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prova105088

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gab_final.doc
O DIRETOR-GERAL SUBSTITUTO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA - no uso de suas atribuições, observadas as disposições contidas no Edital ESAF nº 66, de 22/07/2002, publicado no Diário Oficial da União de 29/7./2002 e em acolhimento aos pronunciamentos da Banca Examinadora emitidos em razão dos recursos apresentados às Provas Objetivas 1, 2 e 3 do concurso público para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal, realizado nos dias 28 e 29 de setembro de 2002, resolve:
I - ANULAR as questões abaixo relacionadas, nos seus respectivos gabaritos:
a) na prova 1 - as questões nº 03, da disciplina Língua Portuguesa e nº 53, da disciplina Ética na Administração Pública;
b) na prova 2 - a questão nº 10, da disciplina Contabilidade Geral;
II - ATRIBUIR os pontos correspondentes às questões anuladas a todos os candidatos presentes, independentemente de terem os mesmos recorrido;
III - ALTERAR:
a) na Prova 2 - a resposta da questão nº 11, da disciplina Contabilidade Geral, da letra "D" para a letra "B" e da questão nº 36, da disciplina Direito Tributário, da letra "C" para a letra "D";
b) na Prova 3 - Área de Especialização Auditoria - a resposta da questão nº 10, da disciplina Contabilidade Avançada, da letra "A" para a letra "D"; na Área de Especialização Política e Administração Tributária - a questão nº 33, da disciplina Informática, da letra "A" para a letra "B";
IV- VALIDAR o gabarito divulgado, para fins de recurso, com as anulações constantes do item I e as alterações a que se refere o item III, ambas deste Edital;
V - JULGAR improcedentes os demais recursos apresentados;
VI - DIVULGAR a relação dos candidatos aprovados na Primeira Etapa do concurso, observados os critérios de habilitação e classificação e de desempate estabelecidos, respectivamente, nos subitens 9.1, 9.2 e 9.3, do Edital nº 66/2002 regulador do concurso;
VII - CONSIDERAR reprovados, para todos os efeitos, os demais candidatos, de conformidade com o subitem 9.5 do supracitado Edital.
Prova3-aduana-afrf2002-2.pdf
Escola de Administração
Fazendária
CONCURSO PÚBLICO
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
2002.2
Auditor-Fiscal da Receita
Federal Aduana P.3
INSTRUÇÕES
Nome: No Inscrição:
1 - Escreva seu nome e número de inscrição, de forma legível, nos locais indicados.
2 - O CARTÃO DE RESPOSTAS não será substituído e deve ser assinado no seu verso.
3 - DURAÇÃO DA PROVA: 3h30min, incluído o tempo para preenchimento do CARTÃO DE
RESPOSTAS.
4 - Neste caderno, as questões estão numeradas de 01 a 60, seguindo-se a cada uma 5 (cinco) opções
(respostas), precedidas das letras a, b, c, d e e.
5 - No CARTÃO DE RESPOSTAS, as questões estão representadas por seus respectivos números. Pre-
encha, FORTEMENTE, com caneta esferográfica (tinta azul ou preta), toda a área correspondente
à opção de sua escolha, sem ultrapassar seus limites.
6 - Não amasse nem dobre o CARTÃO DE RESPOSTAS; evite usar borracha.
7 - Será anulada a questão cuja resposta contiver emenda ou rasura, ou para a qual for assinalada
mais de uma opção.
8 - Ao receber a ordem do Fiscal de Sala, confira este CADERNO com muita atenção, pois qualquer
reclamação sobre o total de questões e/ou falhas na impressão não será aceita depois de iniciada a
prova.
9 - Durante a prova, não será admitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre os candida-
tos, tampouco será permitido o uso de qualquer tipo de equipamento (calculadora, tel. celular etc.).
10 - Por motivo de segurança, somente durante os trinta minutos que antecedem o término da prova,
poderão ser copiados os seus assinalamentos feitos no CARTÃO DE RESPOSTAS, conforme
subitem 6.8 do edital.
11 - Entregue este CADERNO DE PROVA, juntamente com o CARTÃO DE RESPOSTAS, ao Fiscal de
Sala, quando de sua saída, que não poderá ocorrer antes de decorrida uma hora do início da prova; a
não-observância dessa exigência acarretará a sua exclusão do concurso.
12 - Este caderno de prova está assim constituído:
Disciplinas Questões Peso
Comércio Internacional 01 a 30
Relações Econômicas Internacionais 31 a 60
2
Boa Prova
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 32
COMÉRCIO INTERNACIONAL
01- O imposto de importação tem como elementos que
o caracterizam, na essência:
a) o lançamento por declaração; o valor da fatu-
ra como base de cálculo; tem por finalidade o
incremento da arrecadação federal.
b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o
preço normal da mercadoria no comércio
internacional como base de cálculo.
c) incidência inclusive sobre as mercadorias
objeto de contrabando; a base de cálculo,
para as mercadorias vendidas em leilão, é o
valor da arrematação; lançamento de ofício.
d) as alíquotas previstas em acordos internacio-
nais sempre prevalecem sobre as alíquotas
da Tarifa Externa Comum; é contribuinte,
além do importador, o adquirente, em licita-
ção de mercadoria estrangeira; o depositário
de mercadoria sob sua custódia é contribuinte
relativamente à mercadoria cuja falta for apu-
rada pela autoridade aduaneira.
e) lançamento por homologação; decai após 5
(cinco) anos da data do registro da declara-
ção de Importação no SISCOMEX; o valor de
transação previsto no Acordo de Valoração
Aduaneira não é aplicável quando a alíquota
for específica.
02- Considerando que o Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias pos-
sui em sua estrutura 6 (seis) Regras Gerais Inter-
pretativas, Notas de Seções e de Capítulos, uma
Lista ordenada de posições e de subposições,
apresentadas sistematicamente, compreendendo
21 Seções, 96 Capítulos e 1241 posições, subdivi-
didas (exceto 311) em subposições, resultando
num total de 5019 grupos de mercadorias, pode-
mos afirmar que ele:
a) abrange todo o universo de mercadorias,
produtos e materiais existentes e por existir
no Universo, inclusive a energia elétrica,
omitindo mesmo as mercadorias dos Capítu-
los 77, 98 e 99, sendo assim um sistema
racional e completo.
b) abrange todo o universo de mercadorias,
produtos e materiais atualmente existentes no
Universo, omitindo todas as mercadorias do
Capítulo 77, e por essa razão, é um sistema
racional e incompleto.
c) abrange todo o universo de mercadorias,
produtos e materiais existentes inclusive a
energia elétrica, e por essa razão é um siste-
ma irracional e completo.
d) abrange todo o universo de mercadorias,
produtos e materiais atualmente existentes no
Universo e por essa razão é um sistema raci-
onal e completo.
e) por abranger os produtos de alta sofisticação
e complexidade tecnológica, exigindo para
sua identificação e codificação a aplicação de
regras técnicas, lógicas e legais no processo
mental para seu enquadramento no Sistema,
empresta caráter subjetivo a essa atividade e,
por essa razão, tal sistema é irracional e
completo.
03- O tratamento fiscal aplicável na valoração adua-
neira das mercadorias objeto de dumping
a) assemelhando-se a uma importação de mer-
cadorias a um preço inferior aos preços cor-
rentes de mercado para mercadorias idênti-
cas, é o da rejeição pelo Fisco do valor decla-
rado.
b) é o mesmo reservado às mercadorias impor-
tadas a um preço inferior aos preços corren-
tes de mercado para mercadorias idênticas,
ou seja, o valor declarado deve ser admitido
pelo Fisco, sem prejuízo de seu direito à con-
firmação do valor de transação.
c) consiste em acrescer ao valor de transação a
parcela correspondente à margem de
dumping necessária a tornar o valor de tran-
sação igual ao do preço corrente de mercado
para mercadorias idênticas.
d) é o mesmo reservado às mercadorias objeto
de subfaturamento, ou seja, a diferença entre
o preço corrente de mercado para mercadori-
as idênticas e o valor de transação deverá ser
tributado à alíquota fixada na Tarifa Externa
Comum, com aplicação das multas fiscais e
administrativas previstas nos artigos 524 e
526, III do Regulamento Aduaneiro.
e) visto tratar-se o dumping de uma prática
desleal no comércio exterior, consiste
na
rejeição do valor declarado, selecionando-se
a mercadoria para o canal cinza de conferên-
cia aduaneira e aplicando-se à mercadoria
um valor baseado no preço das mercadorias
vendidas para exportação para um terceiro
país.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 33
04- Exercer, prévia ou posteriormente, a fiscalização
de preços, pesos, medidas, qualidade e tipos de-
clarados nas operações de importação e de ex-
portação, acompanhar a execução dos acordos
internacionais relacionados com o comércio exteri-
or, conceder a aplicação do mecanismo do
“drawback”, investigar a ocorrência de “dumping” e
subsídios com vistas a estabelecer as medidas de
defesa comercial, são algumas das atribuições
a) da Secretaria da Receita Federal, tendo em
vista sua competência constitucional para a
fiscalização e controle do comércio exterior,
além da pesquisa e fiscalização do valor
aduaneiro das mercadorias reprimir as práti-
cas de sub e superfaturamento na importa-
ção e na exportação.
b) do Ministério das Relações Exteriores, tendo
em vista que dumping, subsídios, salvaguar-
das, valoração aduaneira, Sistema Harmoni-
zado, acordos internacionais de comércio são
decorrentes de atos internacionais sob sua
competência constitucional.
c) da Secretaria de Comércio Exterior, tendo em
vista competir a ela, entre outras atribuições,
exercer a política de comércio exterior e auto-
rizar as importações e exportações de mer-
cadorias através do mecanismo do licencia-
mento.
d) do Banco Central do Brasil em conjunto com
a Secretaria de Comércio Exterior, tendo em
vista o controle cambial e administrativo das
operações de importação e exportação.
e) da Secretaria da Receita Federal e do Banco
Central do Brasil, tendo em vista a necessi-
dade de coibir as fraudes cambiais nas ope-
rações de comércio exterior, fretes internaci-
onais e conciliação entre os contratos de
câmbio, faturas comerciais e conhecimentos
de carga.
05- O contêiner encerrando em seu interior mercadori-
as despachadas para consumo de uma só espé-
cie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idên-
ticos) por ocasião da conferência aduaneira
a) classifica-se em posição específica da No-
menclatura Comum do Mercosul (NCM).
b) segue a classificação fiscal da mercadoria
nele contida.
c) classifica-se de conformidade com a Regra
5-b, para a Interpretação do Sistema Harmo-
nizado.
d) não é objeto de classificação fiscal na Decla-
ração de Importação para consumo das mer-
cadorias despachadas.
e) classifica-se à parte, porém, em regime isen-
tivo do imposto de importação tendo em vista
não pertencer ao consignatário das mercado-
rias.
06- Aplicando-se a Regra Geral para Interpretação do
Sistema Harmonizado nº 5 (cinco), é correto afir-
mar-se que a embalagem de utilização repetida,
apresentada com os artigos nela contidos
a) não segue a classificação das mercadorias,
tendo em vista sua utilização repetida.
b) segue a classificação das mercadorias tendo
em vista ser embalagem de apresentação à
autoridade fiscal.
c) segue a classificação das mercadorias por
ser de uso prolongado.
d) não segue a classificação das mercadorias
porque não confere às mesmas o seu caráter
de essencialidade.
e) não segue a classificação das mercadorias
porque a ela se aplica o regime de trânsito
aduaneiro.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 34
07- As peças sobressalentes que acompanham as
máquinas e/ou equipamentos importados sujeitam-
se ao tratamento fiscal e administrativo (dados da
importação informados no SISCOMEX) a seguir
descrito: 
a) são licenciadas separadamente da licença
referente às máquinas e/ou equipamentos,
sendo classificadas na NCM separadamente,
quando com elas despachadas.
b) são licenciadas conjuntamente com as má-
quinas e/ou equipamentos, independente-
mente do valor das mesmas porém classifi-
cam-se na posição das máquinas e/ou equi-
pamentos quando o seu peso não ultrapassar
5% (cinco por cento) do peso total da merca-
doria licenciada.
c) desde que detalhadamente descritas e seu
valor não ultrapasse 5% (cinco por cento) do
valor da máquina e/ou equipamento, podem
figurar na mesma licença de importação e no
mesmo código da NCM.
d) sendo detalhadamente descritas, podem
figurar na mesma licença de importação das
máquinas e/ou equipamentos e no mesmo
código da NCM, desde que seu valor, seja
qual for, esteja previsto na documentação
relativa à importação (fatura, contrato etc.).
e) é dispensada a descrição detalhada das pe-
ças sobressalentes, desde que elas figurem
na mesma licença de importação e no mesmo
despacho aduaneiro das máquinas e/ou equi-
pamentos, com o mesmo código de Nomen-
clatura Comum do MERCOSUL- NCM, desde
que seu valor não ultrapasse 10% (dez por
cento) do valor da máquina e/ou equipamento
e esteja previsto na documentação relativa à
importação (contrato, fatura, projeto etc.).
08- Os INCOTERMS contêm em seu bojo cláusulas
padronizadas que, na essência, resumem, definem
e simplificam um contrato internacional de
 a) arrendamento mercantil.
b) leasing operacional.
c) compra e venda.
d) importação de serviços.
e) importação temporária de mercadorias para
utilização econômica.
09- Nos INCOTERMS versão 2000, evidenciando
contratos de partida (embarque) a correspondên-
cia é com
a) os termos “C” e “ F ”.
b) exclusivamente o termo “ C ”.
c) exclusivamente o termo “ F ”.
d) os termos “ E ” e “ D”.
e) exclusivamente o termo “ D”.
10- Para fins e efeitos tributários, de controle adminis-
trativo e licenciamento não-automático das impor-
tações, o embarque da mercadoria a ser importada
considera-se ocorrido na data da
 a) assinatura do contrato de câmbio.
b) colocação da mercadoria a bordo do veículo
transportador (navio, aeronave ou veículo
terrestre), informada pelo transitário.
c) entrega da mercadoria no porto, aeroporto ou
ponto de fronteira do país de exportação,
informada pelo depositário.
d) expedição do conhecimento internacional de
embarque, informada pelo emitente.
e) expedição do manifesto internacional de car-
ga do veículo transportador comprobatório da
carga a ser transportada.
11- A importação de mercadoria estrangeira idêntica,
em igual quantidade e valor, e que se destine à re-
posição de outra anteriormente importada que se
tenha revelado, após o despacho aduaneiro, de-
feituosa ou imprestável para o fim a que se desti-
nava, desde que satisfeitas as condições estabe-
lecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relati-
vamente ao imposto de importação uma hipótese
de
a) isenção condicionada.
b) regime suspensivo até o implemento das
condições.
c) não-incidência.
d) reimportação com não ocorrência do fato ge-
rador.
e) isenção de natureza objetiva.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 35
12- Quando a produção nacional, de matéria-prima e
de qualquer produto de base, for insuficiente para
atender ao consumo interno, a redução ou isenção
do imposto de importação para a importação com-
plementar, conforme o caso, se efetiva por meio
do
a) regime de tributação simplificada (RTS).
b) regime de contingenciamento.
c) regime suspensivo de tributação condiciona-
do à aquisição complementar no mercado
interno.
d) regime de salvaguardas mediante o estabele-
cimento de quotas para a importação.
e) regime de acordo de participação do produtor
nacional, homologado pelo Departamento de
Operações do Comércio Exterior (DECEX).
13- Considerando que o regime especial de drawback
em uma de suas modalidades é suspensivo de tri-
butação, identifique nas opções abaixo aquela que
corresponde ao despacho aduaneiro a ele aplicá-
vel na importação.
a) Despacho de admissão ao regime (DA).
b) Despacho de trânsito aduaneiro conjugado
com despacho de admissão (DTA/DA).
c) Despacho antecipado de importação em
drawback (DAI-DRAWBACK).
d) Ato concessório do drawback (AC).
e) Despacho de importação para consumo (DI).
14- O licenciamento não-automático previamente ao
embarque das mercadorias no exterior é exigível
para as importações
a) sujeitas à obtenção de cota tarifária ampara-
das em acordos bilaterais no âmbito da União
Européia, excluídas aquelas sujeitas à cota
não-tarifária.
b) objeto de arrendamento operacional simples
e as sujeitas a exame de similaridade.
c) a serem submetidas ao regime aduaneiro
especial de entreposto aduaneiro na modali-
dade de não-vinculado.
d) objeto de medidas compensatórias em decor-
rência de subsídios concedidos por governos
estrangeiros.
e) objeto de obrigatoriedade de transporte em
navio ou aeronave de bandeira brasileira.
15- No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização
de uma mercadoria
a) é condicionada ao seu despacho para con-
sumo.
b) ocorre quando se importa uma mercadoria a
título definitivo ou não.
c) é condicionada ao prévio pagamento dos
tributos ou ao reconhecimento de sua dispen-
sa pela autoridade aduaneira.
d) implica a sua importação a título definitivo
independente de seu despacho para consu-
mo.
e) ocorre para a mercadoria importada a título
não-definitivo, no momento em que é subme-
tida a despacho aduaneiro de admissão a um
regime especial.
16- Conforme as regras de origem aplicáveis aos Es-
tados-Partes do MERCOSUL, adotando exclusi-
vamente o critério do salto tarifário, serão conside-
rados originários do MERCOSUL os produtos em
cuja elaboração foram utilizados materiais não ori-
ginários de seus países membros, quando resul-
tantes de um processo de transformação substan-
cial realizado em seu território, que lhes confira
uma nova individualidade caracterizada pelo fato
de estarem classificados na Nomenclatura Comum
do MERCOSUL
a) na mesma posição do material cuja função
seja preponderante.
b) em posição diferente à dos mencionados
materiais.
c) em subposição diferente à dos mencionados
materiais.
d) em item diferente ao dos mencionados mate-
riais.
e) no mesmo capítulo, porém, em subposição
igual e item diferente.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 36
17- Conforme estabelecido no Acordo de Valoração
Aduaneira existem 6 (seis) métodos de Valoração
Aduaneira nele descritos articuladamente, para as
mercadorias importadas que devem ser aplicados
a) sucessiva e seqüencialmente até chegar ao
primeiro na seqüência que permita determinar
tal valor independentemente de o importador
solicitar a inversão da ordem dos 4º e 5º mé-
todos.
b) em sua totalidade, elegendo a autoridade
fiscal aquele cujo valor aduaneiro se revele
mais elevado tendo em vista a função prote-
cionista do imposto de importação.
c) sucessivamente, porém, não pela ordem,
iniciando-se por quaisquer deles, até chegar
ao primeiro que permita determinar tal valor,
tendo em vista o poder discricionário da auto-
ridade fiscal.
d) sucessiva e seqüencialmente, até chegar ao
terceiro método, e assim prosseguir com os
seguintes, salvo se o importador solicitar a
inversão da ordem dos métodos 4º e 5º, inde-
pendentemente da viabilidade da aplicação
do 5º método.
e) sucessiva e seqüencialmente, até chegar ao
terceiro método, e assim prosseguir com os
seguintes, salvo se o importador solicitar a
inversão da ordem dos métodos quarto e
quinto, desde que seja possível a aplicação
do quinto método na seqüência solicitada.
18- Para efeito de apuração do preço de transferência
na importação de bens, o valor expresso em moe-
da estrangeira será convertido em reais pela taxa
de câmbio
a) de venda, fixada pelo boletim de abertura do
Banco Central do Brasil, para a data do de-
sembaraço aduaneiro.
b) de venda, fixada pelo boletim de abertura do
Banco Central do Brasil, para a data do re-
gistro da Declaração de Importação no
SISCOMEX.
c) vigente na data da entrada da mercadoria
estrangeira no território aduaneiro, constante
nos documentos de importação.
d) fixada pela Coordenação-Geral do Sistema
de Tributação com base na média do merca-
do cambial de venda praticado nos três dias
anteriores à data do Comprovante de Impor-
tação (CI).
e) fixada pelo Conselho Monetário Nacional com
base na Cotação para venda da respectiva
moeda, no dia útil imediatamente anterior à
data do desembaraço aduaneiro.
19- O sistema padronizado de troca de mensagens
para telecomunicações financeiras interbancárias
internacionais, que dispensa sua autenticação por
chave (test key) possibilitando um melhor controle
de transmissão e redução de erros e custos, cor-
responde a uma
a) ordem de pagamento via telex.
b) ordem de pagamento via SWIFT.
c) ordem de crédito transferível.
d) ordem de crédito confirmado.
e) transferência de créditos /débitos recíprocos.
20- Os riscos de não-pagamento de compromissos
comerciais internacionais causados por fatores de
ordem econômica, política, comercial, má-fé do
comprador etc., podem ser minimizados, ou mes-
mo evitados pelos operadores comerciais ao sele-
cionar o meio de pagamento mais adequado. Nes-
se sentido, o meio de pagamento através do qual
um banco (tomador) assume documentalmente
compromisso de pagar ao beneficiário (exportador)
identifica-se como uma
a) cobrança a prazo.
b) remessa antecipada.
c) remessa sem saque.
d) carta de crédito.
e) accepted invoice consularizada.
21- A modalidade de crédito documentário através do
qual, na eventualidade de inadimplência ou recusa
do comprador (importador), seja formalizada uma
garantia bancária internacional, normalmente no
valor de 20% (vinte por cento) da operação em fa-
vor do vendedor (exportador) como forma de res-
sarcimento de despesas incorridas pela não-quita-
ção do Draft at Sight, é identificada como
a) Performance Bond.
b) Refundment Bond.
c) Bid Bond.
d) Revolving Letter of Credit.
e) Back-to-back Credit.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 37
22- Os créditos tributários originados de contenciosos
da área aduaneira, nas zonas primária ou secun-
dária, previamente ao início do despacho aduanei-
ro, no seu curso, ou após, são exigidos por meio
de processos administrativos fiscais que seguem o
rito processual geral preconizado pelo Decreto nº
70.235/72 e suas alterações, e também, ritos dife-
renciados quanto a prazos, recursos, órgãos julga-
dores ou prestação de garantias. Assim, o rito pro-
cessual geral (do Decreto nº 70.235/72) se aplica à
exigência de créditos tributários originada de
a) termo de apreensão e guarda fiscal de mer-
cadorias na zona primária.
b) revisão do despacho aduaneiro de importa-
ção.
c) execução de termos de responsabilidade no
qual constam apenas os tributos (II e IPI).
d) termo de apreensão e guarda fiscal de mer-
cadorias na zona secundária.
e) processo de destinação de mercadorias
apreendidas, na modalidade de licitação.
23- As operações de “SWAP” são definidas como
a) remessa de moeda de uma praça a outra
objetivando auferir lucros advindos das dife-
renças entre as taxas cambiais.
b) remessa de divisas através do mercado de
câmbio para outro país, com o objetivo de
auferir vantagens provindas de diferenças nas
taxas de juros entre dois países.
c) compra e venda simultânea de câmbio de
uma mesma moeda, com a finalidade de se
equilibrar o fluxo cambial, mantendo-se uma
posição nivelada (operações casadas).
d) compra e venda de câmbio pronto contra a
simultânea venda ou compra de câmbio futu-
ro, compreendendo quantidades equivalentes
de duas moedas diferentes.
e) compra e venda simultânea de câmbio, feitas
na mesma moeda e por igual valor, com fina-
lidade de se regularizar operações cambiais
decorrentes de importações, exportações,
transações financeiras e conversão em in-
vestimentos de créditos não remetidos.
24- O regime de licença prévia na importação, configu-
rando uma restrição quantitativa, pode ser instituí-
do pelos países, sendo tolerado pela Organização
Mundial de Comércio (OMC) principalmente
a) visando selecionar aquelas mercadorias cuja
produção interna seja incipiente e de qualida-
de inferior e, neste sentido, restringindo a
importação que seria danosa pela concorrên-
cia, promove o desenvolvimento industrial.
b) visando selecionar aquelas mercadorias tri-
butadas com alíquotas mais elevadas e, as-
sim, incrementando a arrecadação tributária,
evita a emissão de moeda e conseqüente-
mente a inflação, promovendo o desenvolvi-
mento do país.
c) como medida de proteção à industria domés-
tica, e, assim, promovendo o seu desenvolvi-
mento, impedindo ou restringindo a entrada
do concorrente estrangeiro.
d) visando evitar a formação de estoques espe-
culativos de produtos aguardando a cotação
no mercado nacional em alta, bem como
impedir a importação de mercadorias originá-
rias de países que discriminem as importa-
ções de outro país.
e) como mecanismo de controle cambial exclu-
sivamente para os países com dificuldades
em seu balanço de pagamentos, além da
necessidade de controlar a entrada de pro-
dutos afetos à autorização de órgãos gover-
namentais específicos.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 38
25- Determinada mercadoria, acondicionada em um
contêiner estrangeiro, chega ao Porto de Santos
procedente da Zona Franca de Colônia (Uruguai),
para ser destinada a uma Estação Aduaneira Inte-
rior (EADI) em Campinas (SP) em regime de en-
treposto aduaneiro, em consignação. O regime
aduaneiro aplicável à mercadoria e ao contêiner
pela autoridade aduaneira no Porto de Santos será
o de
a) trânsito aduaneiro para a mercadoria e para o
contêiner.
b) trânsito aduaneiro para o contêiner e admis-
são temporária para a mercadoria até a che-
gada na EADI.
c) admissão temporária para o contêiner e trân-
sito aduaneiro para a mercadoria.
d) entreposto aduaneiro para a mercadoria e
trânsito aduaneiro para o contêiner.
e) entreposto aduaneiro para a mercadoria e
admissão temporária para o contêiner.
26- Os regimes aduaneiros especiais típicos se dife-
renciam do regime aduaneiro geral ou comum, ca-
racterizam-se por serem em regra regimes eco-
nômicos ou suspensivos, enfatizam a geração de
divisas e de empregos, são aplicados em regra às
mercadorias não nacionalizadas, e sua admissão
ao regime não se processa através de um despa-
cho aduaneiro de importação para consumo, ex-
ceto, neste caso, o regime de
a) drawback.
b) entreposto industrial.
c) entreposto aduaneiro.
d) admissão temporária com pagamento propor-
cional dos tributos.
e) admissão temporária para aperfeiçoamento
ativo.
27- No regime aduaneiro especial de admissão tempo-
rária
a) os impostos e penalidades pecuniárias pre-
vistos para a hipótese de descumprimento
das normas que disciplinam o regime serão
consubstanciados em Termo de Responsabi-
lidade.
b) a parcela dos impostos devida na importação,
suspensa em decorrência da aplicação do
regime será garantida em Termo de Respon-
sabilidade cuja exigência será objeto de pro-
cedimento fiscal administrativo em que se
assegure o contraditório e ampla defesa, no
caso de inadimplência do beneficiário do
regime.
c) a parcela das penalidades pecuniárias e de
outros acréscimos legais devida pelo des-
cumprimento das condições do regime será,
após quantificada, objeto de execução admi-
nistrativa juntamente com os impostos devi-
dos constantes do Termo de Responsabilida-
de, se não houver recolhimento nos 30 (trinta)
dias subseqüentes à ciência da notificação
fiscal.
d) a parcela dos impostos devida na importação,
suspensa em decorrência da aplicação do
regime, será consubstanciada em Termo de
Responsabilidade, garantido por fiança ou
seguro aduaneiro, que, no caso de descum-
primento das condições do regime concedido,
será encaminhado à Procuradoria da Fazen-
da Nacional para inscrição na Dívida Ativa se
não comprovado o pagamento no prazo esta-
belecido e a parcela relativa às penalidades
pecuniárias e ajuste de cálculo de tributos
devidos será exigida através da lavratura do
auto de infração regularmente notificado ao
contribuinte.
e) a parcela relativa às penalidades pecuniárias
decorrentes do descumprimento da obrigação
tributária principal cuja alíquota prevista para
o bem objeto do regime figurar na Tarifa Ex-
terna Comum igual a “zero” será calculada
aplicando-se o percentual correspondente ao
produto de maior alíquota da posição respec-
tiva na TEC e encaminhada à Procuradoria
da Fazenda Nacional para o fim de cobrança
judicial do título, no caso de inadimplemento
do regime.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 39
28- No regime aduaneiro especial de entreposto adu-
aneiro operado em Estação Aduaneira Interior
(EADI)
a) a nacionalização e o despacho para consumo
das mercadorias entrepostadas somente
poderão ser feitos pelo consignatário, sendo
vedadas operações de industrialização, só
admissíveis no regime de entreposto industri-
al e no RECOF.
b) a nacionalização da mercadoria deverá ser
feita pelo consignatário e o despacho para
consumo pelo adquirente da mercadoria en-
trepostada, permitidas apenas as operações
de recondicionamento de equipamento para a
produção industrial e beneficiamento.
c) a mercadoria poderá ser nacionalizada pelo
adquirente ou pelo consignatário, e, em seu
nome, despachada para consumo ou expor-
tada, permitidas, mediante credenciamento
do recinto, as operações de montagem,
acondicionamento, reacondicionamento, be-
neficiamento, recondicionamento de partes e
peças e materiais de reposição, manutenção
e reparo de aeronaves e embarcações, e
transformação, no caso de alimentos para
consumo de bordo de aeronaves e embarca-
ções ou destinados à exportação.
d) as mercadorias importadas em consignação,
sem cobertura cambial, e entrepostadas po-
derão ser objeto de exportação, sendo permi-
tidos apenas os serviços conexos e a unitiza-
ção e desunitização de volumes.
e) o permissionário ou concessionário de recinto
alfandegado de uso público poderá ser bene-
ficiário do regime de entreposto aduaneiro
apenas na importação, relativamente a mer-
cadorias que armazene e, neste caso, são
permitidas apenas as operações de embala-
gem, reembalagem, etiquetagem e marcação
dos volumes, não sendo considerado contri-
buinte do IPI relativamente às operações de
industrialização efetuadas.
29- O preço normal determinado legalmente para apu-
ração da base de cálculo do imposto de exporta-
ção corresponde
a) ao preço da mercadoria, ou seu similar fixado
periodicamente pelo Conselho Monetário
Nacional em pauta de valor mínimo vigente
ao tempo da exportação.
b) ao valor externo da mercadoria, identificado
como o preço com que a mesma ou similar é
normalmente oferecida à venda no mercado
atacadista do país, somado às despesas para
sua colocação no ponto de saída (porto, ae-
roporto ou fronteira terrestre), deduzidos,
quando for o caso, os impostos exigíveis para
consumo interno e recuperáveis pela exporta-
ção.
c) ao preço que a mercadoria, ou seu similar,
alcançaria ao tempo da exportação, em uma
venda em condições de livre concorrência no
mercado internacional, observadas as normas
baixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
d) ao valor de transação, ou seja, o preço efeti-
vamente pago ou a ser pago pelo comprador
no exterior.
e) ao preço nunca inferior a um preço de refe-
rência fixado pela Secretaria de Comércio
Exterior para a mercadoria a ser exportada
sendo o parâmetro utilizado para sua aceita-
ção no SISCOMEX.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 310
30- Alguns autores admitem em tese a existência de
um Direito Aduaneiro, apoiando esse posiciona-
mento nos seguintes fatores:
a) incidência dos impostos de importação, de
exportação e sobre produtos industrializados;
existência de órgãos especializados de con-
trole e arrecadação (Alfândegas); existência
de um Sistema Integrado de Comércio Exteri-
or (SISCOMEX); natureza extra-fiscal do
imposto de importação; isenções e reduções
tributárias em maior proporção na área adua-
neira.
b) função protecionista do imposto de importa-
ção; alíquotas do imposto de importação mais
elevadas para os produtos supérfluos; órgãos
especializados de
fiscalização e controle; rito
diferenciado para o julgamento do contencio-
so tributário aduaneiro (II,IPI,IE e penalidades
pecuniárias); afinidade com o Direito Comu-
nitário.
c) existência de regimes especiais; pagamento
antecipado dos impostos de importação e
sobre produtos industrializados (II e IPI); os
fatos geradores dos tributos incidentes sobre
as mercadorias decorrem de operações de
comércio exterior; utilização freqüente dos
institutos de direito privado (comercial, civil,
penal ) (art. 109, do CTN).
d) a precedência da autoridade aduaneira sobre
as demais, na zona primária (CF, art. 37,
XVIII, DL nº 37/66, art. 35, RA art.10); a com-
petência do Ministério da Fazenda, através
das Alfândegas da Receita Federal para a
fiscalização e o controle sobre o comércio
exterior (CF art. 237); a importância dos tri-
butos aduaneiros como instrumento do
desenvolvimento industrial do País e da ma-
nutenção das reservas cambiais; alto grau de
discricionariedade dos órgãos aduaneiros.
e) o intervencionismo estatal no intercâmbio
comercial internacional; o complexo de rela-
ções jurídicas conseqüentes das relações
comerciais internacionais; princípios e insti-
tutos específicos (exações aduaneiras de
competência exclusiva do Poder Central,
controle aduaneiro sobre todas as mercadori-
as intercambiadas com o exterior; regimes
aduaneiros especiais e atípicos etc.); especi-
ficidade (origem consuetudinária, técnica
específica, acelerado dinamismo, importância
do fator econômico, preponderância dos tra-
tados internacionais).
RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS
31- Sobre uma mercadoria que foi reimportada é cor-
reto afirmar que:
a) tendo sido importada pelo país A, foi exporta-
da para um outro país, que não o de origem
da mercadoria, sem ter sofrido qualquer
transformação.
b) tendo sido produzida no país A, foi exportada
ao país B, tendo, em seguida, sido importada
deste por um terceiro país.
c) tendo sido produzida no país A, foi exportada
ao país B, onde sofreu transformação.
d) tendo sido importada pelo país A, nele sofreu
transformação e foi, em seguida, exportada
para um segundo país.
e) tendo sido produzida no país A, foi exportada
para o país B onde sofreu transformação,
após o que retornou ao país de origem.
32- Segundo a teoria clássica do comércio internacio-
nal, na concepção de David Ricardo, o comércio
entre dois países é mutuamente benéfico quando:
a) cada país especializa-se na produção de
bens nos quais possa empregar a menor
quantidade de trabalho possível, indepen-
dentemente das condições de produção e do
preço dos mesmos bens no outro país, o que
permitirá a ambos auferir maiores lucros com
a exportação do que com a venda daqueles
bens nos respectivos mercados internos.
b) intercambiam-se bens em cuja produção
sejam empregadas as mesmas quantidades
de trabalho, o que lhes permite auferir ganhos
em virtude de diferenças, entre esses mes-
mos países, na dotação dos demais fatores
de produção.
c) ambos países produzem os bens necessários
para o abastecimento de seus respectivos
mercados, obtendo lucros adicionais com a
exportação dos excedentes gerados.
d) cada país especializa-se na produção da-
queles bens em que possua vantagem relati-
va, importando do outro aqueles bens para os
quais o custo de oportunidade de produção
interna seja relativamente maior.
e) a capacidade relativa de produção entre am-
bos países for semelhante, o que os leva a
procurar obter vantagens absolutas e assim
obter ganhos com o comércio mediante a
exportação dos excedentes de produção.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 311
33- De acordo com a moderna teoria do comércio
internacional, segundo o modelo Heckcsher-Ohlin,
a) os padrões de especialização e de comércio
entre os países resultam de diferenças entre
os preços praticados domesticamente e
aqueles praticados internacionalmente.
b) os países tenderão a produzir e exportar bens
cuja produção seja intensiva no fator produti-
vo mais abundante em suas respectivas eco-
nomias.
c) os países tenderão a concentrar-se na produ-
ção e exportação de bens cujos custos de
produção, definidos pela remuneração dos
fatores de produção, sejam menores.
d) a produtividade da mão-de-obra determina os
padrões de especialização e as possibilida-
des de comércio entre os países.
e) a disponibilidade dos fatores de produção não
exerce influência significativa sobre o padrão
de comércio entre os países uma vez que a
mobilidade dos mesmos equilibra as condi-
ções de produção internacionalmente.
34- O comércio de bens manufaturados vem crescen-
do significativamente desde a Segunda Guerra
Mundial, inclusive com crescente participação de
países em desenvolvimento. Entre os fatores que
têm concorrido para a expansão do comércio de
bens industrializados encontram-se:
a) os investimentos diretos, a internacionaliza-
ção da produção e o comércio intra-firmas.
b) a concentração da produção, da geração de
tecnologias e da renda nos países desenvol-
vidos.
c) o menor custo da mão-de-obra, a maior
oferta de matérias-primas e a concentração
de investimentos diretos nos países emer-
gentes.
d) as disparidades de renda e as diferenças
quanto à estrutura da demanda entre os paí-
ses desenvolvidos e os países em desenvol-
vimento.
e) a diminuição da demanda por commodities no
mercado mundial, a disseminação de tecno-
logias aplicadas e a atuação das empresas
transnacionais.
35- Com relação às práticas protecionistas, tal como
observadas nas últimas cinco décadas, é correto
afirmar-se que:
a) assumiram expressão preponderantemente
não-tarifária à medida que, por força de com-
promissos multilaterais, de acordos regionais
e de iniciativas unilaterais, reduziram-se as
barreiras tarifárias.
b) voltaram a assumir expressão preponderan-
temente tarifária em razão de compromisso
assumido no âmbito do Acordo Geral de Co-
mércio e Tarifas (GATT)) de tarificar barreiras
não-tarifárias, com vistas à progressiva redu-
ção e eliminação futura das mesmas.
c) encontram amparo na normativa da Organi-
zação Mundial do Comércio (OMC), quando
justificadas pela necessidade de corrigir fa-
lhas de mercado, proteger indústrias nas-
centes, responder a práticas desleais de co-
mércio e corrigir desequilíbrios comerciais.
d) recrudesceram particularmente entre os paí-
ses da Organização de Cooperação e Desen-
volvimento Econômico (OCDE), na segunda
metade dos anos noventa, em razão da de-
saceleração das taxas de crescimento de
suas economias.
e) deslocaram-se do campo estritamente co-
mercial para vincularem-se a outras áreas
temáticas como meio ambiente, direitos hu-
manos e investimentos.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 312
36- Sobre direitos compensatórios é correto afirmar-se
que:
a) objetivam corrigir danos causados à produção
doméstica pelo aumento súbito de importa-
ções.
b) são aplicados pelo país importador quando
comprovada a prática de dumping pelo país
exportador e após estimado o dano causado
à indústria doméstica.
c) são aplicados pelo país exportador para cor-
rigir danos causados por medidas restritivas
e outras práticas desleais de comércio im-
postas pelo país importador sempre que ca-
racterizado o dano à produção nacional deste
último.
d) associam-se à neutralização de medidas
restritivas ao comércio como normas sanitári-
as, barreiras técnicas e regras de origem
quando não compatíveis com acordos multi-
laterais.
e) envolvem a aplicação, pelo país importador,
de gravames às importações com o propósito
de neutralizar efeitos distorcivos sobre o co-
mércio decorrentes de medidas de apoio às
exportações implementadas no país de que
procedem e que ferem a normativa multilate-
ral.
37- Quando vinculados às exportações, os subsídios
distorcem as condições de concorrência internaci-
onal, o que, de acordo com a normas da Organi-
zação Mundial de Comércio (OMC), faculta ao país
afetado adotar medidas restritivas. Tais medidas
são denominadas:
a) medidas anti-dumping
b) salvaguardas
c) barreiras não-tarifárias
d) medidas compensatórias
e) medidas suspensivas
38- A literatura econômica afirma, com base em argu-
mentos teóricos e empíricos, que o comércio inter-
nacional confere importantes estímulos ao cres-
cimento econômico. Entre os fatores que explicam
o efeito positivo do comércio sobre o crescimento
destacam-se:
a) a crescente importância dos setores exporta-
dores na formação do Produto Interno dos
países; as pressões em favor da estabilidade
cambial e monetária que provêm do comér-
cio; e o aumento da demanda agregada sobre
a renda.
b) a melhor eficiência alocativa propiciada pelas
trocas internacionais; a substituição de im-
portações; e a conseqüente geração de su-
perávits comerciais.
c) a crescente importância das exportações para
o Produto Interno dos países; a importância
das importações para o aumento da competi-
tividade; e o melhor aproveitamento de eco-
nomias de escala.
d) os efeitos sobre o emprego e sobre a renda
decorrentes do aumento da demanda agre-
gada; e o estímulo à obtenção de saldos
comerciais positivos.
e) a ampliação de mercados; os deslocamentos
produtivos; e o equilíbrio das taxas de juros e
dos preços que o comércio induz.
39- O sistema multilateral de comércio, conformado
pela Organização Mundial de Comércio (OMC),
está amparado em um conjunto de acordos em
que se definem normas e compromissos dos paí-
ses quanto à progressiva liberalização do comér-
cio internacional. Sobre tais acordos, é correto
afirmar-se que:
a) abrangem o comércio de bens e de serviços e
compromissos relacionados a investimentos.
b) abrangem o comércio de bens e de serviços e
compromissos em matéria de propriedade
intelectual.
c) são conhecidos como Acordos Plurilaterais,
por envolver a totalidade dos membros da
OMC e abrangem o comércio de bens e de
serviços.
d) embora conhecidos como Acordos Plurilate-
rais, não são necessariamente firmados por
todos os membros da OMC.
e) são conhecidos como Acordos Plurilaterais e
abrangem o comércio de bens, serviços e
compromissos em matéria de propriedade
intelectual.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 313
40- Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre
Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), é correto
afirmar que:
a) é uma conferência convocada a cada quatro
anos pela Assembléia Geral das Nações
Unidas, assistida por todos os seus membros,
para discutir questões relacionadas ao co-
mércio e aos investimentos sob a perspectiva
dos interesses dos países em desenvolvi-
mento.
b) é um fórum constituído pelos países da Orga-
nização Econômica de Cooperação e Desen-
volvimento (OECD) no âmbito da Assembléia
Geral das Nações Unidas para coordenar
políticas relacionadas ao comércio com os
países em desenvolvimento.
c) é um organismo intergovernamental vinculado
à Assembléia Geral das Nações Unidas vol-
tada para o tratamento de questões relacio-
nadas à promoção do desenvolvimento eco-
nômico e seus vínculos com o comércio, as
finanças e os investimentos internacionais.
d) é uma conferência de caráter permanente
integrada pelos países membro da Organiza-
ção das Nações Unidas com o propósito de
discutir questões comerciais e os entraves ao
desenvolvimento dos países de menor
desenvolvimento relativo.
e) é um fórum permanente de consulta e de
negociações comerciais, constituído por paí-
ses em desenvolvimento no contexto da As-
sembléia Geral das Nações Unidas.
41- Na Organização Mundial do Comércio (OMC), o
tratamento de temas relativos à simplificação de
trâmites aduaneiros ocorre no âmbito das negocia-
ções sobre:
a) obstáculos técnicos ao comércio.
b) acesso a mercados.
c) medidas de facilitação de comércio.
d) subvenções e direitos compensatórios.
e) defesa da concorrência.
42- Segundo as teorias de integração econômica, a
liberalização do comércio entre um número restrito
de países produz efeitos comerciais e econômicos
que permitem avaliar o desempenho, desde o
ponto de vista da eficiência econômica, dos acor-
dos regionais. A esse respeito, é correto afirmar
que a integração regional é economicamente be-
néfica se:
a) preponderar o desvio de comércio e os efei-
tos estáticos.
b) os efeitos estáticos suplantarem os efeitos
dinâmicos.
c) ocorrerem efeitos dinâmicos, independente-
mente dos efeitos sobre o comércio.
d) prevalecer a criação sobre o desvio de co-
mércio e ocorrerem efeitos dinâmicos.
e) houver criação de comércio somente.
43- A Associação Latino-Americana de Integração
(ALADI) foi estabelecida em 1980, sucedendo à
Associação Latino-Americana de Livre Comércio
(ALALC). Ao longo de pouco mais de duas déca-
das de funcionamento, a ALADI logrou estabele-
cer:
a) uma área de preferências tarifárias alcançan-
do a totalidade dos países-membro.
b) uma área de livre comércio que alcança ape-
nas o comércio de bens e da qual participam
todos os países-membro.
c) uma união aduaneira da qual participam to-
dos os países-membro, exceto Cuba.
d) um mercado comum com várias disciplinas
ainda por serem aperfeiçoadas, do qual to-
mam parte apenas os países que integram
iniciativas sub-regionais de integração, a
exemplo do Mercado Comum do Sul (Merco-
sul)
e) uma união econômica que envolve apenas os
países de maior desenvolvimento relativo
pertencentes à Associação.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 314
44- A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum
do Sul (Mercosul) instituiu uma área de livre co-
mércio e uma união aduaneira que ainda carecem
de aperfeiçoamento. São medidas necessárias
para tal fim:
a) eliminar barreiras não-tarifárias ainda exis-
tentes, promover a liberalização dos fluxos de
capital e de serviços e coordenar políticas
macroeconômicas.
b) aplicar integralmente o Programa de Liberali-
zação Comercial, estabelecer regras de ori-
gem e incorporar produtos mantidos em listas
de exceções à Tarifa Externa Comum.
c) aperfeiçoar o sistema de salvaguardas intra-
Mercosul, implementar um regime de com-
pras governamentais e introduzir mecanismo
de salvaguardas comerciais.
d) liberalizar o comércio de serviços, coordenar
políticas macroeconômicas e estabelecer a
livre circulação de capital e mão-de-obra.
e) eliminar barreiras não-tarifárias ainda exis-
tentes, promover a liberalização do comércio
de serviços e a incorporar à tarifa externa
comum produtos mantidos à margem da
mesma.
45- O Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andi-
na (CAN) estão negociando a formação de uma
área de livre comércio entre ambos blocos subre-
gionais. Se comparada ao Mercosul, é correto
afirmar sobre a Comunidade Andina que:
a) possui objetivos diferentes, alcançou nível de
integração comercial mais profundo e seu
arcabouço institucional é mais avançado.
b) possui objetivos diferentes, alcançou nível de
integração comercial menos profundo e seu
arcabouço institucional é menos avançado.
c) seus objetivos, o nível de integração comerci-
al alcançado e seu arcabouço institucional
são semelhantes.
d) possui objetivos semelhantes, alcançou o
mesmo nível de integração econômica e pos-
sui arcabouço institucional mais avançado.
e) possui objetivos semelhantes, alcançou nível
de integração econômica mais profundo e
possui arcabouço institucional mais avança-
do.
46- O registro da venda de uma mercadoria ao exterior
é registrada no balanço de pagamentos:
a) com o valor FOB (free on board) como crédito
na rubrica Mercadorias da conta de transa-
ções correntes e o mesmo valor como débito
na rubrica Longo Prazo da conta de capitais.
b) com o valor FOB (free on board) como débito
na rubrica Mercadorias da conta de transa-
ções correntes e como crédito na rubrica
Longo Prazo conta de capitais.
c) com o valor CIF (cost, insurance and freight)
como crédito na rubrica Mercadorias da conta
de transações correntes e o valor FOB (free
on board) como débito na rubrica Curto Prazo
conta de capitais.
d) com o valor CIF (cost, insurance and freight)
como débito na rubrica Mercadorias da conta
de transações correntes e o mesmo valor
como crédito na rubrica Longo Prazo da conta
de capitais.
e) com valor FOB (free on board) como crédito
na rubrica Mercadorias da conta de transa-
ções correntes e como débito na rubrica
Curto Prazo da conta de capitais.
47- No balanço de pagamentos brasileiro, as rendas
auferidas com a realização de investimentos e com
a remuneração de empréstimos e aplicações fi-
nanceiras no exterior são registradas:
a) com sinal positivo na rubrica Serviços da
conta de transações correntes.
b) com sinal negativo na rubrica de operações
de longo prazo da conta de capitais.
c) com sinal positivo na rubrica transferências
unilaterais da conta de transacões correntes.
d) com sinal positivo na rubrica de operações de
curto prazo da conta de capitais.
e) com sinal negativo na rubrica de operações
de curto prazo da conta de capitais.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 315
48- Sob o padrão ouro, o ajuste do balanço de paga-
mentos procedia-se:
a) de forma automática, mediante o aumento da
oferta monetária quando da diminuição das
reservas de ouro ocasionada pelo aumento
das exportações.
b) de forma automática, mediante a contração
da base monetária quando do aumento das
reservas de ouro ocasionado pelo cresci-
mento das exportações e dos preços.
c) por meio de correções regulares do valor do
câmbio definidas segundo o comportamento
da balança comercial.
d) de forma automática, em decorrência das
transferências de ouro e dos impactos destas
sobre a oferta monetária, os preços e o po-
der de concorrência.
e) por meio de correções regulares do valor da
moeda determinadas em função do compor-
tamento dos preços no mercado doméstico e
da balança comercial.
49- A moeda cumpre funções essenciais ao funciona-
mento das economias. Entre essas, destacam-se:
a) evitar riscos financeiros, intermediar transa-
ções comerciais e financeiras e nominar pre-
ços de bens, serviços e de outros ativos fi-
nanceiros.
b) servir como meio de pagamento, servir como
unidade de conta e como reserva de valor.
c) prover lastro a outros ativos, nominar preços
de bens e serviços e intermediar transações
comerciais e financeiras.
d) servir como reserva de valor, prover poder de
compra e lastrear outros ativos monetários e
financeiros.
e) assegurar a liquidez de outros ativos financei-
ros, servir como meio de pagamento e forne-
cer parâmetro para a determinação do valor
de bens, serviços e de outros ativos monetá-
rios.
50- A operação cambial que possibilita aos investido-
res protegerem-se, por tempo determinado, de
eventuais perdas ocasionadas por variações do
câmbio, e também empregada para obter recursos
em moeda estrangeira a serem usados para finan-
ciar exportações, realizar aplicações ou investi-
mentos, envolvendo a compra ou venda de câmbio
pronto contra a compra ou venda simultânea de
câmbio futuro denomina-se:
a) swap
b) dual pricing
c) arbitragem de dois pontos
d) especulação cambial
e) arbitragem de três pontos
51- Em um regime de câmbio flutuante, a formação
da taxa de câmbio responde a diferentes fatores
relacionados ao funcionamento das economias
nacionais e da economia internacional. Entre es-
ses fatores, incidem de forma direta na formação
da taxa de câmbio:
a) a relação entre os preços domésticos e as
taxas de juros internacionais.
b) a relação entre a demanda monetária agre-
gada e o nível de reservas internacionais do
país.
c) a oferta monetária do país, a relação entre a
oferta e a demanda por moeda estrangeira e
a relação entre taxas de juros domésticas e
taxas de juros internacionais.
d) o produto interno, a oferta monetária domésti-
ca e a demanda externa pela moeda nacio-
nal.
e) os desequilíbrios da conta de transações
correntes e o comportamento da produção e
das taxas de juros no mercado doméstico.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 316
52- Sobre variações das taxas de câmbio no contexto
do sistema de Bretton Woods é correto afirmar-se
que:
a) resultavam de alterações do valor do dólar
norte-americano associadas aos níveis das
reservas de ouro do Tesouro dos Estados
Unidos.
b) eram permitidas em margens muito estreitas
e associavam-se aos pontos do ouro, tal
como praticadas anteriormente sob o padrão-
ouro, e à eventual necessidade de correção
de graves desequilíbrios nas contas externas.
c) ocorriam automaticamente quando se altera-
va a paridade do poder de compra entre
quaisquer pares de moedas.
d) não eram permitidas, uma vez que o valor
das moedas estava definido em termos de
uma quantidade de dólar norte-americano e
o valor deste correspondia a uma quantia fixa
de ouro, o que propiciou estabilidade cambial
até a ruptura do sistema no início dos anos
setenta.
e) ocorriam em razão da relação entre taxas de
juros e preços internos, de um lado, e as
taxas de juros internacionais e a inflação
mundial, de outro, permitindo o ajuste auto-
mático entre os setores interno e externo das
economias.
53- Na Argentina, o abandono do regime cambial pra-
ticado ao longo dos anos noventa e as medidas no
campo financeiro que se seguiram produziram
graves problemas econômicos, entre os quais:
a) déficits comerciais, evasão de divisas e a
falência do sistema financeiro.
b) retração da demanda por dólares norte-
americanos, apreciação cambial e aumento
da inflação.
c) déficits comerciais, falta de liquidez no siste-
ma financeiro e aumento dos preços.
d) aumento da demanda por dólares norte-
americanos, acentuada depreciação do câm-
bio e forte aumento da inflação.
e) acentuada queda da receita das exportações,
aumento da inflação e aprofundamento da
recessão econômica.
54- O exame da evolução e das tendências da eco-
nomia mundial, das políticas relacionadas aos
acordos regionais e do funcionamento das eco-
nomias nacionais constitui atividade que o Fundo
Monetário Internacional (FMI) desenvolve funda-
mentalmente com o objetivo de:
a) definir critérios e condições para a concessão
de empréstimos aos países-membro e esta-
belecer diretrizes de política econômica que
os mesmos devam seguir para corrigir dese-
quilíbrios do balanço de pagamentos.
b) prestar assistência financeira e técnica aos
países-membro na implementação de refor-
mas econômicas e no fortalecimento do sis-
tema financeiro.
c) supervisionar o funcionamento da economia
mundial e prestar assessoria aos países-
membro em matéria de políticas econômicas.
d) propor aos governos dos países-membro
medidas de ajuste interno que facilitem a
correção de desequilíbrios da balança comer-
cial.
e) coordenar ações com os governos dos paí-
ses-membro para o enfrentamento conjunto
de crises no sistema financeiro internacional e
dos ciclos recessivos de alcance global, regi-
onal e nacional.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 317
55- A atividade bancária internacional aumentou ex-
pressivamente nas últimas décadas, contribuindo
para tornar o sistema financeiro cada vez mais
complexo e diversificado. Sobre as atividades e a
atuação dos bancos no contexto do sistema finan-
ceiro privado é correto afirmar-se que:
a) observa-se crescente segmentação e diferen-
ciação de atividades e do espaço de atuação
entre bancos comerciais e bancos de investi-
mento.
b) observa-se que as atividades dos bancos de
investimento tornaram-se mais restritas face
ao advento dos bancos múltiplos que passa-
ram a atuar na subscrição de títulos, ações e
de instrumentos de dívida.
c) face à impossibilidade de atuarem internacio-
nalmente no segmento próprio dos bancos de
investimentos, os bancos comerciais viram-se
forçados a buscar economias de escala me-
diante um intenso processo de fusões e aqui-
sições para manterem-se competitivos em
escala global.
d) a maior participação dos bancos de investi-
mentos na negociação de divisas, principal-
mente de euromoedas, foi um desdobramento
de sua atuação no
financiamento de exporta-
ções e de importações e na montagem de
empréstimos envolvendo euromoedas.
e) a corretagem envolvendo euromoedas, a
montagem e a participação em empréstimos
consorciados e a criação e negociação de
novos instrumentos financeiros tornaram-se,
por sua especificidade, atividades exclusivas
dos bancos comerciais.
56- O Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) é uma instituição regional que provê recur-
sos para o financiamento de projetos de desenvol-
vimento na América Latina e no Caribe. São aptos
a receber recursos do BID, sob a forma de em-
préstimos e assistência técnica:
a) governos nos diferentes níveis, instituições
públicas autônomas, organizações da socie-
dade civil com aval do governo, empresas
privadas e outros bancos e organismos regio-
nais latino-americanos de financiamento do
desenvolvimento.
b) somente governos nos diferentes níveis e
instituições públicas autônomas.
c) governos nos diferentes níveis, organizações
da sociedade civil, empresas privadas e ban-
cos comerciais e de investimento atuando na
América Latina e no Caribe.
d) somente instituições públicas autônomas,
organizações da sociedade civil com aval do
governo e outros organismos regionais latino-
americanos de financiamento do desenvolvi-
mento.
e) governos nos diferentes níveis, organizações
da sociedade civil e bancos comerciais e de
investimento atuando na América Latina e no
Caribe.
57- Sobre o Banco Europeu de Reconstrução e Des-
envolvimento (BERD), é correto afirmar que:
a) foi criado após a Segunda Guerra Mundial
para auxiliar os países da Europa Ocidental e
Central que foram devastados pela guerra.
b) foi criado em seguida à Segunda Guerra
Mundial e representou, ao lado do Fundo
Monetário Internacional e do Acordo Geral
sobre Comércio e Tarifas (GATT), um dos
pilares fundamentais do Sistema de Bretton
Woods.
c) foi criado para apoiar o desenvolvimento dos
países que se tornaram independentes com o
desmoronamento da ex-União Soviética e
com a divisão da ex-Iuguslávia e da ex-
Thecoslováquia.
d) é instituição européia criada no final dos anos
sessenta para apoiar e estimular laços eco-
nômicos entre os países da Europa Ocidental
e suas ex-colônias na África e na América
Latina.
e) foi criado para auxiliar os países da Europa
Central e Oriental em sua transição para
economias de mercado no início dos anos
noventa.
58- A volatilidade dos capitais tem sido apontada
como um dos principais fatores a explicar as crises
financeiras que vêm ocorrendo regularmente, em
diferentes partes do mundo, desde meados dos
anos noventa. Entre as dificuldades de ordem
econômica induzidas pelos capitais voláteis estão:
a) alta dos preços e pressões sobre o câmbio.
b) depreciação do valor dos títulos oficiais e
aumento da dívida externa.
c) instabilidade cambial e maiores oscilações
dos preços de ativos financeiros.
d) desaceleração econômica e aumento da
dívida externa.
e) retração dos investimentos e aumento do
déficit público.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 318
59- Sobre a natureza e o papel das alfandêgas no
comércio internacional, é correto afirmar que:
a) são autarquias que zelam pela observância
das leis e regulamentos comerciais, particu-
larmente no que concerne ao recolhimento de
tributos federais aplicáveis à entrada, à saída
e à movimentação de bens no território adua-
neiro.
b) estão vinculadas aos governos e são respon-
sáveis pela arrecadação dos direitos e taxas
que incidem sobre as exportações e importa-
ções, bem como pela administração de leis e
regulamentos relativos à importação, ao trân-
sito e à exportação de mercadorias.
c) são instituições governamentais responsáveis
pelo recolhimento de tributos que incidem
sobre a circulação de bens no território adua-
neiro.
d) são repartições vinculadas aos órgãos gover-
namentais que zelam pela segurança de
instalações portuárias e das áreas de passo
fronteiriço.
e) são órgãos governamentais responsáveis
pela fiscalização da entrada, saída e movi-
mentação de cargas e de pessoas estrangei-
ras no território aduaneiro e pela arrecadação
de tributos e taxas federais e estaduais.
60- O funcionamento do mercado de capitais está, em
grande medida, relacionado às atividades das bol-
sas de valores que, no caso brasileiro, são defini-
das como:
a) instituições financeiras credenciadas pelo
Banco Central e habilitadas a negociar valo-
res mobiliários e a prestar serviços a investi-
dores e empresas nesse ramo de atividade.
b) associações sem fins lucrativos, que atuam
por delegação do poder público, e que ofere-
cem mercado para a cotação e a negociação
de títulos ou ações.
c) instituições públicas encarregadas de fiscali-
zar e promover o mercado de valores mobiliá-
rios.
d) instituições financeiras credenciadas pelo
Banco Central e responsáveis pelas opera-
ções de compra e venda de valores mobiliári-
os por investidores, corretores e outros.
e) associações sem fins lucrativos que atuam
por delegação do Banco Central na interme-
diação de operações de compra e venda de
valores mobiliários e na prestação de serviços
a investidores e empresas nesse campo.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ADUANA - Prova 324
ESAF
Gabarito_AFRF2_provas2e3.pdf
CONCURSO PÚBLICO PARA AUDITOR-FISCAL DA
RECEITA FEDERAL - AFRF - 2002.2
GABARITOS (antes dos recursos)
Prova 2 - Comum a todas as áreas (aplicada em 29/09/2002 - DOMINGO - MANHÃ)
01 - C 11 - D 21 - C 31 - C 41 - D 51 - D
02 - D 12 - C 22 - E 32 - A 42 - B 52 - C
03 - B 13 - D 23 - B 33 - D 43 - E 53 - B
04 - A 14 - A 24 - B 34 - B 44 - B 54 - A
05 - C 15 - C 25 - A 35 - B 45 - C 55 - E
06 - B 16 - A 26 - E 36 - C 46 - A 56 - E
07 - B 17 - E 27 - D 37 - D 47 - C 57 - A
08 - E 18 - A 28 - A 38 - E 48 - B 58 - D
09 - D 19 - E 29 - B 39 - B 49 - C 59 - A
10 - E 20 - B 30 - A 40 - E 50 - E 60 - D
Prova 3 - (aplicada em 29/09/2002 - DOMINGO - TARDE)
Área: Auditoria Área: Aduana
01 - B 11 - D 21 - A 31 - D 41 - A 51 - C 01 - E 11 - C 21 - A 31 - E 41 - C 51 - C
02 - D 12 - A 22 - C 32 - D 42 - D 52 - E 02 - A 12 - B 22 - B 32 - D 42 - D 52 - B
03 - C 13 - C 23 - E 33 - C 43 - C 53 - E 03 - B 13 - E 23 - D 33 - B 43 - A 53 - D
04 - C 14 - C 24 - A 34 - E 44 - E 54 - A 04 - C 14 - B 24 - E 34 - A 44 - E 54 - C
05 - D 15 - E 25 - E 35 - A 45 - B 55 - C 05 - D 15 - D 25 - C 35 - A 45 - D 55 - E
06 - B 16 - B 26 - B 36 - B 46 - C 56 - A 06 - A 16 - B 26 - A 36 - E 46 - E 56 - A
07 - E 17 - E 27 - E 37 - A 47 - B 57 - E 07 - E 17 - E 27 - D 37 - D 47 - A 57 - E
08 - B 18 - A 28 - C 38 - C 48 - C 58 - D 08 - C 18 - A 28 - C 38 - C 48 - D 58 - C
09 - D 19 - B 29 - A 39 - B 49 - A 59 - D 09 - A 19 - B 29 - C 39 - B 49 - B 59 - B
10 - A 20 - D 30 - D 40 - B 50 - E 60 - A 10 - D 20 - D 30 - E 40 - C 50 - A 60 - B
Área: Pol. e Administração Tributária
01 - D 11 - A 21 - A 31 - C 41 - B 51 - E
02 - A 12 - E 22 - C 32 - B 42 - A 52 - A
03 - E 13 - D 23 - E 33 - A 43 - A 53 - D
04 - C 14 - B 24 - C 34 - D 44 - B 54 - D
05 - B 15 - C 25 - E 35 - E 45 - A 55 - C
06 - E 16 - E 26 - B 36 - D 46 - C 56 - E
07 - D 17 - D 27 - B 37 - B 47 - E 57 - C
08 - B 18 - C 28 - D 38 - C 48 - B 58 - D
09 - C 19 - A 29 - E 39 - B 49 - E 59 - A
10 - A 20 - B 30 - A 40 - E 50 - D 60 - B
ESAF
Prova1-espanhol-afrf2002-2.pdf
Escola de Administração
Fazendária
CONCURSO PÚBLICO
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
2002.2
Auditor-Fiscal da
Receita Federal ESPANHOL P.1
INSTRUÇÕES
Nome: No Inscrição:
1 - Escreva seu nome e número de inscrição, de forma legível, nos locais indicados.
2 - O CARTÃO DE RESPOSTAS não será substituído e deve ser assinado no seu verso.
3 - DURAÇÃO DA PROVA: 4h30min, incluído o tempo para preenchimento do CARTÃO DE
RESPOSTAS.
4 - Neste caderno, as questões estão numeradas de 01 a 60, seguindo-se a cada uma 5 (cinco) opções
(respostas), precedidas das letras a, b, c, d e e.
5 - No CARTÃO DE RESPOSTAS, as questões estão representadas
por seus respectivos números. Pre-
encha, FORTEMENTE, com caneta esferográfica (tinta azul ou preta), toda a área correspondente
à opção de sua escolha, sem ultrapassar seus limites.
6 - Não amasse nem dobre o CARTÃO DE RESPOSTAS; evite usar borracha.
7 - Será anulada a questão cuja resposta contiver emenda ou rasura, ou para a qual for assinalada
mais de uma opção.
8 - Ao receber a ordem do Fiscal de Sala, confira este CADERNO com muita atenção, pois qualquer
reclamação sobre o total de questões e/ou falhas na impressão não será aceita depois de iniciada a
prova.
9 - Durante a prova, não será admitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre os candida-
tos, tampouco será permitido o uso de qualquer tipo de equipamento (calculadora, tel. celular etc.).
10 - Por motivo de segurança, somente durante os trinta minutos que antecedem o término da prova,
poderão ser copiados os seus assinalamentos feitos no CARTÃO DE RESPOSTAS, conforme
subitem 6.8 do edital.
11 - Entregue este CADERNO DE PROVA, juntamente com o CARTÃO DE RESPOSTAS, ao Fiscal de
Sala, quando de sua saída, que não poderá ocorrer antes de decorrida uma hora do início da prova; a
não-observância dessa exigência acarretará a sua exclusão do concurso.
12 - Este caderno de prova está assim constituído:
Disciplinas Questões Peso
Língua Portuguesa 01 a 20
Espanhol 21 a 30
Matemática Financeira e Estatística Básica 31 a 45
Ética na Administração Pública 46 a 60
1
Boa Prova
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ESPANHOL - Prova 12
LÍNGUA PORTUGUESA
O trecho abaixo serve de base às questões 01 e
02.
Questão velha, polêmica e controvertida, que
constitui obstáculo à ação das autoridades admi-
nistrativo-tributárias, mas que sempre viva e exa-
cerbadamente atual, é a do “sigilo bancário”, pois
frente ao crédito tributário e ao Fisco, aquele como
um bem público relevante e indisponível e este na
busca de cumprir os objetivos a que se destina de
aferir a real capacidade contributiva, arrecadar tri-
butos, promover a igualdade e a justiça fiscal, co-
locam-se a preservação e a garantia dos direitos
fundamentais invioláveis de privacidade e intimi-
dade inerentes às pessoas dos contribuintes.
(Mary Elbe G. Q. Maia, “A inexistência de sigilo bancário frente
ao poder-dever de investigação das autoridades fiscais”, Tribu-
tação em Revista, julho/setembro de 1999)
01- Assinale a opção que dá continuidade ao trecho,
preservando a coerência, a coesão e a progres-
são das idéias.
a) No seu âmago, o que exsurge é a discussão
acerca dos interesses públicos frente aos
interesses privados e qual deles deverá pre-
valecer.
b) No cerne da questão, desponta a dicotomia
entre um sistema fortemente estatal e o poder
fiscalizador da sociedade organizada.
c) Em suma: trata-se de questionar até que
ponto a quebra do sigilo bancário vai contri-
buir para revelar elisão fiscal e evasão de
divisas.
d) Torna-se, assim, fundamental discutir sob o
manto da ética a questão da inexistência de
sigilo bancário em estados democráticos de
direito.
e) A despeito disso, não basta conceder às
autoridades fiscais o poder-dever de investi-
gação, se não se lhes faculta o direito funda-
mental inviolável de privacidade.
02- Assinale a proposição nuclear do texto, aquela
que contém a idéia-síntese em torno da qual se
desenvolve sintática e semanticamente o pará-
grafo.
a) Questão velha, polêmica e controvertida é a
do sigilo bancário frente ao crédito tributário e
ao Fisco.
b) Frente ao crédito tributário e ao Fisco, coloca-
se a questão do sigilo bancário como um
obstáculo à ação das autoridades administra-
tivo-tributárias.
c) Por ser um bem público relevante e indispo-
nível, o crédito tributário deve preservar e
garantir o direito de privacidade do contribuinte.
d) A preservação dos direitos fundamentais de
privacidade dos contribuintes frente ao crédito
tributário e ao Fisco deve ser colocada na
discussão da questão do sigilo bancário.
e) Na tarefa de cumprir os objetivos de aferir a
capacidade contributiva, arrecadar tributos e
promover a igualdade e a justiça fiscal, o
Fisco deve preservar e garantir a questão do
sigilo bancário dos contribuintes.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ESPANHOL - Prova 13
Leia o texto abaixo para responder às questões 03
e 04.
5
10
15
20
25
30
Em artigo publicado na década de noventa, o
professor Paul Krugman explicava que todos
aqueles países que falavam inglês haviam
tido um desempenho econômico acima da
média de seus vizinhos e que o inglês estava
se tornando rapidamente a língua franca dos
negócios, do turismo e da internet. Assim, os
processos de fusão de empresas, tão co-
muns naquele tempo, só teriam sucesso se
utilizassem o inglês como língua de integra-
ção das corporações.
Essa visão nos preocupou quando resolve-
mos integrar todas as áreas de consultoria
espalhadas pela América Latina em uma
única divisão de consultoria. Mas ficou uma
pergunta no ar: “que língua oficial adotar”? O
espanhol ou o português acirraria a rivalidade
que já era bastante grande no campo dos
esportes. Adotar o inglês teria a vantagem da
neutralidade e da facilidade de interação com
nossos colegas de outras regiões, mas com
perda significativa na agilidade da comunica-
ção e no andamento das reuniões. Foi ado-
tada então uma postura única: haveria três
línguas oficiais. Essa pequena sutileza signi-
ficava, na verdade, que todos eram obrigados
a entender as três línguas, mas poderiam se
expressar no idioma em que se sentissem
mais à vontade. Hoje, cinco anos depois,
sentimos que essa decisão foi fundamental
para o nosso processo de integração, e a
lição aprendida é que muitas vezes a criativi-
dade local pode ser mais efetiva que verda-
des importadas.
(José Luiz Rossi, Integração cultural na América Latina,
CLASSE ESPECIAL, 89/2001, com adaptações)
03- Marque a opção incorreta a respeito do emprego
das estruturas lingüísticas do texto.
a) As duas ocorrências da conjunção “que”(l.3 e
5) têm a função de demarcar o início das
duas orações ligadas por “e”(l.5), mas, sinta-
ticamente, o segundo que pode ser omitido.
b) A preposição “em”(l.14), exigida pelas regras
de regência do verbo “integrar”(l.13), pode
sofrer contração com o artigo que a segue,
sem prejudicar a correção e as idéias do
texto.
c) Para preservar a correção gramatical, se
fosse usada a expressão Ao se adotar, em
lugar de somente “Adotar”(l.19), seria obriga-
tória a mudança de “teria”(l.19) para haveria.
d) Preserva-se a correção gramatical do texto e
o sentido do adjetivo da estrutura “com perda
significativa”(l.21 e 22) ao substituí-la por
significaria perder.
e) Mantém-se a estrutura sintática de voz pas-
siva e a idéia de passividade ao empregar
Adotou-se em lugar de “Foi adotada”(l.23 e
24).
04- Marque a opção em que, de acordo com as idéias
do texto, existe uma relação de condição do tipo
Se X então Y
a) X = falássemos inglês
Y = teríamos desempenho econômico acima
da média
b) X = adotássemos inglês como língua oficial
Y = agilizaríamos a comunicação
c) X = empregássemos espanhol ou português
Y = exacerbaríamos a rivalidade
d) X = houvesse três línguas oficiais
Y = teríamos facilidade de interação com
outras regiões
e) X = entendêssemos as três línguas
Y = deveríamos nos expressar nas três lín-
guas
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ESPANHOL - Prova 14
05- Julgue as proposições a respeito do texto como
verdadeiras (V) ou falsas (F) para, em seguida,
marcar a opção correta.
5
10
15
Desde que cheguei a Brasília me intriga o
panorama da economia do Distrito Federal. É
que a permanência das então futuras gera-
ções de brasilienses na sua terra dependeria
das condições de atração do mercado de
trabalho local para fixação da crescente
oferta de mão-de-obra em geral. A configura-
ção da cidade administrativa, onde tudo gira
em função do majoritário segmento da classe
média de burocratas federais e locais, com
a
completa ausência de vida industrial, poderia
não sobreviver ao esgotamento natural do
modelo de economia estatal. Desde o início,
tratava-se, como se trata ainda, de uma eco-
nomia do contra-cheque. Essa característica,
aliada à da Brasília centro de decisões, pro-
vavelmente a tenha marcado, fantasiosa-
mente, como uma ilha da fantasia.
(Edgard Proença, Correio Braziliense, 15/07/2002, com
adaptações)
( ) O autor demonstra, pela argumentação do
texto, não estar muito de acordo com aqueles
que chamam Brasília de “ilha da fantasia”.
( ) A expressão “panorama da economia do
Distrito Federal”(l.2) representa, num es-
quema de tópicos e subtópicos, o tópico su-
perior ao qual se vinculam os argumentos do
autor.
( ) Pelo emprego da forma verbal “depende-
ria”(l.4), o autor sugere que sua idéia inicial
não se concretizou, como demonstra no final
do texto.
( ) O advérbio “então”(l.3) situa temporalmente
as “futuras gerações”(l.3 e 4) em referência
ao tempo em que o autor chegou a Brasília.
A seqüência correta é:
a) V, V, F, V
b) V, F, V, F
c) F, V, F, V
d) F, F, V, V
e) V, V, V, V
06- Analise as propostas e assinale a opção que in-
dica alterações corretas para o trecho abaixo.
É importante mencionar que em 99,99% dos casos
em que as autoridades fiscais têm acesso às mo-
vimentações bancárias dos contribuintes, e lhes é
permitida a tão referenciada quebra do sigilo ban-
cário, são apuradas irregularidades. Entretanto,
somente exsurge a lide tributária que exige o con-
traditório e ampla defesa quando após a formaliza-
ção do lançamento o contribuinte, inconformado,
tempestivamente apresenta impugnação ou defesa
contra o ato administrativo por meio do qual se
exterioriza a exigência do crédito tributário (...).
Mary Elbe G. Q. Maia, “A inexistência de sigilo bancário frente
ao poder-dever de investigação das autoridades fiscais”, Tribu-
tação em Revista, julho/setembro de 1999 (sinais de pontuação
suprimidos).
Propostas:
1) Colocar uma vírgula após o verbo mencionar.
2) Colocar aspas na expressão quebra do sigilo
bancário.
3) Separar com duplo travessão a oração que
exige o contraditório e ampla defesa.
4) Manter separada por dupla vírgula a expressão
após a formalização do lançamento.
5) Colocar entre parênteses o segmento ou defesa
contra o ato administrativo.
Estão corretas as propostas:
a) 1, 2 e 4
b) 1, 3 e 4
c) 1, 4 e 5
d) 2, 3 e 5
e) 2, 3 e 4
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ESPANHOL - Prova 15
07- Indique o período capaz de preencher o espaço
assinalado por [...] com clareza, correção gramati-
cal, além de respeitar a coerência de idéias e
obedecer à direção argumentativa do segmento
transcrito.
[...] Isso exatamente porque esse binômio, funda-
mental para o crescimento intelectual e social do
indivíduo, tem hoje a sua concepção teórica ampli-
ada do ponto de vista dos cientistas sociais e ana-
listas de recursos humanos, ao reconhecerem
acertadamente que, além da conquista pessoal, a
saúde e a educação representam um investimento
certo também no desenvolvimento coletivo.
(Lourdes Maria Frazão de Moraes, Correio Braziliense,
08/08/2002)
a) Um sistema de saúde, para ser adequado ao
atendimento de saúde da população neces-
sitada, não pode prescindir da educação do
povo assistido, tão-somente.
b) Educação e saúde são valores que não mais
podem ser compreendidos, na generalidade,
como bens de consumo pessoal, apenas.
c) Segurança no trabalho e informação acerca
das doenças e riscos a que pode submetê-lo
as condições de trabalho – aí está o binômio
que garante a higidez do trabalhador.
d) Investir em educação e saúde traz uma taxa
de retorno cientificamente comprovada. A
ignorância e a doença andam juntas: são
companheiras inseparáveis na marcha fúne-
bre para o caos.
e) A assistência à saúde assegurada pelo Es-
tado e a cobertura dos seguros de saúde
privados são os dois termos do binômio que
sustenta o desenvolvimento individual e cole-
tivo.
08- Assinale a opção que não constitui uma inferência
das idéias do trecho abaixo.
Na tentativa de explicar a ocorrência de fome nos
países subdesenvolvidos, surge, após a Segunda
Guerra Mundial, a teoria demográfica neomalthu-
siana, logo perfilhada pelos países desenvolvidos
e pelas elites dos países subdesenvolvidos. Se-
gundo essa teoria, uma população jovem nume-
rosa, resultante das elevadas taxas de natalidade
verificadas em quase todos os países subdesen-
volvidos, exige grandes investimentos sociais em
educação e saúde. Com isso, diminuem os inves-
timentos produtivos nos setores agrícola e indus-
trial, o que impede o pleno desenvolvimento das
atividades econômicas e, portanto, da melhoria
das condições de vida da população. Ainda se-
gundo os neomalthusianos, quanto maior o nú-
mero de habitantes de um país, menor a renda per
capita e a disponibilidade de capital a ser distribu-
ído pelos agentes econômicos.
(Eustáquio de Sene e João Carlos Moreira, Geografia geral e do
Brasil: espaço geográfico e globalização, São Paulo: Scipione,
1998, pp. 338/9, com adaptações)
a) O crescimento populacional é o responsável
pela ocorrência da miséria.
b) Em conseqüência das elevadas taxas de
natalidade, os países subdesenvolvidos
vêem-se impedidos de alcançar o pleno
desenvolvimento das atividades econômicas.
c) Sem programas efetivos de controle de natali-
dade acessíveis às camadas mais pobres,
toda política de redistribuição de renda ten-
derá ao fracasso.
d) Uma população numerosa condena muitos
jovens a engrossar o enorme contingente de
mão-de-obra desqualificada que ingressa
anualmente no mercado de trabalho.
e) À medida que as famílias obtêm condições
condignas de vida, tendem a diminuir o nú-
mero de filhos para não comprometerem o
acesso de seus dependentes aos sistemas
públicos de educação e saúde.
Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF - 2002.2 ESPANHOL - Prova 16
09- Num determinado ponto do discurso de posse
como Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder
Câmara faz um raciocínio baseado em quatro
proposições. Ordene tais proposições, obede-
cendo ao esquema: 1- proposição genérica; 2-
proposição acidental; 3- proposição resolutiva; 4-
proposição consecutiva.
I. A melhor maneira de combater o erro é liber-
tar as parcelas de verdade prisioneiras dentro
dele.
II. Quando o erro perde a verdade que nele se
esconde, deixa de ter poder de sedução e
consistência interior.
III. Deus fez a inteligência voltada para a ver-
dade.
IV. Quando a inteligência adere ao erro é sedu-
zida pela alma de verdade que existe dentro
de todo erro.
A ordenação correta é:
1 2 3 4
a) I II IV III
b) I IV II III
c) III IV I II
d) III II I IV
e) II III I IV
10- Assinale o período gramaticalmente correto.
a) Importância especial têm os princípios gerais
do direito no suprimento das chamadas lacu-
nas (se é que as hão) de direito. Ferrara, por
exemplo, rechaçava a idéia de lacunas de
direito, posto que, a seu sentir, não há lacu-
nas e, sim, defeitos da lei.
b) De outra parte, tenha-se que, devido ao sim-
ples fato do caráter abstrato da norma a
existência de lacunas (em face de situações
concretas) é algo implícito.
c) Todavia, se se trata de ausência irresgatável
da norma, já não se pode falar em lacuna até
por que (consigne-se o óbvio) não há como
suprí-la ou como remediá-la.
d) Na realidade, na aplicação da lei, têm-se
situações que preciso é buscar-se suprimento
nos princípios gerais de direito para colmatar
o que, por vezes, se designa (não sem críti-
cas) lacunas da lei.
e) Quanto aos princípios gerais propriamente
ditos, têm-se os de domínio comum às ordens
jurídicas internas e ao direito internacional, é
dizer-se, aqueles que são do direito das gen-
tes, mais particularmente.
(Carlos Fernando Mathias de Souza, “Princípios gerais
de direito”, em Revista de Informação Legislativa,
out./dez. 2001, pp. 103-114, com adaptações)
O texto abaixo serve de base para as questões 11
e 12.
A época da independência fervilha de figuras re-

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