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GABARITO AD1 2018.2 - INSTITUIÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 – AD 1 – PERÍODO – 2018/2º 
 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado 
Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho 
 
Conteúdo: Aulas 1 a 4 
Data-limite para entrega: 20/08/2018 (até 23:55h) 
Total de Pontos: 10,0 (Dez) 
GABARITO: 
 
Após estudar as aulas 1 a 4 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo às ques-
tões que se seguem: 
 
1. A estrutura de uma lei comporta a existência de diversos elementos, como: o artigo, o pará-
grafo, o inciso e a alínea. Diferencie entre estes elementos, exemplificando cada um deles. (2,5 
pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 O artigo é a unidade básica da lei. Divide-se em parágrafos, incisos (ou itens) e alíneas 
(ou letras). 
 O parágrafo é a imediata divisão de um artigo, versando sobre assunto complementar 
ao trecho em que figura, explicando a disposição principal. Seu símbolo é §. 
 O inciso, também denominado item, é o elemento estrutural da lei que divide o artigo 
ou o parágrafo, atuando de forma a discriminar aquele, quando o assunto tratado não pode ser 
condensado nem constituir parágrafos. É expresso em algarismos romanos (I, II, III, IV etc.). 
 A alínea ou letra é outro elemento estrutural da lei, consiste numa das subdivisões do 
artigo, assinalada por uma letra, destacada por intermédio de um parêntesis, assim: a)... b)... 
etc. 
 O art. 5º da Constituição Federal, por exemplo, nos mostra na prática o emprego de 
todos estes elementos estruturais, como vemos abaixo: 
 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constitui-
ção; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei; 
(...) 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da ima-
gem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de 
que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e 
associativas; 
(...) 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável dura-
ção do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação ime-
diata. 
(...) 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação te-
nha manifestado adesão”. 
 
2. Quando a lei for omissa o juiz recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais do 
direito. Discorra sobre os COSTUMES. (2,5 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
São procedimentos constantes e uniformes adotados como obrigatórios por um grupo 
social. Os costumes diferem das regras de uso social porque são reconhecidos ou impostos 
pelo Estado. 
Ex.: em certas localidades do interior do Brasil, é tido como costume que o ato de com-
prar e vender cabeças de gado pode ser celebrado por meio de contrato verbal (sem a necessi-
dade de contratos escritos). Sendo assim, ao longo dos anos, os conflitos que surgiram envol-
vendo compradores e vendedores de gado deram origem a argumentações de advogados e a 
sentenças judiciais que acabaram por conferir à prática um caráter de costume. Repare, no en-
tanto, que, nessas negociações, não é um costume que o pagamento pelas cabeças de gado 
seja efetuado apenas anos após a venda. Sendo assim, um comprador que se sinta pressionado 
a pagar pelo gado no momento da compra não poderá alegar em seu favor que os demais clien-
tes daquele vendedor conseguiram um crédito. Nesse caso, o comprador estará se referindo a 
uma regra de uso social, não-prevista pela lei, e provavelmente será forçado a efetuar seu paga-
mento no ato da compra. 
A partir desse entendimento, vejamos os elementos que compõem um costume: 
a) o uso que é o elemento material e objetivo, que consiste na observância freqüente da 
norma pela sociedade. Um exemplo disso é a moda, que é uma prática que caracteriza determi-
nados períodos da vida social. Também as regras de etiqueta caracterizam o uso. 
b) a convicção que é o elemento psicológico e subjetivo. Descende da conscientização 
– ou da certeza – generalizada da sociedade de que a norma estabelecida funciona como lei. 
Note, por exemplo, o que ocorre em estabelecimentos comerciais acerca da presença de animais 
domésticos. Em Paris, por exemplo, inúmeros são os restaurantes de luxo onde se admite a 
entrada de cães. Já no Brasil, não é nada incomum encontrarmos placas e avisos limitando o 
acesso de animais. 
Não devemos confundir “hábito”, que é um comportamento individual, com “uso”, que 
é coletivo. A existência de costume pressupõe, portanto, uma evolução que se iniciou com o 
hábito, transformou-se em uso e, com a aceitação convicta da coletividade – ou com a incorpo-
ração do elemento psicológico – transformou-se em costume. 
 
3. Nos dias de hoje, embora para fins meramente didáticos, prevalece no Brasil a divisão do Di-
reito em dois grandes ramos, tal como no Direito Romano: o DIREITO PÚBLICO e o DIREITO 
PRIVADO. Assim sendo, discorra sobre esses dois grandes ramos, enfatizando suas diferen-
ças, inclusive no que diz respeito à subdivisão de cada um deles. (2,5 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
Esta divisão, herdada do Direito Romano, foi proposta por um célebre jurisconsulto ro-
mano chamado Domício Ulpiano, cujos trabalhos formaram a base da legislação romana es-
crita, ocorrida apenas no fim do Império Romano. 
Àquela época, o Direito Público dizia respeito aos interesses do Estado, enquanto o Di-
reito Privado atendia aos interesses dos particulares. Mas essa ideia evoluiu e, hoje em dia, o 
Direito Público não reflete apenas interesses do Estado: o particular também é incluído, ainda 
que de forma secundária. 
O mesmo se dá em relação ao Direito Privado, em que prevalecem os interesses dos 
particulares, muito embora o Estado também se faça presente, inclusive participando da elabo-
ração da própria legislação aplicável. Isso é feito através do Poder Legislativo, que é o poder 
que tem a função principal de elaborar as leis. 
Deste modo, podemos dizer que o Direito Público é o que diz respeito PREVALENTE-
MENTE, ou PREFEFERENCIALMENTE, aos interesses do Estado, enquanto o Direito Privado 
atende PREVALENTEMENTE, ou PREFEFERENCIALMENTE, aos interesses dos particulares. 
Esta classificação do Direito em Público e Privado, originada no Direito Romano e utili-
zada até hoje, incluindo ainda outras subdivisões, que podem ser esquematizadas da seguinte 
forma: 
 
 
DIREITO PÚBLICO EX-
TERNO 
Direito Internacional Público 
 PÚBLICO 
 
DIREITO PÚBLICO IN-
TERNO 
Direito Constitucional 
Direito Administrativo 
Direito Tributário 
Direito Penal 
Direito Processual 
 
DIREITO 
 
DIREITO PRIVADO EX-
TERNO 
Direito Internacional Privado 
 PRIVADO 
 
DIREITO PRIVADO IN-
TERNO 
Direito Civil (comum) 
Direito Comercial (comum) 
Direito do Trabalho (especial 
 
 
4. Elabore um quadro comparativo que estabeleça a distinção entre o Estado Unitário, a Federa-
ção e a Confederação. (2,5 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
Estado Unitário Federação Confederação 
Possui apenas uma esfera de 
poder legislativo, executivo e 
judiciário. 
Possui várias esferas de 
poder legislativo, execu-
tivoe judiciário, sendo 
uma dotada de soberania e 
várias dotadas de autono-
mia. 
Possui mais de uma esfera de 
poder legislativo, executivo e ju-
diciário, sendo todas dotadas de 
soberania. 
Constituído por um único Es-
tado. 
Constituída pela união de 
Estados-Autônomos, que 
abriram mão de sua sobe-
rania. 
Constituída por Estados Inde-
pendentes, que não abriram 
mão de sua soberania. 
No Estado Unitário, não há 
que se falar em secessão. 
Não admite secessão Admite secessão 
Regido por uma única consti-
tuição. 
São regidos por uma cons-
tituição federal e várias es-
taduais. 
São regidos por um tratado. 
 
 
Boa atividade! 
 
Em caso de dúvida, procure preferencialmente o seu tutor presencial, 
pois a correção da AD é de responsabilidade dele(a). 
 
As regras das ADs estão discriminadas no Guia da Disciplina.

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