O tibial anterior passa por baixo e por dentro, cruzando a parte inferior da tíbia para se prender a cápsula articular, entre o 1° cuneiforme e o 1° metatarsal. LINHA ESPIRAL • Perna: - Conectando-se com o fibular e subindo pelo bíceps femoral, ligamento sacrotuberal, músculos eretores da coluna, pescoço e crânio lateralmente. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Considerações gerais: - Como os ombros e os braços humanos são especializados para a mobilidade, os múltiplos graus de liberdade requerem linhas mais variáveis de controle e estabilização e desta forma, mais ligações interlíneas. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Função postural: - As linhas do membro superior possuem uma função postural relacionada as nossas AVDs e AVPs. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Função de movimentação: - Atividades manuais diárias: examinar, manipular, responder ao meio ambiente e mover-se através do ambiente. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linhas: - LSAMS – músculos palmares, flexores inferiores, septo intermuscular e peitoral maior. - LSPMS – trapézio, deltóide, septo intermuscular lateral, extensores. - LPAMS – músculos tenares, rádio, bíceps e peitoral menor. - LPPMS – músculos hipotenares, ulna, tríceps, manguito rotador, rombóides e levantador da escápula. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Profunda Anterior do Membro Superior: - É principalmente uma linha estabilizadora do polegar até a região anterior do tórax. - Encurtamento funcional no peitoral menor inclui: (1) restrição no movimento das costelas superiores na inspiração; (2) se há problema para flexionar o braço e levantar o ombro até alcançar a prateleira mais alta; (3) se os ombros estão rodados medialmente. LINHA ESPIRAL • Liberação miofascial do peitoral menor: LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Profunda Anterior do Membro Superior: - A cabeça curta do bíceps corre para baixo a partir do processo coracóide até a tuberosidade do rádio, afetando assim, três articulações: glenoumenral, umeroulnar e radioulnar. - Incluímos o pronador e o supinador até o punho atravessando o ligamento colateral radial sobre os ossos do carpo laterais do polegar, escafóide e trapézio. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Superficial Anterior do Membro Superior: - O latíssimo do dorso ascende a partir dos processos espinhosos das vértebras torácicas inferiores, fáscia lombossacra, crista ilíaca e porção lateral das costelas inferiores e se insere na parte superior e interna do úmero. - Conectam-se no epicôndilo medial do úmero e desce pelo lado inferior do ombro até o polegar. LINHA ESPIRAL • Liberação do latíssimo do dorso: LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Profunda Posterior do Membro Superior: - Começa nos processos espinhosos das vértebras torácicas superiores e da 7ª vértebra cervical, avançando para baixo e para fora, desde os rombóides até a borda vertebral da escápula. - Outra linha começa na superfície inferolateral do occipito com o reto lateral da cabeça, continuando para baixo com o levantador da escápula. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Profunda Posterior do Membro Superior: - A partir da diáfise do úmero, próximo a cabeça umeral, onde se insere o manguito rotador e origina-se o tríceps braquial, trajeto seguinte desta linha e desce até extremidade do cotovelo, no olécrano da ulna. - Daí desce pelo lado externo do antebraço alcançando o processo estilóide ulnar no lado externo do punho até o 5° dedo da mão. LINHA ESPIRAL • Liberação miofascial do levantador da escápula e rombóides: LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Superficial Posterior do Membro Superior: - Começa com as inserções axiais do trapézio, desde a base occipital até o processo espinhoso no sentido da espinha da escápula, acrômio da escápula e terço lateral da clavícula. LINHAS DO MEMBRO SUPERIOR • Linha Superficial Posterior do Membro Superior: - As fibras torácicas do trapézio ligam-se com as fibras posteriores do deltóide, se conectam com o braquial, desce pelo extensor comum até os ossos do carpo e dedos. LINHA ESPIRAL • Liberação miofascial do trapézio e deltóide: Profª Dominique Babini dbabini.fisioterapeuta@gmail.com dominiquebabini1
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