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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) SAE Organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos. Torna possível a operacionalização do PE PE Ferramenta metodológica que orienta o cuidado profissional de enfermagem e a documentação da prática profissional. PROCESSO DE ENFERMAGEM Se operacionaliza em etapas ou fases, que variam com c ada autor no que diz respeito ao número e à terminologia utilizada ETAPAS DO PRCESSO DE ENFERMAGEM 1° Investigação 2° Diagnóstico de Enfermagem 3° Planejamento 4° Implementação 5° Avaliação TIPOS DE DADOS Subjetivos Percepções do cliente acerca de seus problemas de saúde Fornecido somente pelo cliente Objetivos Feito pelo profissional MÉTODOS Entrevista Exame físico Dados diagnósticos e laboratoriais Dados do prontuário EXAME FÍSICO Inspeção Palpação Percussão Ausculta DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Julgamento clínico sobre as respostas humanas reais ou potenciais apresentados por indivíduos, famílias e comunidades a problemas de saúde ou processos de vida PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM Priorizar os diagnósticos de enfermagem IMPLEMENTAÇÃO Execução pela equipe de enfermagem das atividades prescritas na etapa de planejamento da assistência ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM Registro das informações sobre a assistência prestada (intervenções) É feita após a intervenção Somente o que foi registrado pode ser considerado como executado EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Realizado após avaliação do estado geral do paciente frente aos cuidados prestados e resultados alcançados Geralmente efetuada a cada 24h, ou quando ocorre modificação no estado do paciente AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM Verificação de mudanças nas respostas do indivíduo, da família ou da comunidade em um dado momento Determina se as intervenções/atividades de enfermagem alcançaram o resultado esperado, a necessidade de mudança ou adaptações EXAME FÍSICO Coleta de dados do paciente para o planejamento dos cuidados de enfermagem. Avaliar a condição física atual do paciente Detectar sinais de problemas de saúde do paciente Estabelecer uma base de dados para futuras comparações Avaliar as reações do paciente às intervenções de saúde PROCEDIMENTOS PROPEDÊUTICOS Inspeção/visão e olfato Inspecionar tamanho, forma, cor, simetria e posição Somente a área a ser inspecionada deverá estar exposta Investiga-se as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior Durante a palpação, a percussão e a ausculta, deve-se continuar inspecionando o paciente A inspeção e a palpação são procedimentos que cursam juntos, um complementando o outro Palpação Permite a obtenção do dado através do tato e da pressão Identifica modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza Permite também a percepção de elasticidade, edema, flutuação TATO: Obtenção das impressões táteis da parte mais superficial do corpo humano. PRESSÃO: Obtenção de informações de regiões mais profundas do corpo Pode ser geral e localizada ou superficial e profunda TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Espalmada Sobrepostas Pinça Polpa digital Dorso digital Pultipressão PERCUSSÃO Vibrações originadas de pequenos golpes realizados em determinada superfície do organismo As vibrações obtidas têm características próprias de acordo com a estrutura anatômica percutida Intensidade Tonalidade Timbre Localizada Comparativa Órgãos Simétricos Delimitar Órgãos Detectar coleções de líquidos ou ar Identificar formações anormais Reconhecimento dos sons VARIANTES SEMIOTÉCNICAS – PERCUSSÃO Direta: dedo fletido, imitando a forma de um martelo Indireta: digito-digital; golpeia-se com 1 ou 2 dedos a borda ungeal ou a superfície dorsal CARACTERÍSTICAS DOS SONS Maciço: regiões sem ar (músculo, fígado, coração...) Submaciço: regiões com presença de ar em pequena quantidade Claro Pulmonar: encontrado exclusivamente nos pulmões. Depende da presença de ar nos alvéolos Timpânico: regiões com presença de ar e cobertos por membrana flexível (estômago) AUSCULTA Utiliza-se o estetoscópio Avaliação dos ruídos corporais (pulmões, coração, artérias e intestino) Identificação dos ruídos normais ou patológicos Localizada Comparativa Atentar para as 4 características do som: Frequência Altura Quantidade Duração BULHAS CARDÍACAS Rítmicas Arrítmicas Normofoneticas Com sopro Sem sopro MURMÚRIO VESICULAR Estertor/Crepitante Roncos Sibilos Atrito pleural SONS INTESTINAIS Ruídos hidroaéreos Ruídos hiperativos Ruídos hipoativos EXAME FÍSICO GERAL Avaliação do estado geral do paciente Sentido céfalo-podalico Posicionamento adequado Divisão da superfície corpórea em regiões AVALIAÇÃO Estado geral Tipo morfológico Dados antropométricos Postura Locomoção SSVV Pele Mucosas e anexos TIPO MORFOLÓGICO Brevilíneo: pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em relação ao tronco Normolíneo: equilíbrio entre membros e tronco Longilíneo: pescoço longo, tórax afilado e chato, membros alongados DADOS ANTROPOMÉTRICOS Peso Altura IMC Circunferências corporais e pregas cutâneas SINAIS VITAIS Pulso Respiração Pressão arterial Temperatura Dor PELE Coloração Integridade Umidade Textura Temperatura Elasticidade/turgor Edema COLORAÇÃO DA PELE Palidez: atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele Vermelhidão: exagero da coloração rósea da pele Cianose: cor azulada da pele Icterícia: coloração amarelada da pele, mucosas, esclerótica UMIDADE DA PELE Ressecamento Oleosidade Sudorese EDEMA Pode ser relacionado ao sistema cardiovascular, renal ou periférico Inspeção: aumento do volume Palpação: sinal de Godet AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal É aplicado para a verificação de: Temperatura Frequência cardíaca x pulso Frequência respiratória Pressão arterial Dor VERIFICAR Na admissão hospitalar No mínimo, uma vez em cada turno de trabalho de 6 horas Sempre que a condição do paciente parecer ter-se modificado TEMPERATURA – LOCAIS DE MEDIDA Cavidade oral: abaixo da língua – artéria sublingual (36° a 37,5°) Reto: local preciso, a medida pode ser afetada pela presença de fezes (36,6° a 38°) Axila: acessível, precisa de mais tempo para mensuração (36° a 36,8°) Ouvido: temperatura que mais se aproxima da medida interna (36,5° a 38°) PULSO Pode ser palpado em uma das artérias periféricas O sangue é lançado pelo ventrículo esquerdo para a aorta, provocando oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial O pulso é a contração e expansão de uma artéria Valor normal em adultos – Normocardia: 60 a 100 bpm Pulso/FC acelerada – Taquicardia: >100 bpm Pulso/FC lenta – Bradicardia: < 60 bpm RESPIRAÇÃO Eupneia: respiração normal – frequência, profundidade e ritmo normal (14 a 20 rpm ou 12 a 20 rpm) Bradpnéia: respiração mais lenta que o normal Traquipnéia: respiração mais rápida que o normal Dispneia: respiração difícil DOR AGUDA Associada a afecções traumáticas e inflamatórias Duração curta e limitada, muda constantemente DOR CRÔNICA Dor continua Sua duração pode se estender de 6 meses a vários anos QUATIFICAÇÃODA DOR Escala analógica visual Escala de faces Questionário de mcgill PRESSÃO ARTERIAL Pressão sistólica (PAs) – pressão no sistema arterial quando o VE se contrai Pressão diastólica (PAd) – reflete a pressão remanescente no interior das artérias quando os ventrículos estão relaxados Pressão pulsar – diferença entre as medidas de PA e PAd pode variar de 30 a 50 mmHg MEDIDAS ANORMAIS DA PA Hipertensão: pressão arterial levada Hipotensão: pressão arterial abaixo do normal Hipotensão postural ou ortostática: mais comum em pacientes desidratados EXAME NEUROLÓGICO Nível de consciência: capacidade do paciente reagir ao meio ambiente e ao meio interno Abrir os olhos Permanecer acordado Responder estímulos de forma coerente e orientada Reagir quando está em perigo Satisfazer necessidades biológicas e psicológicas CONTEÚDO DA CONSCIÊNCIA Resposta do paciente a estímulos Avaliação da perceptibilidade e reatividade a estímulos Funções cognitivas Orientação Atenção Memoria Raciocínio Pensamento Linguagem AVALIAÇÃO DA CONSIÊNCIA Despertar Estímulos: verbais, ruídos e dor Respostas: abertura ocular, verbalização e movimentação AVALIAÇÃO AUDITIVA Tom de voz normal, alta ou algum barulho AVALIAÇÃO TÁTIL (RESPOSTA MOTORA) Leve toque sobre o braço Estímulo doloroso Leito ungueal Estemal Trapézio Supra orbital ESCALA DE COMA DE GASGLOW Visa medir o nível de orientação e consciência Se mede por quatro indicadores: Abertura ocular Melhor resposta verbal Melhor resposta motora Melhor resposta pupilar A maior nota que um paciente pode obter na escala de Gasglow é 15 e a menor é 3 AVALIAÇÃO PUPILAR A pupila pode ter de 1 a 9 mm Seu tamanho normal é de 2 a 7 mm Pode ser diagnosticada com Midríase (pupila dilatada) ou Miose (pupila contraída) Sua simetria pode ser isocórica (iguais) ou anisocóricas (diferentes) Seu formato pode ser Redondo Ovoide Buraco de fechadura Irregular O essencial de uma pupila é ter foto reatividade AVALIAÇÃO CEREBELAR Teste de equilíbrio Realizar exames relacionados a coordenação do paciente Teste de equilíbrio Marcha Teste de calcanhar/joelho Teste index nariz e index-index Teste de Romberg AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS Normalmente utiliza-se o reflexo cutâneo (babinski) Consiste em arranhar a face lateral da planta do pé Reflexos: estender os dedos ou contraí-los PERCUSSÃO Estimulo tátil ou feito pela percussão com o martelo de reflexos Provoca o estiramento rápido do musculo EXAME DA CABEÇA E DO PESCOÇO Crânio Face Olhos Nariz Ouvidos Boca Pescoço CRÂNIO Tamanho Macrocefalia: crânio grande Microcefalia: crânio pequeno SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO Saliências Tumores Tumefações Bossas Hematomas Depressões Pontos dolorosos Fontanelas Distribuição dos pelos Higiene Parasitoses FACE Simetria Tumefações Depressões Abcessos Anomalias Paralisia Expressões OLHOS Pálpebras Edema Equimose Xantelasma Fenda palpebral Aumentada (exoftalmia) Diminuída ou ausente (ptose palpebral) Globos oculares Exoftalmia Enoftalmia Desvios Movimentos involuntários Conjuntivas Coloração e hidratação NARIZ Formato e tamanho Lesões Secreções LÁBIOS Coloração Palidez Cianose CAVIDADE ORAL Coloração Hidratação Lesões Halitose Caries ORELHAS E OUVIDOS Forma e tamanho Higienização Lesões Secreções Permeabilidade PESCOÇO Pele Alterações Sinais logísticos Forma Volume Mobilidade Turgência TIREOIDE Volume Consistência Mobilidade Superfície Temperatura Sensibilidade FÂNEROS Cabelos e pelos Distribuição Alopecia Coloração Higienização UNHAS Forma Espessura Brilho Coloração Higiene SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO Anamnese Antecedentes familiares Doenças crônicas (linhagem direta) Hipertensão arterial Diabetes Cardiopatias Coronariopatias ANTECEDENTES PESSOAIS História de tratamentos anteriores Clínicos – medicamentos, dietas, radioterapia, fisioterapia Cirúrgicos – revascularização Procedimentos invasivos – cateterismo cardíaco, angioplastia Implantes – marca-passo DISPNEIA Constitui um dos sintomas mais importantes das cardiopatias Subjetiva: sensação Objetiva: aumento da FC + uso de musculatura acessória Indica: congestão pulmonar devido a insuficiência do VE Registrar informações de cada sintoma DOR Tipo: aperto, pontada, facada, latejante, surda Localização: valorização da queixa precordial Intensidade: escala de 0 a 10 Irradiação: pescoço, braço esquerdo, região epigástrica, costas Duração: início e termino, se é continua ou intermitente EXAME FÍSICO GERAL Condições da pele e mucosa Detecta alterações hemodinâmicas (coloração, umidade, temperatura) Membros Avaliação da perfusão periférica e coloração das extremidades (indícios para avaliação ventricular e debito cardíaco) Estase jugular Pacientes com insuficiência cardíaca Deve ser detalhado com posição exata e escala de avaliação EDEMAS Fornece indicação de insuficiência ventricular direita A temperatura no local do edema é normalmente fria ASCITE Acúmulo de líquidos no abdome Pode indicar insuficiência cardíaca EXAME FÍSICO CARDÍACO Inspeção Ictus cordis ou choque de ponta Ponto mais externo do movimento do coração Resulta do impacto do coração a cada sístole ventricular Está no 5° espaço intercostal esquerdo Linha hemiclavicular esquerda PALPAÇÃO Ictus cordis Polpas digitais Deslocado para cima Elevação do diafragma (gravidez, ascite...) Deslocado para baixo Rebaixamento do diafragma (pneumotórax, enfisema...) Mais para fora da linha hemiclavicular Alterações no VD Precórdio Frêmitos Fluxo turbulento de sangue nas válvulas cardíacas Percebidos como vibrações finas Utilizar a palma das mãos para sentir as vibrações Pulsações epigástricas e suprarrenal Melhor avaliação da intensidade da pulsação AUSCULTA Bulhas cardíacas (sons cardíacos) São produzidos durante o enchimento ventricular e passagem do fluxo sanguíneo através das válvulas cardíacas EXAME FÍSICO TÓRAX Focos de ausculta Primeira bulha (B1) – TUM Fechamento mitral e tricúspide – AV Marca início da sístole, contração ventricular Segunda bulha (B2) – TÁ Fechamento aórtico e pulmonar Marca o final da sístole e início da diástole Mitral 5° espaço intercostal esquerdo Linha hemiclavicular esquerda Tricúspide Base do apêndice xifoide Ligeiramente para a esquerda Aórtico 2° espaço intercostal a direita Próximo ao esterno Pulmonar 2° espaço intercostal a esquerda Próximo ao externo
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