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RESUMO NUTRIÇÃO CLINICA

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RESUMO NUTRIÇÃO CLINICA 
TERAPIA NUTRICIONAL VIA ORAL (SUPLEMENTAÇÃO, MÓDULOS E ESPESSANTES)
DISFAGIA: Dificuldade para engolir alimentos ou líquidos que ocorre na garganta ou no esôfago e varia de um desconforto leve a um bloqueio total e doloroso.
ESPESSANTE ALIMENTAR: Os espessantes são substâncias que conferem aumento da viscosidade do alimento, sem nenhuma interferência nas suas propriedades. Para isso, existem fórmulas espessantes especialmente criadas para cada caso, garantindo a estabilização da disfagia e a normalização dos procedimentos alimentares.
CONSISTÊNCIAS DOS ESPESSANTE: Necta, Mel e puding 
PACIENTE CAQUÉTICA: A caquexia é uma doença complexa e se caracteriza pela perda de peso do paciente, além da perda de massa corpórea e tecido adiposo (responsável pelo armazenamento de gordura em nosso sistema), normalmente relacionada a doenças crônicas, como o câncer ou doenças cardíacas.
DIETA COM SUPLEMENTO: Suplementar quando a ingestão oral for inadequada para prover de dois terços a três quartos das necessidades diárias. 
EXEMPLO: Dieta de 2000 Calorias for menor que 1500 calorias com variação de até 1350 calorias (dois terços)
MÓDULOS: Indicados para suplementar fórmulas e individualizar a formulação.
Exemplos: Maltodextrina TCM e Whey protein
TRABALHO EM EQUIPE: Abordagem baseada em um sistema de trabalho em equipe facilita a confirmação da suspeita clínica de deficiências específicas ou combinadas por testes laboratoriais apropriados que nem sempre são solicitados na rotina pré-operatória. Cabendo ao nutricionista estar atento a esses pontos.
DIETAS HOSPITALARES
DIETA GERAL: Indivíduos que não necessitam de modificações em nutrientes e na consistência. Inclui maior gama de alimentos (todos que são indicados em uma alimentação saudável de acordo com as Leis da Nutrição, com o Guia da Pirâmide alimentar adaptada à população brasileira).
Consistência: normal
Fracionamento: 5 a 6 refeições
Normoglicídica, normolipídica e normoprotéica
DIETA BRANDA: Indivíduos com problemas mecânicos de ingestão e digestão, que impeçam a utilização da dieta geral, havendo necessidade de abrandar os alimentos.
Consistência: tecido conectivo e celulose abrandada por cocção ou ação mecânica;
Fracionamento: 5 a 6 refeições
Normoglicídica, normolipídica e normoprotéica
Alimentos que devem ser excluídos: Especiarias e condimentos fortes como pimenta, pimenta do reino e outros; Frituras, Doces concentrados (marmeladas, goiabada, doce de leite), Bebidas gaseificadas, Hortaliças cruas, Frutas cruas, exceto mamão, embutidos e conservas. 
Leguminosas: permitido o caldo. 
CARDÁPIO EXEMPLO:
Café da manhã: Café com leite, bolacha maria, queijo fresco, pêra em calda
Almoço: Arroz, caldo de feijão, carne em cubos, batata sauté, abacaxi em calda, suco de laranja
DIETA PASTOSA: Indivíduos com dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios e casos neurológicos;
Consistência: Os alimentos devem estar na forma de purê, mingau, as carnes devem ser batidas ou trituras 
Fracionamento: 5 a 6 refeições
Normoglicídica, normoprotéica e normolipídica
DIETA SEMILÍQUIDA: Indivíduos com dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios Em determinados preparos de exames e cirurgias. Transição para dieta branda e geral
Consistência: semilíquida (sopas, purês, carne moída ou desfiada - tecido conectivo abrandado)
Fracionamento: 5 a 6 refeições
Normoglicídica, normoprotéica e Normolipídica
EXEMPLO CARDÁPIO:
Desjejum: Café com leite, suco de laranja, pêra em calda batida, margarina, geleia, bolacha maisena
Almoço: Sopa de carne e legumes, purê de batata, carne desfiada, gelatina, suco de laranja
DIETA LIQUIDA: Indivíduos com problemas de mastigação e deglutição, em casos de afecções do trato digestivo, em determinados preparos de exames em alguns pré e pós-operatórios;
Consistência: Alimentos de consistência líquida ou que se liquefazem na boca, e de fácil absorção
Fracionamento: 5 a 6 refeições
DIETA LIQUIDA RESTRITA: Usada nos pós-operatórios com o objetivo de hidratar o paciente.
Características: Constituída principalmente de água e glicídios, baixa em calorias e nutrientes, não provocando a formação de gases, evitando a distensão abdominal. Deve ser usada em curto período de tempo
EXEMPLO CARDÁPIO: 
Desjejum ou Lanche Noturno: 1 copo de chá com açúcar
Lanche manhã: 1 porção de gelatina
Almoço e Jantar: 2 conchas médias de sopa / 1 porção de gelatina / 1 copo de suco padrão
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS CARDÁPIOS DE ACORDO COM AS MODIFICAÇÕES DA DIETA:
	Consistência
	Calorias
	Proteína (g)
	Lipídeo (g)
	Carboidrato (g)
	Fibras (g)
	Geral
	2903
	102,5
	96,5
	406,2
	30,2
	Branda
	2474
	88,6
	78,9
	352,5
	19,8
	Pastosa
	2348
	84,2
	74,9
	334,2
	17,1
	Semilíquida
	2048
	80,9
	66,8
	280,9
	18,3
	Liquida
	1096
	31,4
	30,3
	174,4
	10,3
FIBRAS
TIPO DE CARBOIDRATOS/FONTES
Fibras Solúveis: Pectin a (maçã, casca de frutas cítricas, morango). Gomas (aveia, leguminosas secas). Algumas hemiceluloses (psyllium)
Efeitos fisiológicos: Retardam o esvaziamento gástrico e reduz taxa de absorção de CH.Ligam-se a sais biliares reduzindo a absorção de lipídios. Aumentam volume e maciez das fezes e promovem a formação de soluções viscosas
Fibras Solúveis: Frutooligossacarídeos (alho, cebola, banana, tomate, alcachofra)
Efeitos fisiológicos: São fermentados no cólon e produzem ácidos graxos de cadeia curta (acetato, proprionato, butirato), contribuem para o equilíbrio da flora bacteriana intestinal
Fibras Insolúveis: Celulose (farinha de trigo integral, feijões, ervilha, maçã, farelo, repolho). Hemicelulose (farelo, cereais e soja)
Lignina (vegetais maduros)
Efeitos fisiológicos: Aceleram o trânsito intestinal, reduzem a obstipação intestinal. Aumentam o volume e maciez das fezes
EQUIVALENTES DE FIBRAS: As fibras promovem o desenvolvimento da mucosa intestinal através de vários
Mecanismos. De acordo com a American Dietetic Association (ADA) o consumo de fibra está associado a uma dieta balanceada, rica em CH e pobre em lipídios a fim de promover a saúde, diminuindo o risco de doenças crônicas. Os equivalentes foram propostos seis grupos, onde os alimentos estão de forma que os valores de FAT são próximos e assim permitem a substituição de um alimento por outro, garantindo uma equivalência no teor de fibra.
MÉDIA:
Frutas: 2,80 g
Pães/matinais: 1,40g
Vegetais A: 0,42 g (ábobora, abobrinha, cenoura...)
Vegetais B: 1,30g (acelga,brócolos,chuchu..)
Leguminosas: 3,11g
Cereais e outros: 1,35 g
DIETA LAXATIVA: Indicado para obstipação intestinal. Ameixa preta e o suco da ameixa- estimuladores da motibilidade intestinal. Módulos de fibras.
Incluir: Frutas como laranja, mexerica com o bagaço, mamão, ameixa, abacaxi, uva, suco de frutas; 
Cereais integrais: farelo de trigo, de aveia
Hortaliças: tomate, berinjela, verduras cruas, leguminosas e boa oferta hídrica (8 copos).
DIETA OBSTIPANTE: Indicado em caso de diarreia. Aumento na frequência de 3 vezes ao dia com evacuação com fezes semilíquidas ou liquidas;
Evitar: o leite e derivados e alimentos fontes de fibras insolúveis
Oferecer: água de coco, Fibras solúveis
DIETA COM MÍNIMA FORMAÇÃO DE RESÍDUOS: Indicado para preparo de exames a serem realizados no intestino e que exigem lavagem intestinal, como enema opaco e colonoscopia.
Características da Dieta: Normoproteica,normocalórica, normolipídica
Alimentos permitidos: Chá, bolacha água, torrada, biscoito polvilho. Margarina, açúcar, mel, geleia, clara de ovo, arroz, macarrão, frango, peixe, gelatina, suspiro, sagu, água de coco, groselha, sucos, industrializados, picolé de maracujá ou uva ou limão, creme de leite. 
DIETA HIPOSSÓDICA: Indicada para prevenção e controle de edemas e controle da hipertensão
Leve- 2400 a 4500 mg (104 a 196 mEq)
Restrição moderada – até 1000 mg (43 mEq)
Restrição severa- até 500 mg (22 mEq) de sódio.
DIETAS OARA ALERGIAS ALIMENTARES
Alta alergenicidade: Abacaxi, alho, banana, cereja, coco, laranja, maçã, manga, morango, uva, canela, castanha-do Brasil, cebola, chocolate, cominho,corantes, tomate, trigo, milho, ervilha, noz, moluscos, ovo, peixe, camarão, carne de porco, leite e derivados.
Média alergenicidade: Centeio, cevada, amêndoa, azeitona, baunilha, café, cebolinha, cravo, abricó, abacate, acelga, amora, caqui, melão, pêssego, lentilha, soja, gergelim, noz-moscada, óleo de milho, óleo de girassol, pinhão, carne de vaca, agrião, berinjela, alface, couve, cenoura, palmito, mandioca, pepino, pimentão, repolho.
Baixa alergenicidade: Abóbora, abobrinha, alcachofra, almeirão, batata-doce, brócolis, cará, cenoura cozida, chicória, chuchu, couve-flor, espinafre, quiabo, figo, goiaba, jaca, melancia, carambola, banana cozida, coentro, açúcar demerara, erva-mate,
peru, frango, carne de coelho, carne de carneiro, sagu, tapioca, salsa, azeite.
DIETAS ESPECIFICAS: dieta hiperproteica/hipoproteica / Dieta hipercalórica/hipocálorica / Dieta baixa em purina / Dieta
hiperlipídica/hipolipídica
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
Terapia de nutrição enteral (TNE): Um conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral (Waitzberg 2000)
Agência nacional de vigilância sanitária: Define nutrição enteral como:” alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada
para uso por sonda ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme a suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas” ANVISA- RDC no63/2000.
São vantagens de nutrição enteral: o menor custo, a facilidade de administração, a menor incidência de complicações metabólicas, a manutenção do trofismo e da fisiologia intestinal, além de redução da coloestase que esta ligada á nutrição parenteral prolongada. 
Indicações de terapia nutricional: Distúrbios Neurológicos, Pacientes Impossibilitados por via oral, Intubação
Orotraqueal e Patologias do trato gastrointestinal alto
Contraindicações: Obstrução intestinal completa, íleo ou hipomotilidade intestinal, diarreia grave, instabilidade hemodinâmica, fistula enterocutânea de alto débito >500ml/dia e enterocolite necrosante. 
Vias de acesso para terapia nutricional: Sonda no estomago, sonda no intestino, gastrostomia, jejunostomia.
Técnicas utilizadas para o acesso: Às cegas, endoscopia, Radioscopia, Laparoscopia e cirurgia. 
Tipos de sonda: Fio-guia, radiocapa, calibre e material.
Números: 8, 10, 12 ,14, 16 e 18
SONDA GASTROTOMIA
Números:
Clínica Médica:18,20,22,24
Pediatria: 14,16,18,20
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO
A técnica de administração pode ser: 1. Contínua / 2. Intermitente / 3. Bolo / 4. Gravitacional
TIPOS DE DIETAS ENTERAIS
industrializadas e dietas não-industrializadas (artesanais) 
Dietas industrializadas: Podem se apresentar em pó para reconstituição (em água) ou na forma liquida, prontas para serem acopladas no equipo (sistema fechado) ou prontas para serem envasadas em frascos (sistema aberto).
Vantagens: Nutricionalmente equilibradas, práticas e oferecem maior segurança microbiológica
Dietas artesanais: São preparadas com alimentos do dia-a-dia (ovos, leite, vegetais, frutas e carnes) ou
mesclas de alimentos in natura e módulos de nutrientes.
Não garante a quantidade necessária de macronutrientes e micronutrientes. Não garante a assepsia devido a manipulação. A carga osmolar não definida.
Viscosidade; Separação de fases; Osmolalidade; Sódio;
CLASSIFICAÇÃO DAS FÓRMULAS 
Fórmulas poliméricas: Todos os nutrientes são intactos, necessitando que haja digestão total dos nutrientes. Podem ser padrão ou Hiper-Hiper e Suplementadas com fibras
Fórmula Oligomérica: Fórmulas parcialmente hidrolisadas; indicado à pacientes com capacidade digestiva e absortiva parcial;
Fórmulas especializadas: Desenhadas para específicas disfunções orgânicas, estresse metabólico;
Exemplos: Renal, hepática, pulmonar, intolerância a lactose....
Módulos: Indicados para suplementar fórmulas e individualizar a formulação
 
COMPLICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL
Podem ser mecânicas, gastrointestinais, otorrinolaringológicas, pulmonares, metabólicas e psicológicas. 
Mecânica: retirada da sonda, obstrução da sonda, escoriações nasais. 
Gastrointestinais: diarreia, náuseas, vomito.
Outras: aspiração e desidratação
FRACIONAMENTO E GOTEJAMENTO:
Obstrução da sonda
Fatores predisponentes: Falta de irrigação, viscosidade elevada da fórmula, administração de medicamentos, celibre indadequada e verificação resíduo gástrico.
Medidas de prevenção: Irrigação programada, diminuir viscosidade, medicamentos compatíveis, triturar adequadamente os medicamentos – farmácia e irrigação depois de medir o resíduo gástrico. 
TIPOS DE ENTEROSTOMIAS
Esofagostomias (raro)
Gastrostomia
Gastrostomias com avanço até o jejuno
Gastrotomia com cateter ou sonda 
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
Gostas = volume 
 _________
 tempo x 3
Gotas = 1500
 _________ = 50 gotas/min 
 10 x 3
Sabemos: 
1 ml → 20 gotas 2,5ml/min
X → 50 gotas 
1 hora → 60min
10 horas → X 600 min
600 min X 2,5 ml → 1.500ml
INDICAÇÕES ENTEROSTOMIAS
Jejunostomia: Refluxo gastresofágico com alto risco de ronco-aspiração. Disfunção gástrica por traumatismo. Incapacidade do trato gastrointestinal superior e gastroparesia ou esvaziamento lento. 
DIARRÉIA
Fatores predisponentes: Assepsia inadequada no preparado, manipulação e administração das fórmulas enterais. Utilização de antibióticos, formulas enterais hiperosmolares e velocidade de infusão inadequada.
Prevenção: Boas práticas de preparo, manipulação e administração das fórmulas enterais. Protocolos de antibioticoterapia e osmolaridade adequada. 
NUTRIÇÃO PARENTERAL
Solução estéril de nutrientes é infundida por via intravenosa por meio de um acesso venoso periférico ou central, (de forma que o trato digestivo é completamente excluído).
FUNÇÕES DO ACESSO VENOSO
Administração de: fluidos nutrientes, medicações, hemoderivados, monitorização hemodinâmica, hemodiálise, nutrição parenteral, quimioterapia e administração de contraste. 
NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA(NPP)
Solução parenteral e administrada em uma veia periférica. Períodos curtos. Geralmente não atinge as necessidades nutricionais do paciente, Osmolaridade deve ser menor do que 900mOsm/L para evitar a flebite.
NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL (NPT):
Solução parenteral é administrada diretamente em uma veia central (em geral veia cava superior), indicada em períodos superiores a 7-10 dias. Oferece aporte energético e proteico adequado, osmolaridade é geralmente superior a 1000mOsm/L
INDICAÇÕES
Indicações de TNP em geral: Trato digestivo não funcionante,
Indicações especificas: Diarreia grave, Vômitos intratáveis, Esofagite/ Mucosite, Íleo, Obstrução, Repouso intestinal e Pré operatório (em caso de desnutrição grave, não sendo possível adiar a cirurgia)
NP É CONTRA-INDICADA
 Pacientes hemodinamicamente instáveis (hipovolemia, choque cardiogênico ou séptico). Edema agudo de pulmão. Anúria sem diálise e graves distúrbios metabólicos e eletrolíticos
CATETER
Cateter é todo e qualquer dispositivo feito para ser introduzido em órgão oco, cavitário ou que possua luz, para a introdução ou retida de algum liquido. 
Cateter venoso central: Devem dirigir-se para a veia cava superior ou inferior e serem bem documentados por raios X antes de serem utilizados
Tipos de cateter: Curta permanência e Longa permanência
SÍTIOS DE INSERÇÃO
Veia subclávia / veia jugular interna / veia femoral / veia axilar (pediatria) 
Mais usadas: Veia subclávia e Veia jugular interna
COMPONENTES DAS SOLUÇÕES DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
Componentes: Glicose. Via periférica, a máxima concentração de dextrose é de 10%. Via central, 35%. Quantidade mínima de glicose/dia é de 200 gramas.AMINOÁCIDOS: Concentração de 8,5 -15%
EMULSÕES LIPÍDICA: 20 A 30% do valor energético total. 
São isotônicas: ACETATO E CLORETO(FARMACÊUTICO) / SOLUBILIDADE CÁLCIO-FÓSFORO e ADITIVOS (INSULINA E HEPARINA).
COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO PARENTERAL
Mecânicas (pneumotórax, hidrotórax e lesão vascular). Infecciosas (sepses relacionadas ao cateter) e metabólicas
FLEBITE
Flebite é uma inflamação das veias que acontece frequentemente em pacientes que utilizam cateter venoso periférico, seja para a administração da nutrição parenteral (NP) ou para medicação. É caracterizada por eritema, trombose, dor no local da inserção do cateter e edema. Portanto, a flebite é resultado de danos causados na parede da veia. 
Estratégias para evitar a flebite: Diluição da solução que será infundida; Uso de uma solução combinada ao invés da infusão em frascos separados; Uso de lipídeo como fonte de energia para minimizar a osmolaridade e Rotação dos locais de inserção do cateter;
OBESIDADE E CIRURGIAS BARIATRICAS
Obesidade: Doença endócrino-metabólica, crônica, heterogenia e multifatorial, caracterizada pelo excesso de gordura no corpo. Obesidade é uma consequência do desequilíbrio energético onde o consumo excede ao gasto de energia por um período considerável de tempo.
OBESIDADE = maior consumo energético
 ________________________
 menor gasto energético
Armazenamento do excesso de energia (CHO, proteína, gordura, álcool) nas células adiposas em forma de triglicérides, que aumentam de tamanho.
Desenvolvimento de células adiposas:
Crescimento: aumento do nº de células. Fim da infância e início da puberdade
Consumo de energia > gasto = maior tamanho das células
Consumo > gasto = maior nº de células
TECIDO ADIPOSO
Tecido adiposo marrom = Termogênese
Tecido adiposo branco = Armazena os tag em única gota lipídica ocupa 85-90% do citoplasma. 
CLASSIFICAÇÃO DE OBESIDADE
GINECÓIDE OU PERIFÉRICA: acúmulo de gordura nos membros ou quadris, comum em mulheres
ANDRÓIDE OU ABDOMINAL: comum em homens. Aumento de risco da Síndrome metabólica: hipercolesterolemia, resistência à insulina, HAS, aterosclerose
DIAGNOSTICO DA OBESIDADE
Devido à dificuldade em obter medidas da gordura corporal na população, as medidas de altura e peso corporal têm sido amplamente utilizadas, atualmente define-se a obesidade a partir do índice de massa corporal (IMC).
INDICE DE MASSA CORPORAL
Boa ferramenta para identificar os indivíduos com risco aumentado para desenvolver complicações relacionadas à
Adiposidade. A mortalidade aumenta de forma gradual com IMCs acima de 25 kg/m2; O risco para se desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardíacas e câncer aumenta á medida que aumenta o IMC;
IMC
A obesidade, é estimada pelo índice de massa corporal (IMC), dividindo-se o peso (kg) pela altura m2 (WHO, 1995)
	Classificação
	IMC (kg/m²)
	Baixo peso
	< 18,5
	Eutrofia
	18,5 – 24,9
	Sobrepeso
	25,0 – 29,9
	Obesidade grau I
	30 – 34,9
	Obesidade grau II
	35 – 39,9
	Obesidade grau III
	≥ 40
**Indivíduos com IMC de Obeso podem apresentar quantidades normais de gordura e grande quantidade de massa muscular. Podem apresentar maior adiposidade e quantidade baixa de massa muscular
CIRCUFERÊNCIA DA CINTURA
Dado adicional para confirmação do IMC. Está correlacionada com a quantidade de gordura visceral ou intra abdominal; Preditor independente de maior risco para diabetes, hipertensão, dislipidemia e doenças cardíaca isquêmica;
Recomendações: Homens <92 CM / Mulheres < 80 CM
	
	Elevado
	Muito elevado
	Homens
	≥ 94 cm
	≥ 102 cm
	Mulheres
	≥ 80 cm
	≥ 88 cm
Quem tem obesidade mórbida? 
Quem apresenta um índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 Kg/m2.
(IMC) acima de 35 Kg/m2. ASSOCIADO A MORBIDADE (hipertensão arterial, artropatias, dislipidemias, diabetes, disfunções respiratórias).
TIPOS DE GORDURAS ABDOMINAIS
Gordura pochete, Gordura em avental, Gordura metabólica e Gordura Dura (Se do consumo alcoólico componente Acetaldeido).
FISIOPATOLOGIA
Obesidade: IL -6 / IL-1 / TNF α
Maior IMC: aumento Níveis De proteína C reativa → aumento TNF α → Redução da expressão dos transportadores de GLUT 4 → Diabetes melitus
Obesidade: Produção anormal de Citocinas pró- inflamatórias = Adipócitos / Macrófagos → Impedem a correta sinalização intracelular de insulina e proporcionam o estado resistência a esse hormônio. 
DISBIOSE = DESEQUILIBRIO
PREBIÓTICOS PROBIÓTICOS SIMBIOTICOS (BACTÉRIAS BENÉFICAS) / EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCO (BACTÉRIAS
PATOGÊNICAS)
**A microbiota tanto de humanos quanto de animais pode sofrer uma modificação por conta da dieta
Pessoa com obesidade: aumento das Bactérias do Filo Firmicutes → Favorece o aumento da extração dos nutrientes → Favorece depósito de gordura corporal e obesidade.
Pessoa Eutrófica: Pouca quantidade bactérias do Filo Firmicutes e aumento de Bacteróides
COMPLICAÇÕES DA OBESIDADE
Respiratórias: Falta de ar/Apnéia /Síndromehipoventilação.
Cardiovasculares: Hipertensão/Doenças coronarianas/Acidente vascular cerebral/Veias varicosas/Trombose venosa profunda
Metabólica: Hiperlipidemia/Resistência à insulina/Diabetes mellitus/ Síndrome do ovário policístico
Gastrointestinais: Hérnia de hiato/Cálculo na vesícula biliar/Cirrose e esteatose hepática/Hemorroida/Câncer colorectal.
Osteoartrites/Gota
CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS NA OBESIDADE
Cenário americano
Redução no consumo: Redução da atividade física levando à diminuição da exposição ao sol (vitamina D3).
Aumento da ingestão: Aumento de bebidas açucaradas associado á menor ingestão de leite e redução do cálcio;
Aumento da adiposidade: pode influenciar no armazenamento e disponibilidade de alguns nutrientes como vitaminas lipossolúveis e antioxidantes. 
TRATAMENTO
Plano de restrição energética moderada. 
Medicamentos + restrição energética 
Cirurgia bariátrica 
Programa de modificação comportamental aliado a um aumento no gasto energético e dieta hipocalórica moderada planejada individualmente para criar um deficit de 500 a 1000 kcal/dia. Dietas balanceadas compostas por 20% a 30% de gorduras, 55% a 60% de carboidratos e 15% a 20% de proteínas, fibras entre 20 a 30 g/dia.
Lembrar que dietas hipocalóricas, porém ricas em gorduras e escassas em carboidratos, causam maior perda de água do que de gordura corporal. Dietas escassas em carboidratos e ricas em gordura especialmente o colesterol, são ricas em proteínas animais e deficientes em vitaminas A, B6, folato, magnésio, ferro, potássio e fibras requerer suplementação. (D)
Uma grande parcela da população obesa, as tentativas de mudanças no estilo de vida culminam em fracassos recorrentes. A oscilação ponderal agrava o quadro clínico. Intervenção cirúrgica tratamento definitivo;
TÉCNICAS CIRÚRGICAS:
RESTRITIVAS = banda gástrica ajustável / balão intragástrico
MISTA PREDOMINANTEMENTE RESTRITIVA = Derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) 
MISTA PREDOMINANTEMENTE DISABORTIVA = Scopinaro/derivação biliopancreática com duodenal Switch
BALÃO INTRAGÁSTRICO
Técnica restritiva; Balão de silicone; Procedimento simples (endoscopia); Perda de peso moderada (6 meses).
BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL
É um dispositivo de silicone colocado na parte superior do estômago por cirurgia vídeo-laparoscópica, destinado a desacelerar a digestão e estimular a saciedade precoce; ajustável e tratamento reversível. 
BYPASS GÁSTRICO
Padrão Ouro da Cirurgia Bariátrica”. Perda de peso de 40 a 45% do peso inicial. Pode causar doenças como osteoporose, anemia e algumas carências de micronutrientes, mas que são de fácil prevenção através de suplementação e alimentação adequada. Náuseas e vômitos; Síndrome de dumping*; Troca do vício (ex: comer por comprar); trata a diabetes tipo 2 (- grelina)
Síndrome de dumping: Resposta fisiológica complexa a presença de quantidades maiores que o habitual de alimentos sólidos e líquidos na porção proximal do intestino delgado. Como resultado, o paciente apresenta sudorese intensa, náusea, vômitos e taquicardia.
GASTRECTOMIA VERTICAL (SLEEVE)
80% do estomagoé seccionado e removido, Capacidade gástrica: 150 a 250 mL; na parte descartada se produz a grelina (hormônio estimulador de apetite); O restante do estomago é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago até o duodeno; absorve os nutrientes normalmente.
DERIVAÇÃO JEJONOILEAL
Cirurgias disabsortivas: Exclusão de quase todo o intestino delgado, ligando a porção inicial do jejuno ao final do íleo. Graves alterações metabólicas e nutricionais: desidratação, distúrbios eletrolíticos e diarreia crônica.
Outras complicações: desnutrição, osteoporose, insuf. hepática e renal. Menos de 60% peso corporal realizadas em < frequência
TERAPIA NUTRICIONAL NA CIRURGIA BARIATRICA
Reeducação nutricional e reequilíbrio psicológico (atuação equipe interdisciplinar). Dieta liquida sem resíduo, quatro dias antes da cirurgia. 
Objetivos da Terapia Nutricional Cirurgia Bariátrica: Manutenção do estado nutricional adequado durante o emagrecimento. Introdução e evolução dietética para preservação e cicatrização das anastomoses e identificação dos erros alimentares, carências e necessidades
FASES DAS DIETAS NO PÓS-OPERATÓRIO
1º fase – dieta liquida completa (15 a 20 dias): Chás / Sucos / Caldos salgados / Bebidas isotônicas / Água de coco / Gelatina / Leite e derivados / Iogurtes / Suplemento proteico
Cuidados nutricionais da 1º fase: Dieta líquida restrita por 15 ou 21 dias (dependendo da equipe); algumas equipes evoluem a dieta de líquida restrita a geral (uma vez que o que faz evoluir a consistência seria a mastigação, que é muito importante para o paciente); Outras equipes evoluem paulatinamente de líquida restrita até geral, o que pode demorar cerca de 10-15 dias; Exclusão do açúcar e gordura (síndrome de dumping);
2º Fase – Dieta pastosa (duração 15 a 30 dias): Legumes, verduras e frutas na forma de purê, creme e suflê, Carnes desfiadas ou moídas (peixe, frango, bovina). Arroz, macarrão ou batata. Mingau, Pão torrado ou biscoito água e sal.
Suplemento proteico
3º Fase – Dieta normal ou geral: Plano alimentar individualizado, considerando necessidades nutricionais diárias com suplementos nutricionais. Pequenas porções
Cuidados nutricionais da 3º fase: Dar preferência a proteína ao iniciar a refeição; consumir carne vermelha 2x/dia, 5x/semana → evitar anemia. Consumir alimentos fonte de cálcio 3x/dia. Realizar as suplementações vitamínicas para
evitar carências. Muitos pacientes relatam vômitos e náuseas ao consumir carnes: cuidado!!
Essencial acompanhamento psicológico antes, durante e depois. 
CUIDADOS NUTRICIONAIS
Incentivar mastigar lentamente os alimentos. Fazer refeições ou lanches intermediários. Manter ingestão de líquidos adequada. Evitar alimentos ricos em gorduras e açúcares. Evitar doces, balas e chocolates. Evitar frituras, maionese, molhos gordurosos. Fazer atividade física conforme orientação médica
EXEMPLO DE CARDÁPIO GERAL
Desjejum: Iogurte sem açúcar + queijo branco+ 1 fatia de pão de forma
Colação: Fruta ou iogurte sem açúcar
Almoço / Jantar: Bife (1 a 1⁄2 bifes médio) + 2 colheres de sopa de arroz e 2 colheres de sopa de feijão ou carne moída (5 c.sopa cheia) + legumes e verduras
Colação: 1 polenguinho light
Ceia: Fruta ou iogurte light ou leite desnatado
* Quando ainda não estiver atingindo as porções adequadas de carne no almoço e no jantar, acrescentá-las no lanche da tarde: quibe assado, almondega, hambúrguer assado ou esfiha de carne (mais recheio do que massa).
MONITORIAMENTO
Estudos confirmaram a deficiências de micronutrientes nos obesos submetidos a operações, tanto no pré como pós operatório e procedimentos bariátricos com componente malabsortivo são propensos a resultar em déficit de micronutrientes, podendo envolver pior prognóstico durante o período pós-operatório.
Tiamina (B1): Deficiência em obesos em pré-operatório de cirurgia bariátrica em torno de 30%.
Vitamina B12: Atinge cerca de 15% dos pacientes pós cirúrgicos de cirurgia bariátrica. Carência de ácido fólico também tem sido encontrada.
Outras carências relatadas: ferro, cálcio, vitamina D, Vitamina A e E e proteínas.
TRABALHO EM EQUIPE
Abordagem baseada em um sistema de trabalho em equipe facilita a confirmação da suspeita clínica de deficiências específicas ou combinadas por testes laboratoriais apropriados que nem sempre são solicitados na rotina pré-operatória. Cabendo ao nutricionista estar atento a esses pontos.
TERAPIA NUTRICIONAL NO INDIVIDUO COM SINDROME METABOLICA, DISLIPIDEMIA E HIPERTENSÃO
DISLIPIDEMIAS: É um distúrbio nos níveis de lipídios(hiperlipidemia) e / ou frações de lipoproteínas (hiperlipoproteinemia) na corrente sanguínea. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Algumas formas de dislipidemia podem também predispor à pancreatite aguda. 
Dislipidemias → Aterosclerose 
ATEROSCLEROSE: doença inflamatória crônica de origem multifatorial. Caracteriza-se pelo espessamento e perda da elasticidade das artérias.
PROCESSO DE ATEROSCLEROSE
1) Agressão a células endoteliais → lesão (causas: HAS, DM, tabaco, hipercolesterolemia, homocisteína)
2) Penetração e acúmulo de lipídeos na íntima arterial
3) Adesão de monócitos e plaquetas do endotélio
4) Migração de células musculares da média e multiplicação na íntima
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS:
Pode ser dívida em três subtipos: Hipercolesterolemia isolada / Hipertrigliceridemia isolada / Dislipidemia mista (ambos níveis elevados).
Causas: 
HIPERTRIGLICERIDEMIA: acúmulo de QM ou VLDL no plasma causada por menor hidrólise TG pela lipase lipoproteica ou maior síntese. VLDL - Causa genética (60%)
 HIPERCOLESTEROLEMIA: acúmulo de lipoproteína rica em colesterol (LDL) - Causa genética e ambiental.
ARTEROSCLEROSE → INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) / INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
“O coração é incapaz de bombear sangue no mesmo nível das necessidades metabólicas do tecido.”
“Pode fazê-lo apenas com pressões de enchimento elevados”.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
CAUSA: aterosclerose. 90% dos casos IAM tem aterosclerose avançada com redução de no mínimo 75% das principais artérias
SEQUÊNCIA: 1) Vasoespasmo (contração involuntária, violenta e súbita) / 2) Solta a placa que se aloja na artéria coronária
FATORES DE RISCO IAM: Idade >65; Homens; Fumante; História familiar de DCV; Dieta hiperlipídica; aumento colesterol total, aumento LDL-c, diminuição HDL-c; Doença renal crônica
SÍNDROME METABÓLICA
É um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares. A fisiopatogenia da doença está intimamente relacionada à deposição central de gordura e a resistência à insulina.
Hipertensão Arterial (HA): É condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada os níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM).
Mantém associação independente com eventos como: Morte súbita/ Acidente vascular encefálico (AVE) / Infarto agudo do miocárdio (IAM) / Insuficiência cardíaca (IC) / Doença arterial periférica (DAP) / Doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal.
CLASSIFICAÇÃO DA PA
	Classificação
	PAS (mm Hg)
	PAD (mm Hg)
	Normal
	≤ 120
	≤ 80
	Pré-hipertensão
	121 – 139
	81 – 89
	Hipertensão estágio 1
	140 – 159
	90 – 99
	Hipertensão estágio 2
	160 – 179
	100 – 109
	Hipertensão estágio 3
	≥ 180
	≥ 110
DIAGNÓSTICO
120/80 ou menor: normal
≥140/90: HIPERTENSO
Indicado apenas para monitorização ambulatorial porque está sujeito a fontes de erros: observador sem treinamento, relação paciente e observador, ambiente quente e barulhento, paciente não deve ter praticado atividade física, alimentação, fumo, consumo de álcool ou café por pelo menos 30 minutos, equipamento
DIETA DASH
A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o consumo de: Frutas, hortaliças e laticínios com baixoteor de gordura; Ingestão de cereais integrais, Frutas oleaginosas; Peixe, frango e preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar. Ela é rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém
quantidades reduzidas de colesterol, gordura total e saturada. A adoção desse padrão alimentar reduz a PA.
TERAPIA NUTRICIONAL PARA O PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
Dieta mediterrâneo
A dieta do Mediterrâneo é rica em: Frutas, hortaliças e cereais integrais, possui quantidades generosas de azeite de oliva (fonte de gorduras monoinsaturadas). Inclui o consumo de peixes e oleaginosas, Ingestão moderada de vinho. Parece ter efeito hipotensor.
Dietas vegetarianas
Preconizam: Consumo de alimentos de origem vegetal, frutas, hortaliças, grãos e leguminosas; excluem carnes; algumas incluem laticínios, ovos e peixes. Essas dietas têm sido associadas com valores mais baixos de PA.
Sódio: O limite de consumo diário de sódio em 2,0 g está associado à diminuição da PA. No entanto, o consumo médio do brasileiro é de 11,4 g/dia.
Ácidos Graxos insaturados: Os ácidos graxos ômega-3 (eicosapentaenoico – EPA e docosaexaenoico - DHA) estão associados com redução modesta da PA. Ingestão ≥ 2g/dia de EPA+DHA reduz a PA e doses menores (1 a 2 g/dia) reduzem apenas a PAS. O consumo de ácidos graxos monoinsaturados também tem sido associado à redução da PA.
Fibras
As fibras solúveis são representadas: Farelo de aveia, pectina (frutas), gomas (aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha)
As fibras insolúveis: Celulose (trigo), Hemicelulose (grãos), Lignina (hortaliças).
A ingestão de fibras promove discreta diminuição da PA, destacando- se o beta glucano proveniente da aveia e da cevada.
Laticínios e vitamina D: existem evidências que a ingestão de laticínios, em especial os com baixo teor de gordura, reduz a PA. O leite contém vários componentes como cálcio, potássio e peptídeos bioativos que podem diminuir a PA.
Alho: Possui inúmeros componentes bioativos, como a alicina (encontrada no alho cru) e a s-alil-cisteína (encontrada no alho processado). Discreta diminuição da PA tem sido relatada com a suplementação de várias formas do alho.
Café: O café, apesar de rico em cafeína, substância com efeito pressor agudo, possui polifenóis que podem favorecer a redução da PA. Doses moderadas
Chá verde: O chá verde, além de ser rico em polifenóis, em especial as catequinas, possui cafeína. Ainda não há consenso, mas alguns estudos sugerem que esse chá possa reduzir a PA quando consumido em doses baixas, pois doses elevadas contêm maior teor de cafeína e podem elevar a PA.
Álcool: O consumo habitual de álcool eleva a PA de forma linear e o consumo excessivo associa-se com aumento na incidência de HA. Estima-se que um aumento de 10 g/dia na ingestão de álcool eleve a PA em 1 mmHg.
Exercícios aeróbicos: O treinamento aeróbico reduz a PA casual de pré hipertensos e hipertensos.
Terapia nutricional na HAS: Não ingerir produtos processados como enlatados, embutidos, conservas, molhos prontos, caldo de carne, temperos prontos, defumados, bebidas isotônicas, além de preparar as refeições com pouco sal e não utilizar saleiro. Carnes magras, leites e queijos desnatados, cereais integrais, leguminosas, verduras e frutas, gorduras como: canola, milho, girassol, soja e azeite.
Dietas ricas em potássio devem ser incentivadas: Recomendação de 2 a 4 gramas/dia (deve ser alcançada mediante maior consumo de alimentos ricos em potássio como frutas, verduras e vegetais.
TERAPIA NUTRICIONAL PARA O PACIENTE COM DISLIPIDEMIAS
Dislipidemias- Terapia Nutricional: Dieta isenta de ácidos graxos trans. Consumo < 10% do valor calórico total de ácidos graxos saturados para indivíduos saudáveis
Consumo < 7% do valor calórico total para aqueles que apresentarem risco cardiovascular aumentado.
Proteína de soja: O consumo diário de uma a duas porções de alimentos fonte de proteína de soja, totalizando 15 a 30 g de proteína, está associado à redução de 5% de LDL-c. Aumento de 3% de HDL-c e à redução de 11% na concentração de TG.
Fibras solúveis: A ação das fibras na redução do colesterol está relacionada ao consumo de fibras solúveis, que formam um gel que se liga aos ácidos biliares no lúmen intestinal, aumentando sua excreção nas fezes e
diminuindo sua reabsorção durante o ciclo entero-hepático. Essa redução induz a síntese de novos ácidos biliares, diminuindo o colesterol disponível para incorporação em lipoproteínas. Quanto maior o grau de viscosidade da fibra, maior o efeito de redução do colesterol. Além disto, as fibras solúveis e o amido resistente são fermentados por bactérias presentes no intestino grosso, produzindo ácidos graxos de cadeia curta, que auxiliam na redução dos níveis de colesterol.
Psyllium: Psyllium é a fibra solúvel mais estudada na redução do colesterol. Uma revisão de estudos indica que doses de 7 a 15 g ao dia. Estão associadas com uma redução de 5,7% a 20,2% de LDL-c e redução de 2 a 14,8% no colesterol total.
Fitosteróis: O consumo de fitosteróis reduz a absorção de colesterol, principalmente por comprometimento da solubilização intraluminal (micelas). O uso de fitosteróis deve ser parte das mudanças de estilo de vida e estão indicados para: Indivíduos com colesterol elevado e que estejam sob risco cardiovascular baixo ou intermediário, que não se qualifiquem para tratamento farmacológico
TERAPIA NUTRICIONAL COADJUVANTE NA HIPERCOLESTEROLEMIA 
Fibras solúveis: (pectinas, gomas) reduzem o tempo de trânsito gastrointestinal e ajudam na eliminação do colesterol;
Fibras insolúveis: Aumentam na saciedade, auxiliando na redução da ingestão calórica; Fibra alimentar 20 a 30 g/dia; Café (cafestol e kahweol) elevam o colesterol sérico.
TERAPIA NUTRICIONAL NO ICC E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Objetiva fornecer energia e nutrientes necessários, minimizar a perda de peso, recuperar o estado nutricional evitar a sobrecarga cardíaca.
CH – 50 a 60%
Lipídios – 25 a30%
Proteínas – varia de 1, 0 a 2,0 gramas por kg peso/dia
Fracionamento de 5 a 6 refeições/dia
Restrição do sódio varia de acordo com o grau de IC e balanço hidroeletrolítico. Acompanhamento nutricional individualizado;
ESTUDO DE CASO
América Marcia da Cunha: Viúva, aposentada com 86 anos. Relata que sofre com excesso de peso e expressa desejo de emagrecer. Procura a clínica para reeducação alimentar. Sente azia e sensação de empachamento e por vezes ocorre a presença de pirose e constipação intestinal, com fezes ressecadas, compactas e esforço para evacuar. Há alguns meses vem investigando as queixas, realizou endoscopia, dentre outros exames, mas os exames não apresentaram alterações. Médico gastroenterologista encaminhou para o nutricionista para investigação de alimentos tolerados e prescrição da dieta. Não fumante / Bebida socialmente / Caminhada a cada 15 dias.
Doenças Crônicas existentes: Hipertensão arterial / Obesidade / Dislipidemia desde os 55 anos de idade (hipertrigliceridemia) / PA 130x90 (com medicação) / Depressão
Avaliação Antropométrica: Peso atual: 78,9 / Estatura: 155 cm / IMC: 32,8 / Classificação: Obesidade / Circunferência do braço: 34 cm / % de adequação: 117, 2 / Classificação: sobrepeso / Circunferência da cintura: 111 cm / Classificação: Risco muito elevado
ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS (2):
448 – 7,95 x 86 + 1 x (11,4 x 78,9 + 619 x 1,55)
Equação com sobrepeso
VENTA (VALOR ENERGETICO DO TECIDO ADIPOSO) MÉTODO PARA REDUÇÃO DE PESO:
1 kg de tecido adiposo/ mês
 7700 kcal/ 30 dias – (7700 x Kg (a perder) / 30 dias
Exemplo:7700 x 2 kg/ mês = 513 calorias/ dia
	Para reduzir / mês
	Reduz do VET / dia
	1 kg
	256,5 kal
	2 kg
	513 kcal
	3 kg
	770 kcal
	4 kg
	1026 kcal
TERAPIA NUTRICIONAL NOS DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS 
ESOFAGITE
É a inflamação do esôfago. O conteúdo do estômago reflui para o esôfago, ou além dele (cavidade oral, laringe, pulmões)
Tipos de esofagite: esofagite de refluxo, esofagite de eosinófilos, esofagite infecciosa e esofagite por medicamento. 
Fatoresde risco: obesidade, uso de tabaco, gravidez, hérnia de hiato, história familiar da doença, dismotibilidade gástrica, doença hepática gordurosa não alcoólica, indivíduos acima de 50 anos, alergia alimentar, doença autoimune. 
Tratamento: inibidores de bomba de prótons, bloqueadores de cálcio, anticolinérgico e restrições dietéticas. 
Esofagite de eosinófilos: dietas de eliminação de alérgenos como - leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, frutos do mar ou restrições alimentares específicas.
 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA ESOFAGITE
	Característica
	Recomendação nutricional
	Valor energético total
	Suficiente para manter o peso ideal. Se necessário, programar a perda de peso.
	Lipídios
	Hipolipídica (20% das calorias totais). Evitar alimentos e preparações gordurosas, uma vez que a CCK diminui a pressão do EEI.
	Consistência da dieta
	Fase aguda: liquida ou semilíquida com evolução até geral.
	Fracionamento
	6 a 8 refeições pequenos volumes.
	Líquidos
	Preferencialmente entre as refeições-evitar nas refeições principais (almoço e jantar)
	Excluir
	Alimentos que diminuem a pressão do EEI: Café, mate, chá preto, bebidas alcoólicas.
	
	Alimentos que irritam a mucosa inflamada: suco e frutas ácidas, tomate, alimentos ricos em purinas.
RECOMENDAÇÕES GERIAS NA ESOFAGITE
Não comer antes de dormir (2 horas antes), comer em posição ereta, não se recostar ou deitar após as refeições, manter horários regulares para evitar aumento do volume das refeições, não usar roupas e acessórios apertados, manter a cabeceira da cama elevada. 
HÉRNIA DE HIATO
Corresponde a uma protuberância de uma porção do estômago para dentro da cavidade torácica através do hiato esofágico no diafragma. Ocorre quando a fragilidade do diafragma, congênita ou adquirida, permite que sorte do estômago force o diafragma e invada o hiato esofagiano, causando o refluxo do conteúdo gástrico e provocando consequentemente esofagite. 
Tratamento dietoterápico: objetivo é reduzir o refluxo e neutralizar a acidez gástrica, a fim de evitar a irritação do esôfago. Retirada dos mesmos tipos de alimentos que estão contraindicados na esofagite (alimentos que podem aumentar o refluxo ou a secreção gástrica). 
Cuidados: quaisquer fatores que possam aumentar a pressão intra-abdominal ao provocam a herniação de parte do estômago através do hiato. 
Exemplo: obesidade, tosse crônica, esforços na defecação e roupas muitos apertadas. 
ACALÁSIA
Dissernegia esofágica (deserdam da motibilidade do esôfago inferior). Falência do esfíncter esofagiano inferior (EEI) para relaxar e abrir durante a deglutição, resultando em disfagia ou dificuldade na deglutição (comum a desnutrição nesses pacientes)
Terapia nutricional: consistência dependerá do grau de disfagia, recuperação nutricional nos indivíduos com desnutrição. Usar dieta com suplementos (módulos de nutrientes e enriquecimento). 
DIETOTERAPIA NÓS DISTÚRBIOS DO ESTÔMAGO 
DISPEPSIA
Termo genérico usado para descrever um desconforto no trato digestório superior. 
Sintomas: dor abdominal difusa, distensão abdominal, náuseas, regurgitação e eructação.
Causas: fatores de estilo de vida. 
GASTRITE
Consiste na inflamação da mucosa gástrica (avermelhada, inchada, dolorosa e quente) 
Causas: bactérias (Helicobacter pylorri), vírus, alimentos, álcool, fumo, drogas, condimentos e situações de estresse ou superalimentação
Tipos de gastrite
Gastrite aguda: refere-se ao rápido início da inflamação e dos sintomas.
Gastrite crônica: poderá ocorrer durante um período de meses a décadas, com redução e exarcebação dos sintomas.
Gastrite atrófica: decorrente da idade conhecida como atrófica é tão comum que alguns a consideram um fenômeno de envelhecimento. Seu aparecimento em jovens merece atenção especial. Resulta em perda das células parietais do estômago e fator intrínseco (acloridria)
CLASSIFICAÇÃO GASTRITE
Tipo A: atinge a região do corpo, doença imunológica, há presença de anticorpos anti-celulares parietais. Associa-se a anemia perniciosa e a anemia megaloblástica. 
Tipo B: atinge a região do antro. É inespecífica e menos comum. Há associação com hipersecreção clorídrica, úlcera duodenal e presença de helicobacter. 
Tipo AB: atinge simultaneamente o corpo e o antro do estômago. Está intimamente relacionada a úlcera gástrica e ao carcinoma gástrico. 
ÚLCERA PEPTICA
Doença de etiologia ainda pouco conhecida, evolução crônica, surtos de ativação e períodos de remissão.
Caracterizada por perda circunscrita de tecidos nas áreas do tubo digestório que entram em contato com a secreção ácido-peptica do estômago. 
ESTÔMAGO 
Antro: porção responsável pela trituração do bolo alimentar e a secreção de enzimas que avisam a porção secreto se há necessidade de produzir mais ou menos ácido. 
OBJETIVO DA DIETOTERAPIA: NOS DISTÚRBIOS DO ESTÔMAGO 
Recuperar e proteger a mucosa gastrointestinal, facilidade a digestão, aliviar a dor, promover bom estado nutricional, investigar a possível existência de deficiências nutricionais (cianocobalamina, ferro, proteína e energia)
TABUS ALIMENTARES: embora possa levar ao alívio instantâneo quando ingerido, o leite por ser rico em cálcio e proteínas, resulta em rebote ácido. O leite deverá ser consumido como parte integrante da alimentação, na quantidade recomendada nos guias alimentares (duas a três porções ao dia).
DIETAS RICAS EM FIBRAS: dieta com alto teor de fibras pode ser benéficas, devido ao aumento da mastigação, aumento da salivação e consequentemente neutralização da acidez gástrica.
DIETOTERAPIA NA GASTRITE AGUDA: a vida oral é interdita de 24 a 48 horas, a fim de que o estômago descanse e para evitar o estímulo as secreções gástricas. O paciente é submetido a terapia endovenosa. Quando a via oral é restabelecida, geralmente é prescrito uma dieta líquida, evoluindo para leve, branda, até a dieta geral. 
Recomendações: caldos de carne e condimentos são contraindicações para não estimular as secreções gástricas. São aconselhadas refeições pequenas e frequentes. A ingestão moderada de gordura é permitida porque a gordura diminuem a produção de ácido gástrico e a motilidade do estômago. O álcool é contraindicado. 
DIETOTERAPIA NA GASTRITE CRÔNICA: o tratamento consiste na eliminação de alimentos e drogas que produzam sintomas, os agressores comuns são: álcool, cafeína, aspirina, outros tipos de drogas (fármacos). Uma dieta branda pode ser benéfica.

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