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Aula 5 – Análise de Investimento Profa: Niara Cruz Niara.cruz@estacio.br Aula Anterior.... • Objetivo da Empresa • Teoria da Agência • Demonstrações Contábeis Datas importantes.... 23 de setembro – 1º horário: – 2º horário: 30 de setembro – 1º horário: (ENTREGA DA LISTA)Correção da Lista – 2º horário: AV1 • O principal insumo utilizado no processo decisório de uma empresa é a informação, seja ela de caráter financeiro, econômico ou operacional. • No entanto, o volume de informações disponíveis é muito grande, fato que cria a demanda por relatórios para resumir e tornar a análise da realidade da empresa mais objetiva e eficiente. • Entender e controlar o comportamento e o desempenho de um negócio com base em indicadores traz muitos benefícios para os tomadores de decisões, independentemente do tipo, porte ou atividade da companhia. Administração financeira de curto prazo • A Administração Financeira, na prática, engloba processos e decisões com impacto no curto, médio e longo prazos. • No entanto, em termos didáticos, torna-se necessário dividi-la em: ✓ Administração Financeira de Curto Prazo ✓ Administração Financeira de Longo Prazo. • A primeira parte dessa divisão está direcionada para o estudo da gestão do valor do capital de giro. •QUAIS AS PROVÁVEIS CAUSAS DISSO? R: Provavelmente uma combinação de diversos fatores de caráter operacional e de decisões estratégicas que infelizmente não deram certo: - Estoques/Prazos/Vendas/Recebimento etc. POR QUE AS EMPRESAS QUEBRAM? R: Por terem problemas de liquidez. Administração curto Prazo Analisando a situação financeira da empresa sob a perspectiva do capital de giro: • Necessidade de capital de giro • Saldo em tesouraria • Capital de giro circulante Capital de Giro • O capital de giro pode ser representado pelo montante de ativos e passivos correntes necessários para viabilizar as atividades de uma empresa. • O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das entidades e, se administrado de maneira inadequada, pode resultar em sérios problemas financeiros. Capital de Giro • O objetivo principal dessa gestão é administrar os principais componentes do capital de giro. ✓ Estoques, ✓Contas a receber, ✓Disponibilidades, ✓Fornecedores, ✓Empréstimos bancários ✓entre outros Capital de Giro • As atividades de produção, venda e cobrança devem ser sincronizadas para garantir a maximização dos retornos e a minimização dos custos. • Para garantir que o capital de giro seja administrado corretamente, faz-se necessário tratar ativos e passivos de curto prazo de maneira interdependente, ou seja, sempre que o volume de recursos investidos em estoque for alto, ou quando os estoques tiverem baixa liquidez, a empresa deverá manter mais recursos aplicados em caixa e equivalentes caixas; • obrigações com terceiros de prazos muito curto demandam investimentos em ativos mais líquidos; o impacto de altas taxas de inadimplência pode ser controlado com maior concentração de recursos em contas do disponível. Capital de Giro • As atividades de produção, venda e cobrança devem ser sincronizadas para garantir a maximização dos retornos e a minimização dos custos. • Para garantir que o capital de giro seja administrado corretamente, faz-se necessário tratar ativos e passivos de curto prazo de maneira interdependente, Capital de Giro sempre que o volume de recursos investidos em estoque for alto, ou quando os estoques tiverem baixa liquidez, a empresa deverá manter mais recursos aplicados em caixa e equivalentes caixas. • Obrigações com terceiros de prazos muito curto demandam investimentos em ativos mais líquidos. Estoque Alto Estoque Baixa Liquidez Disponibilidades Capital de Giro • São determinantes da importância e do volume de capital de giro ✓Volume de vendas, que impactam o volume de estoques, valores a receber e disponível; ✓Sazonalidade; ✓Fatores cíclicos da economia como, por exemplo, recessão ou crescimento econômico; ✓Tecnologia, dada sua influência sobre os custos; ✓Fatores externos como posição e decisões dos concorrentes, aumento das exigências e necessidades dos consumidores, alteração do contrato com fornecedores, condições de crédito, de fornecimento e produção. Capital de Giro • Diante de tantos fatores, controláveis ou não, que podem afetar o volume de capital de giro necessário para o funcionamento de uma empresa, é importante separar o volume mínimo demandado, também conhecido como capital de giro permanente; e os recursos correntes empregados em situações não previstas ou anormais, necessários para fazer frente a possíveis ameaças ou oportunidades do negócio, também definido como capital de giro variável. • Para uma maior compreensão do capital de giro é importante utilizar as demonstrações contábeis da organização, pois é por meio delas que serão explicados e resumidos seus diversos mecanismos e aspectos (MATIAS, 2014). Capital circulante (de giro) líquido • O financiamento do capital de giro deve seguir a regra da boa saúde financeira Utilizar fontes de recursos de curto prazo para financiar aplicações correntes e fontes de recursos de longo prazo para financiar os investimentos com prazos de retorno mais longos. Capital circulante (de giro) líquido • Assim, por meio do capital de giro líquido (CGL) é possível verificar o “casamento” de prazos entre ativos e passivos circulantes de uma empresa. • Em termos do excedente das aplicações a curto prazo em relação às captações de recursos de curto prazo, a fórmula utilizada para cálculo do CGL é: CGL ou CCL = Ativo Circulante - Passivo Circulante Capital circulante (de giro) líquido • Para analisar o capital de giro líquido deve-se considerar que saldos maiores que zero representam folga financeira; • Se o valor encontrado for igual a zero, o total de ativos de curto prazo será exatamente igual ao total de passivos correntes, ou seja, situação de equilíbrio financeiro; • Se o CCL é negativo, encontra-se uma situação de desequilíbrio, ou seja, os passivos de curto prazo são superiores aos ativos correntes. Vale ressaltar que empresas que apresentam CCL negativo não necessariamente, apresentam problemas financeiros graves e risco de insolvência. Capital circulante líquido positivo • Quando o CCL é positivo a empresa apresenta maior liquidez, uma vez que ela tem prazo para transformar ativos em dinheiro e pagar as dívidas com terceiros. • Ativos correntes já são ou serão transformados em dinheiro no curto prazo, enquanto uma parte das suas dívidas assumidas para financiar parte desses ativos de curto prazo só vencerá no longo prazo. Capital circulante líquido positivo • No entanto, apesar do risco de liquidez ser menor em empresas com CCL maior do que zero, há uma tendência de que a rentabilidade também seja menor, uma vez que os ativos de curto prazo, de maneira geral, são menos rentáveis do que ativos de longo prazo, especialmente porque, ativos correntes como disponibilidades e contas a receber, perdem valor durante o tempo por conta da inflação. Capital Circulante Líquido POSITIVO •A parte amarela da figura representa quanto o ativo circulante é superior ao passivo circulante, ou seja, existe folga financeira porque uma parte dos ativos de curto prazo é financiada pelos passivos de longo prazo. EXEMPLO • Calcule o CCL e interprete EXEMPLO • A folga financeira da empresa é de R$500, montante de ativos circulantes financiados por passivos de longo prazo, que vencerão depois do término do exercício social seguinte Capital Circulante Líquido Nulo • O CCL nulo indica equilíbrio financeiro. • Ativos correntes já são ou serão transformados em dinheiro no curto prazo para pagar todas as dívidas de curto prazo. • Empresas com CCL nulo apresentam risco de liquidez e rentabilidade moderados, se comparadas com empresas com folga financeira ou em desequilíbrio entre ativos e passivos correntes. • O risco de liquidez é maior para empresas com CCL nulo doque para empresas com CCL positivo porque qualquer imprevisto impacta a capacidade de pagamento de curto prazo, como por exemplo, inadimplência de clientes e obsolescência de estoques. Capital Circulante Líquido Nulo •Nesse segundo cenário, o total de ativos correntes é exatamente igual ao montante de passivo circulante, ou seja, não existe folga nem desequilíbrio financeiro. EXEMPLO Capital Circulante Líquido NEGATIVO • Todo cenário com CCL negativo indica menor liquidez, uma vez que o prazo para transformar ativos em dinheiro e pagar as dívidas é maior do que o vencimento de parte dessas dívidas. • Ativos não correntes serão transformados em dinheiro no longo prazo, enquanto uma parte das suas dívidas assumidas para financiar parte desses ativos de longo prazo vencerá no curto prazo. • Empresas com CCL menor do que zero tendem a apresentar maior risco de liquidez, mas há uma tendência de que a rentabilidade seja maior do que em empresas com folga financeira, uma vez que os ativos de longo prazo, de maneira geral, são mais rentáveis do que ativos de curto prazo. Capital Circulante Líquido NEGATIVO EXEMPLO Administração Financeira Curto Prazo • O objetivo principal dessa gestão é administrar os principais componentes do capital de giro visando o equilíbrio entre liquidez e rentabilidade. • Capital de giro = Capital necessário para financiar a continuidade das operações da empresa. • Reflete a capacidade de gerenciar relações com fornecedores e clientes. Necessidade de investimento no giro • A Necessidade de Capital de Giro (NCG) é a chave para a administração financeira eficiente de uma empresa. • Faz a decomposição do CCL em montante operacional e montante financeiro. Ativos e passivos circulantes são divididos em operacionais e financeiros. • O ativo circulante operacional é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/ venda/ produção/ estocagem. • enquanto o passivo circulante operacional representa o financiamento que decorre dessas atividades. Necessidade de investimento no giro • A diferença entre esses investimentos e financiamentos é o montante que a empresa necessita de capital para financiar o giro (MATARAZZO, 2007). • NIG = Ativo Circulante Op – Passivo Circulante Op Balanço Patrimonial Ativo Passivo C o n ta s C ir cu la n te s C íc lic as Circulante Operacional (Cíclico) - ACO Circulante Operacional (Cíclico) - PCO Contas a Receber Fornecedores a pagar estoques Salários e Encargos a pagar Adiantamentos a Fornecedores Impostos Incidentes s/ vendas a pagar Outras Contas a Receber (operacionais) Despesas Antecipadas Er rá ti ca s Circulante Financeiro (errático) - ACF Circulante Financeiro (errático) - PCF Caixa Emprestimos e Financiamentos Bancos Duplicatas e Títulos Descontados Aplicações Financeiras Impostos de Renda e CSLL a recolher Outras Contas (Financeiras) Dividendos a pagar C o n ta s N ão C ir cu la n te s Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante + PL Realizável de Longo Prazo Exigível de Longo Prazo Imobilizado Patrimônio Líquido - PL Intangível Investimento Necessidade de capital de giro NCG positiva: Saídas de caixa ocorrem antes das entradas. • Nesses casos, existe uma necessidade de capital de giro para a qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento. Ex: Empresa de eletrodomésticos que oferecem longos prazos para pagamentos precisam fazer com que seus produtos tenham giro rápido Necessidade de capital de giro NCG negativa: Quando a empresa tem seus recebimentos antes de desembolsar. Ex: Empresas hoteleiras, que exigem pagamentos antecipados para garantir prestação de serviços, acabam por conseguir ncg negativa ACO < PCO Sobram recursos das atividades operacionais, que poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para expansão da planta fixa. SALDO DE TESOURARIA (ST) ❖ Diferença entre Ativo Circulante Financeiro (ACF) e Passivo Circulante Financeiro (PCF). ❖ Representa “uma reserva financeira da empresa para fazer frente a eventuais expansões da necessidade de investimento operacional em giro, principalmente aquelas de natureza sazonal”. ❖ A condição fundamental para que a empresa esteja em equilíbrio financeiros é que seu saldo de tesouraria seja positivo. ❖ Valor residual decorrente da diferença entre o Capital de Giro Líquido e a Necessidade de Capital de Giro, conforme a expressão abaixo: ST = ACF – PCF ST = CGL – NCG ST = CCL – NIG ou Exercício Exercício ❖ No exemplo anterior, a folga financeira da empresa é de R$10.000, montante de ativos circulantes financiados por passivos de longo prazo, que vencerão depois do término do exercício social seguinte. ❖ No entanto, ao decompor essa folga financeira, verifica-se que a necessidade de investimento no giro (NIG) em termos de ativos e passivos operacionais de curto prazo é de apenas R$7.000, indicando que os R$3.000 restantes representam o saldo em tesouraria, ou seja, a margem de segurança financeira no período analisado. COMPARANDO DUAS ESTRUTURAS Estrutura A Estrutura B COMPARANDO DUAS ESTRUTURAS Estrutura A Estrutura B Estrutura A Estrutura B CCL = $ 30 CCL = - $ 20 NIG = $ 20 NIG = $ 10 ST = 10 ST = -30
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