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CONTEÚDO - 2

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CONTEÚDO 2 - ANATOMIA E FISIOLOGIA CARDÍACA
  
ANATOMIA CARDÍACA
  
O coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil propulsora.
  
Está posicionado no mediastino, na cavidade torácica, atrás do esterno e sobre o músculo diafragma, predominantemente à esquerda do plano mediano e obliquamente disposta a 40º da linha horizontal.
    
É dividido em 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos.
  
Os átrios são câmaras receptoras de sangue e os ventrículos são câmaras ejetoras de sangue.
  
 
  
O CORAÇÃO COMO BOMBA
  
Coração Direito - Bombeia sangue para os pulmões
  
Coração Esquerdo - Bombeia sangue para os órgãos
  
 
  
O tamanho do coração é de 5g/Kg, e existem variações em relação ao sexo, idade, altura, peso e área de superfície corporal.
  
 
  
O músculo cardiaco é constituído por 3 camadas:
  
1º - Epicárdio: camada externa.
  
2º -Miocárdio: camada média e mais espessa. É composto de músculo estriado cardiaco. 
  
3º - Endocárdio: camada interna.
    
*O músculo cardiaco fica disposto em espiral, e isso aumenta a potência de contração. O trofismo é proporcional ao seu trabalho, então o trofismo do ventrículo esquerdo (VE) é maior que o do ventrículo direito (VD). É um músculo estriado cardiaco.
    
Pericárdio:
  
É um saco fibroseroso que envolve o coração, separando-o dos outros órgãos do mediastino e limitando sua expansão durante a diástole ventricular.
  
Pericárdio Fibroso – Externo
  
Pericárdio Seroso – Interno
  
Saco fibroseroso – envolve o coração
  
A parte interna contêm um líquido lubrificante
  
Função: Deslizamento, contenção e proteção.
  
 
  
Tem a forma de um cone – Base e Ápice:
  
O ápice é formado pelos 2 ventrículos e a base pelos 2 átrios.
  
 
  
Morfologia Externa: O coração possui 3 faces e 4 margens:
  
Faces: 
  
Face anterior: Esternocostal (VD)
  
Face inferior: Diafragmática (VD e VE)
  
Face esquerda: Pulmonar (VE)
  
 
  
Margens:
  
Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e inferior. 
  
Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo. 
  
Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda. 
  
Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.
  
 
  
Morfologia Interna:
    
SEPTOS:
  
Dividem as 4 câmaras cardíacas.
  
Septo interatrial: divide o átrio direito (AD) do átrio esquerdo (AE). Não permite comunicação.
  
Septo interventricular: divide o ventrículo direito (VD) do ventrículo esquerdo (VE). Não permite comunicação.
  
Septos átrioventriculares: separa os átrios dos ventrículos. Permitem comunicação por meio das valvas.
  
 
  
VALVAS:
  
Tem a função de impedir o refluxo do sangue, direciona o fluxo sanguíneo.
  
Temos 4 valvas:
  
As átrio ventriculares (tricúspide e mitral)
  
As semilunares (pulmonar e aórtica)
  
Valva Tricúspide: Localizada entre o AD do VD. Função: impedir o refluxo do sangue do VD para o AD durante a sístole ventricular.
  
Valva Bicúspide ou Mitral: Localizada entre o AE do VE. Função: impedir o refluxo do sangue do VE para o AE durante a sístole ventricular.
  
Valva Pulmonar: Localizada entre o VD e a artéria pulmonar. Função: impedir o refluxo do sangue da artéria pulmonar para o VD durante a diástole ventricular.
  
Valva Aórtica: Localizada entre o VE e a artéria aorta. Função: impedir o refluxo do sangue da artéria aorta para o VE durante a diástole ventricular. 
  
 
  
Óstios: São os orifícios pelos quais o sangue circula.
  
AD: óstios das veias cavas inferior e superior e da valva tricúspide 
  
VD: óstios da valva tricúspide e da artéria pulmonar
  
AE: óstios das veias pulmonares e da valva mitral
  
VE: óstios das valvas mitral e aórtica
  
  
  
VASOS DO CORAÇÃO:
    
Artéria Pulmonar: É a artéria que sai do VD levando sangue venoso e se divide em duas artérias, a artéria pulmonar direita e a artéria pulmonar esquerda.
    
Aorta: Sai do VE levando sangue arterial e tem seu trajeto em arco:
  
1º - trajeto superior: aorta ascendente
  
2º - trajeto posterior: arco da aorta
  
3º - trajeto inferior: aorta descendente
    
A aorta ascendente emite 3 ramos:
  
1º - ramo da artéria carótida comum
  
2º - ramo da artéria subclávia
  
3º - ramo da artéria braquiocefálica
  
Esses ramos irrigam a parte superior do corpo (cabeça, tórax e membros superiores).
    
A aorta descendente irrigam o abdomen e membros inferiores.
    
Veias Pulmonares: São 4 veias pulmonares que desembocam sangue arterial no AE.
    
Veias Cavas: São 2 veias (superior e inferior), trazem sangue venoso sistêmico para o AD.
    
SUPRIMENTO SANGUÍNEO DO CORAÇÃO
  
O coração necessita de fluxo sanguíneo nutridor.
  
O sangue é fornecido ao coração pelas artérias coronárias direita e esquerda.
  
Originam-se da Aorta.
  
O sangue NÃO passa das câmaras cardíacas direto para o músculo.
  
 
    
 FISIOLOGIA  CARDÍACA 
  
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração.
  
O aparelho cardiovascular funciona para fornecer e manter suficiente, contínuo e variável fluxo sanguíneo aos diversos tecidos do organismo, segundo suas necessidades metabólicas para desempenho das funções que devem cumprir, diante das diversas exigências funcionais a que o organismo está sujeito.
  
 
  
O aparelho cardiovascular está organizado morfologicamente e funcionalmente:
  
a) Para gerar e manter uma diferença de pressão interna ao longo do circuito;
  
b) Para conduzir e distribuir continuamente o volume sanguíneo aos diferentes tecidos do organismo;
  
c) Para promover a troca de gases (principalmente oxigênio e gás carbônico), nutrientes e substâncias entre o compartimento vascular e as células teciduais;
  
d) Para coletar o volume sanguíneo proveniente dos tecidos e retorná-lo de volta ao coração.
  
 
  
COMPOSIÇÃO:
    
a) Uma bomba premente e aspirante geradora de pressão receptora de volume sanguíneo, representada pelo coração;
  
b) Um sistema tubular condutor e distribuidor, representado pelo sistema de vasos arteriais (sistema vascular arterial);
  
c) Um sistema tubular trocador, que é a microcirculação;
  
d) Um sistema tubular coletor de retorno, que é o sistema de vasos venosos (sistema vascular venoso) e linfáticos (sistema vascular linfático).
  
 
  
O funcionamento do coração é extraordinariamente complexo, sendo a resposta integrada de propriedades intrínsecas do miocárdio sob muitas influências extrínsecas tais como: fatores do sistema nervoso, fatores humorais, o volume de sangue e o retorno venoso, e também as impedâncias instantâneas da vasculatura periférica.
  
 
  
FUNÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR:
    
- Transporte de gases;
  
- Transporte de nutrientes;
  
- Transporte de resíduos metabólicos;
  
- Transporte de hormônios;
  
- Intercâmbio de materiais;
  
- Transporte de calor;
  
- Distribuição de mecanismos de defesa;
  
- Coagulação sanguínea.
            
CIRCULAÇÃO:
    
Chama-se circulação, o movimento que o sangue realiza ciclicamente dentro do sistema vascular. Este sistema compreende uma extensa rede de condutos ou tubos especialmente preparados para que o sangue circule em seu interior. As artérias são os vasos que levam o sangue do coração para os órgãos, músculos, ossos, enfim, para cada célula do nosso organismo. A parede das artérias é composta de três camadas: a camada adventícia, que é a camada mais externa; a camada média, formada por musculatura lisa e a camada íntima, que é um revestimento de endotélio. As artérias tem a propriedade especialde se contraírem assim que recebem o estímulo de substâncias contidas no próprio sangue (hormônios) produzindo o efeito que se chama de pressão arterial. O pulso arterial é produzido pela ejeção de sangue do ventrículo esquerdo dentro da aorta e grandes vasos. Esta pressão faz com que o sangue seja empurrado para a frente, chegando aos órgãos e as células.
  
                  
  
As veias são os vasos que trazem o sangue de volta ao coração. Diferem das artérias por ter uma camada média menos espessa, isto porque a pressão de retorno do sangue para o coração é menor do que a de saída. O retorno do sangue ocorre devido ao pulso venoso gerado pela contração dos músculos e pela contração da própria veia. A isto, soma-se a ação das válvulas contidas no interior das veias ajudam a vencer a força da gravidade. Além disto o próprio átrio direito gera uma força ou pressão negativa, sugando o sangue na direção do coração.
  
 
  
Grande Circulação ou Circulação Sistêmica é o movimento do sangue que sai do ventrículo esquerdo para aorta, daí para os sistemas corporais e retorna pelas veias cavas inferior e superior de volta ao átrio direito.
    
Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar é o movimento do sangue que sai do ventrículo direito para artéria pulmonar, passando pelos capilares pulmonares (local onde o sangue entra em contato com o leito alveolar e é oxigenado). Depois de oxigenado o sangue retorna através das veias pulmonares para o átrio esquerdo.
  
 
    
MÚSCULO CARDÍACO:
  
Fibras musculares especializadas: Sistema de geração e condução de impulso.
  
As fibras musculares cardíacas possuem uma estriação transversa, mecanismo contrátil por filamentos deslizantes de actina e miosina.
    
SINCÍCIO ATRIAL
  
SINCÍCIO VENTRICULAR
    
POTENCIAL DE AÇÃO: é devido à abertura de canais rápidos de Na+ e lentos de Ca++.
  
 
    
PROPRIEDADES DO MÚSCULO CARDÍACO:
    
EXCITABILIDADE: Capacidade que cada célula do coração tem de se excitar em resposta a um estímulo elétrico, mecânico ou químico, gerando um impulso elétrico que pode se conduzir, no caso do tecido excito-condutor, ou gerando uma resposta contrátil, no caso do micárdio.
  
CONDUTIBILIDADE: Capacidade de condução do estímulo elétrico, gerado em um determinado local, ao longo de todo o órgão, para cada uma das suas células.
  
CONTRATILIDADE: Capacidade de contração do coração, que leva a ejeção de um determinado volume sanguíneo para os tecidos e ao esvaziamento do órgão. 
  
RELAXAMENTO: Capacidade de desativação da contração, que resulta em retorno de um volume de sangue e ao enchimento do coração.
  
AUTOMATISMO: Capacidade que o coração tem de gerar seu próprio estímulo elétrico, o qual promove a contração das células miocárdicas contráteis; é o grau do automatismo que determina o ritmo cardíaco, ou a frequência dos batimentos do coração, que varia normalmente de 60 a 100 vezes por minuto.
  
 
  
SÍSTOLE E DIÁSTOLE
  
Sístole: contração da musculatura ventricular, aumento das pressões dentro das câmaras, ejeção de sangue para os tecidos;
  
Diástole: relaxamento da musculatura ventricular, ejeção de sangue para os ventrículos.
  
 
  
SISTEMA CONDUTIVO EXCITATÓRIO DO CORAÇÃO
    
Nodo sinoatrial ou sinusal (SA): Localizado na parede superior do AD, perto da veia cava superior.
  
Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de um potencial de ação no nodo sinusal.
  
Visto que o nodo SA tem frequência mais elevada do que qualquer outra região do coração, os impulsos originados neste, são propagados para os átrios e para os ventrículos. Por isto, o ritmo do nodo SA passa a ser o ritmo do coração, razão por ser conhecido como o “marcapasso natural do coração".
  
Vias internodais: Localizados nas paredes atrias, conduz o impulso até o nodo atrioventricular.
  
Nodo atrioventricular (AV): Situado na parte inferior da parede posterior do átrio direito. Conduz o impulso para os ventrículos, onde o impulso sofre um retardo, tempo suficiente para que os átrios contraiam antes dos ventrículos.
  
Feixe atrioventricular (HIS): Situado nos ventrículos (feixe interventricular).
  
Fibras de Purkinje: ramificações periféricas ramos D (VD) e E (VE). 
  
 
    
CICLO CARDÍACO
    
Período compreendido entre o começo de um batimento cardíaco e o começo do seguinte.
  
O ciclo cardíaco é composto por dois eventos: a diástole e a sístole
    
A diástole (período de relaxamento) é o enchimento das câmaras cardíacas com o volume de sangue.
    
A sístole (período de contração) é a expulsão do sangue das câmaras cardíacas. Existem dois tipos de sístole, a atrial e a ventricular. Cada uma é precedida por uma diástole.
      
 FUNÇÃO DOS ÁTRIOS COMO BOMBA:
    
O sangue flui normalmente sem interrupção das grandes artérias e veias para os átrios, cerca de 70% desse fluxo passa para os ventrículos, antes que os átrios se contraiam, isso significa que a contração (sístole atrial) fornece de 20 a 30% de enchimento adicional para os ventrículos.
    
FUNÇÃO DOS VENTRÍCULOS COMO BOMBA:
    
ENCHIMENTO DOS VENTRÍCULOS:
    
SÍSTOLE VENTRICULAR: Grande quantidade de sangue é acumulada nos átrios devido ao fechamento das válvulas atrioventriculares.
    
TÉRMINO DA SÍSTOLE VENTRICULAR: As pressões ventriculares caem para seus baixos valores diastólicos, a maior pressão nos átrios força a abertura das válvulas AV, o que permite que o sangue flua rapidamente para os ventrículos.
    
ESVAZIAMENTO DOS VENTRÍCULOS DURANTE A SÍSTOLE
    
PERÍODO DE CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA:
  
Imediatamente após a contração ventricular, a pressão ventricular aumenta de forma abrupta, fazendo com que as válvulas AV se fechem. Após isso os ventrículos geram pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares, contra as pressões na aorta e na artéria pulmonar. Durante esse período ocorre contração ventricular, mas os ventrículos não esvaziam.
    
PERÍODO DE EJEÇÃO:
  
Quando a pressão ventricular esquerda ultrapassa 80 mmHg e a pressão ventricular direita ultrapassa 8 mmHg, começa a forçar a abertura das válvulas semilunares, o sangue jorra para fora dos ventrículos (70% do esvaziamento durante 1/3 → período de ejeção rápida, e os 30% restantes durante os últimos dois terços → período de ejeção lenta).
    
PERÍODO E RELAXAMENTO ISOMÉTRICO:
  
Final da sístole: Relaxamento ventricular de forma abrupta (pressões ventriculares caem rapidamente) → pressões elevadas nas grandes artérias distendidas forçam imediatamente o sangue a voltar em direção dos ventrículos → fechamento das válvulas semilunares.
  
Durante os 0,03 a 0,06s seguintes, o músculo ventricular continua a relaxar, mas o volume ventricular não se altera → período de relaxamento isovolumétrico ou isométrico, onde a pressão intraventricular diminui de modo muito rápido até atingir seus valores diastólicos muito baixos.
  
As válvulas AV se abrem para que ocorra um novo ciclo de bombeamento.
      
MECÂNICA CARDÍACA
  
  A mecânica básica da contração muscular do coração é regulada por dois fatores:
  
 Regulação intrínsica do bombeamento:
  
              Lei de Frank-Starling
  
              Pré carga e Pós carga
  
Controle da FC e da Força de contração cardíaca pelos nervos simpáticos e parassimpáticos:
  
              Contratilidade (inotropismo)
  
              Frequência cardíaca
    
PRÉ CARGA
  
Tensão exercida na parede do ventrículo após a contração atrial. Grau de estiramento muscular no final da diástole. 
  
O volume sanguíneo estira o músculo até o seu comprimento inicial antes da contração.
  
Quanto maior o comprimento muscular, maior será a força de contração (Lei de Frank-Starling)
  
PÓS CARGA
  
Volume de sangue que o músculo deve mover após o início da contração.
  
A ejeção e o desempenho ventricular dependem da resistência contra a qual os ventrículos se contraem:
  
  - VE: Resistência vascular periférica, rigidez da parede da aorta e viscosidade do sangue.
  
 - VD: Rigidez e resistência do tronco arterial pulmonar e viscosidade do sangue.
  
 
  
REGULAÇÃO PELO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
    
Emborao coração possua sistema de controle que lhe é intrínseco, podendo continuar a funcionar sem quaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito melhorada por meio de impulsos reguladores com origem no SNC. O SNC é ligado ao coração por dois grupos de nervos: Simpáticos e Parassimpáticos.
  
Estimulação pelo SN Simpático: Causa liberação de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) nas terminações nervosas simpáticas.
  
   EFEITOS:
  
    - ↑ da FC;
  
    - ↑ da força de contração; e
  
    - ↑ do fluxo sangüíneo através dos vasos coronários visando a suprir o ↑ da nutrição do músculo cardíaco.
  
Estimulação pelo SN Parassimpático: Libera acetilcolina nas terminações nervosas parassimpáticas.
  
    EFEITOS:
  
   - ↓ da FC;
  
   - ↓ da força de contração;
  
   - ↓ na velocidade de condução dos impulsos através do nó AV, ↑ o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; e
  
   - ↓ do fluxo sangüíneo.
  
 
  
FATORES QUE AUMENTAM A FREQUÊNCIA CARDÍACA
  
Queda da pressão arterial
  
Inspiração
  
Excitação
  
Raiva
  
Dor
  
Hipóxia (redução da disponibilidade de oxigênio para as células do organismo)
  
Exercício
  
Adrenalina
  
Febre
  
 
  
FATORES QUE DIMINUEM A FREQUÊNCIA CARDÍACA
  
Aumento da pressão arterial
  
Expiração
  
Tristeza
 
      
ALGUNS CONCEITOS
    
VOLUME DIASTÓLICO FINAL (VDF): Quantidade de sangue dentro dos ventrículos ao final da diástole= 110-120ml.
  
DÉBITO SÍSTOLICO: Quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada sístole ventricular, em torno de 50-70 ml.
  
VOLUME SISTÓLICO FINAL (VSF): Os 40 a 50 ml de sangue remanescente em cada ventrículo.
  
DÉBITO CARDÍACO (DC): Quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto, DC= FC x VS= 5l/min.
  
RETORNO VENOSO (RV): Fluxo de sangue proveniente dos tecidos periféricos que chega ao coração direito. Deve ser igual ou próximo do DC, tudo o que diminui o RV altera a função cardíaca.

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