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Unidade I - Legislação da Educação Básica

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25 Mar 20
UNIDADE I – Legislação da Educação Básica
SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
OS Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Educação.
Conceito de Sistema
Os sistemas organizam e regulam aspectos e setores variados, como a saúde, o trabalho, a economia, da informática e tantos outros. Envolvem diferentes aspectos como pessoais, institucionais, municipais, regionais, estaduais, federais e outros, e ainda, relacionarem-se entre si.
CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS SEGUNDO SAVIANI (2014, p. 3): aspectos específicos, a saber: 
- a. intencionalidade; - b. unidade; - c. variedade; - d. coerência interna; e. coerência externa”. 
Dessa forma, o conceito de sistema pode ser considerado como “[...] a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos de modo que forme um conjunto coerente e operante”. (SAVIANI, 2014, p. 4).
O sistema relaciona-se com a análise, organização e ação, para se atingir objetivos comuns aos elementos que o compõem, assim,
... se o sistema nasce da tomada de consciência da problemática de uma situação dada, ele surge como forma de superação dos problemas que o engendraram. E se ele não contribuir para essa superação terá sido ineficaz [...]. (SAVANI, 2014, p. 4)
Ainda segundo Saviani (2014, p. 4), que, “...a palavra ‘sistema’ assume, também, no uso corrente, a conotação de modo de proceder, de forma de organização, maneira de arranjar os elementos de um conjunto, o que remete ao aspecto do método”.
... a diversidade e a intencionalidade possibilitam a existência de sistemas diferentes...
“Sistema’ é uma organização objetiva resultante da atividade sistematizadora que se dirige à realização de objetivos coletivos. É, pois, um produto da práxis intencional coletiva”. (SAVIANI, 2014, p. 10)”
O Sistema Educacional Nacional
A DIFICULDADE DE UM SISTEMA ÚNICO NO BRASIL POR CONTA DE SUA DIVERSIDADE SOCIAL:
... e também pela grande diversidade existente entre os vários estudantes em todo o país, que impossibilita um sistema único de ensino nacional.
Aspectos como a cultura, as realidades locais, os hábitos, as crenças, o acesso à tecnologia, o perfil de estudantes e outros itens, impactam no ensino. É necessário considerar as particularidades existentes em cada região, para um ensino diversificado, inclusivo, de qualidade, adaptado para a realidade local, de forma que a qualidade almejada se efetive por todo o território.
O produto intencional e concreto de uma práxis intencional coletiva, eis
o que está sendo denominado “sistema”. Vê-se, pois, que a teoria não
faz o sistema; ela é apenas uma condição necessária para que ele se
faça. Quem faz o sistema são os homens quando assumem a teoria na
sua práxis. E quem faz o SISTEMA EDUCACIONAL são os educadores quando
assumem a teoria na sua práxis educativa [...].SAVIANI
O sistema educacional, nesse pensar, corresponde a ação educativa intencional,
planejada e com objetivos claros, que tem por base a teoria, contudo, se efetiva
com a reflexão dessa teoria sistematizada e problematizada com a prática. 
As discursões da PRÁTICA EFETIVA DE UM SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO estão no: Manifesto dos Pioneiros de 1932, na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nas Conferências Nacionais da Educação (CONAE), e no Plano Nacional de Educação em vigor e possui na Base Nacional Comum Curricular sua implementação.
O Sistema Nacional de Educação consiste em:
1. A existência de uma ação sistematizadora voltada para a educação:
 a. que possa promover o desenvolvimento do saber;
 b. que tenha um planejamento e objetivos claros;
 c. que possibilite a eficácia do aprendizado significativo.
o homem é capaz de educar de modo sistematizado (num sistema) quando:
a. toma consciência da situação (estrutura) educacional;
b. capta os seus problemas;
c. reflete sobre eles;
d. formula-os em objetivos de termos realizáveis;
e. organiza meios para alcançar os objetivos;
f. instaura um processo concreto que os realiza;
g. mantém ininterrupto o movimento dialético ação-reflexão-ação.
Dessa forma e, em linhas gerais, se pode considerar que o sistema nacional de educação é um sistema de sistemas, uma vez que não tem como ser hierarquizado. Três esferas governamentais com autonomia por conta das diferenças regionais. Essas esferas são a federal, estadual e municipal. O planejamento federal, direcionados para a educação, precisa ser seguido em todo o país, adaptado às realidades vivenciadas.
De acordo com o CONAE (2010, p. 10), “o Brasil ainda não efetivou o seu Sistema Nacional de Educação, o que tem contribuído para a existência de altas taxas de analfabetismo e para a frágil escolarização formal de sua população [...]”. Por conta disto é dito que o pais não tem um sistema único de ensino e sim uma estrutura de ensino (SAVIANI – 2018).
É válido, contudo, salientar que está se desenvolvendo gradativamente um sistema, que terá uma base nacional comum e que contará com parte nacional, determinada no âmbito federal e partes específicas como estaduais e municipais, cada qual adaptada a sua realidade.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 
Conselho Nacional de Educação
A compreensão do conselho de educação de modo, conforme Cury (2006, p. 41),
Um Conselho de Educação é, antes de tudo, um órgão público voltado para garantir um direito constitucional da cidadania. 
O foco dos conselhos deve ser voltados para a área educativa que consiste na responsabilidade principal de assegurar o direito à educação. Mas para que isso ocorra, a educação é analisada e planejada sob vários olhares e abrangência nacional, estadual e municipal, assim como, por vários profissionais representantes desses conselhos.
Em âmbito nacional, é recente a existência de um conselho voltado para a
Educação.
HISTÓRICO: Segundo Gohn (2007), esses conselhos tiveram início com a primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) como o Conselho Federal de Educação, quando em 1994, foi extinto, cedendo lugar para o Conselho Nacional de Educação que perdurou por um curto período de tempo, sendo recriado com a nova LDB.
Lei que ampara o Conselho Nacional de Educação: Lei nº 4.024/61, alterada pela Lei nº 9.131/95, na qual confere:
Composição e Atribuições do CNE:
Art. 7º O Conselho Nacional de Educação, composto pelas Câmaras de Educação Básica e de Educação Superior, terá atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao Ministro de Estado da Educação e do Desporto, de forma a assegurar a participação da sociedade no aperfeiçoamento da educação nacional.
§ 1º Ao Conselho Nacional de Educação, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, compete: 
a) subsidiar a elaboração e acompanhar a execução do Plano Nacional de Educação;
b) manifestar-se sobre questões que abranjam mais de um nível ou modalidade de ensino;
c) assessorar o Ministério da Educação e do Desporto no diagnóstico dos problemas e deliberar sobre medidas para aperfeiçoar os sistemas de ensino, ...;
d) emitir parecer sobre assuntos da área educacional, por iniciativa deseus conselheiros ou quando solicitado pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto;
e) manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal;
f) analisar e emitir parecer sobre questões relativas à aplicação da legislação educacional, no que diz respeito à integração entre os diferentes níveis e modalidade de ensino;
g) elaborar o seu regimento, ...
Conselho Estadual de Educação
Os Conselhos Estaduais de Educação são órgãos responsáveis pela educação em cada estado do país. Eles foram instituídos a partir da primeira LDB nº 4.024/61, cujo artigo 10° desta lei apresenta:
Art. 10. Os Conselhos Estaduais de Educação organizados pelas leis estaduais, que se constituírem com membros nomeados pela autoridade
competente, incluindo representantes dos diversos graus de ensino e do
magistério oficial e particular, ...
Desde esse documento, fica a cargo dos Conselhos Estaduais de Educação, regulamentar e normatizar o ensino no Estado. 
Dentre as várias ATRIBUIÇÕES desse conselho, destacam-se: 1) a elaboração do regimento próprio, 2) comunicar-se com os demais conselhos de educação do país; 3) em âmbito estadual propor medidas que intencionam melhorias no sistema de ensino do Estado. 
Conselho Municipal de Educação
São tratados e amparados legalmente pela Constituição Federal de 1988 e também pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), além disso, constam também no Plano Nacional de Educação atribuições referentes à responsabilidade dos municípios.
De acordo com a LDB, em seu artigo 11, verifica-se que:
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos
seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais
da União e dos Estados;
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema
de ensino;
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade,
o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente
quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área
de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados
pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído
pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar
ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de
educação básica.
Vale ressaltar que esse conselho é INSTITUÍDOS conforme lei municipal, além disso, O CONSELHO SERÁ COMPOSTO por membros representantes do governo, da área da educação e da comunidade.
De acordo com Gohn (2007, p. 132), “na área da educação, os conselhos têm caráter consultivo e, em alguns casos, deliberativo. São compostos por representantes do poder público e da sociedade civil organizada”.
Nem todos os municípios do país têm um conselho municipal de educação, sendo, neste caso, dependentes do conselho estadual.

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