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Fichamento A obra prima ignorada de Balzac

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História da Arte I – Atividade 3 – Fichamento “A Obra-prima ignorada” de Balzac e Teixeira Coelho
Gabriela Dutra Garcia – 201710469
	A história descrita no conto de Balzac se passa na França no período de 1612, onde dois pintores chamados Nicolas Pousin e François Probus se encontram para discutir a arte da pintura enquanto expõem suas posições e contraposições a respeito de uma obra de arte. O que surpreende na história é que, mesmo sendo intimidado por Porbus, o que acaba surpreendendo Poussin é a presença de outro mestre da pintura chamado Frenhofer que também se encontra no mesmo local, e começa a fazer críticas sobre um quadro pintado por Poussin, enquanto teoriza sobre arte e fazendo referências a um quadro que está pintando no momento, nomeado de “Catherine Lescault”. Uma das críticas construtivas de Frenhofer é muito interessante por afirmar que muitas vezes os pintores se veem motivados por um “manual” enquanto leem uma obra de arte, contestando que “a missão da arte não é copiar a natureza, mas expressá-la”.
	Voltando a comentar sobre seu quadro “Catherine Lescault”, mestre Frenhofer confessa jamais ter encontrado uma mulher que representasse “toda beleza e pureza” em uma tela. O que desperta uma motivação em Poussin, quando reencontra sua amada, Gillette, em propuser um esquema de “moeda de troca”, como se estivesse sacrificando a moça apaixonada pelo pintor por uma obra de arte. O contrato firmado entre os pintores chega a um fim quando se é revelado a tela de pintura de “Catherine Lescault”, em razão de compará-la com a beleza de Gillette. No quadro, no entanto, evidenciava-se apenas “cores confusamente espalhadas umas sobre as outras, contidas por uma multidão de linhas bizarras que forma uma muralha de pintura”, nas palavras de Poussin. O que se destaca diante de camadas e camadas de tinta aparenta ser um fragmento de pé que se projeta para fora do caos de tinta.
	O final desse conto entrega o fato de que é preciso refletir a respeito do belo, do perfeito e sobre a arte em si. Essa arte, além de ser voltada para os próprios pintores, também é vítima de uma reflexão que muitas vezes é ignorada ou zombada de seus criadores, como foi o exemplo da situação de Poussin e Probus, que não foram capazes de admitir o quadro do mestre Frenhofer como obra de arte digna de beleza pois estavam absortos e alheios da mistura entre a paixão do pintor pela arte e pela sua própria mulher

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