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ALGUMAS APLICAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA Difusão de A através de corpos porosos Em sólidos porosos com os poros cheios de fluido (catalisadores) o movimento sensível é desprezível, pelo que é válida a lei de Fick. No entanto, o percurso real de difusão é superior à espessura do sólido, sendo o percurso efetivo Zeff=τ(z2-z1) onde: τ é a tortuosidade (para sólidos inertes τ =1,5 a 5 ). Sendo ε a porosidade do sólido. Para muitos catalisadores granulados, em que o fluido é gasoso, o coeficiente de difusão efetivo do componente A no interior do catalisador é 10 vezes mais pequeno do que o coeficiente de difusão de A no exterior (Deff ≅ (1/10) Dfluido livre). Difusão de A através de um corpo poroso. Difusão de A através de membranas (M) Considere-se dois fluidos (F1 e F2) separados por uma membrana (como, por exemplo, a parede de um tubo de diálise). Através de uma membrana o movimento sensível é também desprezível, pelo que é aplicável a lei de Fick. Obtém-se, atendendo às condições fronteira definidas: Difusão de A através de membranas (M) Se a área de transferência for constante, atendendo à lei de equilíbrio apresentada e definindo Permeabilidade da membrana (m2.s-1): PM=m.DAB, o fluxo molar será Difusão de A através de uma membrana a descontinuidade dos perfis (isto é, a relação entre a concentração de A dentro e fora da membrana) depende da lei de equilíbrio: CAi M = m.CA fluido podendo m ser superior à unidade (como na imagem da esquerda), igual a um, ou inferior à unidade (como na imagem da direita). Exemplo de aplicação: difusão de H2 através da parede de um tubo cilíndrico Um tubo de borracha (neopreno vulcanizado), com 3,0 mm de diâmetro interno, 11 mm de diâmetro externo, e 1 m de comprimento é utilizado para transportar hidrogênio gasoso a 2 atm e 27 ºC. a) Calcule a perda de hidrogênio através da parede de borracha, em mol/h. b) Discuta como varia essa perda com as condições de pressão e temperatura do hidrogênio. Exemplo de aplicação: difusão de H2 através da parede de um tubo cilíndrico •A solubilidade do hidrogênio na borracha a 27ºC é S = 2,28×P mol H2/m 3 de sólido, onde: • P é a pressão do hidrogênio gasoso em atm. •A difusividade do hidrogênio na borracha a 27ºC é 1,8×10-10 m2/s. •Pressupostos: condições estacionárias; •simetria cilíndrica; •NB=0 e fluxo convectivo desprezível, pelo que é aplicável a lei de Fick, •concentração de H2 no exterior é ≈0. TRANSFERÊNCIA DE MASSA ATRAVÉS DE INTERFACES Considere-se novamente o caso de dois fluidos separados por uma membrana, conhecendo-se a concentração do componente A, ou soluto, em ambos os fluidos (C∞1 e C∞2); junto à superfície da membrana as concentrações são respectivamente CFS1 e C F S2, enquanto no interior da membrana, também junto à superfície, são CMS1 e C M S2. À transferência de massa do soluto A estão associadas três resistências mássicas em série, correspondentes à convecção através do fluido mais concentrado, à difusão através da membrana e à convecção através do fluido menos concentrado. Analogia entre resistências térmicas em série e resistências mássicas em série Sendo KF o coeficiente global de transferência de massa. Seguindo o mesmo raciocínio, pode-se estabelecer o coeficiente global de transferência de massa para o caso da transferência de um soluto A de uma fase gasosa, G, para uma fase líquida, L, como acontece no processo de Absorção. Absorção de A contido num gás G por meio de um líquido L. Onde KG (m/s) representa o coeficiente global de transferência de massa baseado na diferença de concentrações entre duas fases gasosas, uma real, de concentração CAG e outra fictícia cuja concentração é m.CAL. Sendo KL (m/s) o coeficiente global de transferência de massa baseado na diferença de concentrações entre duas fases líquidas, uma fictícia de concentração CAG/m e outra real de concentração CAL.
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